Por Kate Quiñones*
23 de julho de 2025
A Igreja celebra hoje (23) a festa de santa Brígida da
Suécia, mística da Idade Média que foi mãe de uma grande família, dama de
companhia de uma rainha e fundadora de uma ordem religiosa que existe até hoje.
1. Santa Brígida teve sua primeira visão aos dez anos de
idade.
Brígida, Birgitta em sua própria língua, nasceu de pais
ricos e devotos na Suécia em 1303. Sua mãe morreu quando Brígida era muito
jovem e ela e seus irmãos foram criados por uma tia. Aos dez anos de idade,
Brígida teve uma visão de Cristo na cruz em seu sofrimento agonizante. Em sua
visão, Brígida viu Cristo com suas feridas da Sexta-feira Santa, com as feridas
do “Homem das Dores” de que se fala em Isaías 53. Ela perguntou a Jesus quem o
feriu, e Ele respondeu: “Aqueles que me desprezam e recusam meu amor por eles.”
Ela continuaria a escrever sobre essas revelações; suas obras foram publicadas
postumamente.
2. Brígida serviu na corte real da Suécia.
Brígida casou-se em 1316, aos 13 anos, com Ulf Gudmarsson,
de 18 anos, o príncipe sueco de Nerícia. Os dois se juntaram à Ordem Terceira
de São Francisco e dedicaram seus recursos à construção de um hospital e ao
cuidado das necessidades dos pobres. Ulf serviu no conselho do rei da Suécia,
Magnus Eriksson, e o rei pediu que Brígida fosse uma dama de companhia de sua
esposa, a rainha Blanche de Namur.
3. Brígida foi mãe de oito filhos, incluindo uma santa.
Brígida e Ulf criaram uma grande família juntos. Dos oito
filhos de Brígida, dois morreram na infância e outros dois morreram nas
cruzadas. Dois de seus filhos sobreviventes se casaram e outros dois
ingressaram na vida religiosa. Uma delas foi canonizada como santa Catarina da
Suécia.
4. Brígida fundou uma ordem religiosa, os brigidinos,
depois que seu marido morreu.
Brígida e Ulf fizeram uma peregrinação a Santiago de
Compostela, Espanha, entre 1341 e 1343, mas na viagem de volta, Ulf ficou
doente. O casal parou na França até Ulf recuperar a saúde, mas logo depois que
retornaram à Suécia, em 1344, ele morreu.
Depois da morte de Ulf, Brígida deu sua riqueza aos pobres e
dedicou sua vida a Cristo, seguindo um chamado de Deus para fundar uma nova
ordem religiosa.
Ela fundou a Ordem do Santíssimo Salvador, agora conhecida
como brigidinos, em 1346, e sua congregação foi aprovada pelo papa Urbano V em
1370. Os brigidinos seriam liderados por uma abadessa e compostos por freiras e
sacerdotes. Os sacerdotes, que viviam em uma seção separada, serviam como
capelães e confessores para as freiras.
O rei Magnus ajudou Brígida a fazer da abadia de Vadstena o
lar dos brigidinos. Ele doou um pequeno palácio e terras para o novo mosteiro.
Mas Brígida nunca veria seu trabalho dar frutos. Ela teve
uma visão de Cristo chamando-a para retornar a Roma e aguardar o retorno do
papa da França durante o papado de Avignon. Ela nunca se tornou freira e nunca
viu o mosteiro em Vadstena. Ela morreu vários anos antes do retorno permanente
do papa a Roma.
Mas sua ordem se espalhou pela Europa e existe ainda hoje em
mosteiros contemplativos e conventos apostólicos, com filiais em 19 países como
Suécia, Noruega, Polônia, Itália, Israel, Índia, Filipinas, México e os EUA.
5. Santa Brígida é co-padroeira da Europa.
Depois que Brígida morreu em Roma em 23 de julho de 1373,
seus filhos levaram seus restos mortais de volta para a sede de sua ordem
religiosa. Menos de 20 anos depois, em 1391, o papa Bonifácio IX a proclamou
santa. Suas revelações e escritos sobre os sofrimentos de Cristo foram
publicados depois de sua morte. Em 1999, o papa são João Paulo II a escolheu
como uma das três co-padroeiras da Europa, junto com santa Catarina de Siena e
santa Edith Stein.
*Kate Quiñones é redatora da Catholic News Agency e membro do
site de notícias The College Fix. Ela já escreveu para o Wall Street Journal,
para o Denver Catholic Register e para o CatholicVote, e se formou pelo
Hillsdale College. Ela mora com o marido no Colorado, nos EUA.
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