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quarta-feira, 16 de fevereiro de 2022

EDUCAÇÃO CATÓLICA: FUNDAMENTO BÍBLICO, A CONTRIBUIÇÃO DOS PROFETAS

S. Elias profeta | Comunidade Católica Missão Atos

Dom Antônio de Assis
Bispo auxiliar de Belém do Pará (PA)

EDUCAÇÃO CATÓLICA: fundamento bíblico, a contribuição dos profetas (Parte 7) 

Foi muito significativa a contribuição dos profetas para a saúde religiosa, moral e política do povo de Israel. Eles foram profundamente sensíveis aos temas sociais; não só denunciaram problemas, mas foram propositivos nos ensinamentos, alertando, inspirando e educando o povo à superação dos problemas. 

O fio condutor e referência de confronto proposto para o povo em todos os contextos era a Aliança do Amor de Deus para com o povo. Para todos os profetas “amor com amor se paga!”, mas nem sempre o povo foi capaz de viver esse compromisso de reciprocidade (cf. Baruc, 1-5). Por isso a palavra educativa dos profetas está nessa perspectiva de educar o povo para a fidelidade a Deus através da prática das virtudes.   

Esta breve apresentação é simplesmente uma pequena amostra da densidade educativa dos ensinamentos dos profetas. Apesar da diversidade de contextos históricos e das áreas de atuação, a postura educativa deles foi sempre provocante. Por isso podemos afirmar que o profeta é educador, porque movido por nobres ideias e, alimentado pela esperança, estimula novas atitudes e sonha com a transformação da realidade.  

Educar para coerência entre a liturgia e a vida 

Essa é uma das mais significativas insistências do profeta Isaías. Diz o profeta: “quando vocês estão jejuando, só cuidam dos próprios interesses e continuam explorando quem trabalha para vocês. Vejam! Vocês jejuam entre rixas e discussões, dando socos sem piedade. Não é jejuando dessa forma que farão chegar lá em cima a voz de vocês. O jejum que eu quero é este: acabar com as prisões injustas, desfazer as correntes do jugo, pôr em liberdade os oprimidos e despedaçar qualquer jugo; repartir a comida com quem passa fome, hospedar em sua casa os pobres sem abrigo, vestir aquele que se encontra nu, e não se fechar à sua própria gente” (Is 58,4.6-7). 

Educar para o direito e a justiça 

Vivendo num mundo marcado pela violência da qual também ele foi vítima, o profeta Jeremias educa as autoridades dizendo: “pratiquem o direito e a justiça. Libertem o oprimido da mão do opressor; não tratem com violência, nem oprimam o imigrante, o órfão e a viúva; não derramem sangue inocente neste lugar” (Jr 22,2-3). “Ai daquele que constrói a sua casa sem justiça e seus aposentos sem direito, que faz o próximo trabalhar por nada, sem dar-lhe o pagamento” (Jr 22,13).  

Educar para o senso crítico e sinceridade 

O profeta Jeremias foi também muito sensível às questões religiosas, observou em seu tempo muitos falsos profetas e sacerdotes interesseiros que os chamava de “vendedores de ilusões”. Preocupado com o povo para que não se deixassem enganar dizia: “Não dêem atenção às palavras dos profetas que profetizam para vocês. Eles enganam vocês, a visão que eles anunciam é fruto da imaginação, e jamais saiu da boca de Javé” (Jer 23,16). Muito sensíveis à dimensão religiosa também foram os profetas Malaquias e Zacarias. Malaquias acusou o povo e a negligência sacerdotal e os educou para a honestidade religiosa, pois não podemos trapacear a Deus (cf. Ml 1,12-14;3,6-9). Na perspectiva desses profetas a fé deve ser educada para a retidão, pois há uma íntima relação entre ética e vida religiosa. Não se pode cultuar a Verdade enganando a si mesmo e aos outros.  

Educar para a humildade e a obediência 

Essa é uma significativa sensibilidade do profeta Ezequiel que, estando na casa de um oleiro e observando o seu trabalho com o barro dando forma aos objetos, questiona o povo: “Por acaso será que não posso fazer com vocês, ó casa de Israel, da mesma forma como agiu esse oleiro? – oráculo de Javé. Como barro nas mãos do oleiro, assim estão vocês em minhas mãos, ó casa de Israel” (Ez 18,6). O processo de formação que percorremos vai moldando as nossas atitudes e assim crescemos nas virtudes. Por isso precisamos nos educar para obediência tanto a Deus quanto às exigências civis. 

Educar para liberdade e responsabilidade 

A sensibilidade educativa do profeta Ezequiel nos leva à convicção de que cada um é responsável pela própria história com suas múltiplas escolhas. O profeta afirma a existência da nossa liberdade e da responsabilidade. Havia entre os Israelitas um provérbio que dizia que se os pais comessem uvas verdes os filhos nasceriam com a boca defeituosa (cf. Ez 18,2-3). Todavia o profeta contestou esse modo de pensar. O erro dos pais não gera pena para os filhos, cada um deve ser livre e responsável por seus atos (cf. Ez 18,1-18). “O indivíduo que age de acordo com os meus estatutos, que guarda as minhas normas, praticando corretamente a verdade, esse indivíduo é justo, e certamente permanecerá vivo!” (Ez 18,9).  

Educar para a corresponsabilidade comunitária 

Após desenvolver a doutrina da responsabilidade individual o profeta Ezequiel também apresenta ao povo a necessidade da corresponsabilidade comunitária. Cada indivíduo na comunidade, além de cuidar de si mesmo da melhor maneira possível fazendo o bem e evitando o mal, é chamado também a cuidar dos outros e ajudá-los para que não caiam no mal. Diz o profeta: “se você não avisa o injusto para que mude de comportamento, o injusto morrerá por causa de sua própria culpa, mas é a você que eu pedirei contas do sangue dele. Ao contrário, se você prevenir o injusto para que ele mude de comportamento, e ele não mudar, ele morrerá por causa de sua própria culpa, mas você terá salva a sua própria vida» (Ez 33,8-9). A sensibilidade comunitária visa prevenir o mal.  

Educar para a partilha e solidariedade 

O profeta Elias, fugindo do Rei Acab que queria matá-lo, recebeu a Palavra de Deus dizendo-lhe que deveria ir à cidade de Sarepta onde seria alimentado por uma pobre viúva. Chegando lá, encontrou uma senhora muito pobre com seu filhinho; mas além de pobre, era pessimista, egoísta e estava fechada a qualquer forma de partilha do pouco alimento que tinha. Negando-se a compartilhar o seu alimento com o profeta, este a educa a ser generosa confiando na providência Divina. A mulher foi convencida e fez o que Elias tinha mandado. E comeram, tanto ele como também ela e o filho, durante muito tempo. A vasilha de farinha não se esvaziou e a jarra de azeite não se esgotou (cf. 1Re 17,7-16). Também o profeta Zacarias, refletindo sobre a importância do dízimo convoca o povo a dar a própria contribuição para que nada faltasse na Casa do Senhor (cf. Zc 3,6-12). Apesar do sofrimento, mas com o povo arrependido no exílio da Babilônia, o profeta Baruc mobiliza uma campanha em prol da ajuda dos irmãos judeus que tinham ficado em Jerusalém (cf. Br 1,1-12).  

Educar para a honestidade 

O profeta Amós, concentrou o seu olhar sobre a questão da justiça social. Observando a injustiça dos governantes declara a necessidade de mudanças de atitudes “porque esmagam o fraco, cobrando dele o imposto do trigo, eles poderão construir casas de pedras lavradas, mas nelas jamais irão morar; poderão plantar vinhas de ótima qualidade, mas do seu vinho não beberão” (Am 5,11-12). Vendo a injustiça nos tribunais chama os juízes à conversão: “Convertam-se! Procurem o bem e não o mal; então vocês viverão. Quem sabe, assim – como vocês dizem – Javé, Deus dos exércitos, estará com vocês. Odeiem o mal e amem o bem; restabeleçam o direito no tribunal!” (Am 5,13-15). Os ricos e opressores são acusados e educados para a prática da justiça (cf. Am 5,4-8).  

 A educação como estratégia de dominação  

No livro do profeta Daniel temos uma concepção de educação como instrumento de promoção da dominação. Nabucodonosor, rei da Babilônia, domina Jerusalém, se apossa dos seus bens e investe na promoção de uma cultura dominadora através da educação dos jovens. Os jovens selecionados deveriam ser preparados durante três anos e depois passariam a servir aos interesses do rei (cf. Dn 1,3-7).  

 Educar para a intimidade com Deus  

O profeta Oseias chama a atenção do povo para a reflexão e a experiência da misericórdia e a ternura divina. Segundo o profeta Deus não é alheio aos sofrimentos humanos (cf. Os 6,1-2). Mas é necessário que haja esforço pessoal para conhecer a Deus (cf. Os 6,3), pois o que ele quer é o amor e não sacrifícios, o conhecimento da sua ternura, mais do que holocaustos (cf. Os 6,6). 

PARA REFLEXÃO PESSOAL: 

  1. Qual dessas perspectivas de educação lhe chamou a atenção? 
  1. Essas preocupações proféticas são importantes ainda hoje? 
  1. Quando o educador pode assumir a postura de “vendedor de ilusões”? 

Mãe de 7 filhos ganha concurso de beleza e ordenha vaca em coroação

ballerinafarm | Instagram | Fair Use
Por Theresa Civantos Barber

Do Balé à vida no campo, Hannah Neeleman tem uma história realmente incrível.

Quando Hannah Neeleman entrou no concurso de beleza Mrs. Utah, ela fez uma promessa à mãe: se ganhasse, ordenharia uma vaca em sua coroação.

Hannah vive no campo com seu marido e seus 7 filhos. Então, quando ela ganhou o concurso, ela foi correndo para sua casa na zona rural e para sua família. E cumpriu a promessa.

https://www.instagram.com/ballerinafarm/?utm_source=ig_embed&ig_rid=d12b2927-8d02-466f-96a6-55ca15ff016a

Esta cena incrível é apenas a mais recente de uma série de eventos improváveis que só poderiam ter sido escritos pela mão de Deus.

A história de Hannah não é incomum hoje: a garota da cidade que vai viver no campo, tirando da propriedade rural o sustento da família. Ela entende de criação de porcos, de cultivo na montanha, de queijos e outros produtos do leite.

Hannah havia se mudado para Nova York quando menina para estudar dança na mundialmente famosa escola de Balé Juilliard School.

Foi nessa etapa de sua vida que ela conheceu Daniel Neeleman, que queria ser agricultor. Eles pareciam não ter nada em comum, mas Hannah descreveu em sua popular conta do Instagram como os anjos ajudaram em sua trajetória.

https://www.instagram.com/ballerinafarm/?utm_source=ig_embed&ig_rid=5e652170-2d7a-4f0a-b2a7-496b450f6e6f

Daniel e eu nos conhecemos em um jogo de basquete universitário aos vinte e poucos anos. Embora tenhamos nos encontrado algumas vezes nas semanas seguintes, eu estava ocupada com a escola em Nova York e focada na minha carreira de bailarina. Mas eu não conseguia esquecer o sorriso dele. Foi quando o Bom Deus enviou seus anjos para me encaminhar. Do nada, conheci uma família no aeroporto JFK embarcando no mesmo voo que eu. Eles eram da cidade natal do Daniel e eu perguntei se eles o conheciam. “Ele é desses que não se deixa escapar, querida”, eles me disseram. Virando-se, eles se despediram e me deixaram refletindo sobre o assunto. Logo depois, liguei para Daniel e o convidei para sair. Nós nos casamos 3 meses depois. Não foi antes do “sim” que ele me disse que queria ser criador de porcos.

Seu sonho de ser um criador de porcos se tornou realidade, embora não imediatamente. O jovem casal morava na cidade e tinha 4 filhos pequenos quando finalmente comprou uma propriedade rural. Hannah relembra em seu Instagram,

Daniel e eu deixamos a cidade para a vida no campo há 5 anos. Com a tinta ainda molhada no contrato imobiliário da nossa nova pequena fazenda, dirigimos até a loja de produtos agrícolas mais próxima para comprar botas de lama, macacão, luvas e chapéus de palha. Não tínhamos experiência nenhuma. Experiência zero em agricultura. Não possuía uma pá ou um único animal. Sem cachorro, gato ou peixinho dourado. Tínhamos 4 filhos pequenos. Com muito esforço, fizemos a única coisa que sabíamos fazer: contar nossa história e documentar a jornada para todos verem.

O rancho deles se chama Ballerina Farm, e eles estão construindo uma bela vida lá. Hannah publica fotos impressionantes de sua propriedade, bem como conteúdo inspirador sobre a vida familiar, bebês, gravidez, casamento, receitas favoritas e animais de fazenda.

O brilho e o glamour do concurso certamente foram uma mudança de ritmo para Hannah. Ela escreveu:

“Acho que os juízes não esperavam ouvir tanto sobre criação de animais em um concurso de beleza, mas foi isso que eles ouviram… ‘Conheça seu lugar, conheça sua comida’ é um dos meus lemas, então é justo que eu fale sobre feno, porcos e vacas.”

Após a vitória no concurso de beleza de Utah, Hannah começou a se preparar para concorrer no Mrs. America. Mas desta vez ela não está deixando todas as crianças em casa com Daniel. Ela traz o caçula ainda em seu ventre, já que descobriu recentemente que está grávida do 7º filho.

A família Neeleman está crescendo junto com seu rancho, e é uma alegria de se ver. A vida dessa família nos fala sobre inspiração, trabalho e alegria. Seu entusiasmo e contentamento são sempre inspiradores, com ou sem a coroa do concurso.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Um povo que tem Maria tem tudo, diz bispo espanhol

Virgem de Araceli | ACI Digital

CÓRDOBA, 15 fev. 22 / 03:16 pm (ACI).- Na missa que celebrou depois da primeira procissão da Virgem de Araceli de Lucena, em Córdoba, Espanha, o bispo da cidade, dom Demétrio Fernández, disse que um povo que tem Maria tem tudo.

“Ela lhe dará paz e alegria na alma e no coração, como experimentou Lucena, onde a devoção à Virgem de Araceli fez todo o povo experimentar que quem tem Maria tem tudo”, disse o bispo em sua homilia.

A procissão da imagem restaurada da Virgem de Araceli ocorreu no dia 13 de fevereiro, da paróquia de São Francisco e Santo Eulógio até a catedral, onde foi recebida pelo bispo.

A diocese de Córdoba destaca que, ao receber a imagem mariana na entrada da catedral, o bispo disse: “Seja bem-vinda, senhora, a esta casa que é a Igreja, a comunidade dos filhos de Jesus Cristo. Nós Lucentinos e Aracelitanos agradecemos hoje a Deus por termos uma Mãe”.

Dom Fernández pediu à Virgem que abençoe todos os fiéis, especialmente "todos os devotos de Santa Maria de Araceli".

"Mãe da Igreja, protege todos nós que te invocamos e que a tua passagem por esta Santa Igreja Catedral de Córdoba nos encha de alegria e nos faça sentir filhos fiéis da Igreja", pediu o bispo espanhol.

Em sua homilia, dom Fernández disse que o rosto da imagem mariana "nos conecta com nossa Mãe Celeste".

“A Virgem comove os corações e hoje trouxe os lucentinos à catedral de Córdoba para celebrar a missa de domingo e para venerá-la”, acrescentou.

O bispo destacou também que a vida cristã é olhar para Maria, porque “ao olhar para ela compreendemos o que Deus quer de nós”.

“Ela sempre confiou em Deus, produz a paz nos corações, nela se cumprem as bem-aventuranças de seu filho Jesus Cristo e nela está o espelho onde podemos olhar para nós mesmos”, destacou.

A celebração coincidiu com o encontro diocesano de noivos organizado pela delegação Família e Vida, no qual participaram 30 casais que receberam um terço da Virgem para que os acompanhe no caminho da fé.

Fonte: https://www.acidigital.com/

JMJ 2023: nova fase convida a implementar o evento de Lisboa

JMJ Lisboa 2023 nova fase | Vatican News

Implementação é o nome da nova fase da organização e preparação da JMJ Lisboa 2023.

Rui Saraiva – Portugal

O Comité Organizador Local (COL) da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Lisboa 2023 inicia neste mês de fevereiro uma nova fase na organização do evento que terá lugar em Lisboa de 1 a 6 de agosto de 2023.

Após um tempo onde foi promovida uma fase de planeamento, o COL dá lugar agora a uma nova fase. A fase da implementação.

Isso ficou bem claro num encontro que juntou mais de 200 voluntários na tarde de dia 12 de fevereiro naquele que foi o primeiro encontro presencial dos voluntários do COL da JMJ Lisboa 2023.

“O encontro teve um objetivo: envolver todas as equipas na fase de implementação” – pode-se ler no site oficial do evento.

Esteve presente nesta reunião, o cardeal-patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente tendo destacado a “envolvência” e o pulsar “cada vez mais forte” que o caminho de preparação da JMJ está a suscitar.

Por sua vez, D. Américo Aguiar, bispo auxiliar de Lisboa, presidente da Fundação JMJ Lisboa 2023 e também, recentemente nomeado Diretor da Comunicação do evento, apresentou as várias equipas de trabalho do COL, e a todos deixou uma palavra de agradecimento.

Neste encontro, teve importante papel o secretário executivo da JMJ Lisboa 2023, Duarte Ricciardi, que apresentou a ‘Fase de Implementação’, que agora tem início. “É uma fase em que tudo o que andámos a sonhar, nos últimos três anos, vai ganhar forma”, assegura, garantindo que, à medida que se “tornam visíveis estes sinais da preparação”, os jovens “vão-se sentindo, cada vez mais, parte deste caminho” – afirmou.

Desde o dia 27 de janeiro de 2019, quando foi conhecida a escolha da cidade de Lisboa pelo Papa Francisco para a realização da próxima Jornada Mundial da Juventude, que centenas de voluntários participam na preparação da JMJ Lisboa 2023.

Com esta nova fase de implementação foi lançado um vídeo com o testemunho de muitos jovens voluntários, que estão a participar na organização da JMJ Lisboa 2023. São palavras ditas com emoção e que demonstram a enorme expectativa pelo encontro e a alegria de poder partilhar a fé.

Neste vídeo há um especial espaço para D. Américo Aguiar que afirma contar com a vasta equipa da organização da JMJ e agradece os sacrifícios de todos os que estão a colaborar com este grande evento.

A Rádio Vaticano e o Vatican News continuam a acompanhar cada vez com maior intensidade a organização e preparação da Jornada Mundial da Juventude que decorrerá em Lisboa em 2023.

Laudetur Iesus Christus

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Santo Onésimo

S. Onésimo | cruzterrasanta
16 de fevereiro
Santo Onésimo

Santo Onésimo – ex-ladrão e escravo

Protetor dos que se encontram na condição de escravidão

Onésimo, o escravo

Onésimo era literalmente escravo de um homem rico importante da Frígia, atual Turquia, no final do Século I. Seu “dono” chamava-se o Filemon. A bela história de Filemon e Onésimo se cruzam com a história de São Paulo formando uma das mais belas páginas do Novo Testamento.

Ladrão

Aconteceu que Filemon (o “dono), sua esposa e filho ouviram uma pregação do Apóstolo Paulo e, tocados pelo poder da Palavra de Deus, converteram-se. São Paulo ministrou o batismo a toda a família de Filemon e os dois passaram a ser grandes amigos. Onésimo, por sua vez, não se sabe porque, roubou dinheiro de Filemon, seu amo. Por isso, temendo ser duramente castigado, como de fato acontecia, resolveu fugir. Por uma ironia, o nome Onésimo, em Grego, significa “útil”.

Preso em Roma

Temendo por seu destino, Onésimo fugiu para Roma. Ele sabia que o castigo para os escravos infratores e recapturados era uma marca definitiva: eles tinham a letra "F" marcada com brasa na testa. Para os ladrões, isso era quase como a morte, pois passavam a ser rejeitados e cruelmente hostilizados. Por isso, Onésimo fugiu para Roma. Lá, porém, deve ter cometido algum outro delito, pois foi preso.

O inesperado encontro com Paulo

Na prisão, um presente inesperado de Deus: Onésimo conheceu o apóstolo Paulo que, na ocasião, estava preso por perseguição dos judeus, sob o poder da justiça romana. Este encontro mudou a vida de Onésimo. Ao conhecer a história de Jesus Cristo e o poder de sua paixão e ressurreição através do ardoroso Paulo, Onésimo se converteu e descobriu uma nova vida nova jamais sonhada. Nesse processo de conversão, Onésimo caiu em si, reconheceu seu pecado, confessou-o a Paulo e foi perdoado. Uma nova jornada começava para Onésimo.

Onésimo: motivo de uma carta que entrou para a história

Na prisão, Paulo ministrou a Onésimo o batismo. E, tendo Onésimo cumprido sua pena, recebeu a liberdade. Mas Paulo o enviou de volta a seu amo, o também amigo e irmão na fé Filemon. E enviou-o com uma carta. Essa carta, escrita de próprio punho, é uma das páginas mais lindas do Novo Testamento. Nela, Paulo mostra seu coração misericordioso e cheio de amor para com seus filhos espirituais, especialmente Onésimo.

A carta

Na carta a Filemon, Paulo explica que está disposto a pagar pelo erro do escravo, caso Filemon não o perdoe, pois tem a convicção de que Onésimo convertera-se radicalmente e tornara-se um cristão firme e forte. Ele conta como foi a conversão de Onésimo e, cheio do Espírito Santo, escreve: "Venho suplicar-te por Onésimo, meu filho, que eu gerei na prisão. Ele outrora não te foi de grande utilidade, mas agora será muito útil, tanto a mim como a ti. Eu envio-o a ti como se fosse o meu próprio coração....Portanto, se me consideras teu irmão na fé, recebe-o como a mim próprio". (Filemon 18 e 19)

De escravo a apóstolo

Conhecedor da santidade de Paulo e do poder da Palavra de Deus, que é capaz de transformar pessoas, Filemon não só perdoou Onésimo como, também, deu a ele a liberdade. Depois, reconhecendo a vocação apostólica de Onésimo, Filemon apoiou totalmente seu ex-escravo. Este que passou a ser um pregador da Palavra de Deus tanto oralmente quanto pelo seu exemplo de vida.

Apóstolo enviado por Paulo

Onésimo, como filho espiritual de Paulo ficou muito ligado a seu pai espiritual (Paulo). Paulo, por sua vez, certo da vocação de Onésimo, mesmo da prisão enviou-o à cidade de Colossos como pregador. Depois da maravilhosa experiência em Colossos, Onésimo foi para Éfeso. Lá, foi sagrado bispo, substituindo outro santo e discípulo de Paulo chamado Timóteo.

Mártir

A missão episcopal de Santo Onésimo na cidade de Éfeso foi promissora. Seu ardor missionário e virtudes cristãs ultrapassaram Éfeso e sua fama se espalhou. Por causa disso e de sua liderança cristã fortemente reconhecida, Onésimo foi preso pelas forças do imperador romano Domiciano. Levado a Roma, foi julgado e condenado a morrer apedrejado. Santo Onésimo entregou sua vida por causa de Jesus Cristo e do Evangelho.

Oração a Santo Onésimo

“Ó Deus, que destes a Santo Onésimo a graça de conhecer-vos quando estava na prisão, já sem esperança de uma vida melhor, Por intercessão de Santo Onésimo dai também a nós a graça de conhecer-vos, mesmo estando em nossas prisões interiores. Liberta-nos de toda escravidão como fizestes a Santo Onésimo e fazei de nós evangelizadores pela Palavra e pelo testemunho de vida. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, amém. Santo Onésimo, rogai por nós.”

Fonte: https://cruzterrasanta.com.br/

terça-feira, 15 de fevereiro de 2022

Papa: o sucesso mundano é fracasso, pois se baseia no egoísmo

Antoine Mekary | ALETEIA

O discípulo de Jesus não encontra sua alegria no dinheiro, no poder ou em outros bens materiais, mas em algo diferente.

OPapa Francisco comentou no Angelus deste domingo as bem-aventuranças. Segundo o Papa, a primeira bem-aventurança é a base de todas as outras.

“Bem-aventurados vós, os pobres, porque vosso é o Reino de Deus”. Ou seja, Jesus diz que seus discípulos “são bem-aventurados e pobres; que são bem-aventurados porque são pobres”. Mas em que sentido?

“No sentido de que o discípulo de Jesus não encontra a sua alegria no dinheiro, no poder ou em outros bens materiais, mas nos dons que recebe de Deus todos os dias: a vida, a criação, os irmãos e as irmãs, e assim por diante: são dons da vida”, disse Francisco.

A lógica de Deus

Segundo o Papa, mesmo os bens que o discípulo de Jesus possui, ele se sente- feliz em partilhá-los, porque vive na lógica de Deus: a gratuidade.

O discípulo aprendeu a viver na gratuidade. Esta pobreza é também uma atitude em relação ao sentido da vida, porque o discípulo de Jesus não pensa que o possui, que já sabe tudo, mas sabe que deve aprender todos os dias. E essa é uma pobreza: a consciência de ter que aprender a cada dia (…). Por isso é uma pessoa humilde, aberta, livre de preconceitos e rigidez.

Apego

Recordando o Evangelho do domingo passado, em que Pedro aceita o convite de Jesus para lançar as redes em uma hora inusitada, e admirado com a prodigiosa pesca, deixa tudo para seguir o Senhor, o Papa comentou:

Pedro mostra-se dócil deixando tudo, tornando-se assim discípulo. Por outro lado, quem é muito apegado às próprias ideias e às próprias seguranças, dificilmente segue realmente Jesus. Segue-o um pouco – somente nas coisas com as quais eu concordo e que Ele está de acordo comigo – nas outras não. E este não é um discípulo. E assim cai na tristeza.

Fica triste porque as contas não fecham, porque a realidade escapa aos seus esquemas mentais e ele se vê insatisfeito. O discípulo, por outro lado, sabe questionar-se, sabe buscar humildemente a Deus todos os dias, e isso lhe permite mergulhar na realidade, apreendendo dela a riqueza e a complexidade.

Riqueza, pensamento mundano

O Papa Francisco explicou que o discípulo de Jesus “aceita o paradoxo das Bem-aventuranças”. Elas declaram que é bem-aventurado, isto é, feliz, “quem é pobre, quem carece de tantas coisas e reconhece isso”.

Humanamente, somos levados a pensar de outra forma: é feliz quem é rico, quem é saciado de bens, quem recebe aplausos e é invejado por muitos, quem tem todas as seguranças. E este é um pensamento mundano, não é pensamento das Bem-aventuranças. Jesus, ao contrário, declara um fracasso o sucesso mundano, pois se baseia em um egoísmo que infla e depois deixa o vazio no coração.

Assim – prosseguiu o Papa –, perante o paradoxo das Bem-aventuranças, “o discípulo deixa-se pôr em crise, consciente de que não é Deus quem deve entrar nas nossas lógicas, mas nós nas suas”.

E isso requer um caminho, às vezes cansativo, mas sempre acompanhado pela alegria. Porque o discípulo de Jesus é alegre com a alegria que lhe vem de Jesus. Porque, recordemo-nos, a primeira palavra que Jesus diz é: bem-aventurados. Disto o nome das Bem-aventuranças. Este é o sinônimo de ser discípulo de Jesus.

O Senhor, libertando-nos da escravidão do egocentrismo, desfaz nossos fechamentos, dissipando a nossa dureza, e nos revela a verdadeira felicidade, que muitas vezes se encontra onde nós não pensamos. É Ele a guiar a nossa vida, não nós, com os nossos preconceitos ou com as nossas exigências. O discípulo, por fim, é aquele que se deixa guiar por Jesus, que abre o coração a Jesus, escuta-O e segue o caminho.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

“Bem-aventurados os perseguidos”

Guadium Press

A liturgia de hoje nos convida a estarmos mais próximos de Nosso Senhor. Acolhamos com atenção as palavras que ele quer nos transmitir neste 6º Domingo do Tempo Comum.

Redação (Gaudium PressO Evangelho de hoje nos pinta uma cena magnífica: uma pregação de Nosso Senhor.

“Naquele tempo, Jesus desceu da montanha com os discípulos e parou num lugar plano. Ali estavam muitos dos seus discípulos e grande multidão de gente de toda Judeia e de Jerusalém, do litoral de Tiro e Sidônia” (Lc 6,17-18).

Ora, por que não subiram todos para ouvir a pregação do Divino Mestre? É São Beda quem nos responde: “Raras são as vezes em que se observará as turbas seguindo a Jesus até as alturas, ou que ele tenha curado algum enfermo no cimo do monte; senão que, uma vez acurada a febre das paixões e acesa a luz da ciência, devagar sobe-se até o cume da perfeição evangélica”[1]. De fato, havia algo em suas almas que os impedia de subir não só ao monte onde Nosso Senhor estava, mas, sobretudo, a alta montanha da santidade.

Um vício que nos afasta de Jesus

Nessa pregação que nos narra o Evangelho – conhecida como “Sermão das bem-aventuranças” – Nosso Senhor diz: “Bem-aventurados vós, os pobres, porque vosso é o Reino de Deus” (Lc 6,20). Mas, o que vem a ser tal pobreza? Significa viver na miséria? É necessário entendermos bem isso.

Algo que vale a pena ressaltar é o que vem antes da mencionada afirmação: “E, levantando os olhos para os seus discípulos” (Lc 6,20). Ou seja, era a respeito deles que Nosso Senhor falava! Como vimos no início do evangelho, eles desceram a montanha junto com Jesus (Cf. Lc 6,17). De fato, eles tinham deixado tudo para seguir o Mestre. E era isto o que faltava àquela multidão: desapegar-se do reino do mundo para entregar-se ao Reino de Deus.

Quem faz deste mundo seu fim último se afasta de Nosso Senhor e bem poderá ouvir as palavras do profeta Jeremias na primeira leitura de hoje:

“Maldito o homem que confia no homem e faz consistir sua força na carne humana, enquanto o seu coração se afasta do Senhor” (Jr 17, 5).

É indispensável que, embora vivendo neste mundo – afinal, somos homens –, estejamos sempre voltados para as coisas do céu e só em Deus coloquemos nossa esperança, pois, como diz o salmo de hoje:

“É feliz quem a Deus se confia” (Cf. Sl 1).

Ou Deus ou o mundo

A liturgia de hoje nos coloca, portanto, diante de duas opções: ou o Reino do Céu, ou o reino deste mundo. Deus é quem reina no primeiro, como sabemos. Já no segundo… creio não ser preciso dizer.

É absoluta a oposição entre estes dois reinos, e é difícil calcular até onde pode chegar a aversão e o ódio dos que vivem para este mundo em relação aos verdadeiros filhos de Deus. Contudo, isso não deve ser causa de tristeza, mas sim de maior alegria, como Nosso Senhor nos diz no Evangelho de hoje:

“Bem-aventurados sereis quando os homens vos odiarem, vos expulsarem, vos insultarem e amaldiçoarem o vosso nome por causa do Filho do Homem! Alegrai-vos, nesse dia, e exultai, pois será grande a vossa recompensa no céu; porque era assim que os antepassados deles tratavam os profetas” (Lc 6,22-23).

Rezemos para alcançar essa pobreza de que nos aconselha a liturgia de hoje. Estejamos sempre com o coração voltado para Deus e nunca nos esqueçamos de que não fomos feitos para este mundo, mas sim para o Reino dos Céus. Procedendo assim, ainda que odiados pelo mundo, seremos amados por Deus!

Por Lucas Rezende


[1] SÃO BEDA, apud SÃO TOMÁS DE AQUINO. Catena Aurea. In Lucam, c. VI, v. 17-19.

Fonte: https://gaudiumpress.org/

Carmem Hernández Barreira - Biografia

Carmem Hernández | cn.org.br

BIOGRAFIA

24 DE NOVEMBRO DE 1930,
† MADRI, 19 DE JULHO DE 2016

Carmen foi, junto com Kiko, a iniciadora do Caminho. Nasceu em Ólvega (Soria, Espanha) em 24 de novembro de 1930. Foi a quinta de nove filhos - quatro homens e cinco mulheres - e viveu sua infância em Tudela (Navarra, Espanha).

Em Tudela estudou na Compañía de María e teve contacto com a Compañía de Jesús (jesuítas). Influenciado pelo espírito missionário de São Francisco Xavier, desde muito jovem sentiu a vocação de ir em missão na Índia. Por vontade do pai, em 1948 começou a estudar Química em Madrid, onde se formou com as notas mais altas em 1954.

Durante algum tempo trabalhou com o pai na indústria alimentar numa fábrica que a família possuía em Andújar (Jaén), mas decidiu partir para Javier, onde passou a fazer parte de um novo instituto missionário: os Missionários de Cristo Jesus . Depois do noviciado, estudou teologia na casa de formação teológica para religiosos em Valência. Em 1960 ela foi enviada para a Índia. Para esta missão teve que se preparar em Londres (na época o país asiático pertencia à Commonwealth), onde permaneceu por um ano. Naquela época, houve uma mudança de direção nos Missionários de Cristo Jesus que limitou sua abertura à missão, então Carmen voltou de Londres para Barcelona. Lá conhece o padre Pedro Farnés Scherer, que acabara de concluir seus estudos no Instituto de Liturgia de Paris,

Nas suas aulas, o P. Farnés apresentou as fontes pascais da Eucaristia e uma eclesiologia renovada que mostrava a Igreja como a luz das nações. O animado contato de Carmen com os autores dessa renovação conciliar teve grande influência, posteriormente, na formação das catequeses do Caminho Neocatecumenal.

De meados de 1963 a meados de 1964, Carmen viajou pela Terra Santa com a Bíblia, aprendendo sobre os Lugares Santos. Ao retornar a Madri, começou a trabalhar no quartel da periferia pensando em ir para a Bolívia como missionária com outros leigos celibatários. No entanto, lá conhece Kiko Argüello, que morava no quartel de Palomeras Altas, e decide ficar na mesma área. No meio dos pobres, ambos descobriram o poder do mistério pascal e da pregação do Kerygma (Boa Nova de Cristo morto e ressuscitado) e viram nascer a primeira comunidade. Gracias a la confirmación de esta nueva realidad por el entonces arzobispo de Madrid, Mons. Casimiro Morcillo, Carmen colabora con Kiko llevando a las parroquias –primero a Madrid, después a Roma ya partir de entonces a otras ciudades y naciones– esta obra de renovación da Igreja.

Carmen Hernández faleceu em 19 de julho de 2016 em Madrid. No seu funeral, presidido pelo Cardeal Arcebispo de Madrid Carlos Osoro Sierra, e com a presença de milhares de pessoas, Pe. Mario Pezzi sublinhou que com o Caminho é “a primeira vez na história que uma realidade eclesial é fundada por um homem e uma mulher que colabora constantemente há mais de 50 anos”. Além disso, o Papa enviou uma mensagem na qual afirma receber "com emoção" a notícia da morte de Carmen e destacou sua "longa existência marcada pelo amor a Jesus e por um grande entusiasmo missionário". "Agradeço ao Senhor o testemunho desta mulher, animada por um amor sincero à Igreja, que passou a vida anunciando a Boa Nova em todos os lugares, mesmo nos mais distantes, sem esquecer as pessoas mais marginalizadas".

Fonte: https://neocatechumenaleiter.org/pt-br/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF