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segunda-feira, 7 de julho de 2025

3 Dicas de como viver bem o período do Tempo Comum

Mazur/catholicnews.org.uk | Catholic Church England and Wales | Flickr CC BY-NC-SA 2.0

Dário Ramos - publicado em 07/07/25

Tempo Comum pode ser confundido com tempo "irrelevante" ou demasiadamente normal. Neste artigo damos 3 dicas para poder viver de forma diferente esse tempo da liturgia.

O ano litúrgico é formado por tempos litúrgicos, que são períodos nos quais a Igreja nos convida a olhar de forma mais intensa para algum mistério da vida de Jesus.

Quando escutamos a expressão “Tempo Comum” corremos o risco de achar que nos referimos simplesmente a um tempo sem importância, ou mesmo sem o sabor e o sentido de outros tempos litúrgicos como o do Advento ou o da Quaresma. Mas isso não corresponde à realidade. O Tempo Comum é um chamado a reconhecer a Deus no ordinário da vida, olhando para o dia a dia de Jesus, narrado pelos Evangelhos.

Ao abranger boa parte do ano litúrgico, o Tempo Comum é formado por 34 semanas. Nele não há celebrações específicas, como o Natal ou a Páscoa. Mas, isso não quer dizer que este tempo não tenha a sua riqueza e a sua espiritualidade próprias.

Com o Tempo Comum a Igreja nos ensina que a fé deve ser vivida no dia a dia, na busca por colocar em prática os ensinamentos e gestos de Jesus que aprendemos em cada domingo. 

Como, então, podemos aproveitar todas as graças desse tempo e buscar vivê-lo bem? Aqui estão três práticas que farão de um tempo ordinário um período extraordinário. 

1 - LECTIO DIVINA DO EVANGELHO DE CADA DOMINGO 

A Leitura Orante das Sagradas Escrituras é uma ótima forma de buscar a comunhão com Jesus por meio da oração. Além disso, é uma oportunidade de permitir que o trecho do Evangelho proposto em cada semana guie a sua vida de maneira prática e concreta.

2 - FAÇA UM PROPÓSITO SEMANAL

A partir da leitura orante, você pode definir uma ação concreta para realizar durante a sua semana. Essa ação pode ser tanto um propósito de oração quanto de caridade, com o compromisso de colocar em prática o Evangelho dominical. 

3 - BUSQUE O SACRAMENTO DA RECONCILIAÇÃO

Sabemos que a Igreja nos orienta que busquemos o Sacramento da Reconciliação pelo menos uma vez ao ano, preferencialmente em preparação para a Páscoa. Mas isso não quer dizer que esse seja o único momento que devemos fazê-lo. É importante que estejamos constantemente olhando para o nosso interior, reconhecendo os nossos pecados e buscando a misericórdia de Deus com arrependimento sincero. 

O tempo Comum é o período para buscarmos a santidade no dia a dia e encontrarmos com Deus nas mais diversas situações do cotidiano. Que o aproveitemos bem! 

Fonte: https://pt.aleteia.org/2025/07/07/3-dicas-de-como-viver-bem-o-periodo-do-tempo-comum/

Curiosidades da Bíblia: Conhecendo o povo Filisteu

Bíblia (Vatican News)

Ao chegar à Terra de Canaã, se deparou com alguns povos que passaram a concorrer pela posse da nova terra. Alguns deles, como os filisteus, se tornaram inimigos mortais dos judeus.

Padre José Inácio Medeiros, CSsR - Instituto Histórico Redentorista

Vivendo no sul da Mesopotâmia, na região da Caldéia, o povo judeu vagava em meio a outras civilizações, algumas bem mais desenvolvidas do que ele. Ao chegar à Terra de Canaã, se deparou com alguns povos que passaram a concorrer pela posse da nova terra. Alguns deles, como os filisteus, se tornaram inimigos mortais dos judeus, mas sua existência somente é conhecida por causa das narrativas bíblicas.

Uma inimizade duradoura

Assim contam as sagradas Escrituras, no Primeiro Livro de Samuel:

Davi, contudo, pensou: Algum dia serei morto por Saul. É melhor fugir para a terra dos filisteus. Então Saul desistirá de procurar-me por todo o Israel, e escaparei dele. Assim, Davi e os seiscentos homens que estavam com ele foram até Aquis, filho de Maoque, rei de Gate. Davi e seus soldados se estabeleceram em Gate, acolhidos por Aquis. Cada homem levou sua família, e Davi, suas duas mulheres: Ainoã, de Jezreel, e Abigail, que fora mulher de Nabal, de Carmelo. Quando contaram a Saul que Davi havia fugido para Gate, ele parou de persegui-lo. Então Davi disse a Aquis: Se eu conto com a tua simpatia, dá-me um lugar numa das cidades desta terra onde eu possa viver. Por que este teu servo viveria contigo na cidade real?  Naquele dia Aquis deu-lhe Ziclague. Por isso, Ziclague pertence aos reis de Judá até hoje. Primeiro Livro de Samuel, capítulo 27, versículos de 1 a 6.

De Josué até Jeremias, o Antigo Testamento descreve os filisteus como inimigos mortais dos hebreus. Eles são apresentados como guerreiros que combatem e humilham cruelmente os israelitas, oferecendo ao deus Dagan todos os bens que são saqueados.

Numa das muitas lutas travadas entre os dois povos, os cadáveres degolados do rei Saul e de seus filhos foram expostos diante das muralhas da cidade de Beth Shean. Porém, foi grande a vingança dos israelitas. Segundo a narrativa bíblica, o povo inimigo sofreu moléstias, ulcerações e chagas atribuídas como castigo do Deus Javé, dos judeus.

Nos tempos em que pastoreava as ovelhas de seu pai, Jessé, Davi foi o protagonista de um célebre embate, em que demonstrou ao amedrontado exército israelita que bastava uma funda para dobrar a força filisteia, encarnada no gigante Golias.

Outro personagem conhecido desta luta foi Sansão que, escolhido de Deus, viveu a amarga experiência de que nem sempre é vantajoso desposar uma mulher da tribo inimiga.

Origem e organização dos filisteus

O termo “filisteu” tem origem no vocábulo hebraico “plishtim”. Na verdade, não se tratava de um povo, mas sim de um confederação de pelo menos cinco cidades-estado diferentes cujos originários vieram do Mar Egeu, se estabelecendo ao leste do Mar Mediterrâneo, no século XIII a.C.

As primeiras referências aos filisteus são encontradas em alguns escritos egípcios dos reinados dos faraós Mineptah e Ramsés III. Ao que tudo indica, este povo estava integrado aos chamados “povos do mar” também designados como “povos habitantes das ilhas” ou também “povos do norte”. Num vasto ciclo de invasões, devastaram a ilha de Chipre e a cidade de Ugarit, no norte da atual Síria, levando à queda dos Hititas. Segundo alguns historiadores esse ciclo de invasões sinaliza o fim da Idade do Bronze.

As filisteus constituíram várias cidades-estado que, localizadas na costa sul do mar são também conhecidas como pentápole filistina.

Eles dominaram os Cananitas ao se estabelecerem vindos da cidade de Kefitiu, localizada na atual Turquia, então conhecida como Ásia Menor. A pentápole daria origem ao núcleo da atual Palestina.

Depois de muito lutar, no século X a.C., a unificação das tribos israelitas sob o comando do rei Davi, levou ao enfraquecimento dos filisteus que também sofreram a dominação de povos mais fortes e organizados como os assírios e os babilônios.

Suas cidades desapareceram após os ataques realizados pelo rei Nabucodonosor, no século VI a.C. Estas cidades, cada uma delas governada por um “senhor”, não voltaram a ser edificadas nem habitadas pelos filisteus, que a partir de então deixam de ser mencionados em documentos da época ou posteriores. Por volta do século VII a.C. os relatos sobre o povo se tornam escassos, até que não se encontra mais nenhuma notícia.

O conflito continua

Não fossem as narrativas bíblicas os filisteus seriam muito menos conhecidos como acontece com inúmeros povos desta e de outras épocas. Mas os escritores sagrados falam deles sempre em referência à rivalidade com os judeus. Tanto assim que gozam da inglória fama de incultos e bárbaros e a palavra filisteu tem sempre uma conotação pejorativa.  Os achados arqueológicos mais recentes ajudaram a trazer mais luz sobre a cultura filistina ou filistéia, comprovando um avançado grau de organização que comprova que a tribo sabia se portar como povo civilizado.

Inimigos jurados do povo judeu no passado, os filisteus controlaram um território que hoje em dia corresponde ao centro e sul de Israel e à Faixa de Gaza, razão pela qual a rivalidade continua como atestam o continuado conflito entre Israel e os Palestinos.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Leão XIV é o décimo sexto papa a se hospedar em Castel Gandolfo

O papa Leão XIV chega hoje (6) a Castel Gandolfo para tirar férias de verão. | Stefano Tammaro/Shutterstock

Por Hannah Brockhaus*

6 de julho de 2025

A imponente vila papal de Castel Gandolfo, palácio fortificado do século XVII às margens do lago Albano, no sul da Itália, recebe um convidado de honra hoje (6) tarde, depois de 12 anos vazia. 

O papa Leão XIV chegou hoje a esse refúgio de verão papal — que fica a cerca de 40 km do centro de Roma, capital da Itália — por volta das 17h (meio-dia no horário de Brasília), onde deve ficar até 20 de julho. Depois, retornará de 15 a 17 de agosto, para o feriado prolongado italiano da festa da Assunção de Nossa Senhora.

Ele será, assim, o décimo sexto papa a ficar em Castel Gandolfo. Ao contrário de seus antecessores, no entanto, o papa não se hospedará no palácio apostólico de Castel Gandolfo, mas sim na Villa Barberini: uma das três vilas que compõem o complexo (o palácio papal, a Villa Barberini e outra vila usada para administração), onde trabalham cerca de 50 pessoas, muitas das quais vivem no local com suas famílias.

Leão XIV já visitou esse lugar — tradicionalmente escolhido como residência de verão pelos papas desde por volta do século XVII — em duas ocasiões: em 29 de maio, quando visitou  o Borgo Laudato si' e o palácio papal, e na última quinta-feira (3), quando voltou  para verificar o estado das obras da Villa Barberini, que, com suas dependências e jardins, será reservada para sua estadia. 

Segundo o Vatican News, serviço oficial de informações da Santa Sé, o Antiquarium, que fica no térreo do edifício, permanecerá fechado ao público. O espaço, que abriga valiosos achados arqueológicos descobertos na área entre 1841 e 1931, estava até agora na lista de espaços museológicos que o papa Francisco decidiu abrir em 2016, depois de sua estadia no Vaticano no verão italiano daquele ano. O papa argentino visitou Castel Gandolfo três vezes, mas nunca se hospedou lá.

No entanto, Francisco não foi o único papa a tomar essa decisão. A vila papal foi inaugurada no início do século XVII pelo papa Urbano VIII, membro da família Barberini. Em 10 de maio de 1626, ele passou sua primeira noite em Castel Gandolfo. Dos 31 papas que o sucederam, 15 se recusaram a passar tempo fora do Vaticano. 

Inocêncio X foi o primeiro bispo de Roma da lista de papas que se recusaram a passar tempo fora do Vaticano. Em seus quatro séculos de existência, o palácio papal de Castel Gandolfo ficou entre 1870 e 1929. Essas seis décadas de abandono começaram com o fim dos Estados Pontifícios e terminaram quando o ditador italiano Benito Mussolini reconheceu a Santa Sé como sua legítima proprietária, com a assinatura do Tratado de Latrão.

Pio XI passava seis meses por ano em Castel Gandolfo 

Pio XI, eleito papa em fevereiro de 1922, foi atraído rapidamente pelo luxo palaciano da vila, um contraponto perfeito ao calor sufocante de Roma. Ele a amava tanto que passava seis meses por ano lá.

Entre as salas privadas que estão abertas ao público há nove anos como parte do museu inaugurado pelo papa Francisco está o quarto onde o venerável papa Pio XII e o papa são Paulo VI morreram. 

Marcantonio Pacelli, avô de Pio XII, fundou o L'Osservatore Romano, jornal oficial da Santa Sé, e toda a família, em geral, desfrutou de uma frutífera relação bancária e cultural com a Santa Sé. São Paulo VI foi eleito papa em 1963 e canonizado em 2018, junto com o arcebispo de San Salvador, El Salvador, Óscar Arnulfo Romero, assassinado por esquadrões da morte enquanto celebrava uma missa em 1980.

50 crianças nasceram na cama do papa entre janeiro e junho de 1944

Há outros fatos interessantes sobre Castel Gandolfo. Bento XVI passou a noite de 28 de fevereiro de 2013, quando renunciou ao papado, no mesmo quarto onde dois papas morreram. Cerca de 40 crianças também nasceram lá entre janeiro e junho de 1944. Naqueles meses sombrios da Segunda Guerra Mundial, o venerável papa Pio XII, cujo nome de batismo é Eugenio Pacelli, transformou a vila papal em refúgio para cerca de 12 mil desalojados que fugiam dos bombardeios.

Famílias italianas ficaram tão gratas por terem conseguido se abrigar dos bombardeios que deram a alguns dos recém-nascidos os nomes de Eugênio ou Pio, em homenagem ao então papa.

O ingresso para o museu de Castel Gandolfo pode ser adquirido no site dos Museus do Vaticano. Ele dá acesso à galeria no primeiro andar do museu, que contém retratos de todos os papas do século XVI até os dias atuais, ou às salas no segundo andar, onde acontecia o cotidiano dos papas.

Também é possível visitar a biblioteca particular, que testemunhou o momento em que Bento XVI entregou ao papa Francisco, seu sucessor, uma caixa branca com documentos sobre males que atingem a Igreja. 

Turistas também podem visitar a capela particular; o Salão dos Suíços, em que soldados faziam guarda; a Sala do Consistório, na qual o colégio dos cardeais se reunia quando o papa estava lá, e a Sala do Trono.

Os grandes jardins ​​de Castel Gandolfo, que ocupam 550 mil m² de terreno — 110 mil m² a mais que toda a Cidade do Vaticano — foram projetados pelo artista italiano Gian Lorenzo Bernini. É uma paisagem bucólica que também tem uma fazenda de gado, com vacas produzindo cerca de 600 litros de leite por dia, e uma granja. O espaço também tem o Borgo Laudato si', inaugurado em fevereiro de 2023, destinado a atividades educacionais e sociais para a formação integral.

*Hannah Brockhaus é jornalista correspondente da CNA em Roma (Itália). Ela cresceu em Omaha, no estado americano de Nebraska e é formada em Inglês pela Truman State University no Missouri (EUA).

Fonte: https://www.acidigital.com/noticia/63517/leao-xiv-e-o-decimo-sexto-papa-a-se-hospedar-em-castel-gandolfo

O túmulo dos apóstolos: São Tiago Menor

São Tiago Menor | 30Giorni

Arquivo 30Dias nº 08 - 2009

O túmulo dos apóstolos

São Tiago Menor

A carta de São Tiago mostra-nos um cristianismo muito concreto e prático.

de Lorenzo Bianchi

Provavelmente, são a mesma pessoa o Tiago irmão do apóstolo Judas Tadeu, que os Evangelhos e os Atos relacionam entre os doze apóstolos, chamando-o filho de Alfeu, e o Tiago que, em outras partes dos mesmos Evangelhos, é chamado “irmão” (ou seja, primo, pela correta interpretação do termo hebraico) do Senhor, filho de Maria, uma das mulheres presentes aos pés da cruz de Jesus, mulher de Cléofas, “irmã” (ou seja, cunhada) de Nossa Senhora. Cléofas e Alfeu poderiam ser dois nomes da mesma pessoa, ou melhor, duas formas do mesmo nome aramaico.

O Tiago “irmão” de Jesus é citado por Paulo como uma das “colunas” da Igreja, com Pedro e João, em Jerusalém, onde foi bispo desde a partida de Pedro para Roma (no ano 44) até o martírio, ocorrido durante a Páscoa de 62. A Igreja do Oriente distingue até hoje o apóstolo e o bispo de Jerusalém, com base numa tradição introduzida pelos escritos pseudoclementinos (Hipotiposes, VI) entre o final do século II e o início do III e, mais adiante, particularmente por Eusébio de Cesareia e João Crisóstomo, mas não por muitos outros Padres gregos; já para a Igreja do Ocidente, o Concílio de Trento afirmou a identidade das duas pessoas.

O martírio de Tiago, conhecido por notícia de Flávio Josefo (Antiguidades judaicas, XX, 197.199-203), desde o fim do século I, nos é descrito em detalhes por Eusébio de Cesareia, que cita por extenso, principalmente, uma narrativa anterior de Hegésipo (Memórias, 5). Tendo morrido Festo, prefeito da Judeia, e enquanto seu sucessor, Albino, encontrava-se ainda em viagem, vindo de Roma, o sumo sacerdote Ananos, o Jovem, aproveitou o momento para convocar o sinédrio e condenar Tiago à lapidação. Estamos no ano 62.

Tiago foi lançado do pináculo do Templo e, não tendo morrido, foi em seguida lapidado; uma vez que, pondo-se de joelhos, rezava por aqueles que o estavam lapidando, “um deles, um pisoeiro, tomando o pau com que batia os panos, golpeou na cabeça o Justo, que morreu mártir desse modo. Foi, então, sepultado no lugar, perto do Templo, em que se encontra seu monumento” (Hegésipo, em Eusébio, História eclesiástica, II, 23, 18). Seu cipo sepulcral, segundo o testemunho de Jerônimo, permaneceu no local até o tempo do imperador Adriano (117-138); depois, seu rastro deve ter-se perdido, já que temos a notícia da invenção do corpo de Tiago (ou seja, de sua descoberta), por volta da metade do século IV, ao lado dos corpos dos mártires Simeão e Zacarias, por obra de um heremita, Epifânio. O corpo de Tiago foi temporariamente trasladado para dentro de Jerusalém pelo bispo Cirilo, em 1º de dezembro de 351, e depois levado de volta à igreja construída no lugar da invenção; por fim, há notícias de uma trasladação – no mesmo dia 1º de dezembro – para outra igreja de Jerusalém, construída sob o imperador bizantino Justino II (565-578) e dedicada a Tiago. Mas a partir daqui as várias notícias dificilmente combinam. Deve estar ligada a uma trasladação de parte das relíquias, de Jerusalém (ou talvez de Constantinopla?) a Roma, o início da construção, na época do papa Pelágio I (556-561), de uma basílica dedicada aos apóstolos Tiago e Filipe, cuja festa litúrgica, a partir daí, cai no Ocidente no dia 1º de maio (hoje passada para 3 de maio); essa basílica foi concluída pelo papa João III (561-574) e atualmente é intitulada aos Santos Doze Apóstolos.

Em janeiro de 1873, como dissemos antes a propósito do apóstolo Filipe, uma comissão científica fez um reconhecimento da área sob o altar da igreja dos Santos Doze Apóstolos, em Roma. As relíquias pertenciam a dois indivíduos distintos. O de compleição mais robusta, do qual estão conservadas apenas lascas e fragmentos ósseos, embora em quantidade consistente, além de um fêmur presente ab immemorabili na basílica, foi identificado como Tiago Menor. Em 1879, as relíquias foram depostas numa arca de bronze, dentro de um sarcófago de mármore, colocado na cripta da igreja, sob o altar central e no lugar em que tinham sido encontradas; e lá estão até hoje. Já a relíquia do fêmur foi posta num relicário especialmente fabricado, hoje não exposto aos fiéis.

Em Santiago de Compostela é venerada a relíquia da cabeça de Tiago Menor; segundo uma tradição, o crânio foi levado para o Ocidente por Maurício Burdino, bispo de Braga, depois de tê-lo retirado de Jerusalém durante sua peregrinação à Terra Santa, em 1104. Em 1116, Urraca, rainha de Castela e Leão, apossou-se da cabeça e a doou à igreja de Santiago, onde ainda hoje está preservada num busto-relicário na capela dedicada ao apóstolo. Mas outro crânio, também atribuído a Tiago Menor, é conhecido desde a Idade Média em Ancona, na Itália, e hoje guardado no museu diocesano anexo à catedral de São Ciríaco: examinado depois da identificação das relíquias conservadas em Roma, mostrou-se compatível com estas.

Fonte: https://www.30giorni.it/

DENTRO DO VATICANO: Dicastério para a Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica

Dicastério para a Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica (Vatican News)

É competência do Dicastério, como consta no Praedicate Evangelium, “promover, animar e regular a prática dos conselhos evangélicos, como é exercida nas formas aprovadas de vida consagrada, e igualmente de vida e atividade das Sociedades de Vida Apostólica em toda a Igreja latina”.

Amedeo Lomonaco - Cidade do Vaticano

Que os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica progridam no seguimento de Cristo proposto pelo Evangelho, segundo o carisma que nasce do espírito do fundador e das sãs tradições. Que contribuam eficazmente para a edificação da Igreja e para a sua missão no mundo. É nesta perspectiva que se desenvolve a missão do Dicastério para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, cujas origens estão ligadas à fundação, por Sisto V, em 1586, da S. Congregatio super consultibus regularium.

A prefeita do Dicastério para a Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica é a Irmã Simona Brambilla, M.C.. O pró-prefeito é o cardeal Ángel Fernández Artime, S.D.B.. A secretária é a Irmã Tiziana Merletti, S.F.P..

Competências

As diretrizes Dicastério são numerosas. Como é enfatizado na Constituição Apostólica sobre a Cúria Romana Praedicate Evangelium, cabe a este organismo aprovar os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, erigi-los e também conceder a licença para a validade da ereção de um Instituto de Vida Consagrada ou Sociedade de Vida Apostólica de direito diocesano pelo bispo.

São também de competência do Dicastério as fusões, uniões e supressões de tais Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica. Compete também a este Dicastério aprovar e regulamentar novas formas de vida consagrada em relação àquelas já reconhecidas por lei. E é sua tarefa erigir e suprimir uniões, confederações e federações de Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica.

Outras questões de competência

O Dicastério trata, depois, das questões de competência da Sé Apostólica relativas à vida e à atividade dos Institutos de Vida Consagrada e das Sociedades de Vida Apostólica, em particular a aprovação das Constituições e suas modificações, o governo ordinário e a disciplina dos membros. E também a incorporação e a formação dos membros, inclusive por meio de normas e diretrizes específicas, os bens temporais e sua administração, o apostolado e as medidas extraordinárias de governo.

Outras prerrogativas também são da competência deste Dicastério, de acordo com o direito, incluindo a transferência de um membro para outra forma aprovada de vida consagrada e o exame de recursos contra o decreto de demissão de membros.

Compete também ao Dicastério erigir as Conferências Internacionais dos Superiores Maiores, aprovar seus Estatutos e zelar para que sua atividade seja ordenada aos seus devidos fins.

A vida eremítica e o Ordo Virginum são formas de vida consagrada e, como tais, estão sujeitos ao Dicastério. A competência do Dicastério estende-se também às Ordens Terceiras e às Associações de Fiéis erigidas com a finalidade de se tornarem Institutos de Vida Consagrada ou Sociedades de Vida Apostólica.

Dicastério para a Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica: volumes antigos conservados no arquivo (Vatican News)

Estrutura, cinco departamentos

O Dicastério para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica é composto por cinco departamentos. O primeiro promove, em particular, a vida e as atividades de cada Instituto de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica e das suas Uniões ou Conferências em nível internacional, continental e nacional. Apoia propostas e iniciativas que, segundo a doutrina do Concílio Vaticano II e o Magistério, contribuem para a plena vivência da vida consagrada na Igreja.

O segundo departamento trata da vida monástica, masculina e feminina, segundo a sua legislação. É competente para a fundação, ereção, transferência, fusão e extinção de mosteiros, bem como para tudo o que diz respeito ao governo ordinário e extraordinário dos próprios mosteiros.

O terceiro departamento trata de questões relativas à vida, ao apostolado e ao governo ordinário de cada Instituto religioso e Sociedades de Vida Apostólica, segundo a sua legislação, e de questões relativas à administração dos bens. Examina relatórios periódicos, trata das assembleias ordinárias e extraordinárias de cada família religiosa; trata de assuntos relativos à eleição de Superiores durante os Capítulos Gerais.

O quarto departamento trata de medidas excepcionais de governo, em particular, trata de questões relativas à nomeação de Assistentes, Visitadores Apostólicos e Comissários Pontifícios. Trata de situações irregulares de membros de institutos religiosos e sociedades de vida apostólica.

O quinto departamento trata da concessão da licença para a ereção diocesana de institutos de vida consagrada (institutos religiosos, institutos seculares) e sociedades de vida apostólica e sua aprovação pontifícia. Cuida da aprovação e regulamentação de novas formas de vida consagrada e concede aprovação a pedidos de ereção de associações públicas de fiéis com vistas a se tornarem um instituto de vida consagrada ou sociedade de vida apostólica. Também é competente para o estabelecimento e supressão de uma federação ou confederação, bem como a agregação, união, fusão e supressão de todos os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica. O Departamento acompanha a formação, a vida, o governo e o apostolado dos Institutos Seculares; ocupa-se da Ordo virginum e dos eremitas. Por fim, cuida do que diz respeito às Ordens Terceiras ou associações de fiéis que participam do carisma de um Instituto de Vida Consagrada.

Vida Nova

A vida consagrada é vida nova, uma vida que se renova a cada dia no encontro com Cristo, na fidelidade à oração, à caridade fraterna, à pobreza, ao serviço aos pobres. É uma visão profética na Igreja: é um olhar que vê Deus presente no mundo, uma voz que anuncia o seu amor em situações, mesmo difíceis, da história.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

domingo, 6 de julho de 2025

Aproveitar férias com as crianças gastando pouco

Lumina/Stocksy United

Cibele Battistini - publicado em 03/07/25

Proporcionar férias inesquecíveis para seus filhos, ou outras crianças do seu convívio, não precisa ser um sacrifício para suas finanças.

Sabemos que apesar de ser um momento muito gostoso, estar com as crianças o dia todo em casa também exige uma série de gastos extras para mantê-las entretidas, não é mesmo?

Mas, saiba que proporcionar férias inesquecíveis para seus filhos, ou outras crianças do seu convívio, não precisa ser um sacrifício para suas finanças. E para te ajudar, aqui reunimos 10 dicas para aproveitar com os pequenos gastando pouco, continue lendo para conferir!

  1. Confira se a sua cidade possui programações gratuitas

2.      Aproveite passeios ao ar livre

  1. Faça um piquenique!
  2. Convide os pequenos para acampar em casa!
  3. Organize uma noite de jogos em família
  4. Cozinhe uma receita especial com as crianças
  5. Solte a voz no karaokê
  6. Proponha atividades manuais
  7. Que tal uma sessão pipoca?
  8. Participem de jogos esportivos e outras atividades físicas

Aproveitar os momentos juntos não tem preço!

O período de férias pode variar um pouco de acordo com cada cidade ou estado, e também entre escolas particulares ou públicas. Mas, num geral, ele acontece duas vezes ao ano:

Em junho ou julho, sendo um período de descanso mais curto, entre duas ou três semanas.

De dezembro até janeiro, conhecida como férias de verão, ela marca o período entre o fim de um ano letivo e o início do próximo e pode durar em média de 30 a 40 dias.

As férias são muito importantes para os alunos, pois além de permitir um tempo maior dedicado ao lazer, eles também podem...

  • Descansar e se preparar para as novas aprendizagens do próximo ano.
  • Se dedicar a hobbies ou outras atividades/estudos não relacionados à escola.
  • Fazer passeios culturais.
  • Aprofundar outras relações fora do ambiente escolar.
  • Passar mais tempo de qualidade com a família.
  • Se planeje para economizar nas férias escolares
  • Já deu para perceber que férias bem aproveitadas são cheias de diversão, cultura, tempo de qualidade e descanso para as crianças, né? 

Mas, como fazer tudo isso sem extrapolar nas contas, principalmente considerando que o período de fim e início de ano já são repletos de gastos particulares? A primeira dica é, com certeza, priorizar fazer um planejamento financeiro.

Com ele é possível controlar seus gastos e fazer projeções de como e onde você pode utilizar seu dinheiro, o que é essencial para um período em que as despesas aumentam.

Olha só esse passo a passo de como fazer seu planejamento financeiro para economizar nas férias escolares:

Analise sua situação financeira

Suas férias precisam ser compatíveis com a sua realidade financeira. Afinal, de nada adianta fazer aquela viagem incrível, aquele passeio que as crianças sempre sonharam, e depois passar o resto do próximo ano no endividamento.

Para se planejar financeiramente é preciso, antes de tudo, colocar na ponta do lápis todos os seus gastos, despesas e ganhos, e principalmente, dívidas que já existem. Planilhas ou tabelas podem tornar essa tarefa bem mais fácil de controlar os gastos para te ajudar nessa missão!

Com as finanças organizadas, defina um orçamento, assim você garante que não irá gastar mais do que pode nessas férias escolares. Cuidado ao recorrer a cartões de crédito, e opte por utilizar o dinheiro que você realmente tem disponível para cobrir esses gastos.

É importante fazer um orçamento realista sempre levando em consideração a análise da sua situação financeira, que falamos no item anterior.

Também não se esqueça de incluir nesse orçamento todos os gastos que envolvem a atividade que você deseja fazer. Se for um passeio, por exemplo, considere não só o valor da entrada, mas também o transporte, alimentação e qualquer outro gasto que possa ocorrer.

Outra dica de ouro é começar a poupar durante o ano para gastar nas férias escolares, assim, com um pouquinho a cada mês, você pode planejar aquela viagem dos sonhos ou outras atividades em família!

Você também pode utilizar essa poupança como uma reserva de emergência para imprevistos que possam acontecer.

Planeje com antecedência

Não tem jeito, quando falamos em economizar nas férias escolares, a antecedência é sua melhor amiga. Isso porque, como esse período coincide com a alta temporada, muitas coisas aumentam de preço.

Confira as promoções

Pode ser que você encontre promoções ou cupons de desconto para passeios, ou atividades em família. Por isso, sempre pesquise antes de comprar.

Confira se a sua cidade possui programações gratuitas

Muitas cidades oferecem atrações destinadas para as crianças gratuitamente nas férias, vale a pena pesquisar! 

Além disso, existem diversos locais gratuitos com atividades bem legais que podem ser uma excelente opção para visitar, como contação de histórias em bibliotecas, visitas guiadas em museus, e muito mais. Confira a programação cultural da sua cidade!

Aproveite passeios ao ar livre

Outra ideia de passeio que custa pouco é aproveitar locais ao ar livre que costumam ter entrada gratuita, como praças, parquinhos, parques, praias, entre outros.

Faça um piquenique!

Uma ótima oportunidade para passar um tempo muito gostoso em família, e ainda assim economizar nas férias escolares, é organizar um piquenique! 

Prepare os lanchinhos com as crianças, e, não se esqueça da toalha para sentar na grama, dos utensílios como guardanapos e copos descartáveis, e, se quiser, algum jogo para se divertirem juntos.

Convide os pequenos para acampar em casa!

Se engana quem pensa que é obrigatório sair de casa para viver aventuras com os pequenos, e o “acampadentro” está aí para provar! 

A ideia é montar uma cabana aconchegante e divertida dentro de casa, geralmente na sala, e propor uma noite diferente. Vocês podem contar histórias, comer comidinhas gostosas, e dormir em um lugar incomum!

Essa saída da rotina, apesar de simples, pode oferecer muita diversão para as crianças, e não só na hora de acampar, mas também em todo o “preparo” da brincadeira.

Organize uma noite de jogos em família

Planejar uma noite de jogos garante muita diversão para a família toda, além de ser uma excelente ideia para economizar nas férias escolares!

Você pode preparar lanchinhos e reunir jogos de tabuleiro ou cartas que você já tenha em casa. Ou então sugerir brincadeiras totalmente gratuitas utilizando materiais que provavelmente você também possui.

Algumas sugestões de jogos bem conhecidos e para diferentes faixas etárias são:

  1. Monta já!;
  2. Jogo da vida;
  3. Detetive;
  4. Cara a cara;
  5. Tapa na mesa;
  6. Dream on.

Mas pode ser qualquer outro que mais agrade a sua família. 

Outras ideias de brincadeiras de graça, que não dependem de tabuleiros ou cartas, são:

  1. Caça ao tesouro;
  2. Stop!;
  3. Estátua;
  4. Jogo da velha;
  5. Mímica;
  6. Telefone sem fio.

Cozinhe uma receita especial com as crianças

Outro momento que pode ter um significado enorme para os pequenos é chamá-los para participar do preparo de alguma receita!

Especialmente no fim de ano, com as festas de Natal e Ano Novo, você pode incluir as crianças na cozinha sugerindo que elas ajudem com tarefas pequenas e fáceis, criando memórias que as acompanharão pelo resto da vida.

Solte a voz no karaokê

Dizem por aí que quem canta seus males espanta… e isso pode ser verdade, viu?! Se cantar e dançar é a vibe da sua família, por que não fazer um dia do karaokê?

Essa ideia pode ser executada de várias maneiras:

É possível alugar um aparelho de karaokê, para quem quer ter a experiência completa de cantar e ganhar nota.

Mas também super vale colocar vídeos no Youtube com apenas o instrumental e a letra das músicas e improvisar um karaokê super divertido!

Proponha atividades manuais

Outra forma de passar o tempo, e ainda desenvolver habilidades brincando, é com atividades manuais. Você pode, por exemplo:

  1. Imprimir desenhos para pintar com giz de cera, lápis de cor ou tinta guache.
  2. Comprar telas de pintura, pincéis e tinta guache, e deixar a criança soltar a imaginação pintando o que quiser.
  3. Sugerir a criação de colagens, recortando e colando imagens ou textos de revistas e jornais velhos.
  4. Fazer esculturas de massinha de modelar ou argila.

Que tal uma sessão pipoca?

Estoure a pipoca, reúna a família no sofá e dê play no filme que vocês estavam ansiosos para assistir! 

A sessão pipoca é uma ótima ideia para economizar nas férias escolares, enquanto mantém as crianças entretidas e vocês passam um tempo juntos!

Aqui nossos filmes favoritos para a família são:

  • O Rei Leão, 1994;
  • Viva – A vida é uma festa, 2017;
  • Divertida Mente, 2015;
  • Monstros, S.A., 2011;
  • Encanto, 2021;
  • Procurando Dory, 2016.

Participem de jogos esportivos e outras atividades físicas

Que tal aproveitar parques e praças para praticar atividades físicas ao ar livre?

Você pode levar as crianças para participar de jogos esportivos em praças com quadras esportivas, andar de bicicleta, skate, patins, ou qualquer outra atividade que vocês gostem!

Essa opção também ajuda a manter as crianças em movimento e a saúde física e mental em dia!

Aproveitar os momentos juntos não tem preço!

Viu só quantas coisas legais você e sua família podem fazer, sem deixar de economizar nas férias escolares?

Usar a criatividade, aproveitar os recursos que você já tem e, principalmente, se preocupar em passar tempo de qualidade com as crianças cria memórias para a vida toda e é insubstituível! Por isso, lembre-se: aproveitar os momentos juntos não têm preço!

Fonte: https://draft.blogger.com/blog/post/edit/5650031640385068379/4444643036973087870?hl=pt-BR

Papa no Angelus: a Igreja precisa de discípulos apaixonados, não de "cristãos de ocasião"

Angelus, 06/07/2025 - Papa Leão XIV (Vatican News)

Antes de partir para Castel Gandolfo para um período de repouso, Leão XIV rezou o Angelus e comentou o Evangelho deste XIV Domingo do Tempo Comum, que recorda a importância da missão, à qual todos somos chamados, cada um segundo a própria vocação.

https://youtu.be/tdFbWqrak74

Bianca Fraccalvieri - Vatican News

Milhares de fiéis rezaram com o Papa o Angelus deste primeiro domingo de julho, não obstante o forte calor em Roma. Leão XIV comentou o Evangelho deste XIV Domingo do Tempo Comum (Lc 10, 1-12.17-20), em que Jesus envia setenta e dois discípulos para a missão. 

Esse número simbólico indica que a esperança do Evangelho é destinada a todos os povos, explicou o Papa. "É precisamente essa a grandeza do coração de Deus, a sua messe abundante, ou seja, a obra que Ele realiza no mundo para que todos os seus filhos sejam alcançados pelo seu amor e sejam salvos."

O Reino de Deus germina no solo e as mulheres e os homens de hoje, mesmo quando parecem dominados por tantas outras coisas, esperam uma verdade maior, procuram um sentido mais pleno para as suas vidas, desejam a justiça, levam dentro de si um anseio de vida eterna.

Os fiéis na Praça São Pedro apesar do calor   (@VATICAN MEDIA)

Discípulos apaixonados!

Ao mesmo tempo, Jesus afirma que os trabalhadores para essa messe são poucos. "Há algo grande que o Senhor quer fazer na nossa vida e na história da humanidade, mas poucos são aqueles que se apercebem disso, que param para acolher o dom, que o anunciam e o levam aos outros", comentou o Santo Padre.

“Queridos irmãos e irmãs, a Igreja e o mundo não precisam de pessoas que cumprem os seus deveres religiosos mostrando a sua fé como um rótulo exterior; precisam, pelo contrário, de operários desejosos de trabalhar no campo da missão, de discípulos apaixonados que testemunhem o Reino de Deus onde quer que estejam.”

Leão XIV prosseguiu dizendo que talvez não faltem os “cristãos de ocasião”, que de vez em quando dão lugar a algum sentimento religioso ou participam em algum evento; mas poucos são aqueles que estão prontos a trabalhar todos os dias no campo de Deus, cultivando no seu coração a semente do Evangelho para depois levá-la à vida quotidiana, à família, aos locais de trabalho e de estudo, aos vários ambientes sociais e àqueles que se encontram em necessidade.

Em primeiro lugar, a relação com o Senhor

Para fazer isso, acrescentou, não são necessárias muitas ideias teóricas sobre conceitos pastorais: é preciso, acima de tudo, rezar ao Dono da messe. "Com efeito, em primeiro lugar está a relação com o Senhor, cultivando o diálogo com Ele. Então, será Ele que nos tornará seus operários e nos enviará ao campo do mundo, como testemunhas do seu Reino."

O Pontífice concluiu pedindo à Virgem Maria que interceda por todos e nos acompanhe no caminho do seguimento do Senhor, "para que também nós possamos tornar-nos operários alegres do Reino de Deus".

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Lágrimas da Casa Comum

Lágrimas da Casa Comum (coracaodemaria)

LÁGRIMAS DA CASA COMUM

25/06/2025

Cardeal Jaime Spengler
Arcebispo de Porto Alegre (RS)

“Ninguém pode enfrentar a vida isoladamente; precisamos de uma comunidade que nos apoie, que nos auxilie e dentro da qual nos ajudemos mutuamente a olhar em frente. Como é importante sonhar juntos! Sozinho, corre-se o risco de ter miragens, vendo aquilo que não existe; é junto que se constroem os sonhos” (Papa Francisco). 

Na tragédia climática que se abateu sobre o Rio Grande do Sul em maio de 2024, nos tornamos testemunhas e participantes da, talvez, maior onda de solidariedade da história recente do Brasil. Após aquela tragédia, distintos setores da sociedade manifestaram-se publicamente sobre a necessidade de investimentos para proteger cidades e populações de semelhantes situações. Não faltaram manifestações sobre a liberação de auxílio financeiro ao Estado e aos municípios. Também não faltaram promessas sobre a construção de casas para quem tudo perdeu. 

Passaram-se 13 meses e as chuvas voltaram intensas! Desabrigados; estradas e pontes destruídas! Novamente, os mesmos discursos: “choveu acima da média”; “infelizmente, não se pode prever este tipo de situação”; “estamos empenhados em ir ao encontro de quem necessita de auxílio”. Certamente, tais observações têm sua razão de ser. No entanto, há de se reconhecer: o tempo urge. A burocracia, a morosidade e, talvez, a falta de transparência em alguns setores colaboram para a morosidade diante do que necessita ser feito. 

Até um passado não muito distante, se falava da “sociedade do cansaço”. Atualmente, se fala da “sociedade do medo”! De fato, não faltam sinais de que o medo está presente em amplos setores da sociedade. E são, sobretudo, os mais pobres que sentem no cotidiano tal situação. Não bastasse a falta de trabalho, segurança, transporte digno, acesso à educação com qualidade, agora, mais uma vez, o medo de que a natureza produza nova tragédia. 

“A natureza chora dores de parto”, afirma S. Paulo. Cientistas de distintos países têm alertado para a necessidade de atenção particular para com o meio ambiente. Não faltam expressões da sociedade – também da comunidade de fé! – que negam a necessidade de respeito, cuidado e promoção do meio ambiente. Expoentes da fé cristã – e, de modo especial, o Papa Francisco! – se fizeram voz das lágrimas da natureza. Os discípulos e discípulos do Homem de Nazaré têm a missão de cuidar, promover e proteger a Casa Comum. Ela é obra divina! Não basta se lamentar do acontecido ou do modo de proceder do poder público. Urge que cada um colabore para deixar o mundo um pouco melhor para as futuras gerações. A colaboração passa por atitudes como, por exemplo, seleção do lixo, cuidado para manter ruas, esgotos, arroios e bueiros limpos. Pode parecer pouco; no entanto, se cada um se empenhar por colaborar, todos certamente poderemos sonhar com dias melhores. 

Fonte: https://www.cnbb.org.br/

O túmulo dos apóstolos: São Filipe

São Filipe | 30Giorni

Arquivo 30Dias nº 08 - 2009

O túmulo dos apóstolos

São Filipe

E convida-nos a vir, a ver.

de Lorenzo Bianchi

Filipe, o quinto na lista dos apóstolos, originário de Betsaida, provavelmente falava grego. É ele o apóstolo a que se dirige Jesus no milagre da primeira multiplicação dos pães e dos peixes (Jo 6, 5-13); e esse episódio ficará como sua característica iconográfica nas representações artísticas de sua figura (alternando com a cruz, que indica a forma de seu martírio). A tradição literária mais segura atribui-lhe a evangelização da Frígia, enquanto o Breviário Romano e alguns martirológios lhe acrescentam também a da Cítia e da Lídia.

Na Frígia, viveu os últimos anos de sua vida, em Hierápolis, onde foi sepultado. Polícrates, bispo de Éfeso na segunda metade do século II, dá um testemunho preciso disso numa passagem da carta que escreve ao papa Vítor: “Filipe, um dos doze apóstolos, repousa em Hierápolis com duas filhas suas, que se conservaram virgens a vida inteira, enquanto uma terceira, que viveu no Espírito Santo, está sepultada em Éfeso” (a passagem é citada por Eusébio, História eclesiástica, III, 31, 3).

Em apoio a essa notícia, dados arqueológicos mostraram que há nessa cidade indícios de seu culto desde a primeira era cristã: uma inscrição da antiga necrópole de Hierápolis menciona uma igreja dedicada ao apóstolo Filipe. Sua morte se deu por martírio, no tempo do imperador Domiciano (81-96), pela mesma pena a que tinha sido condenado Pedro muitos anos antes, a crucifixão inverso capite (de cabeça para baixo), em idade certamente muito avançada, que fontes mais tarde fixam em oitenta e sete anos.

Desde o século VI, aparece como data de seu martírio, como também do apóstolo Tiago Menor, o dia 1º de maio; mas esse, na realidade, é o dia da dedicação da igreja dos Santos Doze Apóstolos, em Roma, cuja construção foi iniciada pelo papa Pelágio I (556-561) por ocasião da trasladação dos corpos dos dois apóstolos (ou, ao menos, de uma parte significativa deles), vindos de Constantinopla, presumivelmente em 560, e que o papa João III (561-574) concluiu, talvez com a ajuda financeira do vice-rei bizantino Narsete.

Devemos inferir, portanto, uma trasladação anterior das relíquias de Filipe, de Hierápolis para Constantinopla, da qual, porém, não nos restou nenhuma documentação. A tradição da presença de despojos significativos de Filipe em Roma foi confirmada por uma identificação realizada em 1873. Até essa data, conservou-se na Basílica dos Santos Doze Apóstolos um relicário que continha, quase intacto, o seu pé direito (enquanto outro relicário continha o fêmur de Tiago Menor); já os corpos dos apóstolos eram venerados sob o altar central. Ao escavarem debaixo deste, em janeiro de 1873, veio à luz um aglomerado de cal e tijolos: demolido este, apareceram na horizontal duas lajes de mármore frígio, unidas de modo preciso entre si, que traziam esculpida em relevo uma cruz grega (com os braços iguais); debaixo dessas lajes, perpendicularmente sob o altar, havia um lóculo, no qual se encontrava uma caixinha com alguns ossos, a maior parte dos quais reduzida a fragmentos ou lascas, alguns dentes e muitas substâncias misturadas, formadas por decomposição de material ósseo; além disso, havia resíduos de tecido, que, analisados mais tarde, revelaram ser de lã, com uma preciosa coloração púrpura.

As análises dos achados foram realizadas por uma comissão científica, da qual faziam parte anatomopatologistas, físicos, químicos e arqueólogos (entre outros, Angelo Secchi, Giovanni Battista De Rossi e Pietro Ercole Visconti); um relatório detalhado foi também elaborado e publicado em seguida. Os especialistas puderam constatar que as relíquias pertenciam a dois indivíduos adultos distintos de sexo masculino: as de um, de compleição mais diminuta, cujos ossos se conservaram íntegros (particularmente partes de uma escápula, de um fêmur e do crânio), como também o pé conservado no relicário, foram atribuídas a Filipe; as do segundo, de compleição mais robusta, eram constituídas substancialmente de um molar (ver, mais adiante, o que escrevemos sobre Tiago Menor). Não foi possível identificar a qual dos dois indivíduos pertencia todo o resto dos fragmentos, em razão de seu estado de decomposição.

O contexto arqueológico remetia sem dúvida ao século VI, e, por conseguinte, ao edifício construído por Pelágio I e João III; pela identificação, ficou confirmada a exatidão da notícia relativa à trasladação de 560. A quantidade de relíquias leva a considerar que parte delas tenha-se disperso nas trasladações do Oriente para Roma (no mínimo duas para cada apóstolo).

Em 1879, depois de um período de exposição à veneração dos fiéis, as relíquias encontradas sob o altar foram depositadas numa arca de bronze, dentro de um sarcófago de mármore, colocado na cripta da igreja, debaixo do lugar em que tinham sido encontradas. Já a relíquia do pé foi deixada de fora, dentro de um relicário, atualmente não exposto aos fiéis.

Fonte: https://www.30giorni.it/

Reflexão para o XIV Domingo do Tempo Comum (C)

Sagrada Escritura  (BAV, Vat.lat.39, f.67v)

O dom da paz é o dom do próprio Deus. Como mensageiros de Deus, o discípulos deverão levar a paz a todos que os receberem. Eles são enviados do Senhor!

Vatican News

O Evangelho de Lucas proclamado na liturgia deste domingo nos fala do envio, feito por Jesus, de 72 discípulos para prepararem sua chegada a toda cidade e lugar anunciando a Boa Nova.

Sabendo que na concepção rabínica da época havia no mundo 72 nações, podemos entender que o Senhor envia seus discípulos ao mundo todo para prepararem, com suas pregações, sua própria chegada, Ele o grande sinal da presença do Reino entre os homens.

Essa missão tão sublime exige deles atitudes exclusivas como não gastar tempo com cumprimentos pela estrada, confiar apenas na Providência, não levando nada consigo, mas estar desimpedido para desempenhar bem a tarefa e não ter outras preocupações.

Apesar da grandiosidade da missão, o Senhor avisa que eles poderão não ser bem recebidos, e que serão como cordeiros em meio a lobos. Deverão confiar apenas na Providência Divina e no Amor do Pai.

Irão dois a dois, para cumprir a exigência formal do testemunho de duas pessoas para uma declaração ser válida, além de dar visibilidade ao espírito comunitário, e deverão fazer tudo de modo urgente.

O dom da paz é o dom do próprio Deus. Como mensageiros de Deus, o discípulos deverão levar a paz a todos que os receberem. Eles são enviados do Senhor! Jesus não os envia para pregar obrigações e desgraças, mas para anunciar que são filhos queridos do Pai, que lhes proporciona o dom mais precioso: a Paz!

Os discípulos voltam com a tarefa cumprida e contam a Jesus como foi realizada. São portadores da alegria, dos sinais da vitória e Jesus lhes diz que viu “Satanás cair do céu, como um relâmpago”. Ou seja, o mundo se tornou mais bonito, mais justo, sem violência, sem sofrimento.

Também somos enviados pelo Senhor para preparar sua chegada na vida das pessoas. Isso deverá ter prioridade em nossa vida e nada nos deverá dificultar nossa ação. Nossa missão será levar a Paz, a certeza da Presença e do Amor de Deus.

Nosso trabalho de evangelização deverá comportar a pregação da justiça, do perdão, da vitória da vida. Isso nos transformará em exorcistas, não de Satanás personificado, mas daquilo que causa inferno e desgraça na vida das pessoas, todo e qualquer tipo de injustiça, de desamor.

Por outro lado, deveremos saber que ser anunciador da chegada de Jesus de modo algum não nos privilegia nos isentando de sofrimentos e preocupações. Somos companheiros do Senhor em sua “via crucis”.

No final do Evangelho de hoje, o Senhor nos diz qual deverá ser o motivo de nossa alegria, a alegria do missionário, do discípulo. Deveremos  ficar alegres porque o nosso nome foi inscrito no céu!

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF