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quarta-feira, 25 de junho de 2025

Número de brasileiros sem religião preocupam cardeal Jaime Spengler

O arcebispo de Porto Alegre, dom Jaime cardeal Spengler. | Daniel Ibáñez/EWTN

Número de brasileiros sem religião preocupam cardeal Jaime Spengler

Por Marcos Koboldt*

PORTO ALEGRE, 24 de junho de 2025

“O que faz com que pessoas de distintos setores abandonem qualquer forma de participação em uma comunidade de fé?”, é a principal pergunta do arcebispo de Porto Alegre, dom Jaime Spengler, diante dos números do Censo de 2022 sobre a religião dos brasileiros. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou no dia 6 de junho. O número de católicos no Brasil continua caindo, passando de 65,1% da população no último Censo, de 2010, para 56,7% agora. O crescimento dos autodeclarados evangélicos continua crescendo, passando de 21,6% da população em 2010 para os atuais 26,9%.

A parcela dos que se declaram sem religião que preocupa dom Jaime passou de de 7,9% em 2010 para 9,3% hoje.

“Ainda que o número dos ditos desigrejados fosse mínimo, isto deveria engajar toda a comunidade eclesial”, disse o cardeal, que é também presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e do Conselho Eclesial Latino-Americano e Caribenho (CELAM) à ACI Digital. “Afinal, Jesus veio para todos”.

Para dom Jaime, “importante é ter presente em que consiste a missão evangelizadora da Igreja: anunciar o Evangelho, estando atentos aos sinais dos tempos, sem transcurar as consequências sociais da mensagem cristã assumida pessoal e comunitariamente, como também nos orientou o papa Francisco com documentos como a Laudato Sì, Laudate Deum, Querida Amazônia, Frateli Tutti”.

Até os anos 1960, mais de 90% da população brasileira se declarava católica. “É sabido que houve um movimento para desestabilizar um modelo de vida cristã na América Latina, a partir dos anos 1960”, disse dom Jaime. “Ao mesmo tempo, não se pode ignorar as grandes transformações sociais no Ocidente a partir de 1968. No aspecto eclesial houve opções de distintos setores, em diferentes contextos que a partir sobretudo dos anos 1980 produziram consequências que continuam repercutindo no presente.”

Mesmo que os autodeclarados católicos ainda sejam a maioria da população pesquisa internacional em 36 países do mundo mostrou que o cumprimento do preceito de ir à missa dominical no Brasil é dos mais baixos: 8%. Menos do que na França, país de longa tradição anticlerical. Números da arquidiocese de São Paulo (SP) levantados no sínodo arquidiocesano que teve início em 2017 mostram que a situação é ainda pior na cidade. Apenas 6% dos católicos vão à missa no domingo.

“Certamente a frequência à celebração eucarística é fundamental para alimentar a vida de fé e a vida da comunidade”, diz do Jaime. “No entanto, é a partir da Palavra, do Evangelho que podemos compreender o que significa ter o direito de participar regularmente da Mesa da Palavra e da Mesa do Corpo do Senhor”.

“A Igreja não é constituída simplesmente de adeptos, mas de discípulos e discípulos do Senhor. Isto implica formação, o cultivo de senso de pertença e de corresponsabilidade pela comunidade. A Igreja do Brasil tem se empenhado em promover a vida comunitária. Neste sentido, as Paróquias são convidadas a ser ‘comunidade de comunidades’. Ao mesmo tempo se faz necessário resgatar e promover sempre mais o lugar da Palavra em nossas comunidades. Creio que o verdadeiro futuro para a Igreja, e também da sociedade se encontra na Palavra, que conserva a promessa de Deus para a humanidade de todos os tempos. A Palavra nos restitui a nossa identidade: somos todos, todos filhos e filhas de Deus, e irmãos entre nós. Todo e qualquer esforço para promover a evangelização, seja em que ambiente for, passa pelo conhecimento, estudo, aprofundamento e oração a partir da Palavra”, disse dom Jaime Spengler.

*Jornalista formado pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul no ano de 2004. Entre 2004 e 2014 trabalhou como repórter em diferentes empresas de comunicação de Porto Alegre. Entre os anos de 2022 e 2024 foi Assessor de Comunicação da Arquidiocese de Porto Alegre.

Fonte: https://www.acidigital.com/noticia/63345/numero-de-brasileiros-sem-religiao-preocupam-cardeal-jaime-spengler

A verdadeira morte é a da alma. Só Jesus pode nos curar, afirma o Papa

Aldiência Geral, 25/06/2025 - Papa Leão XIV

Comentando a cura de Jesus a duas mulheres, Leão XIV reflete sobre uma doença muito comum do nosso tempo, que é o cansaço de viver. Jesus não só nos cura de toda doença, mas nos desperta da morte. "Para Deus, que é Vida eterna, a morte do corpo é como um sono. A morte verdadeira é a da alma: esta sim devemos temer!"

Bianca Fraccalvieri – Vatican News

Esta quarta-feira, 25 de junho, o Papa realizou sua última Audiência Geral antes da pausa de verão. Os encontros semanais com Leão XIV serão retomados em 30 de julho. Em sua catequese, o Pontífice deu continuidade ao ciclo sobre as curas de Jesus como sinal de esperança. O tema de hoje foi extraído do capítulo quinto do Evangelho de São Marcos, em que é relatado a cura de duas mulheres: uma menina de 12 anos, no leito de morte, e uma senhora que há 12 anos sofre com hemorragias

Entre essas duas figuras femininas, o Evangelista insere o pai da jovem, Jairo, que sai de casa para pedir ajuda. Quando dizem que sua filha morreu, Jesus o tranquiliza e o encoraja a manter a fé.  O colóquio com o Mestre é interrompido pela mulher hemorroíssa, que consegue tocar no seu manto e ser curada. Ela o toca não de um modo superficial, mas movida pela fé, acreditando firmemente Nele. Enquanto isso, Jairo volta para casa com Jesus. Ao entrar no quarto da jovem, ordena: “Talità kum”, “Menina, levanta-te!”. A menina se levanta e começa a caminhar.

Cansaço de viver, a doença do nosso tempo

Essas duas curas, comentou o Santo Padre, falam de uma doença muito comum do nosso tempo, que é o cansaço de viver: a realidade nos parece demasiada complexa, pesada, difícil de enfrentar. Então nos apagamos, nos adormecemos, na ilusão de que, ao acordar, as coisas serão diferentes. “Mas a realidade deve ser enfrentada e, com Jesus, podemos fazê-lo.”

Toda vez que fazemos um ato de fé endereçado a Jesus, se estabelece um contato com Ele e imediatamente Dele brota a sua graça. “Às vezes não percebemos, mas de modo secreto e real a graça nos alcança e a partir de dentro, pouco a pouco, transforma a vida.”

Talvez hoje, prosseguiu o Papa, muitas pessoas se aproximam de Jesus de modo superficial, sem realmente acreditar na sua potência. “Pisamos na superfície de nossas igrejas, mas talvez o coração está em outro lugar!”, afirmou.

Somente Jesus pode nos curar!

Este episódio nos mostra que Ele não só nos cura de toda doença, mas nos desperta da morte.

“Para Deus, que é Vida eterna, a morte do corpo é como um sono. A morte verdadeira é a da alma: esta sim devemos temer!”

Um detalhe interessante é que Jesus, após ressuscitar a menina, diz aos pais que lhe deem de comer. Trazido para a nossa realidade, este episódio nos leva a questionar: quando os nossos jovens estão em crise e necessitam de alimento espiritual, sabemos oferecê-lo? E como podemos fazê-lo se nós mesmos não nos nutrimos do Evangelho?

“Queridos irmãos e imãs, na vida existem momentos de desilusão e de desencorajamento, e há também a experiência da morte. Aprendamos daquela mulher, daquele pai, a buscar Jesus. Ele pode nos curar, pode nos fazer renascer. Ele é a nossa esperança!”

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

terça-feira, 24 de junho de 2025

O CAMINHO NEOCATECUMENAL E O JUBILEU

Carmen e Kiko – Encontro Vocacional em San Pedro del Pinatar 2014 (neocatechumenaleiter)

07/06/2025

Testemunho de Kiko Argüello. Pentecostes 2025

Me chamo Kiko Argüello e, junto com a serva de Deus Carmen Hernández, somos os iniciadores do Caminho Neocatecumenal, uma modalidade diocesana de iniciação cristã que – por meio da catequese, da Palavra de Deus e dos sacramentos vividos em comunidade – leva as pessoas a viver uma fé adulta e uma comunhão fraterna.

Sou pintor espanhol. Na minha época de universidade, após uma crise existencial, tive um encontro sério com o Senhor, que me chamou a deixar tudo e ir viver entre os pobres. Depois, Deus me concedeu colocar a minha arte a serviço de uma nova estética na Igreja. Fui morar em barracos na periferia de Madri, seguindo os passos de São Carlos de Foucauld: viver a vida oculta de Cristo, como a Sagrada Família de Nazaré.

Barracas em Palomeras Altas, Madri (Espanha) 1964 (neocatechumenaleiter)

Carmen Hernández, química e teóloga, que buscava um grupo para ir em missão à América do Sul, conheceu os pobres que se reuniam no meu barraco e ficou tão impressionada que decidiu também ela morar em um barraco próximo ao nosso. Nos barracos vimos como o Espírito Santo criava comunhão entre ciganos e pessoas muito destruídas. Vimos o amor gratuito de Deus manifestado em Jesus Cristo para a salvação do homem, para libertá-lo da angústia e do pecado. Essa presença de Deus no meio dos pobres foi preparada pelo Espírito Santo para a Sua Igreja. No meio dos pobres, descobrimos uma síntese teológico-catequética única, que se tornaria a base do Caminho Neocatecumenal.

Kiko e Carmen com D. Casimiro Morcillo nas Barracas 1964 (neocatechumenaleiter)

É um caminho que Deus deu à Sua Igreja, após o Concílio, para abrir no interior das paróquias um itinerário de iniciação cristã, semelhante ao que existia na Igreja primitiva, por etapas, onde o homem contemporâneo pode nascer para a vida nova que Cristo ressuscitado trouxe com a sua vinda. Esse itinerário de formação cristã é vivido em pequenas comunidades, imagem da Sagrada Família de Nazaré, para que a semente que recebemos no Batismo possa chegar à estatura adulta.

Kiko Argüello – Encontro vocacional durante a JMJ Colônia (Alemanha) 2005 (neocatechumenaleiter)

Pensando nesta Vigília de Pentecostes, me fiz várias perguntas: como alcançar hoje o homem ateu que já não tem fé? O que significa ser cristão? O que significa amar? O Evangelho nos recorda: «Amai-vos como eu vos amei. Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos» (cf. Jo 13,34). «…Se forem perfeitamente um, o mundo crerá» (cf. Jo 17,21) esse homem secularizado crerá. Trata-se, portanto, de amar nesta dimensão: na dimensão do amor ao inimigo. Cristo se deixou matar por nós e para nós, seus inimigos: amor ao inimigo. Para chegar a esse amor, à estatura adulta da fé, descobrimos que é necessário iniciar um itinerário de iniciação cristã dentro de uma comunidade.

Pintei um pequeno ícone da Virgem porque este Caminho foi inspirado pela Santa Virgem Maria. O original encontra-se numa capela da catedral de Madri. Neste ícone está escrita a frase: “Há que fazer comunidades cristãs como a Sagrada Família de Nazaré, que vivam na humildade, simplicidade e louvor: o outro é Cristo.” É preciso formar comunidades onde os cristãos possam chegar à maturidade, para cumprir uma missão em meio a um mundo secularizado e chegar a constituir a comunidade como Corpo de Cristo ressuscitado, onde o outro é Cristo.

Audiência Privada com o Papa Leão XIV 5.6.2025 @ Vatican Media (neocatechumenaleiter)

O Caminho, enquanto iniciação cristã, constitui nas paróquias comunidades cristãs formadas por famílias, jovens, idosos, pessoas próximas e distantes da Igreja. Ele participa com as dioceses do evento do Jubileu em suas diversas expressões, convencido de que este ano é um tempo privilegiado para um encontro sério com Jesus Cristo, que nos conceda, a nós e ao mundo de hoje, a esperança de que tanto necessitamos.

O Caminho Neocatecumenal foi suscitado pelo Espírito Santo, como confirmaram todos os Papas, para ajudar a Igreja na evangelização do Terceiro Milênio. Estamos muito agradecidos ao Senhor e à Virgem Maria, que quis o nascimento deste Caminho, pela eleição do novo Papa, Leão XIV. Sempre foi fundamental, no desenvolvimento do Caminho, o apoio dos Papas.

No Caminho há muitos jovens, e sem dúvida o Jubileu mais esperado é o dos jovens, no início de agosto. Milhares de jovens chegarão a Roma acompanhados por seus catequistas e por seus bispos. Após o encontro com o Papa, terão um encontro vocacional conosco, para serem ajudados no discernimento de sua vocação. Temos certeza de que as palavras do Papa Leão XIV na exortação durante o “Regina Coeli”, na Jornada das Vocações: “Não tenhais medo” – darão muitos frutos.

Kiko Argüello – Vigília de Pentecostes 2025

Audiência Privada com o Papa Leão XIV 5.6.2025 @ Vatican Media (neocatechumenaleiter)

fONTE: https://neocatechumenaleiter.org/pt-br

Curiosidades da Bíblia: A Torre de Babel de fato existiu?

Bíblia (Catican News)

A narrativa da Torre de Babel já existia antes que os primeiros textos das Sagradas Escrituras começassem a ser escritos pelos judeus, se caracterizando como um dos mitos mais intrigantes da história humana.

Padre José Inácio de Medeiros, CSsR - Instituto Histórico Redentorista

A Bíblia continua sendo ainda hoje o livro mais traduzido em todo o mundo. Segundo um relatório mais recente da Sociedade Bíblica Internacional, cerca de 3.610 idiomas contam hoje com a tradução de pelo menos um livro da Bíblia. A tradução completa de todos os livros das Sagradas Escrituras, por sua vez, está disponível atualmente em 733 línguas. Ainda assim, muitas perguntas a respeito da bíblia continuam circulando pelo mundo e uma das mais recorrentes é: A Torre de Babel de fato existiu?

Começando a responder, é importante que a gente saiba que não é apenas a língua comum ou um território habitado por um mesmo povo que criam a cultura de uma civilização. Em quase todas as civilizações antigas certas histórias e mitos são fatores que ajudam a entender a forma como um determinado povo conta a sua origem e baseia os seus costumes.

Uma história intrigante: realidade ou mito?

A narrativa da Torre de Babel pode ser encontrada no capítulo 11, versículos de 1 a 9 do Livro de Genesis.

Naquele tempo toda a humanidade falava uma só língua. Deslocando-se e espalhando-se em direção ao oriente, os homens descobriram uma planície na terra de Sinar e depressa a povoaram. E começaram a falar em construir uma grande cidade, para o que fizeram tijolos de terra bem cozida, para servir de pedra de construção e usaram alcatrão em vez de argamassa. Depois eles disseram: “Vamos construir uma cidade com uma torre altíssima, que chegue até aos céus; dessa forma, o nosso nome será honrado por todos e jamais seremos dispersos pela face da Terra!”

O Senhor desceu para ver a cidade e a torre que estavam levantando. Vejamos se isto é o que eles já são capazes de fazer; sendo um só povo, com uma só língua, não haverá limites para tudo o que ousarem fazer. Vamos descer e fazer com que a língua deles comece a diferenciar-se, de forma que uns não entendam os outros.

E foi dessa forma que o Senhor os espalhou sobre toda a face da Terra, tendo cessado a construção daquela cidade. Por isso, ficou a chamar-se Babel, porque foi ali que o Senhor confundiu a língua dos homens e espalhou-os por toda a Terra.

A narrativa da Torre de Babel já existia antes que os primeiros textos das Sagradas Escrituras começassem a ser escritos pelos judeus, se caracterizando como um dos mitos mais intrigantes da história humana, ao falar de um povo que começa a construir uma torre para chegar até os céus a fim de alcançar a Deus, porém, o Senhor não gosta da soberba que envolvia o projeto, derrubando a torre antes mesmo dela ficar pronta.

Essa história era comum a vários povos da região da Mesopotâmia. Como a maioria dos povos era politeísta falavam em alcançar os deuses, no plural. Mais tarde, os hebreus usam da narrativa para falar da multiplicação dos povos sobre a face da terra, cada um com seus costumes, línguas e tradições, porque o povo antes de se estabelecer na Terra de Canaã ou Palestina, circulava no meio destas civilizações, bem mais fortes e poderosas.

Explicações da arqueologia

Se é que existe, ainda não foi encontrada uma explicação que comprove a existência da Torre de Babel e até hoje a arqueologia nunca comprovou a existência desta construção, que, segundo a narrativa bíblica deveria se localizar entre os rios Tigre e Eufrates, onde hoje existe o moderno Iraque.

A explicação mais aceita sobre a Torre de Babel é que a narrativa tenha sido inspirada na construção dos templos da antiga Babilônia, localizados no sul da Mesopotâmia, em homenagem ao deus Marduk.

Estas construções chamadas de Zigurates, que se destacavam nas imensas planícies da Mesopotâmia eram templos onde os deuses podiam entrar em contato com os homens. A origem desta essa crença começou provavelmente com os sumérios.

Outra hipótese para a origem da Torre de Babel está no início da construção de um templo que um rei da cidade de Ur, localizada no sul da Caldéia, região onde viveram os antepassados dos judeus, tenha iniciado, mas nunca concluído. É possível que esta história tenha passado de geração em geração sendo aumentada continuamente, ganhando coloridos diferenciados.

Porta de Deus

A palavra Babel, em hebraico, significa “porta de Deus”, mas era também o nome que se dava à capital do Império Babilônico que em seu apogeu se transformou numa rica e poderosa civilização, chegando a se constituir num dos maiores centros culturais e econômicos do mundo antigo, para onde os judeus foram levados em cativeiro.

Existem diversas fontes extra-canônicas, como o chamado Livro dos Jubileus e o Terceiro Apocalipse de Baruch que chegam a falar das medidas desta torre, possivelmente localizada na Babilônia. A altura da Torre de Babel, segundo um desses livros seria de 5.433 cúbitos e 2 palmos, o equivalente a 2.484 metros de altura, muito mais alta que as mais altas construções do mundo de hoje.

O valor e as medidas são realmente impressionantes, porém, o que se quer demonstrar é sim o seu significado que é utilizado para explicar a dispersão dos grupos humanos pela terra, a grande variedade linguística existente e, sobretudo, a temeridade que é desafiar a Deus, como fez a Babilônia impenitente, que na concepção judaica era a simbolização do pecado e do mal.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

segunda-feira, 9 de junho de 2025

Quais são os dons e os frutos do Espírito Santo

Dons e frutos do Espírito Santo . | Crédito: Domínio Público - Wikimedia Commons

Quais são os dons e os frutos do Espírito Santo.

Por Abel Camasca*

8 de junho de 2025

A Solenidade de Pentecostes é hoje (8). Abaixo, os sete dons do Espírito Santo e os seus frutos.

Os sete dons do Espírito Santo

Catecismo da Igreja Católica diz que estes dons  “são disposições permanentes que tornam o homem dócil para seguir os impulsos do mesmo Espírito”, sustentam a vida moral do cristão e “completam e levam à perfeição as virtudes daqueles que os recebem”.

Os dons do Espírito Santo são sete: sabedoria, inteligência, conselho, fortaleza, conhecimento, piedade e temor de Deus.

Segundo o Catecismo Maior de São Pio X, padroeiro dos catequistas, o dom da sabedoria permite-nos contemplar as coisas eternas, como "a Verdade eterna, que é Deus, no qual pomos nossa complacência, amando-O como nosso Sumo bem".

O Entendimento “facilita a compreensão” das verdades e mistérios da fé que são difíceis de alcançar por nós mesmos. O dom do conselho nos ajuda a saber o que é melhor para a maior glória de Deus e para o bem de nós mesmos ou do próximo. A fortaleza “nos inspira coragem e determinação” para permanecermos firmes na lei divina e na Igreja.

O dom da ciência ajuda a julgar corretamente e a aproveitar tudo o que o Senhor nos confia neste mundo para levá-lo a Ele. A piedade ajuda a manter um coração confiante em Deus e benevolente para com o próximo. Finalmente, o temor de Deus “nos faz reverenciar a Deus, e ter receio de ofender a sua Divina Majestade”.

O cristão que reconhece algum destes dons na sua vida pessoal está deixando o Espírito Santo agir. Mas, santo Tomás de Aquino advertia para não ficarmos fechados em nós mesmos.

“É importante não esquecer que mesmo possuindo todos os dons do Espírito Santo, sem caridade não se tem vida... Por mais que um cadáver esteja revestido de ouro e pedras preciosas, ele continua sendo um cadáver”, disse ele.

Os frutos do Espírito Santo

O Catecismo da Igreja Católica diz que estes frutos “são perfeições que o Espírito Santo forma em nós como primícias da glória eterna”.

A tradição diz que são 12: caridade, alegria, paz, paciência, bondade, longanimidade, benignidade, mansidão, fidelidade, modéstia, continência, castidade.

Vários destes frutos são mencionados por são Paulo na sua carta aos Gálatas. Por isso, numa reflexão sobre o fruto do Espírito, o papa Francisco disse que poderia ser um bom exercício espiritual “ler a lista de São Paulo e observar a própria conduta, para verificar se corresponde, se a nossa vida está verdadeiramente de acordo com o Espírito Santo, se dá estes frutos”.

“Por exemplo, os três primeiros são caridade, paz e alegria: por isto se reconhece se uma pessoa é habitada pelo Espírito Santo. Uma pessoa que está em paz, que rejubila e que ama: com estas três caraterísticas vê-se a ação do Espírito”, acrescentou.

O apóstolo Paulo também denuncia as obras da carne e que são contrárias aos frutos do Espírito.

“Ora, as obras da carne são estas: fornicação, impureza, liber­tinagem, idolatria, superstição, inimizades, brigas, ciúmes, ódio, ambição, discórdias, partidos, invejas, bebedeiras, orgias e outras coisas semelhantes. Dessas coisas vos previno, como já vos preveni: os que as praticarem não herdarão o Reino de Deus!”.

*Abel Camasca é comunicador social. Foi produtor do telejornal EWTN Noticias por muitos anos e do programa “Más que Noticias” na Radio Católica Mundial.

Fonte: https://www.acidigital.com/noticia/58076/quais-sao-os-dons-e-os-frutos-do-espirito-santo

domingo, 8 de junho de 2025

Leão XIV em Pentecostes: invocar o Espírito do amor e da paz para abrir as fronteiras do coração

Santa Missa de Pentecostes - Jubileu dos Movimentos, 08/06/2025 (Vatican News)

As fronteiras a serem abertas pelo Sopro divino, disse o Pontífice em homilia na Praça São Pedro na Solenidade de Pentecostes, estão "dentro de nós, nas nossas relações e entre os povos". Os milhares de peregrinos do Jubileu dos Movimentos, Associações e Novas Comunidades ouviram o pedido do Papa para invocar "o Espírito do amor e da paz" para encontrar com Deus e "abrir as fronteiras, derrubar os muros, dissolver o ódio": "é Pentecostes que renova a Igreja, renova o mundo!".

Andressa Collet - Vatican News

Mais um dia de Praça São Pedro lotada por ocasião do Jubileu dos Movimentos, Associações e Novas Comunidades celebrado neste final de semana no âmbito do Ano Santo da Esperança. Neste domingo (08/06), em particular, de Solenidade de Pentecostes, o Papa Leão XIV presidiu a missa para milhares de peregrinos e refletiu sobre o Espírito que "abre fronteiras" dentro de nósnas nossas relações e entre os povos. Completando exatamente um mês de pontificado, a homilia do novo Sucessor de Pedro foi de grande impulso para abrirmos "as fronteiras do coração" através do "vento vigoroso do Espírito Santo" e com a recordação inclusive dos predecessores Bento XVI e Francisco. O dia solene no Vaticano começou com um giro de papamóvel que durou cerca de 30 minutos: Leão XIV percorreu tanto a Praça São Pedro quanto parte da Via della Conciliazione para saudar os milhares de fiéis. 

A missa de Pentecostes foi celebrada no âmbito do Jubileu dos Movimentos]   (@Vatican Media)

Abrir as fronteiras dentro de nós

Na homilia e através das palavras de Santo Agostinho, o Papa recordou que este é o dia em que, "depois de sua Ressurreição e depois da glória de sua Ascensão, Jesus Cristo Nosso Senhor enviou o Espírito Santo» (Santo Agostinho, Sermão 271, 1)". Um dom que "realiza algo extraordinário na vida dos Apóstolos", ajudando a interpretar a morte de Jesus e dando força e coragem para "sair ao encontro de todos para anunciar as obras de Deus". Na festa de Pentecostes, lembra Leão nas palavras de Bento XVI em 2005, as portas do cenáculo se abrem porque o Espírito abre as fronteiras. E de onde o Pontífice parte a sua meditação do dia:

"O Espírito abre as fronteiras principalmente dentro de nós. É o Dom que desvela a nossa vida para o amor. E essa presença do Senhor desfaz a nossa dureza, o nosso fechamento, o egoísmo, os medos que nos bloqueiam e o narcisismo que faz-nos rodar apenas em torno de nós mesmos. O Espírito Santo vem para desafiar, em nós, o risco de uma vida que se atrofia, sugada pelo individualismo. É triste observar como num mundo onde se multiplicam as oportunidades de socialização, corremos o risco de ser paradoxalmente mais solitários, sempre conectados, mas incapazes de 'fazer redes', sempre imersos na multidão, mas permanecendo viajantes perdidos e solitários."

O Espírito de Deus, em vez disso, "abre ao encontro com nós mesmos, para além das máscaras que usamos; conduz ao encontro com o Senhor", afirmou o Papa. Abraçando com amor a Palavra, somos "transformados" por ela, tornando a nossa vida "um espaço de acolhimento".

Na homilia, Leão XIV refletiu sobre o Sopro Divino que abre as fronteiras do coração   (@Vatican Media)

Abrir as fronteiras das relações

"O Espírito, além disso, abre as fronteiras também nas nossas relações". E com aquele mesmo "amor de Deus que habita em nós, tornamo-nos capazes de nos abrir aos irmãos, de vencer a nossa rigidez, de superar o medo em relação ao que é diferente", disse o Pontífice. O Espírito transforma aqueles "perigos mais ocultos que envenenam as nossas relações, como os mal-entendidos, os preconceitos, as instrumentalizações": 

“Penso também – com muita dor – em quando uma relação é infestada pela vontade de dominar o outro, uma atitude que frequentemente desemboca na violência, como infelizmente demonstram os numerosos e recentes casos de feminicídio.”

O Espírito Santo, ao contrário, "faz amadurecer em nós os frutos que nos ajudam a viver relações verdadeiras e boas", alargando as fronteiras das relações com o outros. Um critério, alertou Leão XIV, "decisivo também para a Igreja: só somos verdadeiramente a Igreja do Ressuscitado e discípulos de Pentecostes se entre nós não houver fronteiras nem divisões, se na Igreja soubermos dialogar e nos acolher mutuamente, integrando as nossas diversidades, e se, como Igreja, nos tornarmos um espaço acolhedor e hospitaleiro para todos".

Abrir as fronteiras entre os povos

Por fim, "o Espírito abre as fronteiras também entre os povos"Em Pentecostes, disse o Pontífice, recordamos a importância de nos colocarmos "em caminho", "na fraternidade", já que "o Sopro divino une os nossos corações e nos faz ver no outro o rosto de um irmão": em vez de divisão e conflito, preconceito e lógica de exclusão, discórdia e indiferença, como observou Francisco em 2023, o Espírito "rompe fronteiras e derruba os muros da indiferença e do ódio", como as próprias guerras, por "um tesouro comum":

“Invoquemos o Espírito do amor e da paz, a fim de que abra as fronteiras, derrube os muros, dissolva o ódio e nos ajude a viver como filhos do único Pai que está nos céus. Irmãos e irmãs: é Pentecostes que renova a Igreja, renova o mundo! Que o vento vigoroso do Espírito desça sobre nós e em nós abra as fronteiras do coração, dê a graça do encontro com Deus, amplie os horizontes do amor e sustente os nossos esforços pela construção de um mundo onde reine a paz.”

O Espírito que "abre fronteiras" dentro de nós, nas nossas relações e entre os povos.   (@Vatican Media)
Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

5 ideias para criar filhos sem telas

Uma criança na frente da tela | Shutterstock/Tatyana Korotun.

Cecilia Pigg - publicado em 09/04/25

Neste artigo, queremos mostrar ideias de atividades que vêm de pais que educam sem telas, e que funcionaram como "babás" temporárias para eles.

Muitas vezes, quando os pais têm tarefas a fazer, torna-se difícil manter a concentração com crianças pequenas; A maneira mais fácil de resolver o problema é colocá-las na frente de uma tela. 

Esta tem sido a solução que muitos pais recorrem quando têm de realizar determinadas atividades, sejam elas relacionadas com a casa ou com o trabalho. Como as telas  dominam o mundo, é bom ter outras ideias que não envolvam um programa de TV ou um jogo eletrônico como babá, pois as telas nunca devem assumir o papel de babás. 

Existem muitas outras atividades que você pode realizar para que seus filhos se divirtam e você possa fazer uma pausa ou se concentrar em alguma outra tarefa; Sabemos que não é fácil, mas é possível e de uma forma mais recreativa! Abaixo, uma lista de dicas para crianças com menos de 10 anos. 

1 - "NOVOS" BRINQUEDOS

Ofereça alguns brinquedos que você mantém regularmente fora de vista. Dessa forma, quando precisar, você pode tirá-los e será como ter um brinquedo novo para explorar. Brinquedos como Lego, trilhos de trem e brinquedos que exigem construção e resolução de problemas, são especialmente úteis se você precisar fazer algo sem o envolvimento de pequenos ajudantes.

2 - TEMPO DE SILÊNCIO

Outra prática é acostumar seus filhos a passar algum tempo sozinhos todos os dias. Quando seus filhos pararem de cochilar, continue esperando que eles fiquem no quarto por uma hora no início da tarde, com livros e brinquedos. Dessa forma, você e seu filho poderão recuperar as forças. E então, se você precisar fazer algo, esse período de silêncio estará lá para você. 

Para crianças que têm interesse e habilidades motoras finas, quebra-cabeças ou jogos de peças são boas opções. Eles também podem usar massinha ou massinha de modelar, livros para colorir e tesouras para recortar desenhos de revistas ou formas de papel. 

Para crianças mais novas, que não têm habilidades motoras finas ou capacidade de atenção, pode ser útil colocar alguns brinquedos em uma sala segura para elas ou dar-lhes brinquedos que lhes interessem.

3 - HORA DE LER EM VOZ ALTA

Se você tem um filho mais velho, peça a ele que leia um monte de livros em voz alta para os mais novos. Ou você pode colocar um audiolivro para entretê-los.

4 - TEMPO AO AR LIVRE

Se o clima permitir e você tiver um lugar bom para estar ao ar livre, outra ótima opção é passar um tempo ao ar livre.

5 - ENTRETENIMENTO COM AMIGOS

Uma última sugestão que pode funcionar é convidar outra criança para casa. Se seu filho se dá bem com alguém, os dois podem se divertir alegremente enquanto cuidam de outras coisas. 

Escolher uma boa atividade para seus filhos tem tudo a ver com conhecer essa criança. Além disso, naqueles momentos em que parece que as crianças vão ficar entediadas ou que têm coisas simples para brincar, é onde nasce a criatividade deles; E é ali mesmo que podem explorar a sua imaginação para inventar novas aventuras e jogos criados por eles. 

No começo, pode parecer frustrante entreter seu filho sem assistir a vídeos do YouTube, mas na verdade existem muitas atividades que você pode experimentar e pode ajudar a si mesmo procurando ideias online. Lembre-se de que onde há vontade, há um caminho.

Fonte: https://pt.aleteia.org/2025/04/09/5-ideias-para-criar-filhos-sem-telas/

Vem, Espírito Santo!

Pentecostes (Diocese de Coari)

VEM, ESPÍRITO SANTO!

06/06/2025

Dom José Gislon
Bispo de Caxias do Sul (RS)

Estimados irmãos e irmãs em Cristo Jesus! Neste final de semana, como Igreja, Povo de Deus a caminho e peregrinos de esperança, celebramos a Festa de Pentecostes. Com a vinda do Espírito Santo tem início uma nova aliança entre Deus e os homens. A Festa de Pentecostes era originalmente a festa das colheitas; sucessivamente torna-se a festa da renovação da aliança do Sinai, entre Deus e o seu povo. 

No Sinai, era Deus que falava. Na Festa de Pentecostes, são os homens iluminados pelo Espírito Santo que levam uma palavra nova e criadora. O Espírito é o intérprete perfeito da palavra de Jesus Cristo. O sinal de que a presença do Espírito Santo age na Igreja é o amor por Cristo, que nasce no coração dos fiéis. O Espírito Santo, portanto, cria a comunhão dos filhos e filhas renascidos para uma vida nova com o Pai, pela graça do Batismo. 

A função do Espírito Santo é, portanto, aquela de permitir aos homens comunicar a experiência do Ressuscitado. Não é o Espírito que fala, mas é ele que torna possível a experiência de comunicar. O Espírito não nos diz o que devemos fazer, nem pode fazer o que nós devemos fazer, ele, porém, nos dá a força e a possibilidade de agir, quando devemos mostrar resultados.  

Hoje a Igreja é chamada a colaborar com o Espírito Santo para renovar o mundo, através do anúncio e do testemunho. E toda vez que um grupo de homens e mulheres, de jovens ou de crianças, se reúnem para escutar a palavra do Ressuscitado, tornada presente pela potência do Espírito, a Igreja renasce. Pela ação do Espírito Santo estaremos sempre vivendo uma nova aurora na vida da Igreja. A festa de Pentecostes também nos convida e convida as nossas comunidades a uma abertura missionária, e a nos colocarmos a caminho, para levar o Evangelho a todos os homens. 

Os discípulos de Jesus, tomados pelo medo, foram transformados com os dons do Espírito Santo em testemunhas fervorosas e dispostas a retomar o caminho do Cristo, para continuar a sua obra de salvação. Portanto, todos nós podemos trabalhar por um mundo melhor, e fazer isto é possível, mesmo mantendo a própria cultura, a própria identidade, basta apenas acreditarmos e deixarmos que o Espírito Santo possa agir em nós. 

Fonte: https://www.cnbb.org.br/

Reflexão para a Solenidade de Pentecostes (C)

Pentecostes (Vatican News)

Quando os discípulos, à tarde do primeiro dia da semana, estão reunidos o Senhor aparece no meio deles e lhes comunica a paz.

Vatican News

O autor do Evangelho deste domingo, João Evangelista, nos diz que a vinda do Espírito Santo sobre os apóstolos se deu no dia de Páscoa.

Ele deseja fazer-nos compreender que o Espírito que conduziu Jesus para sua missão de salvar a Humanidade é o mesmo que agora conduz a Igreja, comunidade dos seguidores de Jesus, na continuidade da mesma missão. A Igreja torna presente, na História, o Cristo Redentor.

Quando os discípulos, à tarde do primeiro dia da semana, estão reunidos o Senhor aparece no meio deles e lhes comunica a paz. Mostra-lhes os sinais de seus sofrimentos para lhes dizer que, apesar de seu aspecto glorioso, a memória da paixão não poderá ser deixada de lado, que a glória veio através da cruz.

Estamos no primeiro dia da semana, não nos esqueçamos. Exatamente com esse sentido do novo, do novo pós pascal, isto é, do novo eterno, que não caduca, que não envelhece, Jesus faz a nova criação soprando o Espírito sobre seus seguidores. É uma referência à criação do homem, relatada no cap. 2º, vers. 7 do Gênesis, quando diz que Deus insuflou em suas narinas o hálito de vida e o homem passou a viver. No relato desse fato na tarde pascal, temos a criação da Comunidade Cristã.

A missão é dada logo em seguida: perdoar os pecados e até retê-los, se for o caso. Pecado é aquilo que impede a realização do projeto do Pai, que é a felicidade do ser humano. Ora, perdoar os pecados significa lutar para que os planos de Deus cheguem à sua concretização e, evidentemente, devolvendo àquele que está arrependido de suas ações contrárias a esse plano, a reconciliação.

Pelo batismo e pela crisma fazemos parte dessa comunidade que deve continuar a missão redentora de Jesus. Que honra!

Que nossas ações, seja na família, no trabalho ou no meio dos amigos, colaborem com a alegria e felicidade daqueles que nos cercam. Assim estaremos dando glória a Deus, pois a glória de Deus é a felicidade do homem.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

sábado, 7 de junho de 2025

Papa Leão XIV recebe Kiko Argüello, iniciador do Caminho Neocatecumenal

© Vatican Media

05/06/2025

 CnCMadrid

Na manhã de 5 de junho de 2025, às 11h, na Biblioteca do Palácio Apostólico, o Santo Padre Leão XIV recebeu pela primeira vez, em audiência privada, a Equipe Internacional do Caminho Neocatecumenal, Kiko Argüello, Padre Mario Pezzi e María Ascensión Romero.

Kiko saudou o Papa dizendo-lhe que estava muito contente porque Deus nos havia dado um Papa missionário, pois essa também é a missão do Caminho Neocatecumenal, tanto nos países que não conhecem Cristo quanto naqueles que O abandonaram.

Kiko presenteou o Papa com uma cópia do ícone da Virgem do Caminho, que se encontra numa capela da Catedral de Madri, onde estão escritas as palavras que sintetizam a missão do Caminho: «Há que fazer comunidades como a Sagrada Família de Nazaré, que vivam em humildade, simplicidade e louvor. O outro é Cristo». Também presenteou o Santo Padre com um exemplar do último livro¹ que reúne mais de 400 citações de Carmen sobre a mulher, expressão de sua teologia: “Coração indiviso, missão e virgindade”, presente que o Papa agradeceu.

© Vatican Media

Kiko recordou ainda a grande alegria pelo fato de que sua eleição tenha ocorrido no dia 8 de maio, data que possui um significado especial para o Caminho.

O Papa se surpreendeu com essa coincidência, e Kiko lhe contou como, justamente em 8 de maio de 1968, ao chegar à Itália com Carmen Hernández, foi levado a Pompeia para colocar o Caminho sob a proteção da Virgem de Pompeia. E também em um 8 de maio, em 1974, pela primeira vez um Papa, São Paulo VI, recebeu em audiência os iniciadores do Caminho e alguns itinerantes – contou Kiko – que ele nos disse palavras muito proféticas, que foram de grande ajuda para o Caminho:
«Eis os frutos do Concílio… Vós, sendo o que sois, já fazeis apostolado».
«Vós fazeis o que a Igreja primitiva fazia antes do batismo; vós o fazeis depois; mas o antes ou depois é secundário, o importante é que buscais a autenticidade da vida cristã, e isso nos consola enormemente».

No encontro, muito cordial, a Equipe pôde informar o Papa sobre as numerosas atividades que o Caminho está realizando na Igreja, por meio de um itinerário de iniciação cristã oferecido às paróquias e dioceses, sustentando as famílias diante dos desafios do mundo moderno, vivendo sua vocação, abertas à vida em plenitude, dando a tantos jovens a possibilidade de se encontrarem com Jesus Cristo, o único que responde verdadeiramente às suas inquietações.

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O Papa Leão XIV também se maravilhou com o grande número de famílias que, agradecidas ao Senhor pela nova vida que lhes foi concedida, se colocaram à disposição para ajudar na missão da Igreja nas regiões mais pobres e difíceis do mundo. Ficou surpreso também com a presença do Caminho em 138 nações e com o número de seminários Redemptoris Mater abertos atualmente em mais de cem dioceses dos cinco continentes, bem como com os numerosos seminaristas que estão se preparando para serem presbíteros missionários diocesanos.

A Equipe Internacional do Caminho também informou ao Papa sobre a obra de evangelização que tantos itinerantes realizam em numerosas dioceses, de muitos países onde também aparecem as dificuldades que a obra missionária sempre leva consigo.

O Santo Padre os encorajou a continuar este ministério, tão precioso para a vida da Igreja, e com sua bênção confirmou o Evangelho de São João do dia (Jo 17,20-26), que fala do amor e da unidade, o caminho que conduz o homem de hoje ao encontro com a fé, uma palavra tão querida ao Santo Padre, que a escolheu como lema de seu brasão: In illo Uno, Unum , e tão presente na experiência de Kiko e constitutiva do itinerário do Caminho.

© Vatican Media
Fonte: https://neocatechumenaleiter.org/pt-br

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF