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quinta-feira, 24 de julho de 2025

Como saber se você é intolerante à lactose

Como saber se você é intolerante à lactose? (Foto/Crédito: Fleepik)

Como saber se você é intolerante à lactose: 6 sinais comuns que podem passar despercebidos.

Rádio Itatiaia

06/07/2025

Por Rúbia Layane (*)

Você sente inchaço, gases ou desconforto depois de consumir leite, queijo, iogurte ou outros laticínios? Se a resposta for sim, pode ser que você tenha intolerância à lactose.

A intolerância à lactose ocorre quando o organismo produz pouca ou nenhuma lactase, enzima responsável pela digestão da lactose, o açúcar presente no leite e seus derivados. Quando esse açúcar não é corretamente digerido, ele causa desconfortos no sistema digestivo.

Esses sintomas, por serem sutis ou aparecerem horas após o consumo, muitas vezes são confundidos com outras condições, como a síndrome do intestino irritável ou má digestão. A seguir, conheça os sintomas mais comuns que podem indicar intolerância à lactose.

Inchaço após consumir laticínios

Um dos indícios mais evidentes de intolerância à lactose é o inchaço que ocorre após a ingestão de leite ou derivados, como queijos, sorvetes e requeijões. O abdômen pode parecer distendido ou pesado, resultando em desconforto. Isso acontece porque a lactose que não foi digerida fermenta no intestino grosso, gerando gases e atraindo água. Muitas vezes, essa sensação é confundida com exagero alimentar, mas, se acontece com frequência após o consumo de laticínios, pode indicar intolerância.

Gases em excesso

O aumento da produção de gases intestinais, principalmente após refeições com leite ou derivados, é outro sinal comum. Isso se dá porque as bactérias intestinais fermentam a lactose que não foi digerida, liberando gases como subproduto. Esse processo pode resultar em desconforto abdominal e episódios frequentes de flatulência. Ainda que gases sejam normais, observe se estão relacionados especificamente à ingestão de produtos lácteos.

Diarreia após o consumo de leite e derivados

Em algumas pessoas, a intolerância à lactose se manifesta por meio de diarreia. Esse sintoma geralmente surge entre 30 minutos e 2 horas depois da ingestão de laticínios. Quando a lactose não é devidamente processada, ela chega ao cólon, onde retém água e provoca fezes amolecidas. Se esse sintoma ocorrer repetidamente após o consumo de leite ou derivados, é recomendável buscar orientação médica.

Desconforto ou cólicas no abdômen

A presença de cólicas ou sensação de peso abdominal após comer laticínios pode estar relacionada à intolerância à lactose. Esse desconforto é consequência da fermentação da lactose no intestino e das contrações musculares para tentar expulsar o conteúdo. Os sintomas são semelhantes aos de intoxicações alimentares leves, mas sem febre ou sinais infecciosos associados.

Náusea após a ingestão de laticínios

Algumas pessoas relatam náuseas após consumir leite ou produtos derivados. Mesmo que nem sempre leve ao vômito, esse mal-estar pode ser o suficiente para atrapalhar o dia. Ele ocorre quando o sistema digestivo reage negativamente à presença da lactose não digerida.

Estômago barulhento ou roncando

Sons de borbulhamento ou ronco abdominal, especialmente após o consumo de leite ou seus derivados, podem indicar que o organismo está com dificuldade para digerir a lactose. Esses ruídos são provocados pelo movimento dos gases e líquidos no intestino e, geralmente, vêm acompanhados de inchaço. Embora muitas vezes sejam ignorados, quando ocorrem com frequência após o consumo de laticínios, merecem atenção.

Rúbia Layane (*)

Jornalista pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Atualmente, é repórter multimídia no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). Antes passou pela TV Alterosa. Escreve, em colaboração com a Itatiaia, nas editorias de entretenimento e variedades.

Fonte: https://www.itatiaia.com.br/

DENTRO DO VATICANO: Dicastério para a Promoção da Unidade dos Cristãos

Cardeal Koch, prefeito do Dicastério (terceiro da esquerda para a direita) com o arcebispo Flavio Pace, secretário do Dicastério (segundo da esquerda) durante a visita ao Patriarca Ecumênico de Constantinopla Bartolomeu (quarto da esquerda) em novembro de 2024 (Vatican Media)

A tarefa deste Dicastério é o crescimento de um autêntico espírito ecumênico dentro da Igreja Católica e o compromisso com o diálogo ecumênico com outras Igrejas e comunidades eclesiais, para recompor a unidade entre os cristãos.

Alessandro Di Bussolo – Città del Vaticano

A tarefa do Dicastério para a Promoção da Unidade dos Cristãos é o crescimento, dentro da Igreja Católica, de um autêntico espírito ecumênico, e atua em todos os âmbitos que podem contribuir para a promoção da unidade dos cristãos, por meio de relações fraternas, colaborações e diálogos teológicos com as outras Igrejas e Comunhões cristãs.

O prefeito é o cardeal Kurt Koch, enquanto o secretário é o arcebispo Flavio Pace. As relações com outras Igrejas e Comunidades eclesiais são geridas por duas seções. A seção oriental, para as Igrejas Ortodoxas de tradição bizantina e para as Igrejas Ortodoxas Orientais (copta, siríaca, armênia, etíope, malancariana), bem como para a Igreja Assíria do Oriente. E a seção Ocidental, para as diversas Igrejas e Comunidades eclesiais do Ocidente.

Notas Históricas

Em 5 de junho de 1960, o Papa João XXIII criou o Secretariado para a Promoção da Unidade dos Cristãos como uma das comissões preparatórias do Concílio. Era o início do empenho oficial da Igreja Católica no movimento ecumênico.

O Secretariado preparou e apresentou ao Concílio os documentos sobre ecumenismo (Unitatis redintegratio), sobre as religiões não cristãs (Nostra aetate), sobre a liberdade religiosa (Dignitatis humanae) e, em colaboração com a comissão doutrinal, a Constituição Dogmática sobre a Revelação Divina (Dei Verbum).

Em 1966, concluído o Concílio, o Papa Paulo VI confirmou o Secretariado como um órgão permanente da Santa Sé. Naquele ano, a Comissão Fé e Constituição do Conselho Ecumênico de Igrejas e o Secretariado para a Promoção da Unidade dos Cristãos decidiram, pela primeira vez, preparar conjuntamente, a cada ano, o texto oficial da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos.

Com a Constituição Apostólica Pastor Bonus, em 1988, o Papa João Paulo II transformou o Secretariado no Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos. Em 2022, com a Constituição Apostólica Praedicate Evangelium, o Papa Francisco mudou o nome para Dicastério para a Promoção da Unidade dos Cristãos.

Celebração das Vésperas na festa da Conversão de São Paulo, na conclusão da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos 2023. (VATICAN MEDIA Divisione Foto)   (VATICAN MEDIA Divisione Foto)

Competências

É tarefa do Dicastério, como recordado na Constituição Apostólica "Praedicate Evangelium", o empenho ecumênico, quer dentro da Igreja Católica quanto nas relações com as outras Igrejas e Comunidades eclesiais, para restaurar a unidade entre os cristãos.

O Dicastério implementa os ensinamentos sobre ecumenismo do Concílio Vaticano II e do Magistério pós-conciliar dos Pontífices, e se ocupa de sua correta interpretação para orientar, coordenar e desenvolver a atividade ecumênica. Favorece encontros e eventos, tanto nacionais quanto internacionais, para promover a unidade dos cristãos. Coordena as iniciativas ecumênicas das demais instituições da Cúria Romana, dos Escritórios e Instituições vinculados à Santa Sé e com outras Igrejas e Comunidades Eclesiais.

O Dicastério cuida das relações com outras Igrejas e Comunidades eclesiais, submetendo previamente as questões ao Papa, e promove o diálogo e as discussões teológicas para fomentar a unidade.

É tarefa do Dicastério escolher os membros católicos dos diálogos teológicos, os observadores e delegados para os diversos encontros ecumênicos, e convidar os observadores, ou "delegados fraternos" de outras Igrejas e comunidades eclesiais, para os encontros e eventos mais significativos da Igreja Católica. Do Dicastério faz parte a Comissão para as Relações Religiosas com o Judaísmo, dirigida pelo prefeito, com a tarefa de promover a relação entre católicos e judeus.

Caminhar juntos na busca da verdade

“O diálogo entre os cristãos nos últimos sessenta anos permitiu fazer progressos mais do que nunca na história”, recorda o cardeal prefeito Koch. E ele cita, por exemplo, “as declarações cristológicas com as Igrejas Ortodoxas Orientais, que puseram fim a mil e quinhentos anos de controvérsia, ou a Declaração Conjunta sobre a Doutrina da Justificação, que resolveu os problemas fundamentais subjacentes à Reforma do século XVI. E não menos importante, o fato de que os cristãos não se reconhecem mais como inimigos, mas como irmãos e irmãs em Cristo”.

O Papa Francisco, ao concluir seu discurso à Assembleia Plenária do então Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, em 2022, nos convidou a “Ir em frente, caminhar juntos. É verdade que o trabalho teológico é muito importante e devemos refletir, mas não podemos esperar para percorrer o caminho da unidade até que os teólogos se ponham de acordo”. Certa vez, continuou, “um grande teólogo ortodoxo disse-me que sabe quando os teólogos estarão de acordo. Quando? No dia seguinte ao juízo final, assim me disse ele. E entretanto? Caminhar como irmãos, na oração conjunta, nas obras de caridade, na busca da verdade. Como irmãos. E esta fraternidade diz respeito a todos nós”.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Caminhando para a COP 30, expectativas e desafios

Curupira, mascote da COP30 (Agência Brasil - EBC)

CAMINHANDO PARA A COP 30, EXPECTATIVAS E DESAFIOS 

22/07/2025

Dom Roberto Francisco Ferreria Paz 
Bispo  de Campos (RJ)

A Igreja que acompanha as alegrias e esperanças da humanidade, preocupa-se muito com a crise climática e pelos seus efeitos e desdobramentos deletérios que ameaçam seriamente a vida na Casa Comum. 

Preparando-se para este evento da COP 30 e assim  desta Conferência que será realizada em Belém, as pastorais da ecologia integral, os diversos movimentos e organizações sociais e ambientais participarão nas Pré- Cops criadas para canalizar contribuições e iniciativas para a COP 30 apresentando propostas e alternativas, inspiradas em uma verdadeira e incisiva justiça Socioambiental. Será necessário discernir e superar as falsas soluções que não superam o modelo tecnocrático com suas estratégias de maquiagem e transições que empurram para um futuro incerto as mudanças urgentes e estruturantes de uma nova economia circular, preservatória e sustentável para a vida e os habitantes da Terra.  

Trata-se de levar a sério e respeitar a soberania dos povos e seus territórios, assumindo a centralidade da vida, da dignidade da pessoa humana, e da integridade dos Direitos da Criação.  

Porém não podemos esquecer o aporte específico da Laudato Si, enraizada na visão sistêmica e holística da ecologia integral (tudo está interligado, LS. 16), que une o Grito da Terra com o grito dos pobres, assumindo o olhar e método socioambiental, e integrando a cura da Terra com a cura das pessoas e criaturas.  

Insistir também na conversão ecológica ou seja não apenas reduzir nossa pegada ecológica mas assumir um estilo de vida diferente, testemunhando e fazendo acontecer a simplicidade, sobriedade e humildade como modus vivendi, o que o Papa Francisco chama de sobriedade feliz, e que outros pensadores apresentam como a medida certa de viver.  

Finalmente ligar as ciências com as tradições espirituais como afirma a Declaração de Veneza que fazendo ressoar a Carta da Terra, valoriza a reverência espiritual, um olhar de gratuidade e louvor como o de Francisco de Assis, uma mudança no habitar e no ritmo de estar no mundo com atenção e cuidado com toda a Criação, descobrindo que somos Terra e pó de estrelas, cidadãos da Natureza e do Céu. Salvemos a Terra pois não só é nossa Casa Comum mas é a nossa missão profundamente humana e fraterna o cuidá-la, guardá-la e consagrá-la para o Pai das Misericórdias. Louvado seja Deus! 

Fonte: https://www.cnbb.org.br/

Jubileu dos Jovens: o mundo em Roma para o “momento mais esperado” do Ano Santo

Sala de Imprensa do Vaticano (Vatican Media)

Apresentados na Sala de Imprensa do Vaticano os eventos dedicados às novas gerações, que serão realizados de 28 de julho a 3 de agosto com participantes de 146 países. Dom Fisichella: “abraço” ideal, em particular às zonas de guerra. Mantovano: ajudemos os jovens nas suas “escolhas importantes”. Prefeito Gualtieri: “o maior evento italiano em termos de equipamentos tecnológicos”.

Edoardo Giribaldi - Vatican News

“O momento mais esperado” do Ano Santo, que verá Roma se abrir “ao mundo”, mesmo às zonas tragicamente marcadas por conflitos. Para que cada jovem, ao se confrontar com seus coetâneos, possa sentir “um abraço” e manter a fé naquele apelo de ser “sentinelas da manhã” que o Papa João Paulo II havia relançado há 25 anos. Sob esses auspícios, foram apresentados na manhã desta quarta-feira, 23 de julho, na Sala de Imprensa da Santa Sé, os eventos do próximo Jubileu dos Jovens, programado de 28 de julho a 3 de agosto.

Durante o encontro com os jornalistas, participaram dom Rino Fisichella, pro-prefeito do Dicastério para a Evangelização, Seção para as Questões Fundamentais da Evangelização no Mundo e responsável da Santa Sé pelo Jubileu; Alfredo Mantovano, subsecretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros; Roberto Gualtieri, prefeito de Roma e comissário extraordinário do Governo para o Ano Santo; Roberta Angelilli, vice-presidente da Região do Lácio; o líder municipal Lamberto Giannini; e Fabio Ciciliano, chefe do departamento da Proteção Civil.

Dom Rino Fisichella: jovens de 146 países

Dom Fisichella explicou como o Jubileu dos jovens representa “o momento mais esperado” do Ano Santo, “porque é o mais participativo”. Os peregrinos vêm de 146 países diferentes, sendo 68% da Europa e o restante dos outros continentes. Menção especial para os jovens que chegam de zonas de guerra: Líbano, Iraque, Mianmar, Ucrânia, Israel, Síria e Sudão do Sul, para um “abraço” ideal que envolverá as novas gerações de todo o mundo.

O arcebispo agradeceu ao governo italiano por sua “participação diária” na organização dos eventos. Em seguida, delineou a programação dos dias. Na segunda-feira, 28 de julho, chegará o primeiro meio milhão de peregrinos. Para recebê-los, foram mobilizadas 270 paróquias, 400 estruturas escolares, 40 locais extraescolares, casas da Proteção Civil, pavilhões esportivos e famílias. O dia coincidirá também com o início do Jubileu dos Missionários Digitais. Para o descanso dos jovens, foram preparados 20 pontos específicos, com credenciais para receber almoços e jantares.

No dia 29 de julho, terão início os Diálogos com a cidade, ou seja, 70 eventos que, nas jornadas de terça, quarta e quinta-feira, “terão lugar nas praças de Roma”. No dia 1º de agosto, será realizada a “jornada penitencial” no Circo Massimo, com 200 sacerdotes que, a cada duas horas, se alternarão sob grandes tendas montadas para “dar um pouco de alívio”, devido às altas temperaturas. No dia 2 de agosto, a partir das 9h, serão abertos os portões de Tor Vergata, que será animado por várias bandas e artistas até às 20h30, quando terá início a Vigília com o Papa Leão XIV. Para a ocasião, três jovens provenientes da Itália, México e Estados Unidos farão perguntas ao Pontífice, “que responderá nas respectivas línguas”. Para concluir, Fisichella agradeceu ao Dicastério para a Comunicação pela implementação do aplicativo Vatican Vox e pelos serviços da Rádio Vaticano, que fornecerão tradução e comentários em oito idiomas. Existe também um vade-mécum elaborado com a Proteção Civil “que deve ser o mais conhecido possível” com todas as indicações “para viver este momento com total serenidade”.

Mantovano: um “patrimônio” para quem vem de zonas de guerra

Mantovano lembrou “o brilho nos olhos” de seus filhos, ao retornarem da Jornada Mundial da Juventude. Para replicar esse entusiasmo, foram enviados esforços para que emergisse “um patrimônio inestimável” não só para os próprios peregrinos, “mas para as comunidades às quais eles retornarão”.

Os dias do Jubileu dedicados às novas gerações são um prelúdio para “escolhas importantes” na vida dos participantes, especialmente para aqueles que vêm de zonas afetadas por conflitos. Ao entrarem em contato com seus coetâneos, eles poderão perceber “que há quem queira estar ao lado deles”. O subsecretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros lembrou ainda os mais de 2 mil voluntários da Proteção Civil, também em sua maioria jovens, que acolherão e assistirão a população juntamente com 300 unidades da Região do Lácio e 200 de Roma Capital. Esses resultados não são “fruto do acaso”, mas nascem do desejo de “otimizar os recursos disponíveis”, tornando o Jubileu um evento “bem organizado e seguro”. Mantovano lembrou, por fim, o apelo do Papa João Paulo II por ocasião do Ano Santo de 2000, dirigindo-se aos jovens como “as sentinelas da manhã”. “Após 25 anos, é legítimo perguntar-se até que ponto esse apelo foi ouvido?”.

Gualtieri: prontos para “acolher o mundo”

“Uma cidade pronta para acolher o mundo” é o resumo de como Roma está se preparando para os eventos do Jubileu dos Jovens, segundo o prefeito Gualtieri. “A maior instalação tecnológica já realizada para um evento na Itália”, composta, entre outras coisas, por uma sala de controle de 500 metros quadrados. Ela “vigiará” a área que receberá os peregrinos: mais de 500 mil metros quadrados.

O grande calor será enfrentado com a instalação de 2.760 banheiros químicos e 2.660 pontos para reabastecer garrafas de água, com 5 milhões de garrafas de água potável e 70 nebulizadores à disposição. Uma atenção importante foi dedicada também ao lado sanitário, com 10 postos médicos avançados, 43 ambulâncias e quatro áreas “calmas”, para quem precisar de “um momento de descanso”.

Angelilli: surpreende “o impacto emocional”

“Um evento memorável”, definiu Angelilli, não só pelo impacto visual “da mobilização, que sempre surpreende”, mas também pelo seu “impacto emocional”. A região receberá mais de 4 mil voluntários, garantindo-lhes alojamento e refeições, com 30 tendas climatizadas, 5 cozinhas de campanha e 300 vagas de estacionamento. No que diz respeito ao transporte público, estão previstos 400 turnos de serviço extraordinário e 60 ônibus dedicados, além de 21 horas de operação ininterrupta das linhas A e C do metrô. No âmbito da saúde, em colaboração com a Ares e o 118, estarão ativas 500 unidades operacionais. Além disso, outros serviços, incluindo um helicóptero sanitário estará à disposição do evento.

Giannini: jovens protegidos em toda a cidade

“Nenhum sinal negativo sobre este evento” é a garantia Giannini. Isso não diminui, no entanto, a preparação máxima para os dias “clou” em Tor Vergata, sobre os quais será impossível sobrevoar com drones e aeronaves para garantir a segurança dos peregrinos. “Todas as pessoas que acessarem os eventos deverão passar por uma série de controle”, mas a proteção dos jovens será ampliada para vários locais da cidade, especialmente aqueles com maior concentração de pessoas, como estações de metrô e ônibus ou o Circo Massimo no dia dedicado ao Sacramento da Reconciliação.

Ciciliano: apoio aos que vêm do exterior

O impacto dos peregrinos provenientes de 146 países não pode deixar de levar em consideração a “estrutura institucional internacional”, segundo o chefe do departamento da Proteção Civil. O acolhimento e a assistência aos jovens serão realizados em consequência, através da ativação de um escritório de relações internacionais. A experiência do Jubileu do Ano 2000 foi usada como modelo de referência para melhorar alguns aspectos, especialmente no que diz respeito ao frequente extravio de documentos de identidade e à consequente emissão de duplicatas.

As perguntas dos jornalistas

“Grande parte das intervenções do jubileu foram realizadas no respeito pela cura da criação” é a garantia dada por Gualtieri, durante o espaço dedicado às perguntas dos jornalistas na coletiva, sobre “trazer a dimensão da sustentabilidade ambiental” para dentro da organização do Ano Santo. Dom Fisichella destacou então que 1.500 jovens chegarão da Coreia do Sul, sede da próxima Jornada Mundial da Juventude, lembrando que o Papa Francisco, ao concluir a última edição em Lisboa, marcou um encontro precisamente em Roma.

Quanto às perguntas que Leão XIV responderá, elas abordarão “temas extremamente importantes”, entre os quais o tema da amizade: “na era da Internet, é possível ter amizades sinceras?”, e depois o futuro e a esperança. “Uma grande oportunidade para difundir uma mensagem que o Papa tem em especial: a unidade e a fraternidade”. Os momentos em que os jovens poderão interagir com o Papa, lembrou o arcebispo, serão a Vigília de 2 de agosto e a celebração da Eucaristia prevista para o dia seguinte. No momento, concluiu Fisichella, as presenças registradas para as atividades de todo o Jubileu no geral são de 17 milhões.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

quarta-feira, 23 de julho de 2025

Casamento: 3 atitudes para evitar discussões e brigas

interstid | Shutterstock

Cecilia Pigg - publicado em 01/06/22 - atualizado em 09/01/25

Aqui estão três coisas que você pode fazer para se concentrar no que é bom e verdadeiro na sua relação e assim parar de discutir.

Quem nunca se viu apanhado num ciclo de "por que ele não faz isso" ou "por que ela não faz aquilo", culpando o seu cônjuge? Tudo o que ele(a) faz parece ser feito de forma errada ou no momento errado. Uma indignação monótona que nos põe sempre de mau humor, e depois irrompe perante as ações ou inações do cônjuge. E assim surge uma discussão atrás da outra.

É verdade que alguns dias (ou meses ou anos) de um casamento são mais difíceis do que outros. Precisa tomar cuidado, pois é fácil acumular ressentimentos. Eis 3 boas atitudes a adotar para evitar que este sentimento continue e que as brigas se multipliquem no seio do casal.

1 - ABANDONAR A MENTALIDADE DA CONTABILIDADE

Antes de tudo, é bom parar de contar quem faz mais tarefas, ou quem cuida mais das crianças, ou outras coisas. Um casal é uma equipe com um único objetivo. Se alguns dias o equilíbrio não estiver no ponto certo, não faz mal! Como equipe, um de nós é por vezes chamado a preencher as lacunas do outro. No entanto, se o desequilíbrio persistir de forma desproporcional, é uma boa ideia falar sobre o assunto em conjunto (ou mesmo com a ajuda de um conselheiro matrimonial) para encontrar o equilíbrio certo para o casal.

2 - AGRADECER SEMPRE

É importante adquirir o hábito de dizer "obrigado" frequentemente. Isto é ainda mais importante quando você se sente ressentido. É especialmente importante agradecer ao seu parceiro por coisas que toma como certas. Por exemplo, quando ele(a) retira o lixo, lava os pratos, conduz a oração familiar - mesmo que o tenha feito toda a sua vida - não se deve esquecer de lhe agradecer.

3 - ANOTE AS TAREFAS REALIZADAS PELO SEU CÔNJUGE

Fazer uma lista mental (ou por vezes física) de todas as coisas feitas pelo seu cônjuge ajuda a sair da lógica do "eu faço tudo" e contribui para o crescimento do amor no casal. Este exercício, que é mais ou menos fácil dependendo do dia, pode incluir várias tarefas (mesmo as que parecem triviais à primeira vista).

Fonte: https://pt.aleteia.org/2022/06/01/casamento-3-atitudes-para-evitar-discussoes-e-brigas/

Cardeal Paulo Cezar conclui visita à Igreja na Ucrânia

Cardeal Paulo Cezar Costa (Vatican Media)

O Arcebispo afirmou levar consigo uma experiência profunda de proximidade e oração, por ter estado junto ao povo ucraniano na súplica pelo dom da paz.

Vatican News

Ao final de sua missão na Ucrânia, nesta terça-feira (22), o Cardeal Paulo Cezar Costa deixou uma mensagem de esperança e solidariedade ao povo ucraniano.

Em meio às marcas deixadas pela guerra, expressou admiração pela fé daquele povo, pela força de uma Igreja viva e pelos bispos que, mesmo em meio ao sofrimento, doam a vida pela reconstrução do cristianismo.

O Arcebispo afirmou levar consigo uma experiência profunda de proximidade e oração, por ter estado junto ao povo ucraniano na súplica pelo dom da paz.

“Vos levo no coração. Contem sempre com as minhas orações, minha solidariedade e com a minha voz, que também deseja dar voz ao vosso sofrimento, dar voz aos horrores que a guerra vos faz passar. Fiquem com Deus.”

Ouça:

https://media.vaticannews.va/media/audio/s1/2025/07/23/11/138745177_F138745177.mp3

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

A noiva do Cântico e Maria Madalena

Maria Madalena e Jesus (Arquidiocese de Florianópolis)

A NOIVA DO CÂNTICO E MARIA MADALENA

23/07/2025

Dom Lindomar Rocha Mota
Bispo de São Luís de Montes Belos (GO) 

Na noite silenciosa da alma, quando o mundo dorme e os céus se cerram em silêncio, ela se levanta. 

“Em meu leito, durante a noite, busquei aquele que ama o meu coração. Busquei-o, mas não o encontrei.” 

O jardim ainda estava envolto em sombras. Era o primeiro dia da semana, e tudo parecia recomeçar, mas ainda sem luz. A pedra fora removida, mas o corpo não estava mais lá. A ausência cortava como lâmina. O silêncio gritava. O túmulo vazio não era resposta: era pergunta. 

“Levantar-me-ei, e percorrerei a cidade. Pelas ruas e pelas praças, buscarei aquele que ama o meu coração”. 

E ela foi. Correndo, buscando, como mulher ferida de amor. Não com ilusões, mas com lágrimas. Não com argumentos, mas com fidelidade. Como a amada do Cântico, que nada explica, mas tudo sente. Ela se move com a força de quem perdeu tudo, exceto a esperança. Porque quem ama, busca. 

“Encontraram-me os guardas que rondam a cidade. ‘Vistes aquele que ama o meu coração?’” 

Aos guardas, aos discípulos, aos anjos — ela pergunta. Mas nenhum responde com a voz que ela anseia. Nenhum tem o nome. Nenhum a toca no mais profundo. Ela chora, mas as lágrimas não a impedem de continuar.  

“Mal os havia deixado, encontrei aquele que ama o meu coração. Agarrei-o, e não o deixei mais.” 

No jardim, Ele aparece. Mas ela não O reconhece. Pensa tratar-se de um jardineiro, e no fundo, não se engana: é o Jardineiro da nova criação, o Segundo Adão, que transforma sepulcro em sementeira. 

E então, Ele diz uma única palavra: Maria. 

Nada mais foi necessário. Porque somente quem conhece chama pelo nome. E somente o verdadeiro Amado chama com ternura, com autoridade, com eternidade. 

Ela responde: “Rabunni!”. 

Não é o reconhecimento de um título. É a alma que se ajoelha. É o coração que se dobra. É o mundo que se reconstrói a partir daquele instante. 

Na esposa do Cântico, vemos o anseio. Em Maria Madalena, vemos o cumprimento. A esposa busca entre sombras, Maria busca entre anjos. A esposa encontra pelas praças, Maria encontra no jardim. A esposa segura o Amado, Maria é enviada por Ele. 

Maria Madalena não apenas encontra o Senhor, ela é enviada por Ele. E o amor que em Cânticos permanece no quarto, agora se torna missão no mundo. O noivado da antiga aliança se consuma na Aliança Nova, onde a mulher é voz da Páscoa, evangelho para os apóstolos, primeira anunciadora da Ressurreição. 

No Cântico, a amada diz: “agarrei-o, e não o deixei mais.” 

No jardim, Jesus lhe diz: “não me retenhas”. Porque o amor já não é posse, é anúncio. Não é mais segredo, é missão. 

E é por isso que Maria Madalena, unindo em si o desejo da discípula e o envio do Ressuscitado, é maior que a mulher do Cântico. Pois se aquela procurou no escuro o amor de sua juventude, Maria encontrou no escuro da morte o Amor eterno na Ressurreição. E foi por Ele conhecida, chamada, enviada. 

Fonte: https://www.cnbb.org.br/

O Brasil no Jubileu dos Missionários Digitais: evangelizar pela comunicação

Jubileu dos Missionários Digitais (Vatican Media)

Começa em menos de uma semana o Jubileu dos Missionários Digitais e Influencers Católicos, um evento inédito que, até agora, "não existe nada parecido! Nada! Nunca teve nada!", disse Guilherme Cadoiss. O encontro de dois dias em Roma é "para construir - juntos - um mundo de evangelização sem fronteiras", comentou Lisiane Mazzurana, para que se possa ainda mais "evangelizar por meio da comunicação", acrescentou Felipe Padilha. São três jovens que representarão o Brasil na Itália.

Andressa Collet - Vatican News 

"Uma escola de doutrina para a leigos que querem amar mais Jesus." É assim que Guilherme Augusto Barbosa das Mercês descreve a sua missão digital que tem impactado mais de 4 milhões de pessoas por mês nas suas redes sociais, ao oferecer cursos e conteúdos que unem fidelidade à doutrina e inovação na comunicação. Formado em Belas Artes pela Universidade Federal de Goiás, Guilherme é catequista e há 11 anos se dedica como missionário digital: fundou a Escola Santa Carona, um dos principais apostolados digitais de formação de leigos no Brasil. É também um dos criadores do Santa Zuera, o podcast católico mais antigo em atividade no país, referência em evangelização e diálogo nas mídias digitais.

No Brasil, ele lidera o projeto “La Iglesia Te Escucha”, uma iniciativa vaticana, que nasceu de uma convocação do próprio Papa Francisco, para fortalecer a missão digital e ouvir as vozes dos fiéis no ambiente online, além de ajudar na implantação da Pastoral Digital no país, em colaboração direta com a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), contribuindo para que a Igreja esteja cada vez mais presente e atuante nos espaços digitais. Nestes dias, ele pode ser visto pelos corredores do Dicastério para a Comunicação da Santa Sé já está fazendo parte da equipe organizadora do Jubileu dos Missionários Digitais e Influencers Católicos que começa no mesmo dia daquele dedicado aos jovens, em 28 de julho. Durante dois dias, cerca de mil peregrinos irão unir esforços para celebrar, formar e inspirar aqueles chamados a evangelizar nas plataformas digitais, como já vem fazendo Guilherme:

“Eu confesso que é difícil definir o que que eu estou esperando por um motivo muito objetivo: quando nós vamos para uma Jornada Mundial da Juventude nós temos um expectativa própria do evento. Agora, neste caso, não existe nada parecido! Nada! Nunca teve nada!”

"O mais próximo disso que tivemos foi o Festival de Influencers que aconteceu em Lisboa - e foi um festival, nós não tivemos um momento de convívio como a gente vai ter agora. Então, vai ser algo completamente inesperado, encontrar missionários de todos os cantos do mundo. Eu só participei de eventos assim com missionários latino-americanos ou brasileiros. Eu nunca tive esse contato com outros missionários para poder conviver, se conhecer, trocar ideia. Esta é a minha grande expectativa: o que é que eu vou encontrar de missão digital nos países e quais são as dificuldades que esses missionários encontram. Porque, ainda mais no caso do Brasil, pelo menos no meu caso, porque estamos um pouco isolados por causa do idioma, saber o que outras culturas vivem em relação à 'fera internet' é uma experiência que eu quero ter, e que eu estou muito esperançoso de que vai acontecer nesse Jubileu dos Missionários Digitais."

O goiano Guilherme Cadoiss e a gaúcha Lisiane Mazzurana | Vatican News

Os gaúchos que estarão no Jubileu dos Influencers Católicos

O Jubileu dos Missionários Digitais e Influencers Católicos será um encontro inédito e histórico, através do qual a Igreja reconhece o continente digital como espaço de missão, congrega três momentos distintos: a fase espiritual com a passagem pela Porta Santa, a fase de formação e um festival. Quem não estará presente em Roma, poderá seguir a programação em modalidade on-line. Mas já tem jovem de "mala e cuia", ou ao menos por um período na capital eterna, como é o caso de Lisiane Mazzurana, que atualmente vive na Itália para um curso de doutorado no Instituto Universitário Sophia (IUS) ligado ao Movimento dos Focolares na região da Toscana, mas é natural da cidade gaúcha de Igrejinha, região metropolitana de Porto Alegre. "Em todo o tempo e lugar podemos catequizar" é a missão digital da jovem, catequista há mais de 15 anos, que criou um espaço digital de evangelização: ela administra a página Catequese Mediada, que nasceu de um projeto de mestrado voltado para a formação de catequistas porque, atualmente, "as crianças buscam em nós pessoas que vivem aquilo que realmente ensinam, testemunhando com a própria vida o amor e a relação com Jesus Cristo".

"Pra mim, participar do Jubileu dos Influencers e Missionários Digitais está sendo realmente uma grande alegria, porque é um momento em que a gente pode ultrapassar os limites e as barreiras que colocamos no nosso dia a dia: de territórios, questões culturais, propriamente também o diálogo com outras religiões. E, mundo digital, a gente está conectado ao mundo todo - a todos os lugares, a todas as partes e culturas e línguas e religiões, o modo de ver Deus e esta é uma oportunidade que a gente tem de estar junto nesse momento de Jubileu, de celebrar essa esperança que nos une e, ao mesmo tempo, poder nos conectar, nas redes sociais, de um modo a levar essa esperança, como diz o Papa Francisco, nesse novo continente."

“Somos chamados a evangelizar a partir desse continente que também precisa de esperança e também precisa de diálogo e também precisa de construção de paz. Espero que esse tempo de Jubileu possa ser também um tempo de renovação da nossa fé, da nossa esperança de estabelecer vínculos entre nós - mais concretos, não só digitais também - e podermos nos apoiar mutuamente nas missões particulares que cada um faz, no meio digital que faz, e podendo ser canal de graça uns para os outros.”

Felipe Padilha, assessor de comunicação da diocese de Caxias do Sul/RS   (Maurício Aoki)

De Igrejinha vamos viajar por cerca de 100 Km para a Serra Gaúcha, especificamente para Caxias do Sul, onde nasceu e trabalha Felipe Michelon Padilha. Jornalista de formação pela Universidade de Caxias do Sul (UCS), ele é pós-graduado em Influências Digitais na Comunicação pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Nos anos de 2022 e 2023, participou da equipe de comunicação do Ano Vocacional do Brasil como responsável pelas redes sociais do Ano Vocacional da CNBB. Há 2 ano Felipe faz parte do GT de Produção da Pastoral da Comunicação (Pascom) no país e há 4 anos é assessor de comunicação da diocese de Caxias do Sul e também das paróquias Santo Antônio, de Bento Gonçalves, e da Catedral Diocesana Santa Teresa D’Ávila. Também já são 10 anos de RUAH Comunicação, uma agência que Felipe criou especializada em soluções para a comunicação eclesial e que vai precisar contar com a sua ausência no escritório, já que também está com passagem marcada para Roma, para participar como peregrino do Jubileu dos Missionários Digitais:

"Eu confesso que a ansiedade já está batendo forte. É uma alegria poder participar, poder estar também me preparando para participar do Jubileu dos Missionários Digitais. O Papa Francisco, lá na Jornada Mundial da Juventude de Lisboa, ele deixou muito claro de que a Igreja é lugar de todos, todos, todos, e com a nossa missão de comunicadores e responsáveis pelo trabalho de evangelização nas redes sociais, temos essa missão de ajudar a todos, todos, todos, se sentirem parte desta Igreja, povo de Deus. Então, para mim, estar em Roma, em comunhão com o Papa Leão, nesse momento também novo para a nossa Igreja, celebrar o Ano Santo e o Jubileu dos Missionários Digitais é a graça de Deus, a graça de Deus que toca a minha vida. Estou muito feliz, a ansiedade é mil, e espero encontrar muitos amigos, fazer novas amizades, trocar muitos contatos, porque além de me ajudar a crescer pastoralmente, este encontro certamente vai me ajudar a crescer humanamente e profissionalmente, porque também faz parte da minha vida, do meu trabalho, justamente este de evangelizar por meio da comunicação."

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Cinco coisas a saber sobre santa Brígida da Suécia, mística e mãe

Santa Brígida da Suécia. | Carlston Macks, CC BY-SA 4.0, via Wikimedia Commons

Por Kate Quiñones*

23 de julho de 2025

A Igreja celebra hoje (23) a festa de santa Brígida da Suécia, mística da Idade Média que foi mãe de uma grande família, dama de companhia de uma rainha e fundadora de uma ordem religiosa que existe até hoje.

1. Santa Brígida teve sua primeira visão aos dez anos de idade.

Brígida, Birgitta em sua própria língua, nasceu de pais ricos e devotos na Suécia em 1303. Sua mãe morreu quando Brígida era muito jovem e ela e seus irmãos foram criados por uma tia. Aos dez anos de idade, Brígida teve uma visão de Cristo na cruz em seu sofrimento agonizante. Em sua visão, Brígida viu Cristo com suas feridas da Sexta-feira Santa, com as feridas do “Homem das Dores” de que se fala em Isaías 53. Ela perguntou a Jesus quem o feriu, e Ele respondeu: “Aqueles que me desprezam e recusam meu amor por eles.” Ela continuaria a escrever sobre essas revelações; suas obras foram publicadas postumamente.

2. Brígida serviu na corte real da Suécia.

Brígida casou-se em 1316, aos 13 anos, com Ulf Gudmarsson, de 18 anos, o príncipe sueco de Nerícia. Os dois se juntaram à Ordem Terceira de São Francisco e dedicaram seus recursos à construção de um hospital e ao cuidado das necessidades dos pobres. Ulf serviu no conselho do rei da Suécia, Magnus Eriksson, e o rei pediu que Brígida fosse uma dama de companhia de sua esposa, a rainha Blanche de Namur.

3. Brígida foi mãe de oito filhos, incluindo uma santa.

Brígida e Ulf criaram uma grande família juntos. Dos oito filhos de Brígida, dois morreram na infância e outros dois morreram nas cruzadas. Dois de seus filhos sobreviventes se casaram e outros dois ingressaram na vida religiosa. Uma delas foi canonizada como santa Catarina da Suécia. 

4. Brígida fundou uma ordem religiosa, os brigidinos, depois que seu marido morreu.

Brígida e Ulf fizeram uma peregrinação a Santiago de Compostela, Espanha, entre 1341 e 1343, mas na viagem de volta, Ulf ficou doente. O casal parou na França até Ulf recuperar a saúde, mas logo depois que retornaram à Suécia, em 1344, ele morreu.

Depois da morte de Ulf, Brígida deu sua riqueza aos pobres e dedicou sua vida a Cristo, seguindo um chamado de Deus para fundar uma nova ordem religiosa.

Ela fundou a Ordem do Santíssimo Salvador, agora conhecida como brigidinos, em 1346, e sua congregação foi aprovada pelo papa Urbano V em 1370. Os brigidinos seriam liderados por uma abadessa e compostos por freiras e sacerdotes. Os sacerdotes, que viviam em uma seção separada, serviam como capelães e confessores para as freiras.

O rei Magnus ajudou Brígida a fazer da abadia de Vadstena o lar dos brigidinos. Ele doou um pequeno palácio e terras para o novo mosteiro.

Mas Brígida nunca veria seu trabalho dar frutos. Ela teve uma visão de Cristo chamando-a para retornar a Roma e aguardar o retorno do papa da França durante o papado de Avignon. Ela nunca se tornou freira e nunca viu o mosteiro em Vadstena. Ela morreu vários anos antes do retorno permanente do papa a Roma.

Mas sua ordem se espalhou pela Europa e existe ainda hoje em mosteiros contemplativos e conventos apostólicos, com filiais em 19 países como Suécia, Noruega, Polônia, Itália, Israel, Índia, Filipinas, México e os EUA.

5. Santa Brígida é co-padroeira da Europa.

Depois que Brígida morreu em Roma em 23 de julho de 1373, seus filhos levaram seus restos mortais de volta para a sede de sua ordem religiosa. Menos de 20 anos depois, em 1391, o papa Bonifácio IX a proclamou santa. Suas revelações e escritos sobre os sofrimentos de Cristo foram publicados depois de sua morte. Em 1999, o papa são João Paulo II a escolheu como uma das três co-padroeiras da Europa, junto com santa Catarina de Siena e santa Edith Stein.

*Kate Quiñones é redatora da Catholic News Agency e membro do site de notícias The College Fix. Ela já escreveu para o Wall Street Journal, para o Denver Catholic Register e para o CatholicVote, e se formou pelo Hillsdale College. Ela mora com o marido no Colorado, nos EUA.

Fonte: https://www.acidigital.com/noticia/58540/cinco-coisas-a-saber-sobre-santa-brigida-da-suecia-mistica-e-mae

Padre Mario Lanciotti, missionário xaveriano na Amazônia

Padre Mario Lanciotti rodeado por jovens indígenas na Amazônia | Vatican News.

Padre Mário Lanciotti (1901-1983), natural de Cupra Marittima (Ascoli Piceno, Itália), foi missionário xaveriano por cinquenta anos na China, no Japão e, por fim, no Brasil. Atuou nas áreas mais difíceis do Pará e do Xingu, dedicando sua vida a servir os mais pobres. Quase cego, pediu para passar seus últimos anos em uma casa de repouso em Belém, "pobre entre os pobres". Está sepultado em Abaetetuba, às margens do Rio Amazonas.

Por Gianluca Frinchillucci - Agência Fides

Uma nova luz se acende sobre o testemunho missionário entre os povos da Amazônia: o Prof. Mario Polia, antropólogo, historiador das religiões e profundo conhecedor das culturas andinas, editou a publicação de um precioso corpus de histórias orais reunidas pelo padre Mario Lanciotti, missionário xaveriano atuante no Brasil na década de 1960 e ex-missionário na China e no Japão.

A obra reúne mitos, lendas e contos cosmogônicos transmitidos oralmente por gerações de indígenas amazônicos. Padre Lanciotti os ouviu diretamente das vozes dos fiéis de suas missões, durante longas noites nas aldeias, muitas vezes ao luar, ao som de grilos e sapos noturnos. "Para mim - escreveu ele - não era um passatempo: eu o considerava indispensável ao meu trabalho como missionário."

“Procurei compreender melhor as pessoas a quem fui enviado e ajudá-las de acordo com minhas possibilidades e habilidades. Procurei amá-las e aceitá-las como são, esforçando-me para evitar o barulho e o paternalismo”, escreveu em um de seus depoimentos. E, dirigindo-se a um amigo, deixou palavras de luminosa serenidade: “Estou aqui, no meio da floresta amazônica, às margens do rio Xingu. Estou feliz. Quando consegui trabalhar neste lugar abandonado, eu tinha 71 anos, mas agora sinto de ter perdido 40. Aqui me sinto mais no meu lugar como missionário. O Senhor tem sido bom demais para mim na minha velhice! Se você quer ser feliz, venha comigo!”

“Padre Lanciotti - afirma Polia - soube coletar esses testemunhos orais apesar da consciência de que, para muitos, essas crenças precisavam ser superadas. Como ele mesmo disse, velhas superstições permanecem nas camadas profundas da alma, como cartazes colados uns sobre os outros: quando o primeiro é arrancado, o anterior reaparece. A grande inteligência de Lanciotti era a compreensão de que, para evangelizar, é preciso primeiro entender o pensamento do outro. Sua coleta é um ato de respeito e escuta.

“Passei muito tempo na região do Rio Xingu, na divisa entre as terras ocupadas pelos brancos e as florestas onde ainda vivem as tribos indígenas”, comentava o padre Lanciotti em outro relato. “Passei muitas noites com os índios ‘civilizados’. Sentávamo-nos na grama, ao luar, enquanto grilos, sapos e pássaros noturnos nos faziam companhia.” Depois da instrução religiosa, eu provocava meus interlocutores indígenas para que me contassem histórias da selva ou contos mitológicos que tinham sido transmitidos ao longo dos séculos."

Padre Mário Lanciotti (1901-1983), natural de Cupra Marittima (Ascoli Piceno, Itália), foi missionário xaveriano por cinquenta anos na China, no Japão e, por fim, no Brasil. Atuou nas áreas mais difíceis do Pará e do Xingu, dedicando sua vida a servir os mais pobres. Quase cego, pediu para passar seus últimos anos em uma casa de repouso em Belém, "pobre entre os pobres". Está sepultado em Abaetetuba, às margens do Rio Amazonas.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF