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segunda-feira, 14 de fevereiro de 2022

São Metódio

S. Metódio | arquisp
14 de fevereiro

São Metódio. bispo

Miguel, primogênito dos sete filhos do juiz grego Leão, nasceu em 814 na Tessalonica, atual Salonico, Grécia. Tinha vinte e seis anos e era prefeito de Constantinopla, capital do Império Bizantino, quando seu pai morreu. Irmão de Constantino, foi aluno de Fócio, que assumiu a educação dos órfãos. Miguel e Constantino mudaram o nome para Metódio e Cirilo, ao se consagrarem sacerdotes.

Com a morte do pai, em 840, abandonou tudo e se recolheu no convento de Policron, no monte Olímpio, e se fez monge. Foi o imperador Miguel III quem o convocou para a missão evangelizadora da Morávia, da qual participou também seu irmão. Depois os dois foram para Roma, onde Cirilo, doente, acabou falecendo.

Metódio foi ordenado sacerdote pelo papa AdrianoII em 868 e, depois da cerimônia do sepultamento do irmão, foi nomeado delegado apostólico, consagrado bispo, e estabelecido como arcebispo para a Iugoslávia e Morávia. Uma carta, que o credenciava junto aos principados eslavos, continha a aprovação sem reservas para a liturgia na língua eslava.

Os acontecimentos políticos impediram que Metódio retornasse a Morávia. Ficou, então nos domínios do principado iugoslavo, que tinham sido evangelizados até Áustria. Alí foram inevitáveis os desencontros entre o clero latino e o novo clero eslavo. Inclusive, Metódio foi preso, traído diante do concílio de Ratisbona e condenado ao exílio na Suécia.
O então papa João VIII, em 878, interveio energicamente e ele foi solto, mas reprovou as suas novidades lingüísticas na liturgia. Porém, Metódio, estava fortalecido pela aprovação do papa anterior, podendo dar continuidade à evangelização iniciada. Depois de um ano de tranqüilidade, novos protestos se elevaram contra ele, sendo acusado de heresia.

Convocado a se apresentar em Roma pelo papa João VIII, não só se justificou como o convenceu a lhe dar seu apoio. Com uma carta oficial da Santa Sé, ele foi confirmado nas funções, e autorizado a usar o eslavo na liturgia, mas pedindo que o Evangelho fosse lido em latim antes que em eslavo. Porém o imperador germânico preferia outro bispo, que celebrava a liturgia em latim. A confusão estava formada. Tudo se complicou quando surgiu uma falsa carta do papa, que dizia o oposto da anterior apresentada por Metódio.

Em 881 a Santa Sé, negou formalmente a falsa carta. Mas isto não pôs fim à dificuldade, o clero alemão continuou sua oposição. Nesta época, Metódio, foi para Constantinopla a convite do imperador, para se juntar ao então patriarca Fócio, seu antigo professor e amigo da família. Assim, continuou com seus discípulos o seu apostolado e a tradução da Bíblia e dos Livros Litúrgicos a quem precisasse.

Morreu em 6 de abril de 885 em Velehrad, Tchecoslováquia, onde foi sepultado na igreja da Catedral. Atualmente se ignora o local exato onde foram colocadas suas relíquias. Metódio e Cirilo são considerados pela Igreja como "apóstolos dos eslavos" e venerados no dia 14 de fevereiro, dia da morte de Cirilo. Em 1980, o papa João Paulo II os proclamou "Patronos da Europa" ao lado de São Bento.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

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São Cirilo

S. Cirilo | arquisp
14 de fevereiro

São Cirilo, monge

Constantino nasceu em 826 na Tessalonica, atualmente Salonico,Grécia. Seu pai era Leão, um rico juiz grego, que teve sete filhos. Constantino o caçula e Miguel o mais velho, que mudaram o nome para Cirilo e Metódio respectivamente, ao abraçarem a vida religiosa.

Cirilo tinha catorze anos quando o pai faleceu. Um amigo da família, professor Fócio, que mais tarde ajudou seu irmão acusado de heresia, assumiu a educação dos órfãos em Constantinopla, capital do Império Bizantino. Cirilo aproveitou para aprender línguas, literatura, geometria, dialética e filosofia. De inteligência brilhante, se formou em tudo.

Rejeitando um casamento vantajoso, ingressou para a vida espiritual, fazendo votos particulares, se tornou bibliotecário do ex-patriarca. Em seguida foi cartorário e recebeu o diaconato. Mas sentiu necessidade de se afastar, indo para um mosteiro, em Bosforo. Seis meses depois foi descoberto e designado para lecionar filosofia. Em seguida, convocado como diplomata para a polemica questão sobre o culto das imagens junto ao ex-patriarca João VII, o Gramático. Depois foi resolver outra questão delicada junto aos árabes sarracenos que tratava da Santíssima Trindade. Obteve sucesso em ambas.

Seu irmão mais velho, que era o prefeito de Constantinopla, abandonou tudo para se dedicar à vida religiosa. Em 861, Cirilo foi se juntar a ele, numa missão evangelizadora, a pedido do imperador Miguel III, para atender o rei da Morávia. Este rei precisava de missionários que conhecessem a língua eslava, pois queria que o povo aprendesse corretamente a religião. Os irmãos foram para Querson aprender hebraico e samaritano.

Nesta ocasião, Cirilo encontrou um corpo boiando, que reconheceu ser o papa Clemente I, que tinha sido exilado de Roma e atirado ao mar. Conservaram as relíquias numa urna, que depois da missão foi entregue em Roma. Assim, Cirilo continuou estudando o idioma e criou um alfabeto, chamado "cirílico", hoje conhecido por "russo". Traduziu a Bíblia, os Livros Sagrados e os missais, para esse dialeto. Alfabetizou a equipe dos padres missionários, que começou a evangelizar, alfabetizar e celebrar as missas em eslavo.

Isto gerou uma grande divergência no meio eclesiástico, pois os ritos eram realizados em grego ou latim, apenas. Iniciando o cisma da Igreja, que foi combatido pelo então patriarca Fócio com o reforço de seu irmão. Os dois foram chamados por Roma, onde o papa Adriano II, solenemente recebeu as relíquias de São Clemente, que eles transportavam. Conseguiram o apoio do Sumo Pontífice, que aprovava a evangelização e tiveram os Livros traduzidos abençoados.

Mas, Cirilo que estava doente, piorou. Pressentido sua morte, tomou o hábito definitivo de monge e o nome de Cirilo, cinqüenta dias depois, faleceu em Roma no dia 14 de fevereiro de 868. A celebração fúnebre foi rezada na língua eslava, pelo papa Adriano II, sendo sepultado com grande solenidade na igreja de São Clemente. Cirilo e Metódio foram declarados pela Igreja como "apóstolos dos eslavos". O papa João Paulo II, em 1980, os proclamou junto com São Bento de "Patronos da Europa".

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

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domingo, 13 de fevereiro de 2022

Face reconstruída de São Vicente de Paulo será apresentada neste domingo

O rosto aproximado de São Vicente de Paulo quando de sua morte em 1660.
"Podemos afirmar com certeza? Não, não podemos, porque nós não temos
acesso ao material (crânio)", explica o designer 3D Cícero Moraes

A ideia surgiu em 2015, mas foi em 2016, com as fotografias do crânio em mãos, que a equipe de pesquisadores e peritos brasileiros de medicina e odontologia começou a trabalhar efetivamente para reconstruir de forma mais aproximada a face do Santo Padroeiro das Obras de Caridade. O resultado será apresentado no domingo, 13 de fevereiro, na Catedral Nossa Senhora da Penha, em Crato.

Jackson Erpen – Cidade do Vaticano

Como seria realmente o rosto de tantos Santos e Santas, e mesmo de personagens da história, que viveram antes do advento da fotografia, e cujas imagens chegam até nós principalmente por meio de desenhos ou pinturas? De fato, eram essas as técnicas e expressões usadas que, dependendo da sensibilidade e leitura do artista, retratavam com maior ou menor fidelidade determinado rosto.

Com o uso da tecnologia atualmente disponível, por outro lado, é possível conhecer de forma mais aproximada o rosto de alguém que viveu nos séculos precedentes. Este é o caso, por exemplo, de São Vicente de Paulo - nascido em 24 de abril de 1581 na aldeia Pouy, na França, e falecido em Paris, em 27 de setembro de 1660 – cuja face reconstruída a partir de fotografias do crânio será apresentada às 17 horas deste 13 de fevereiro, na Catedral Nossa Senhora da Penha, em Crato, Ceará. O trabalho detalhado da reconstrução foi publicado com o título "A Aproximação Facial 3D de São Vicente de Paulo".

“Ficou muito interessante, o que de certo modo vai revelar uma face um pouco diferenciada da face que nós conhecemos de São Vicente, com alguns realismos, e até mesmo porque a única imagem que tem dele feita em vida, essa imagem não é do tempo que ele morreu, não é próximo à morte dele, e com essa técnica ele consegue levar a imagem à data próxima do falecimento do Santo”, disse o idealizador do projeto, o hagiólogo José Luís Araújo Lira*, que recebeu a autorização para o uso das imagens do crânio, passando-as então ao designer 3D Cícero Moraes*.

“O que nós sabemos – disse o designer - é que a reconstrução é muito compatível com o indivíduo, cuja imagem é atribuída a São Vicente de Paulo. Podemos afirmar com certeza? Não, não podemos, porque nós não temos acesso ao material. Então talvez, futuramente, se façam outros projetos e tenha acesso a este crânio e outras construções, outras análises podem contribuir futuramente para esse projeto, quem sabe".

À esquerda, a face do Santo conhecida até então. À direita, a face reconstruída com a
tecnologia atual

A ideia da reconstrução, de fato, surgiu em 2015, nos 435 anos do nascimento de São Vicente. Mas foi a partir de 2016 que a equipe formada por pesquisadores e peritos de medicina e odontologia começou a trabalhar no projeto propriamente dito. Tomaram parte Paulo Miamoto, perito odontolegista da Polícia Científica de Santa Catarina, Florianópolis-SC; Marcos Paulo Salles Machado, perito legista cirurgião-dentista, vice-diretor do Instituto Médico Legal Afrânio Peixoto- RJ, professor da Universidade Veiga de Almeida, Rio de Janeiro-RJ; Thiago Beaini, cirurgião dentista, professor assistente na Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia-MG; Marco Aurélio Guimarães, médico, professor associado na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP), Ribeirão Preto – SP; Rodrigo Dornelles, cirurgião plástico, núcleo de Plástica Avançada - NPA, São Paulo-SP; Paulo Henrique Bueno, cirurgião dentista, Sinop-MT; Ricardo Henrique Alves da Silva, docente da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FORP-USP), Ribeirão Preto-SP e Everton da Rosa Cirurgião BMF, do Hospital de Base, Brasília-DF.

Um projeto que nasce da paixão pela vida dos Santos

José Luís é um apaixonado pela vida dos Santos, “figuras iluminadas para nossa história e para nossa Igreja”, tanto que é um dos fundadores da Academia Brasileira de Hagiologia, com sede no Colégio Vicentino em Fortaleza, dirigido pelas Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo. Ao Vatican News, ele falou sobre o porquê justamente da escolha do Santo Padroeiro da Caridade e sobre o caminho percorrido para a reconstrução facial, desde a busca das fotografias até o resultado final a ser apresentado neste domingo:

Na minha igreja natal também tinha uma imagem de São Vicente, que a gente rezava sempre diante dela, ainda existe, não no mesmo altar, porque houve uma reforma na igreja, mas a gente observa sempre essa imagem do Santo lá. E ele sempre me atraiu pela questão da caridade, pela modificação que ele fez na própria história da Igreja, quando ele criou as Vicentinas, ou as Filhas da Caridade. Naquela época os monastérios eram apenas fechados e ele abriu os monastérios para a rua, as irmãs passavam a atender as pessoas nas ruas, os necessitados, eram as Filhas da Caridade. Então eu sempre tive esse fascínio por São Vicente. E em 2015 seriam os 435 anos do nascimento dele. Então em uma pesquisa de rotina - até para fazer um artigo - eu encontrei fotos da exumação dele de 1960. Até me surpreendi, porque até aquela ocasião, eu julgava o corpo dele incorrupto ou semi-incorrupto, porque nós fomos acostumados a ver aquela imagem de cera que foi feita, onde estão os restos mortais dele, e às vezes a gente é tentado a acreditar que aquilo ali é o próprio corpo do Santo, mas na realidade ele passou uns 57 anos incorrupto, com pequenos sinais de decomposição na face, nos olhos, principalmente. Mas depois, quando foi para a canonização dele, foi aberta novamente a sepultura e ele já estava decomposto. Então eu me surpreendi com aquelas imagens, eu já conhecia o trabalho do meu amigo e colega de pesquisa Cícero Moraes. O Cícero não é um católico praticante, digamos assim, mas ele contribui muito com a fé das pessoas através das reconstruções faciais. Então eu procurei o Cícero para saber - sem dizer de quem era a imagem –. 'Cícero eu encontrei essa imagem aqui de um Santo, é possível uma reconstrução?' Ele disse sim, eu vou só analisar, vou pedir um parecer dos peritos, mas eu acredito que seja possível. Aí ele pediu, os peritos todos foram unânimes em afirmar que era possível, e então eu me propus - eu expliquei ao Cícero quem era, que era São Vicente de Paulo, o Santo da caridade, ele tinha conhecimento do Santo e sabia da importância dele no cenário mundial, porque São Vicente não é importante apenas para os católicos, mas para todo o mundo, porque as obras de caridade alcançam a todas as religiões, pessoas, enfim, a educação também que as Irmãs de Caridade promovem, os Padres da Missão.

Então eu me informei, conheço o pessoal da administração da Congregação das Irmãs de São Vicente de Paulo e eles me informaram que os detentores das imagens e de todos os direitos a respeito de São Vicente, eram os Padres da Missão. Eu  localizei na internet o e-mail da Cúria Geral, que está em Roma, dos Padres da missão e mandei uma correspondência ao então o superior geral, que era o padre Gregory George - e isso eu mandei num dia, falando de todo esse trabalho, mandei até algumas fotos das reconstruções anteriores, como Santo Antônio, que foi feita pelo Cícero, Santa Madalena, que eu participei, e outros Santos -  e então o padre nos respondeu logo no dia seguinte, via secretário geral,  o padre Giuseppe Duraccio, ele nos mandou uma correspondência dizendo, que em nome do padre geral, avisava que ele não se opunha ao uso das imagens, no entanto, nós tínhamos que procurar a pessoa responsável pelo site. Ele desejou também um bom trabalho. E como eu não sou muito bom - eu falo razoavelmente o italiano e o espanhol e um pouquinho de francês, mas não sou muito bom no inglês, o Cícero é bem melhor do que eu - então eu falei com o Cícero - nem sei se eu disse inicialmente, é um dos maiores designers 3D, aqui no Brasil seguramente o maior - e falei com ele a resposta do padre e mandei o endereço da Universidade, DePaul University, em Chicago, nos Estados Unidos, e mandei os contatos e a foto, e ele escreveu para lá, sem destinatário, simplesmente a universidade, e ele recebeu a resposta de um dos maiores investigadores de São Vicente, ex-reitor daquela Universidade, que é o Pe. John E. Rybolt. Então ele disse que dava autorização e queria ter conhecimento do trabalho final com a reconstrução facial de São Vicente.  Mas o tempo foi passando e nós tivemos outros projetos e passou também, a gente chegou a contactar alguns setores da Congregação da Missão, alguns religiosos, mas não foi possível a reconstrução naquele momento, passou, e nesse ano nós temos uma data fechada que são os 285 anos da canonização do Santo, e nós decidimos tornar realidade essa reconstrução que será apresentada na Diocese de Crato, aqui no Ceará, é a diocese que a gente chama Diocese do Padre Cícero, e que esse ano ainda vai ter a primeira Beata em solo cearense, que é a Beata Benigna.

Apresentação será em Crato no domingo, 13 de fevereiro

O valor do testemunho de São Vicente de Paulo para os dias de hoje...

Se a gente olhar lá no início, ele era filho de camponeses, ele foi ordenado sacerdote muito novo, São Vicente chegou a ser escravo, ele foi à Marselha pegar uma doação que foi feita para as obras dele, e o navio foi atacado por piratas e ele chegou a ser, digamos, sequestrado e se tornou escravo, foi vendido como escravo, uma coisa assim impressionante - foi por turcos  - e ele acaba, depois de tudo isso, ele consegue voltar para a França, passa na Itália, leva uma mensagem do Papa, uma mensagem particular do Papa de então para o rei francês, o rei gosta de São Vicente e o integra como capelão na Corte e São Vicente se dedica com todas essas oportunidades, ele teria, primeiro, a tristeza de ter sido escravo, de ter sido escravizado. Isso não serviu de descrença para ele, foi fortaleza. E depois ele se dedicar aos mais necessitados, porque ele podia ter levado uma vida confortável na Corte, como capelão, e progredido como muitos outros contemporâneos, ou como pessoas de diversas épocas poderiam ter feito, mas ele se dedica aos pobres, e o mais interessante - eu me emocionei muito quando vi a imagem dele, o Cícero vai me mostrando passo a passo, a gente fica acompanhando quase que automaticamente - e quando eu vi a imagem de São Vicente, o que eu mais me emocionei, é que vendo São Vicente, a gente vê uma Madre Teresa de Calcutá, uma Santa Dulce dos Pobres e muitos outros Santos que não eram assim um protótipo de beleza física, mas de uma beleza que vem do fundo do coração, da vontade de fazer o que está na palavra de Cristo, o que está na Sagrada Escritura, que é acolher o mais necessitado, que deixa muito claro isso nos Evangelhos. Então o que me fascina muito no São Vicente é essa capacidade que ele teve de renunciar a uma vida relativamente confortável, a mendigar pelas ruas de Paris, pedindo ajuda para os mais necessitados, a acolher os necessitados, coisa que Santos atuais continuam, fazem, fizeram, uma Santa Teresa de Calcutá, uma Santa Dulce dos Pobres - eu não vou dizer aqueles que eu penso que são Santos, que estão vivos, porque eu estou cometendo uma infidelidade, porque isso cabe ao Santo Padre e só depois do falecimento de um cristão, mas a Igreja Católica dá esse exemplo a todo o mundo e coloca São Vicente como o patrono de todas as filantropias, de todas as obras de caridade, o que é magnífico e fascina qualquer um que leia o Evangelho, que tente seguir os passos desse Santo.

O trabalho digital nas imagens do crânio de São Vicente

Com a tecnologia, reconstrução "compatível com o indivíduo cuja imagem é atribuída a São Vicente de Paulo"

A reconstrução facial de São Vicente foi feita a partir das fotografias do crânio. “Quando eu mostrei ao doutor Cícero esse material - conta José Luís Lira – ele me disse: “Olha, parece que essa pessoa estava preparando o material para uma reconstrução, porque está muito bom, está muito fiel e está muito contextualizada a questão da fotografia”.

O designer 3D Cícero Moraes fala com conhecimento de causa. Ele é responsável por mais de 70 reconstrução faciais, entre as quais 2 Beatos e com esta de São Vicente, 18 Santos.  Ele nos falou sobre as técnicas usadas nesta reconstrução:

A reconstrução facial de São Vicente de Paulo utilizou três abordagens clássicas de aproximação forense, que seria a abordagem russa, americana e inglesa. Além disso a gente utilizou um melhoramento que nós estudamos há pouco para o traçado do nariz, baseado em 150 tomografias de indivíduos vivos, que aumentou a precisão dessa região importante da face. A reconstrução facial no geral utiliza duas abordagens: uma é anatômica - por exemplo, a gente coloca os músculos principais do rosto - e a outra abordagem é uma abordagem mais estatística, que entra essa parte da projeção do nariz, dos lábios, o posicionamento do globo ocular dentro da órbita. E a gente também saber qual que é a massa em determinados pontos da face que, lembre-se, a gente tem apenas o crânio. Então dentro desse contexto, não teve nada de diferente nessa reconstrução, nós seguimos a metodologia clássica.

O que diferenciou esta reconstrução de trabalhos precedentes?

O grande diferencial desse projeto é que ele nasceu de um âmbito puramente digital. Nós tomamos fotos que foram tiradas na década de 1960, extraímos a parte do crânio que aparece nessa foto, o que resultou imagens de média resolução. Essas imagens - mais ou menos umas seis ou sete do crânio de posições diferentes -, elas foram enviadas para oito especialistas da área de medicina e odontologia - majoritariamente no campo forense -, eles observaram sem saber de quem se tratava e identificaram, a partir dessas imagens, alguns aspectos que permitiram a reconstrução facial, como por exemplo, o sexo do indivíduo – masculino -, a idade avançada, ancestralidade europeia e algumas deficiências, como por exemplo, a deficiência na parte da maxila, e uma leve projeção da mandíbula, o que definiria a classe 3 de prognatismo mandibular. E com esses dados todos extraídos de um campo puramente digital, foi possível saber que imagens de média resolução permitem esse tipo de abordagem, o que pode evoluir, até por uma inteligência artificial futura, onde você faz várias fotografias de um crânio e a própria inteligência já consegue identificar aspectos de quem foi esse indivíduo e pode ser muito útil em campos onde tem muitos crânios e uma visualização puramente humana seria inviável. Então a grande evolução é nesse contexto, a participação de todos esses especialistas, que culminou na publicação de um capítulo de livro, onde nós explicamos todo o processo, desde o início em 2015, até a apresentação.

A evolução do trabalho: do crânio à face reconstruída

Cícero enfatiza que o mérito de idealizar e viabilizar a reconstrução é do Dr. José Luís Lira, mas que teve a honra de participar na etapa inicial e “angariar também a participação desses oito especialistas que vieram posteriormente a fazer parte desse projeto. Então foi um projeto único nesse sentido, bem documentado, e que vai permitir, talvez, desdobramentos futuros bem interessantes no campo da área forense, da medicina forense e da inteligência artificial”.

A cada novo trabalho, um novo desafio....

Em relação às dificuldades, é claro que sempre é melhor você ter acesso ao crânio real, fazer uma análise in loco, um especialista pegar esse crânio, observar, tomar ele nas mãos e também, se possível, fazer a extração do DNA e ver se os dados batem com o indivíduo e também fazer uma datação, para saber se esse crânio pertenceu à época que o indivíduo viveu. Só que uma - eu não tenho conhecimento dessas áreas - e duas não era possível fazer, e mesmo que a gente tivesse acesso profissionais não seria possível, posto que nós tivemos grande dificuldade até de encontrar as imagens, imagine ter acesso a esses restos mortais. Então a dificuldade maior foi analisar imagens de média resolução - que é sempre um desafio -, mas felizmente mesmo com essa limitação, a gente conseguiu proceder com o objetivo principal que era a reconstrução facial.

Satisfeito com o resultado, o designer 3D diz que a reconstrução facial de São Vicente se mostrou "bastante compatível com a imagem clássica"....

Em relação à acurácia dessa reconstrução em relação ao rosto de São Vicente de Paulo, nós temos algumas situações que impedem a gente ter total certeza dessa compatibilidade. Explico: a face clássica dele que é distribuída nas publicações, que está amplamente disponível na internet, não se tem uma clareza, uma certeza - pelo menos o que a gente pesquisou - que a pessoa pintou com ele em vida. Os relatos, eles são indiretos, a vida do pintor que fez essa obra ela é um tanto nebulosa, não tem detalhes sobre a biografia dele, o que nos impede então de saber maiores detalhes sobre como, em qual situação ele pintou essa face, se ele pintou ela observando ele, se pintou ela em cima de indicações, ou de outras pessoas, ou se ele pintou posteriormente a ter entrado em contato com o santo, então é muito difícil saber. No entanto, a reconstrução facial se mostrou bastante compatível com essa imagem clássica. E um outro desafio que nós temos é da certeza do crânio ter pertencido mesmo ao indivíduo. As informações que nós temos é que foi feita essa observação dos restos mortais dele, são informações institucionais, então a gente leva em consideração isso ou seja, toma como um crânio de São Vicente de Paula por conta dessas informações advindas da instituição e o que nós sabemos é que a reconstrução é muito compatível com o indivíduo cuja imagem é atribuída a São Vicente de Paulo. Podemos afirmar com certeza? Não, não podemos, porque nós não temos acesso ao material. Então talvez, futuramente, se façam outros projetos e tenha acesso a este crânio e outras construções, outras análises podem contribuir futuramente para esse projeto, quem sabe.

As fotos do crânio de São Vicente que permitiram a reconstrução facial

José Luís Araújo Lira* é cearense de Guaraciaba do Norte, hagiólogo, escritor, professor universitário com mestrado, doutorado e pós doutorado na área do Direito, além de co-fundador da Academia Brasileira de Hagiologia.

Cícero André da Costa Moraes* é o nome completo, é natural de Chapecó (SC) e reside atualmente em Sinop (MT). Tem formação em marketing e cursa pós-graduação em metodologia do ensino. É especializado em computação gráfica 3D para as Ciências da saúde e forense e responsável por mais de 70 reconstruções faciais de Santos, Santas e personagens históricos. 

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Catedrais góticas: mistério mais grandioso que o das pirâmides do Egito

Catedral de Chartres - França | historiadasartes

Enquanto o mundo parece rumar para uma modernidade cada vez mais caótica, as catedrais góticas em seu mutismo eloquente apontam um caminho inteiramente diverso

A técnica é definida pela Escolástica, da mesma forma que as artes, como “recta ratio factibilium”.

Quer dizer, a reta ordenação do trabalho, ou também, a ciência de trabalhar bem.

Hoje, o mal uso da técnica, a empurra para produzir para além do que é bom, e espalhar instrumentos que afligem a vida dos homens.

Nos tempos em que o espírito do Evangelho penetrava todas as instituições, a técnica produziu frutos que vão além do tudo o que a Humanidade conheceu previamente.

Um desses frutos inigualados foram ‒ e continuam sendo ‒ as catedrais medievais.

Até hoje especialistas tentam decifrar como fizeram os arquitetos da Idade Média para, com tão pobres instrumentos, criar obras colossais que “humilham” as técnicas modernas mais avançadas.

Os técnicos das mais variegadas especialidades da construção e também da física, da química e das matemáticas se debruçam para tentar descobrir como os medievais erigiram esses portentos arquitetônicos.

Mergulham eles nos “mistérios das catedrais”.

São muitos os que até agora não estão elucidados: desde as fórmulas químicas desaparecidas que dão aos vitrais tonalidades únicas e irreproduzíveis até os mais complexos cálculos matemáticos e astronômicos que orientaram as proporções cósmicas das Bíblias de pedra.

Beauvais, França

Como decifrar o enigma?

Chartres, França

O livro de Bechmann recebeu elogios das maiores autoridades acadêmicas da França. Ele tem o mérito de mexer numa polêmica silenciosa, mas aberta como uma chaga nas almas de inúmeros franceses.“As catedrais se burlam de nós há oito séculos. Elas resistiram não só às intempéries e aos ataques insidiosos do clima, mas mais ainda por vezes a provas tão violentas como os bombardeios. Como é que estas catedrais loucas aguentam em pé?”, pergunta o arquiteto, historiador e geógrafo Roland Bechmann em seu livro “As raízes das catedrais” (“Les racines des cathédrales”, Payot, Paris, 2011, 330p.).

Enquanto o mundo parece rumar para uma modernidade cada vez mais caótica, as catedrais góticas em seu mutismo eloquente apontam um caminho inteiramente diverso.

O comentarista Paul François Paoli, do jornal “Le Figaro”, resume esse conflito interior dos franceses:

“As catedrais góticas são as pirâmides do Ocidente e nós não acabamos ainda de compreender como é que elas puderam ser construídas numa época considerada como obscura e arcaica do ponto de vista científico”.

O historiador Jacques Le Goff saudou o livro de Bechmann como uma obra prima de interdisciplinaridade sobre “esses prodígios de pedra que continuamos admirando em Amiens, Chartres ou Paris”.

FAÇA UMA IMERSÃO EM 360º NUMA CATEDRAL MEDIEVAL e não esqueça de clicar o FULLSCREEN (ângulo superior à esquerda de cada imagem)

Colônia, Alemanha

“No fim da época gótica ‒ explica o autor ‒ havia uma igreja para cada 200 habitantes da França, e esses prédios considerados em seu conjunto podiam abrigar uma população maior que a do país inteiro. Calcula-se que em trezentos anos a França extraiu, transportou de charrete e erigiu mais pedra que o antigo Egito em toda sua história”.Mas, segundo Bechmann, esses prodígios dizem uma coisa aos homens do século XXI: “como vocês são pequenos!”

Mas não é só uma questão de tamanho e volumes, não, diz Bechmann. É uma questão de ciência e grandeza de alma. E explica:

Se hoje nós devêssemos construir catedrais góticas com os meios de que eles dispunham, nós não conseguiríamos. E mesmo que nós conhecêssemos até os pormenores de seus procedimentos, nós não ousaríamos.

“Calcular a resistência de construções como eles souberam realizar exigiria a ajuda de computadores. E ainda que nós conseguíssemos, haveria todas as chances de que nós chegássemos à conclusão de que essas catedrais, segundo as normas e coeficientes de segurança que nós aplicamos hoje, não poderiam ficar em pé…”

E, entretanto, elas continuam em pé e continuam nos emocionando, acrescenta Paul F. Paoli, jornalista do “Figaro”.

Beauvais, França

A primeira e mais imediata consideração é sobre a sabedoria dos construtores.O enigma profundo das catedrais e dos homens que as conceberam e realizaram em tão grande número e variedade nos conduz a considerações que superam a própria ciência e à própria técnica.

Monges, teólogos, arquitetos, artistas, simples pedreiros, neles parecia habitar uma sabedoria que ia muito além de suas naturezas humanas, por vezes rudes e imperfeitas.

Pelos frutos se conhece a árvore. Pela catedral se conhece a alma dos construtores.

Como foi possível tal afloração simultânea de homens com almas sólidas e plácidas, fortes e delicadas, lógicas e jeitosas, como as que fizeram essas Bíblias de pedra?

Homens que foram a encarnação da virtude da sabedoria. Da sabedoria sobrenatural que só a graça divina dispensa às suas almas mais amadas.

E essa é uma segunda consideração de natureza espiritual.

Foi essa sabedoria sobrenatural, de que a Igreja Católica é a tesoureira, que gerou aqueles homens e suas catedrais.

Longe da Igreja, o homem do terceiro milênio sente-se apequenado, tristonho e cheio de incertezas.

Mas, as portas da Igreja estão abertas de par em par, como as portas das catedrais, para acolher esse homem de hoje e reconduzi-lo maternalmente pelas vias da Sabedoria eterna e encarnada, Nosso Senhor Jesus Cristo, pela intercessão de sua Santíssima Mãe.

Basta que a alma queira se abrir inteiramente a esse influxo sobrenatural.

P.S.: Alguém poderia perguntar: como conseguir me doar tão inteiramente à Igreja para receber essa sabedoria? Eu tento e não consigo… sou tão fraco…

Há séculos um grande santo respondeu isso para nós. Ele até excogitou um método para nós miseráveis pecadores receber a Sabedoria eterna e encarnada “sem esforço”.

Foi São Luis Maria Grignion de Montfort com seu método de consagração à Santíssima Virgem Maria, Mãe de Deus, na qualidade de servos e escravos.

Foi Ela que inspirou as mais gloriosas catedrais que levam seu nome: Notre Dame.

Essa devoção está explicada no famosíssimo livro, disponível em todas as línguas: “Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem”.

https://gloria.tv/video/dM9TNzvnB67a4pwaPP778aYsg

Fonte: https://pt.aleteia.org/2018/06/06/catedrais-goticas-misterio-mais-grandioso-que-o-das-piramides-do-egito/

https://cleofas.com.br/

Quantos católicos existem no mundo, quantos padres ou vocações?

“A Igreja Na América Latina Sofreu Muito Com A Opressão Política, A Guerra Civil,
A Turbulência Econômica E A Negligência Social Dos Marginalizados”. Foto: Arquivo
A Igreja Católica em números

O Gabinete de Estatísticas da Igreja publica o estado numérico da Igreja com os dados mais atuais assumindo o ano de 2020. Isto permite fazer uma comparação com a variação numérica da Igreja em relação ao ano anterior, 2019, também já conhecido. Eu tinha um relatório.

11 DE FEVEREIRO DE 2022.

(ZENIT News / Cidade do Vaticano, 11.02.2022). - O Escritório Central de Estatísticas da Igreja publicou o Anuário Pontifício 2022 e o Anuário Estatístico da Igreja 2022 com dados que refletem o estado numérico mais atual da Igreja desde 2021 .

Alguns dos dados informados são os seguintes:

Número total de católicos

Os batizados passam de 1.344 milhões em 2019 para 1.360 milhões em 2020. Isso representa um aumento de 16 milhões, o que representa +1,2%. Nesse mesmo período, a população mundial aumentou de 7.578 milhões para 7.667 milhões. A média para ambos os anos permanece a mesma: os católicos representam 17% da população mundial, embora o crescimento varie de acordo com as áreas continentais. Assim, na Ásia é um aumento de +1,8% (especialmente no Sudeste e apesar da diminuição no Oriente Médio), na África de +2,1% e na Europa apenas 0,3%.

Confirma-se uma tendência que coloca a África como o continente onde o número de católicos mais cresce numericamente e a Europa como o continente onde a fé mais diminui. A América é o continente onde se encontra 48% da população católica do planeta, enquanto a porcentagem total de católicos é de 11%.

Número de bispos e total de sacerdotes

De 5.364 bispos em 2019, passa para 5.363 em 2020. Em relação ao número total de padres, até o final de 2020 os padres da Igreja Católica são 410.219. Este número significa que em um ano houve menos 4.117 padres: ou porque morreram (maioria dos casos) ou porque pediram a renúncia do estado clerical ou foram demitidos (minoria de casos). A queda é refletida por áreas geográficas da seguinte forma (de 2019 a 2020):

– América do Norte e Europa refletem baixas de 1.114 e 4.373 padres.

– No resto da América houve 307 baixas

– Na Oceania as baixas foram 104

Os aumentos vêm de outros continentes, o que permite sustentar um pouco a queda:

– África contribuiu + 1.004 novos sacerdotes

– A Ásia contribuiu com +778 novos sacerdotes

Atualmente a maioria dos padres católicos vive na Europa (40% do total), América (29,3% do total), Ásia (17,3%), África (12,3%) e Oceania (1,1%).

Católicos por padre e católicos por padre em cada continente

Todos esses números pressupõem que passará de 3.245 católicos por padre em 2019 para 3.314 católicos por padre em 2020.

Esta média geral varia de continente para continente para ser a seguinte em 2020:

– Europa: 1.746 católicos por padre

– África: 5.089 católicos por padre

– América: 2.086 católicos por padre

Diáconos: um grupo em crescimento

Os diáconos mostram um aumento: passam de 48.238 unidades em 2019 para 48.635 em 2020. Um aumento de 1%. Crescem especialmente na América (de 31.668 para 32.226), diminuem na Europa (de 15.267 para 15.170) e no resto do mundo diminuem 5% (atualmente 1.239).

Religiosos e religiosos

No que diz respeito aos homens e mulheres religiosos. Os dados são os seguintes:

Os religiosos professos não religiosos passam de 50.295 em 2019 para 50.569 em 2020. O aumento é verificado na África (+1,1%), Ásia (+2,8%) e Europa (+4%). Na Oceania eles diminuem em -6% e -4 na América. Assim, a África e a Ásia representam 43% dos religiosos que não são sacerdotes.

Verifica-se uma diminuição nos religiosos que passam de 630.099 em 2019 para 619.546 em 2020: -1,7%. Esta percentagem é apresentada da seguinte forma por área geográfica:

– África: +3,2%

– Ásia: +0,2%

– Europa: -4,1%

– América (-2,8%)

– Oceania (-5,7%)

As freiras presentes na Europa e na América representam 58% do total, enquanto em 2019 eram 59%.

os seminaristas

Os candidatos ao sacerdócio aumentaram em todo o mundo de 114.058 em 2019 para 111.855 em 2020. A tendência de seminaristas maiores observada no total mundial, entre 2019 e 2020, afeta todos os continentes, com exceção da África, onde os seminaristas aumentaram 2,8% (de 32.721 a 33.628).

Na Europa, América e Ásia, mas principalmente no primeiro continente, os decréscimos são significativos (-4,3% na Europa, -4,2% na América e -3,5% na Ásia). A distribuição percentual de seminaristas por continente mostra pequenas mudanças ao longo do biênio; África e Ásia contribuíram com 58,3% do total mundial em 2019; em 2020 sua participação sobe para 59,3%. Além do ligeiro ajuste negativo na Oceania, a América e a Europa como um todo veem sua participação diminuir: em 2019, os 46.552 seminaristas americanos e europeus representavam quase 41% do total, enquanto um ano depois caíram para 39,9%.

Com informações do  L'Osservatore Romano.

Por Jorge Enrique Mujica

Formado em filosofia pelo Pontifício Ateneu Regina Apostolorum , em Roma, e colaborador "veterano" da mídia impressa e digital em argumentos religiosos e de comunicação. Na conta do Twitter: https://twitter.com/web_pastor , ele fala sobre Deus e a internet e Igreja e mídia : evangelização."

Fonte: https://es.zenit.org/

Ser verdadeiro discípulo de Jesus

Nicolas Poussin | Public Domain
Por Mário Scandiuzzi

O que vemos atualmente é que muitos querem receber os milagres de Jesus, mas não estão dispostos a aceitá-Lo, a serem discípulos.

Jesus nos chama a uma vida plena.Para isso devemos nos tornar verdadeiramente seus discípulos.

E isso Ele ensinou quando disse que “se alguém me quer seguir, renuncie-se a si mesmo, tome a sua cruz e me siga” (Marcos 8, 34).

Em seguida, completou: “porque o que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas o que perder a sua vida por amor de mim é do Evangelho, salvá-la-á” (v. 35).

O que vemos atualmente é que muita gente quer receber os milagres de Jesus, mas não está disposta a aceitá-Lo, a ser discípulos.

É como se estivessem num restaurante tipo self-service, onde cada um escolhe aquilo que mais lhe agrada, deixando de lado aquilo que não considera bom.

Para seguir Jesus é preciso tomar a sua cruz a cada dia.

É renovar essa decisão, pedindo a Deus a graça da perseverança, o dom da fidelidade.

Fácil não é! E Jesus não prometeu uma vida livre de problemas e dificuldades. Ele mesmo sofreu e foi condenado à morte na cruz, mas venceu a morte e ressuscitou. Deu sua própria vida para que todos nós pudéssemos ser salvos.

E a salvação, obra da misericórdia de Deus, é para todos que seguem Seus mandamentos. Afinal, “Deus amou o mundo de tal modo que lhe deu seu Filho Único, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3, 16).

Essa é a recompensa divina!

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF