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domingo, 13 de fevereiro de 2022

VI Domingo do Tempo Comum - Ano C

Dom Paulo Cezar | arqbrasilia

VI Domingo do Tempo Comum

Dom Paulo Cezar Costa

Arcebispo de Brasília

A vida bem-aventurada

            Neste domingo, a Palavra de Deus nos traz as bem-aventuranças na versão do Evangelho de São Lucas (Lc 6, 17. 20-26). No Evangelho de São Mateus, que apresenta Jesus como o novo Moisés, Jesus sobe a montanha e proclama a nova Lei. Em São Lucas, é o discurso da planície: “Jesus desceu da montanha com seus discípulos e parou num lugar plano” (Lc 6, 17). O fato de Jesus descer da montanha circundado pelos discípulos mostra que, de agora em diante, eles estarão envolvidos no ensinamento de Jesus. Lá estão os outros discípulos e a multidão. Aqui já há uma antecipação da futura comunidade cristã. Jesus, erguendo os olhos para os discípulos, proclama as bem-aventuranças, que são proclamações de forma positiva de bem-aventurados, felizes para categorias bem concretas de pessoas: pobres, famintos, quem chora etc. Esta concretude mostra que a felicidade do Reino não é uma realidade meramente espiritual, refugiada no interior dos corações, mas ela é construída, neste mundo, mediante a fidelidade a Jesus Cristo e a Seu Evangelho.  Elas são descritas de forma que o ouvinte de Jesus e os ouvintes de hoje se sintam interpelados: “bem-aventurados vós…”

Jesus proclama que são bem-aventurados quando vos odiarem, vos expulsarem, vos insultarem e vos amaldiçoarem por causa do Filho do Homem. Os primeiros cristãos viveram essa realidade pela perseguição que sofreram por causa do nome de Jesus Cristo. Ainda hoje, em várias partes do mundo, por falta do grande bem da liberdade religiosa, há tanta gente que sofre e até perde a vida por causa da fé em Jesus Cristo. O cristão que sofre por causa de Jesus Cristo, o mártir, tem esta certeza: a de que Deus mesmo será a sua recompensa: “Alegrai-vos, nesse dia, e exultai, pois será grande a vossa recompensa no céu”. Essa mesma atitude, que os discípulos de Jesus experimentam e as gerações futuras até a nossa vive, já se encontrava na tradição de Israel, na história dos profetas que sofreram e até morreram na sua fidelidade a Deus.

Na segunda parte do Evangelho, estão os “ai”. Se makarios, bem-aventurados, exprime a benção daqueles que esperam no Senhor, plen ouai, traduzido por “ai”, exprime uma palavra de condenação, de reprovação. A condenação, se percebermos bem, encontra-se exatamente no oposto às bem-aventuranças: ricos, vós que tendes fartura, que agora rides, quando todos vos elogiam. Não é a atitude em si que é condenada, mas quando esta atitude expressa oposição ao Reino de Deus, aos valores do Evangelho. O próprio Evangelho de Lucas descreve o encontro de Jesus com um rico: Zaqueu (Lc 19, 1-10). Neste encontro, o evangelista quer mostrar que um rico pode ser salvo.  O problema é quando se vive em oposição ao Reino, quando se ignora, na vida cotidiana, Jesus Cristo e seu Evangelho. Essa atitude de falsidade diante de Jesus Cristo e seu Evangelho já se encontrava, na tradição de Israel, expressa pela vivência dos falsos profetas com relação a Deus: viveram da falsidade. Só que com Deus não se brinca. Deus aceita nossas limitações, nossas incapacidades de responder ao Seu projeto de amor, mas não nosso deboche ou nossa indiferença.

Que escutar as bem-aventuranças e refletir sobre elas nos ajudem a crescer no caminho de discipulado e do comprometimento com Jesus Cristo e seu Evangelho.

Fonte: https://arqbrasilia.com.br/

São Cristóvão, igreja colonial do Rio de Janeiro, reabre após restauração

Dom Orani na missa de reabertura da igreja de São Cristóvão.
Foto: Captura de vídeo

RIO DE JANEIRO, 11 fev. 22 / 02:42 pm (ACI).- O arcebispo do Rio de Janeiro, cardeal Orani João Tempesta, presidiu a missa de reabertura da igreja matriz de são Cristóvão, na capital fluminense, na quarta-feira, 9 de fevereiro.  A igreja de 394 anos esteve fechada por sete meses para obras de restauração.

Em sua homilia, o arcebispo falou da importância da beleza e da restauração, que “pode levar as pessoas a verem no belo uma inspiração para fazer o bem”.

“Pode parecer algo muito supérfluo o ato de fazer uma restauração. Não é. Faz parte de uma cultura humana, faz parte do nosso belo interior, que faz com que venha à tona tantas coisas importantes”, afirmou.

Dom Orani lembrou que a igreja de são Cristóvão “nasceu na época dos jesuítas” e, com o passar do tempo, “foi sendo embelezada pelos vários padres que passaram por aqui até ter essa beleza de hoje e essa história de 394 anos de presença dessa igreja aqui nesse lugar”. Segundo ele, “de certa forma, ela [a igreja], por sua presença, chama as pessoas à oração, à fé ao passarem por aqui”.

“Por isso, nós louvamos a Deus de poder ter justamente esta restauração, e restaurar um pouco dessa beleza de um templo que representa os templos de Deus que somos todos nós”, afirmou. “Pedimos que a beleza restaurada dessa igreja possa levar muitos a buscar Deus e a fazer o bem”, completou.

Igreja de São Cristóvão, no Rio de Janeiro. Foto: Wikimedia (CC BY-SA 3.0)

Pelos documentos guardados no arquivo da igreja, sabe-se que, no ano de 1627, ela já existia e era chamada de ‘igrejinha’. Construída à beira-mar, tinha as águas da baía de Guanabara quase à porta de entrada.

Os aterros feitos na baía de Guanabará afastaram o mar.

Membros da família imperial, incluindo dom Pedro II frequentaram a “igrejinha”. Em 1856, por decreto imperial, foi criada a paróquia de São Cristóvão, desmembrada da freguesia de São Francisco Xavier do Engenho Velho.

Ao longo de sua história, a igreja passou por algumas reformas. “Uma das reformas foi realizada por dom Pedro I, a pedido da Marquesa de Santos, que residia no bairro e frequentava esta Igreja”, segundo relato histórico do site da Comissão de Preservação do Patrimônio Histórico e Cultural da arquidiocese do Rio, retirado do livro ‘Templos Católicos do Rio de Janeiro’, de Orlindo José de Carvalho.

Outra grande reforma aconteceu entre 1898 e 1902. No ano de 1996, foi trocado o telhado. Em 1997, o pároco iniciou uma grande campanha para conseguir reformar a Igreja, que estava em estado precário. No final de 1999, a igreja foi interditada e foi realizada reforma que durou dois anos.

Fonte: https://www.acidigital.com/

Núncio na Ucrânia: quem provoca a guerra não tem o direito de chamar-se cristão

Ucranianos participam da Marcha da Unidade pela Ucrânia no centro de Kiev,
em meio a tensões na fronteira Ucrânia-Rússia. (EPA/SERGEY DOLZHENKO)-
(ANSA)

É alta a tensão no leste europeu com a ameaça de uma invasão russa no território ucraniano. Vários países têm diminuído o pessoal diplomático nas embaixadas em Kiev. Na última quarta-feira, em mais um apelo pela paz, o Papa pediu para não esquecer que "a guerra é uma loucura".

"Repito a todos que, aqueles que causam a guerra ou aqueles que não se comprometem em proteger a paz, não têm o direito de se chamar cristão".

O núncio apostólico na Ucrânia, Visvaldas Kulbokas, não mede palavras nessas horas tão delicadas em que a paz mundial está tão duramente ameaçada.

"As pessoas estão muito preocupadas e tensas", disse o núncio à Agência SIR dos bispos italianos: "É evidente que os políticos muitas vezes não encontram ferramentas adequadas para superar os conflitos, porque quase sempre há algum conflito entre os interesses de parte".

"Meu sonho – acrescenta Visvaldas Kulbokas - é ver não só na Europa, mas em todos os lugares, mais pessoas que se dediquem à política com sinceridade e dedicação, reconhecendo que se trata de uma vocação digna, a serviço de todos, de não deixar nas mãos de quem zomba da política como se a própria vida e a dos outros não fossem nada”.

Ao ser questionado sobre qual caminho tomar para promover a paz nos dias atuais, o núncio não hesita em responder: "Antes de tudo, converter-nos a Deus e ao nosso verdadeiro e eterno 'eu', isto é, a nós como seres humanos, chamados a ser luz e amparo uns dos outros".

E acrescenta: “Nós, como pessoas de fé, cristãos ou judeus ou muçulmanos, sabemos que só na verdadeira fé em Deus temos a possibilidade - e a chave certa - de resolver os conflitos; gostemos ou não, é assim: só a fé sincera nos ilumina”.

“A paz e a promoção da convivência entre todos – recorda o núncio – continuam sendo nossa vocação clara e imperativa. Confiemos nossa súplica de paz ao Senhor Jesus e à Virgem Maria”.

*Com Agência Sir

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

São Gregório II

S. Gregório II | arquisp
13 de fevereiro

São Gregório II, papa

Gregório nasceu no ano de 669. Pertencia a uma família cristã da nobreza romana, o pai era senador e a mãe uma nobre, que se dedicava à caridade. Ele teve uma educação esmerada junto à cúria de Roma. Muito culto, era respeitado pelo clero Ocidental e Oriental. Além da conduta reta, sabia unir sua fé inabalável com as aptidões inatas de administrador e diplomata. Tanto que, o papa Constantino I pediu que ele o acompanhasse à capital Constantinopla, para tentar resolver junto ao imperador do Oriente, Leão II, que se tornara iconoclasta, a grave questão das imagens.

Escolhido para o pontificado em 19 de maio de 715, Gregório II governou a Igreja durante dezesseis anos. Neste longo período, administrou seu rebanho com generosidade e sabedoria, consolidando a posição da Igreja no cenário político e religioso. Em 719, enviou são Bonifácio à Alemanha e nos anos seguintes encorajou e apoiou a sua missão apostólica.

Incentivou a vida monástica e enfrentou com firmeza, o imperador Leão II, que com um decreto proibia o culto das imagens, o qual, provocou um levante das províncias da Itália contra o exército que marchava para Roma. Gregório não se intimidou, mas para evitar um confronto com os muçulmanos, mandou consertar as muralhas de Roma.

Desde os primeiros tempos, o cristianismo venerou as imagens de Cristo, da Virgem e dos santos. Esta maneira, típica do Oriente, de expressar a religiosidade chegou e se difundiu por todo o Ocidente a partir dos séculos VI e VII. A seita iconoclasta não entendia o culto como legítimo, baseando-se no Antigo Testamento e também porque numa imagem de Cristo não se pode representar as suas duas naturezas: terrena e divina, que são inseparáveis. Mas, a legitimidade foi comprovada através dos argumentos da Sagrada Escritura e essencialmente do fato da própria encarnação.

O papa Gregório II expulsou a seita dos iconoclastas, antes de falecer no dia 11 fevereiro de 731. A Igreja sempre condenou a idolatria com rigidez e como reza o Evangelho, por isto mesmo nunca prestou adoração a imagem alguma. O culto tradicional de veneração sim, pois nele não se adora uma imagem , este ato é dirigido à memória e à lembrança, daqueles que ela resgata e reproduz. São Gregório II faz parte do calendário litúrgico se sua festa foi designada para o dia 13 de fevereiro.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

https://arquisp.org.br/

sábado, 12 de fevereiro de 2022

Dos Sermões do Bem-aventurado Isaac, abade do mosteiro de Stella

liturgiadashoras.online

Dos Sermões do Bem-aventurado Isaac, abade do mosteiro de Stella

(Sermo 31: PL 194,1292-1293)         (Séc. XII)

A supremacia da caridade

Por que, irmãos, somos tão pouco solícitos em buscar ocasiões de salvação uns para os outros? Tão pouco cuidadosos em mais ajudarmo-nos mutuamente onde a necessidade for maior em carregar os fardos dos irmãos? O Apóstolo a isto nos exorta dizendo: Carregai os fardos uns dos outros e cumprireis assim a lei de Cristo; e em outro lugar: Suportando-vos reciprocamente na caridade. É esta, na verdade, a lei de Cristo.

Se há em meu irmão – seja por indigência seja por fraqueza corporal ou de educação – alguma coisa de incorrigível, por que não a suporto com paciência, e não a levo de bom grado? Pois está escrito: Seus filhos serão levados aos ombros e consolados no regaço? Não será porque me falta aquela caridade que tudo sofre, que é paciente para suportar e benigna para amar?

Certamente esta é a lei de Cristo, dele que assumiu verdadeiramente nossas enfermidades pela paixão e suportou nossas dores pela compaixão, amando os que carregava, carregando os que amava.

Quem ataca o irmão em necessidade, quem põe armadilhas de qualquer tipo à sua fraqueza, está, sem dúvida alguma, sujeito à lei do demônio e a obedece. Sejamos então compassivos uns pelos outros, amantes da fraternidade, pacientes com as fraquezas, perseguidores dos vícios.

Toda vida que se preocupa sinceramente com o amor de Deus e, por ele, com o amor do próximo, é mais aprovada por Deus, sejam quais forem suas observâncias ou seus usos religiosos. A caridade é aquela em vista da qual tudo se deve fazer ou não fazer, mudar ou não mudar. É ela o princípio e o fim que devem regular tudo. Nada é culpável quando feito por ela e em conformidade com ela.

Oxalá ela nos seja concedida por aquele a quem não podemos agradar sem ela, pois sem ele nada absolutamente podemos, ele que vive e reina, Deus, pelos séculos infindos. Amém.

Fonte: https://liturgiadashoras.online/

Posse do novo Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Esperança na Asa Norte

PASCOM | arqbrasilia

Na alegria de receber um novo pastor, os fiéis da Paróquia Nossa Senhora da esperança, na Asa Norte, participaram da Santa Missa de Posse do novo Pároco, Padre João Batista Mezzalira, na noite da última quarta-feira. A Celebração foi presidida por Dom Paulo Cezar Costa, Arcebispo de Brasília, e contou com a presença de inúmeros sacerdotes e da comunidade.

O rito de posse se iniciou com a leitura da provisão de nomeação do novo pároco e com o seu juramento de fidelidade, onde, assente em todas as verdades de fé da Igreja, prometendo honrá-las e ensiná-las.

Em sua homilia, Dom Paulo refletiu sobre a não autossuficiência da Igreja, lembrando a todos que “a Igreja não se basta a si mesmo e, graças a Deus que não se basta, se não seríamos autossuficientes, seríamos aquilo que aconteceu na história, seríamos pelagianos – que achavam que a salvação viria tão somente por uma perfeição moral na Terra e que eles mesmos se bastavam e não precisavam de Deus e da Igreja. Mas temos que ter em mente que a Igreja, que cada um de nós, somos sustentando pelo Senhor. O Senhor é aquele que dá tudo, o Senhor é aquele que dá pastores, que dá os sacramentos, que nos alimenta com a Eucaristia, que sempre vai sustentando o seu povo com seu amor misericordioso.”

O Arcebispo ainda mostrou que, a partir das leituras, a sabedoria que é dada a Salomão, também é concedida a todos hoje: “a sabedoria dada a Salomão também é concedida a nós, hoje, através dos dons do Espírito. Ela se manifesta nas pequenas coisas, no dia a dia, e nós devemos nos lembrar que ela é sempre dom de Deus, nunca é mérito somente nosso, mas dádiva do amor misericordioso de Deus para com o homem.”

PASCOM | arqbrasilia

Ao final da celebração, o novo Pároco, Padre João Batista, rendeu graças a Deus e partilho sua alegria de responder ao chamado: “Estou muito agradecido ao Senhor por este novo tempo que se abre, com D. Paulo Cezar me confiando os cuidados da Paróquia Nossa Senhora da Esperança. Ao longo desta trajetória de 15 no ministério sacerdotal, a criatividade de Deus me proporcionou experiências memoráveis, nas quais a providência e a fidelidade d’Ele sempre me acompanharam. Estou seguro de que a Sua graça nesta nova missão como pároco trará muitos frutos para a santificação minha e dos paroquianos. Que a comunhão que se expressa nesta fervorosa acolhida possa plasmar um tempo de copiosas bênçãos!”

Fonte: https://arqbrasilia.com.br/

Papa Francisco fala dos estragos da teologia marxista

@CESM.Arg
Por Esteban Pittaro

"Lembre-se, por exemplo, do mal causado pela ideologização de matiz marxista em alguns centros latino-americanos na década de 1970."

Por ocasião dos 50 anos de fundação do Centro de Espiritualidade Santa Maria, uma instituição argentina para formação e espiritualidade que acompanhou o “caminho ao coração” de milhares de pessoas ao longo dos anos, o Papa Francisco enviou uma carta à fundadora, Inés María Ordoñez de Lanús, na qual reflete sobre o caminho a ser seguido por esse tipo de centro católico.

O Centro de Espiritualidade Santa Maria propõe acompanhar as pessoas “no caminho do seu próprio coração para descobrir o sentido da sua vida”. Trata-se do “Caminho ao Coração” a que o Papa faz referência.

Francisco escreveu:

“O caminho de um centro de espiritualidade não deve ser outro senão o caminho do Evangelho. Simples, claro, cotidiano, seguindo os passos de Jesus… e aceitando também trilhar o caminho do ‘compreendeer’ o Evangelho (que não é a mesma coisa que ‘entender’)”.

O Papa afirma:

“No seguimento de Jesus se ‘simultaneiam’ luzes e sombras, claridade e escuridão, alegria e tristeza… E para tudo correr bem nesse ‘simultaneamento’, é necessário o diálogo contínuo com o Espírito Santo, luz e amor, criador de diferenças e ao mesmo tempo criador da harmonia”.

O Espírito Santo, reforça o Papa, “é a harmonia”, é “a alma de um centro de espiritualidade”.

Escolha a originalidade do Evangelho

Francisco exorta, na carta, que um centro de espiritualidade opte “pela originalidade do Evangelho”, esclarecendo que “com certeza será tentado por alguma ideologia”. No seu “caminho de maturidade”, o centro deve “vencer essas tentações e sempre ‘ressituar-se’ na originalidade do Evangelho”.

É quando o Papa Francisco lembra explicitamente à fundadora uma característica da década de 1970, quando foi criado o próprio centro que agora chega aos 50 anos, em relação aos erros da teologia marxista:

“Lembre-se, por exemplo, do mal causado pela ideologização de matiz marxista em alguns centros latino-americanos na década de 1970”.

Abertura ao Espírito Santo e discernimento para garantir o caminho certo

“Deste centro, deste núcleo, deve nascer e organizar-se tudo. O caminho de seguimento de Jesus; a harmonia, é obra do Espírito ao qual devemos estar abertos”. Um “método necessário”, complementa Francisco, é a “capacidade de discernimento no caminho”, capacidade esta que “marcará o ritmo e garantirá o caminho certo”.

ARGENTINA

Sobre o Centro de Espiritualidade Santa Maria

Centro de Espiritualidade Santa María foi fundado em 1972 por Inés María Ordoñez de Lanús, leiga, mãe de família. Propõe “uma espiritualidade mística e encarnada para viver a vida em plenitude e alegria, experimentando a presença de Deus na vida cotidiana e integrando a fé à vida por meio da oração”.

Com diversas atividades e grupos, acompanha os participantes num caminho de união com Deus. É um caminho de santidade a ser percorrido em comunidade: o “caminho ao coração”. Há propostas específicas para idosos, adultos, adolescentes e crianças.

O centro está presente na Argentina, Chile, Estados Unidos e México.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Os 10 melhores momentos do pontificado de Bento XVI

Bento XVI. Foto: © Vatican Media/ACI Prensa. Todos os direitos reservados
Por Walter Sánchez Silva

REDAÇÃO CENTRAL, 11 fev. 22 / 03:33 pm (ACI).- Sem dúvida, o papa emérito Bento XVI deixou uma marca profunda no coração dos católicos em todo o mundo. Ao se completar neste dia 11 de fevereiro 9 anos desde o anúncio de sua renúncia, recordamos 10 momentos intensos do seu pontificado:

1. Suas primeiras palavras

Em 19 de abril de 2005, depois do Conclave em que foi eleito, Bento XVI pronunciou suas primeiras palavras da sacada da Basílica de São Pedro:

"Depois do grande Papa João Paulo II, os Senhores Cardeais me elegeram, simples e humilde trabalhador na vinha do Senhor. Consola-me saber que o Senhor sabe trabalhar e agir também com instrumentos insuficientes. E, sobretudo, recomendo-me às vossas orações", disse.

2. JMJ Colônia 2005: Somente os santos salvarão o mundo

Em 20 de agosto de 2005, na Jornada Mundial da Juventude em Colônia (Alemanha), que havia sido convocada por João Paulo II, Bento XVI dirigiu uma mensagem intensa aos milhões de jovens reunidos no Marienfeld ou Campo de Maria.

Bento XVI destacou: "Dissemos que os santos são os verdadeiros reformadores. Agora gostaria de o expressar de modo mais radical: só dos Santos, só de Deus provém a verdadeira revolução, a mudança decisiva do mundo”.

3. Visita ao campo de concentração de Auschwitz: Onde estava Deus?

Em 28 de maio de 2006, Bento XVI chegou ao campo de concentração de Auschwitz-Birkenau, na Polônia.

Em um discurso intenso, o Papa Emérito rezou pela "graça da reconciliação" e questionou: "Quantas perguntas surgem neste lugar! Sobressai sempre de novo a pergunta: Onde estava Deus naqueles dias? Por que Ele silenciou? Como pôde tolerar este excesso de destruição, este triunfo do mal? Nós não podemos perscrutar o segredo de Deus vemos apenas fragmentos e enganamo-nos se pretendemos eleger-nos a juízes de Deus e da história. Não defendemos, nesse caso, o homem, mas contribuiremos apenas para a sua destruição", destacou.

4. O discurso magistral aos bispos da América Latina em Aparecida, Brasil

Em 13 de maio de 2007, na festa de Nossa Senhora de Fátima e ao inaugurar os trabalhos da V Conferência Geral do Episcopado da América Latina e do Caribe, Bento XVI dirigiu um longo discurso no qual fez um diagnóstico e uma proposta para evangelizar o continente da esperança.

O atual Papa Emérito destacou a riqueza da fé na América Latina, incentivou a participação dos leigos na política e destacou algumas áreas prioritárias para a evangelização e a família, sacerdotes e vocações com os jovens. Você pode ler o discurso completo AQUI.

5. O discurso de Ratisbona que "ofendeu" os muçulmanos

Em 12 de setembro de 2006, Bento XVI pronunciou seu famoso discurso na Universidade de Ratisbona (Alemanha), manipulado pelos meios de comunicação para apresentá-lo como uma "ofensa" aos muçulmanos.

No discurso, citou o douto imperador bizantino Manuel II Paleólogo, quando dialogou em 1391 com um erudito persa em Ancara, atual Turquia: "Mostra-me também o que trouxe de novo Maomé, e encontrarás apenas coisas más e desumanas tais como a sua norma de propagar, através da espada, a fé que pregava".

Em seu discurso, Bento XVI afirmou que "o imperador, depois de se ter pronunciado de modo tão ríspido, passa a explicar minuciosamente os motivos pelos quais não é razoável a difusão da fé mediante a violência. Esta está em contraste com a natureza de Deus e a natureza da alma".

De acordo com o semanário espanhol Alba, foi a BBC da Inglaterra, que desencadeou a violência entre os muçulmanos ao publicar a matéria em suas edições em árabe, turco, farsi (Irã) e urdu (Paquistão) com o título: "O discurso do Papa excita a ira muçulmana".

Embora Bento XVI tenha pedido desculpas caso alguém tenha se sentido ofendido, ele nunca se retratou sobre o que disse no discurso.

6. O Ano da Fé

Bento XVI proclamou o Ano da Fé de 11 de outubro de 2012 a 24 de novembro de 2013, para comemorar o 50º aniversário da abertura do Concílio Vaticano II e o 20º aniversário da publicação do Catecismo da Igreja Católica.

Em sua homilia na inauguração, disse que esse tempo poderia ser entendido como "uma peregrinação nos desertos do mundo contemporâneo, em que se deve levar apenas o que é essencial: nem cajado, nem sacola, nem pão, nem dinheiro, nem duas túnicas - como o Senhor exorta aos Apóstolos ao enviá-los em missão, mas sim o Evangelho e a fé da Igreja".

7. A espera sob a chuva na JMJ Madri 2011

O dia 20 de agosto de 2011 ficou marcado nos corações de mais de 1 milhão de jovens que acompanharam Bento XVI na vigília da JMJ em Madri (Espanha), no Aeroporto de Cuatro Vientos.

Resistindo a chuva forte e depois de rejeitar o conselho de seus colaboradores para que saísse dali em três ocasiões, Bento XVI permaneceu no local, um pouco protegido pelo guarda-chuva com um grande sorriso no rosto.

Depois de alguns minutos, agradeceu a todos "pela vossa alegria e pela vossa resistência! A vossa força é mais poderosa que a chuva".

"Tivemos uma aventura juntos. Firmes na fé em Cristo, resististes à chuva". "Como aconteceu nesta noite, com Cristo podereis sempre enfrentar as provas da vida. Não o esqueçais!", disse Bento XVI, despedindo-se.

8. O sombreiro mexicano em León

Em 25 de março de 2012, o Papa Bento XVI presidiu uma grande Missa para a qual chegou usando um sombreiro mexicano.

Com um grande sorriso, o Santo Padre chegou no papamóvel cumprimentando as centenas de milhares de fiéis que se reuniram para a Missa no Parque Expo Bicentenário.

Em sua homilia, Bento XVI encorajou todos os presentes a pedirem a Cristo "um coração puro, onde Ele possa habitar como Príncipe da paz, graças ao poder de Deus que é o poder do bem, o poder do amor. E, para que Deus habite em nós, é preciso escutá-Lo, deixar-se interpelar cada dia pela sua Palavra, meditando-a no próprio coração, a exemplo de Maria".

9. Viagem a Cuba

Entre as várias atividades que presidiu durante sua visita ao país caribenho, em 26 março de 2012, Bento XVI celebrou uma Missa em Santiago, Cuba, onde disse: "Amados irmãos, sob o olhar da Virgem da Caridade do Cobre, desejo fazer um apelo a que deis novo vigor à vossa fé, vivais de Cristo e para Cristo, e luteis com as armas da paz, do perdão e da compreensão para construir uma sociedade aberta e renovada, uma sociedade melhor, mais digna do homem, que manifeste melhor a bondade de Deus".

10. Suas últimas palavras como Sumo Pontífice

Em 28 de fevereiro de 2013, 17 dias após anunciar sua renúncia, Bento XVI foi de helicóptero para a residência papal de Castel Gandolfo.

Em sua breve saudação às cerca de 10 mil pessoas presentes, o agora Papa Emérito disse: “Quero ainda, com o meu coração, o meu amor, com a minha oração, a minha reflexão, com todas as minhas forças interiores, trabalhar para o bem comum, o bem da Igreja e da humanidade”.

“Unidos ao Senhor, vamos para diante a bem da Igreja e do mundo. Obrigado!", concluiu.

Fonte: https://www.acidigital.com/

Francisco: crianças-soldado, um grito que se eleva a Deus

Criança com arma em conflito no continente africano | Vatican News

No Dia Internacional contra o Uso de Crianças-Soldado, o Papa recorda em um tweet o drama de tantos menores, vítimas de violência. Segundo a ONU, mais de 8.500 crianças foram usadas em cenários de hostilidade em 2020.

Benedetta Capelli e Andrea De Angelis - Cidade do Vaticano

"Uma tragédia", "um crime abominável". Ao longo dos anos, o Papa sempre fez ouvir a sua voz sobre a terrível chaga das crianças-soldado, tornando-se assim o intérprete da dor de muitos menores, arrancados da infância e obrigados a pegar em armas, tornando-se instrumentos de morte. Em um tweet em sua conta @Pontifex, publicado por ocasião do Dia Internacional contra o Uso de Crianças-Soldado, Francisco escreve:

Crianças soldados são roubadas de sua infância, de sua inocência, de seu futuro, muitas vezes de sua própria vida. Cada uma delas é um grito que se eleva a Deus e que acusa os adultos que colocaram as armas em suas pequenas mãos

Grave violação dos direitos das crianças

Crianças empregadas como combatentes, mas também como cozinheiras, porteiros, guardas, mensageiros. Meninas que estão envolvidas em várias atividades, como transporte, assistência médica, cozinhar, limpar e cuidar de outras crianças, mas que podem se tornar parte ativa do conflito, como na África, onde quase 40% das meninas recrutadas por forças ou grupos armados participam diretamente das hostilidades, ou no Oriente Médio onde existem apenas unidades femininas para o uso de armas táticas.

No entanto, ambos são vítimas de sequestros, ameaças, manipulações. Alguns são movidos pela pobreza, obrigados a gerar renda para suas famílias. Outros ainda unem forças para sobreviver ou proteger suas comunidades. Independentemente do seu envolvimento, o recrutamento e utilização de crianças por forças armadas - sublinha o UNICEF - constitui uma grave violação dos direitos da criança e do direito internacional humanitário.

Um fenômeno crescente

A ONU sublinha que em 2020 existiam mais de 8.500 crianças-soldados recrutadas e empregadas em zonas de guerra, um aumento em relação aos 7.750 casos registrados em 2019. Mais de 93.000 crianças-soldados entre 2005 e 2020. Apenas dois anos atrás as Nações Unidas verificaram 26.425 violações graves.

Quase 75% dos conflitos envolvem o recrutamento de crianças e bem mais da metade destas são meninas. O que as crianças sofrem são formas extensas de exploração e abuso que também se tornam sexuais no caso das meninas. O casamento precoce é outra ferramenta preferida por algumas partes em conflito: as meninas são forçadas a se casar com combatentes adultos do sexo masculino e vivem sob seu controle, muitas vezes submetidas à violência sexual diária.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

São Julião Hospitaleiro

S. Julião Hospitaleiro | arquisp
12 de fevereiro

São Julião Hospitaleiro

Conta a tradição que os pais de Julião eram nobres e viviam num castelo. No dia do seu batizado, seus pais tiveram um sonho idêntico. Nele, um ermitão lhes dizia que o menino seria um santo. O menino foi educado como um nobre, apreciando a caça como esporte, e apesar do caráter violento, era caridoso com os pobres.

Na adolescência, foi a vez de Julião. Ele sonhou com um grande veado negro que lhe disse: "Você será o assassino de seus pais". Impressionado, fugiu para nunca mais voltar. Ficou famoso como soldado mercenário. Casou-se com uma princesa e foi morar num castelo. Certa noite, saiu para caçar, avisando que voltaria só ao nascer do sol. Algumas horas depois, seus pais, já idosos, chegaram para revê-lo. Foram bem acolhidos pela nora que lhes cedeu o seu quarto para aguardarem o filho, repousando.

Julião regressou irritado porque não conseguira nenhuma caça. Mas a lembrança da esposa a sua espera acalmou seu coração. Na penumbra do quarto, percebeu que na cama havia duas pessoas. Possuído pela cólera matou os dois com seu punhal. Ao tentar sair, viu o vulto de sua mulher na porta do quarto. Então, ele compreendeu tudo. Desesperado abriu as janelas e viu que tinha assassinado os pais. Após os funerais, colocou a esposa num mosteiro, doou os bens aos pobres e partiu para cuidar da alma.

Tornou-se outro homem, calmo, humilde e pacífico. Andou pelos caminhos do mundo, esmolando. Por espírito de sacrifício contava a sua história e, então, todos se afastavam fazendo o sinal da cruz. Foi renegado por homens e animais. Vivia afastado, remoendo sua culpa, rezando em penitência, amargando suas visões fúnebres e os soluços da alma. Mas, Julião sentia necessidade de salvar vidas, ajudar os velhos e as crianças doentes e pobres. Decidiu então ajudar os leprosos na travessia de um rio, que pela violência da correnteza fazia muitas vítimas.

Julião, construiu sozinho um caminho para descer até ao rio. Em seguida reparou um velho barco e ergueu uma grande cabana. A travessia passou a ser conhecida por todos os leprosos, pois além de conduzi-los de graça, eram tratados por ele, na cabana. Ficou conhecido por "Julião Hospitaleiro". Costumava ir esmolar para distribuir o que ganhava com os que já não podiam caminhar.A cabana se tornou um verdadeiro hospital para leprosos. A fama de sua santidade começou a se espalhar, mas Julião continuava a sentir o tormento de sua alma, que só era aplacado quando cuidava dos seus leprosos. Até que uma noite, após um leproso morrer nos seus braços, Julião sentiu sua alma inundada por uma alegria infinita e caminhou para se encontrar face a face com Nosso Senhor Jesus Cristo, que o chamou para a glória do céu.

Esta é a história de Julião Hospitaleiro, e se encontra descrita, num dos vitrais da Catedral de Notre Dame, na França, que guarda suas relíquias. A diocese de Macerata, na Itália, onde dizem que ele permaceu durante anos mendigando e ajudando as pessoas com seus prodígios de santidade, também recebeu algumas delas. A Igreja o comemora no dia 12 de fevereiro, data que a tradição indicou como sendo a de sua morte.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

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Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF