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domingo, 23 de novembro de 2025

Papa: "Em Cristo, nos tornamos cantores da graça"

Santa Missa e Angelus, 23/11/2025 - Papa Leão XIV (Vatican News)

No Jubileu dos Coros, Leão XIV recorda que a música litúrgica é um instrumento precioso através do qual se presta o serviço de louvor a Deus e se manifesta a alegria da Vida nova em Cristo.

https://youtu.be/D3he4sXdARY

Vatican News

Na Solenidade de Cristo Rei do Universo, o Papa Leão presidiu à Santa Missa na Praça São Pedro por ocasião do Jubileu dos Coros, com a presença de 60 mil fiéis. E foi justamente o canto o elemento principal da homilia do Santo Padre.

"As grandes civilizações nos deram a música para que pudéssemos expressar o que sentimos no fundo do coração e que nem sempre as palavras conseguem transmitir", afirmou o Pontífice, acrescentando que todos os sentimentos e emoções que nascem no nosso íntimo podem encontrar voz na música. Como lembra Santo Agostinho: “o canto é próprio de quem ama”.

Para o Povo de Deus, o canto expressa a invocação e o louvor, é o “cântico novo” que Cristo Ressuscitado eleva ao Pai, fazendo com que todos os batizados participem dele. Quem canta na igreja, contribui para a edificação espiritual dos irmãos, afirmou Leão XIV:

“Em Cristo, tornamo-nos cantores da graça, filhos da Igreja que encontram no Ressuscitado a causa do seu louvor. A música litúrgica torna-se assim um instrumento preciosíssimo através do qual prestamos o serviço de louvor a Deus e manifestamos a alegria da Vida nova em Cristo.”

O Papa citou novamente o Bispo de Hipona, que exortava a caminhar cantando, como viajantes afadigados, que encontram no canto uma antecipação da alegria que sentirão quando alcançarem o seu destino. "Canta, mas caminha […] avança no bem» (Sermo 256, 3)", escrevia ele. Com efeito, fazer parte de um coro significa avançar juntos, consolando nos sofrimentos, exortando para não ceder ao cansaço. Cantar, disse o Santo Padre, nos lembra que "somos Igreja em caminho, autêntica realidade sinodal, capaz de partilhar com todos a vocação ao louvor e à alegria, numa peregrinação de amor e esperança".

Dirigindo-se diretamente aos membros dos coros, o Papa afirmou que se trata de um verdadeiro ministério, que exige preparação, fidelidade, compreensão mútua e, acima de tudo, uma vida espiritual profunda. Mas não só, requer ainda disciplina e espírito de serviço. O coro é uma comunidade, ninguém está à frente, mas todos contribuem para torná-la mais unida. Para o Pontífice, o coro é um pouco um símbolo da Igreja que, voltada para o seu destino, caminha na história louvando a Deus. O canto torna a viagem mais leve e traz alívio e consolo.

O convite, portanto, é para transformar os coros num "prodígio de harmonia e beleza", imagem luminosa da Igreja que louva o seu Senhor. Leão XIV pediu que estudem o Magistério contido nos documentos conciliares, de modo a desempenhar da melhor forma o serviço. Acima de tudo, a exortação é para fazer com que o povo de Deus participe sempre, "sem ceder à tentação da exibição que exclui a participação ativa de toda a assembleia litúrgica no canto". Assim, serão um sinal eloquente da oração da Igreja, que através da beleza da música, demonstra o seu amor a Deus. 

O Papa concluiu confiando todos os cantores à proteção de Santa Cecília, a virgem e mártir que, em Roma, elevou com a sua vida o mais belo canto de amor, entregando-se totalmente a Cristo e oferecendo à Igreja o seu luminoso testemunho de fé e amor. "Continuemos cantando e façamos nosso, uma vez mais, o convite do Salmo responsorial da liturgia de hoje: «Vamos com alegria para a casa do Senhor»."

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

JOÃO PAULO I: Aquele encontro em Fátima (Parte 1/2)

A estátua de Nossa Senhora de Fátima durante uma vigília de oração noturna | 30Giorni.

JOÃO PAULO I

Arquivo 30Dias nº 01 - 2007

Aquele encontro em Fátima

Em julho de 1977, Albino Luciani conheceu a Irmã Lucia. Como aconteceu esse encontro e como ele se desenrolou? Pela primeira vez, o secretário do Patriarca Luciani relata e revela... Uma entrevista com Monsenhor Mario Senigaglia.

Entrevista com Mario Senigaglia por Stefania Falasca

Há fatos e fatos. Alguns, com o tempo, permanecem como são. Outros se perdem e se desvanecem até se tornarem lenda. Vejamos um. Local: Coimbra. Data: 11 de julho de 1977. Encontro entre o Patriarca de Veneza, Albino Luciani, e a Irmã Lúcia dos Santos, a vidente de Fátima. Eis um dos muitos que foram cobertos de tinta.

Diz-se que foi a própria Irmã Lúcia quem pediu para se encontrar com o Patriarca Luciani. Diz-se que a vidente o acolheu chamando-o de "Santo Padre". Diz-se também que ela previu a brevidade de seu pontificado e que o Patriarca saiu daquele encontro perturbado. Diz-se... E não foi difícil, então, explorar esses "rumores", a ponto de retratar Luciani como obcecado por essa profecia. Atormentado por essa sombra oculta nas linhas do terceiro segredo. A única voz dissonante no coro crescente desses "rumores" tem sido, nos últimos anos, a do Cardeal Tarcisio Bertone. O cardeal, tendo questionado a própria Irmã Lúcia sobre essa conversa em dezembro de 2003, reiterou repetidamente que a freira não tinha qualquer pressentimento a respeito de Albino Luciani. Em suma, esses rumores têm algum fundamento ou são apenas mais uma velha história de um típico caso de profecia ex eventu ? É melhor navegar pelas águas frias da história e voltar às notícias. Revisitá-las desde o início. Passo a passo. Com aqueles familiarizados com as circunstâncias que levaram a esse encontro.

Monsenhor Mario Senigaglia foi pároco da igreja de Santo Stefano, em Veneza, por trinta anos. O próprio Luciani o acompanhou a Santo Stefano, em outubro de 1976. Por sete anos, Dom Mario esteve ao seu lado como seu secretário particular. Sua presença discreta e atenta durante aqueles conturbados anos venezianos foi retribuída pela estima e confiança de Luciani, que se mantiveram ao longo do tempo. Em julho de 1977, Senigaglia encontrou-se com Luciani alguns dias após seu retorno de Fátima. "Sim, ele me ligou e eu fui vê-lo no patriarcado..." começa ele, "mas espere", interrompe, virando-se para uma prateleira, "vamos pegar o diário do patriarca..."
Nossa história começa aqui. 

Excelentíssimo Senhor, vejamos o que está escrito no diário... 

MARIO SENIGAGLIA: Sim. Vamos ler... Sexta-feira, 8 de julho de 1977: o patriarca está em Pádua. Sábado, dia 9, pronto: ele parte para Fátima. Domingo, dia 10: ele concelebra a missa na bacia da Cova da Iria. Segunda-feira, dia 11: ele celebra com outros sacerdotes na capela do mosteiro carmelita em Coimbra. Ele retorna a Veneza na terça-feira, dia 12, e no dia 13 preside o capítulo geral das freiras franciscanas... é tudo.

É o que diz o boletim. Mas como aconteceu o encontro com a Irmã Lúcia no claustro de Coimbra?
SENIGAGLIA: Em primeiro lugar, Luciani não entrou sozinho.
Como? Ele não estava sozinho naquele encontro? SENIGAGLIA: Não. Uma nobre veneziana o acompanhou e estava presente. 

E quem era ela? 

SENIGAGLIA: A Marquesa Olga Morosini de Cadaval. 

Espere um momento... vamos entender os fatos desde o início. De onde veio essa nobre? E por que Luciani foi a Fátima? Havia algum motivo, alguma ocasião específica...? 

SENIGAGLIA: Não. Nenhuma motivação específica. Ele foi a Fátima simplesmente em peregrinação. Todos os anos, aqui em Veneza, o padre jesuíta Leandro Tiveron, que também havia sido confessor de Luciani, organizava uma peregrinação a algum santuário mariano. E naquele ano ele escolheu Fátima. Luciani já havia ido a Lourdes várias vezes. Mas nunca tinha ido a Fátima. O padre Tiveron então sugeriu que ele fosse, e ele aceitou. Assim, o patriarca juntou-se ao grupo de peregrinos, cerca de cinquenta pessoas. No dia 10 de julho, visitaram o santuário e participaram na celebração eucarística em Fátima. No dia seguinte, viajaram para Coimbra para assistir à missa no convento carmelita. Foi a Marquesa de Cadaval, que tinha ligações ao convento, quem sugeriu e organizou a paragem no mosteiro de clausura em Coimbra. 

E como é que esta nobre senhora era tão familiarizada com o convento de Coimbra a ponto de ter acesso ao claustro? SENIGAGLIA: A Marquesa de Cadaval era casada com um português, um latifundiário do sul. Era uma mulher de grande cultura e sensibilidade, mas também de profunda piedade, e durante as suas estadias em Portugal, trabalhou como enfermeira da Cruz Vermelha no santuário de Fátima, tornando-se também, pouco depois, benfeitora do convento de Coimbra. Lá conheceu a Irmã Lúcia, com quem estabeleceu uma estreita relação de confiança. Durante anos, trabalhou como sua colaboradora. Auxiliou a Irmã Lúcia na tradução da sua correspondência. Durante a guerra, ela chegou a ser encarregada de entregar pessoalmente, muitas vezes de cor, mensagens a Pio XII e, de lá, à Irmã Lúcia. Pacelli conhecia a Marquesa desde a juventude. Cadaval, aliás, havia estudado na universidade em Roma e tinha um bom relacionamento com a família do futuro Pontífice. Assim, ela também se viu atuando como intermediária entre a Irmã Lúcia e o Papa. Em 1977, ela já era idosa, provavelmente na casa dos setenta anos.

 Luciani a havia conhecido antes disso? 

SENIGAGLIA: Ele a vira em algumas ocasiões em Veneza. 

E você a conhecia pessoalmente?
SENIGAGLIA: Sim. Ela era uma das minhas paroquianas. Durante suas estadias em Veneza, ela morava a um passo da igreja de Santo Stefano e, todos os dias, bem cedo pela manhã, vinha à missa na paróquia. Foi assim que a conheci. E foi numa dessas manhãs, depois da missa, que, enquanto conversávamos sobre a peregrinação a Fátima, surgiu a ideia de uma visita a Coimbra.

Então, o encontro de Luciani com a Irmã Lúcia foi iniciativa da Marquesa; não foi a vidente de Fátima que perguntou por ele...
SENIGAGLIA: Enquanto conversávamos sobre a visita a Coimbra, a Marquesa disse: "Se o Patriarca vier... eu ficaria feliz em apresentá-lo, nesta ocasião, à Irmã Lúcia." Foi assim que aconteceu. E o resto da história foi mais ou menos assim: "Se você quiser...", eu respondi, "tente perguntar a ele..." "Mas tenha cuidado", acrescentei, "se você mencionar essa possibilidade ao Patriarca antes de partir, é provável que ele diga não." Luciani, de fato, sempre foi discreto e relutante em relação a essas coisas. Ele tinha o cuidado de nunca incomodar ninguém. E, "certamente", eu disse a Cadaval, "se você perguntar a ele primeiro, ele vai objetar que se separar dos peregrinos não seria apropriado, que seria uma perda de tempo... Mas se você disser a ele ali mesmo, no último minuto, então... talvez ele finalmente aceite apenas para dizer olá." E assim ele fez, em acordo com o Padre Tiveron.

E como foi o encontro?
SENIGAGLIA: Cadaval já estava no mosteiro quando os peregrinos chegaram e havia informado a Irmã Lúcia da presença do Patriarca Luciani. Quando chegou a hora, ao final da celebração eucarística, ela disse ao patriarca que a Irmã Lúcia teria prazer em cumprimentá-lo. Juntamente com a priora do convento, eles entraram no claustro. Cadaval o acompanhou até a Irmã Lúcia e permaneceu com eles. Como Luciani entendia português muito bem, afastou-se e, após a conversa, acompanhou-o até onde seu secretário, Dom Diego Lorenzi, o esperava para almoçar com os outros.

Dom Diego disse que a reunião durou uma hora e meia. Outros acreditam que durou mais. O próprio Luciani relatou que conversaram por um longo tempo…
SENIGAGLIA: Mas… é verdade que um longo tempo para Luciani poderia ter sido meia hora. Para quem esperava, pode ter parecido ainda mais… De qualquer forma, nem Luciani nem Cadaval jamais mencionaram esse tempo como algo excepcional. Sei que ele se juntou aos outros no restaurante e que, depois do almoço, no carro fornecido por Cadaval, voltou para Lisboa e depois para Veneza, onde tinha compromissos. Só isso.

Fonte: https://www.30giorni.it/

Solenidade de Cristo Rei do Universo (C)

Solenidade de Cristo Rei do Universo.  (©Renáta Sedmáková - stock.adobe.com)

O Evangelho nos fala que Cristo não só reuniu o Povo de Deus disperso, mas veio salvar o que estava perdido, isto é, convertendo os corações ao Pai, mostrando que ele é um rei que reina nos corações das pessoas, que essa é sua verdadeira vitória, que ele é o rei do amor, da paz, da vida!

Vatican News

A primeira leitura nos fala da proclamação de Davi como rei de Israel. Mas por que ele foi feito rei? Qual sua autoridade? Ao governar a tribo de Judá, Davi mostrou sua grandeza. Agora as tribos de Israel querem seu governo. Isso nos mostra que, por detrás de um povo unido está a lucidez e o temor de Deus de um grande líder. A autoridade de Davi estava no estabelecimento da justiça, da paz, da segurança e pela convivência com os diferentes.

Neste domingo celebramos Jesus Cristo, Rei do Universo. Como será, como é a realeza de Cristo? Como a de Davi? Com essa autoridade? Sim e muito mais.  Davi foi um leve sinal do Rei Jesus Cristo. O Evangelho nos fala que Cristo não só reuniu o Povo de Deus disperso, mas veio salvar o que estava perdido, isto é, convertendo os corações ao Pai, mostrando que ele é um rei que reina nos corações das pessoas, que essa é sua verdadeira vitória, que ele é o rei do amor, da paz, da vida!

A cena do Calvário, onde sobre a cabeça de Jesus, pregado na cruz, está também pregado nela uma taboazinha onde se lê: Jesus Nazareno, Rei dos Judeus, nos mostra alguns diálogos entre o Senhor e dois bandidos. Sim, o Senhor, rei do Universo está sendo supliciado como um bandido, no meio de bandidos, por pessoas que se diziam cumpridoras da justiça.

Para um dos malfeitores, Jesus é um derrotado e incapaz de realizar o maior desejo deles, escapar daquele suplício. Para o outro, não. Em meio a tantas desilusões, decepções e desesperanças surge um sentimento de esperança. Crê no poder de Jesus. Não olha para seu passado de crimes, de pecados e nem se deixa impressionar pela fragilidade de seu ilustre companheiro de sorte. Ao contrário, é o único a reconhecer-se pecador e a professar sua fé em Jesus. “Jesus, lembra-te de mim quando entrares no teu reino”. Ele não pede perdão, não procura justificativas, mas confessa-se pecador e professa sua fé no poder amoroso do Rei Jesus. Na nossa vida, o importante não é ficarmos olhando para o nosso passado, para o que fizemos, mas reconhecermo-nos pecadores e cremos na misericórdia e no poder de Jesus. Isso basta!

Por seu lado, Jesus age como agiu o pai do “filho pródigo”. Imediatamente o Senhor, sem palavras de correção e, muito menos de condenação, diz: “...ainda hoje estarás comigo no Paraíso”. Ele não deixa seus súditos passarem vergonha!

Ele nos amou e continua nos amando. É o rei do amor! Como cidadãos do Reino de Cristo somos levados a viver no Amor. Como nos dizem as Sagradas Escrituras, o amor de Cristo nos impele a que nos amemos uns aos outros, como o Senhor nos amou.

Vivamos como cidadãos do Reino de Cristo, praticando a justiça, o amor, a paz e o perdão.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

A Basílica de São Clemente: uma viagem ao passado

Stefano_Valeri | Shutterstock

Marinella Bandini - publicado em 01/03/21

Reviva a antiga tradição quaresmal dos cristãos romanos descobrindo as “igrejas estacionárias” .

A Basílica de São Clemente é uma verdadeira viagem de volta ao passado. Em sua estrutura atual, ela agrega três etapas distintas que marcaram sua construção: o aspecto de hoje data do século XII, mas apresenta ainda características da antiga basílica, que remonta ao século IV e que, por sua vez, foi erguida sobre edifícios romanos do século I. 

A basílica guarda os restos do quarto Papa, Clemente (92-101). Segundo a tradição, Clemente teria sido condenado a trabalhos forçados na Crimeia e ali sofreu seu martírio: foi lançado ao Mar de Azov com uma âncora ao pescoço. Pouco depois, as águas recuaram milagrosamente, revelando um túmulo construído por anjos, que haviam dado a Clemente um enterro decente.

Desde então, uma vez por ano, o mar recuava, revelando o túmulo. Em uma dessas ocasiões – segundo a lenda – uma criança foi engolida pela água e foi encontrada um ano depois, a salvo, no túmulo de São Clemente. 

Os restos mortais do Papa foram encontrados e levados a Roma no século IX pelos santos Cirilo e Metódio, irmãos que evangelizaram os povos eslavos. Acredita-se também que Cirilo também tenha sido enterrado na basílica.

A arquitetura da igreja é dominada por mosaicos na ábside (Séc. XII): a Cruz é a árvore da vida, da qual brotam as águas da salvação e que estende seus ramos no tempo e no espaço. 

Sede misericordiosos, como também vosso Pai é misericordioso. (Lc 6,36)

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https://pt.aleteia.org/slideshow/basilica-de-sao-clemente/?from_post=381551

Fonte: https://pt.aleteia.org/2021/03/01/a-basilica-de-sao-clemente-uma-viagem-ao-passado/

sábado, 22 de novembro de 2025

Vampiros de energia: identifique-os e proteja suas emoções

Estrada Anton/Shutterstock

Karen Hutch - publicado em 30/10/25 - atualizado em 30/10/25

Cuidado com pessoas que se tornam vampiras de energia, pois elas podem destruir suas emoções.

As pessoas apelidadas de "vampiros energéticos” são aqueles que, consciente ou inconscientemente, absorvem a energia emocional dos outros para se sentirem melhor, deixando a pessoa que interage com eles exausta e sem energia.

Todos nós, em algum momento, já convivemos com alguém que, depois de uma conversa, nos deixa emocionalmente esgotados. Não estamos falando de magia ou ficção: estamos falando dos chamados “vampiros de energia”.

O desgaste da sua saúde mental

Conversar sobre o assunto e conhecer pessoas que compartilham esse traço de personalidade é essencial para que você possa detectar como elas se aproximam de você e proteger sua saúde mental, além de compreendê-las e orientá-las.

Hoje em dia, é mais difícil manter a mente limpa e livre de estresse e ansiedade. No entanto, o estilo de vida atual nos mantém constantemente em alerta, expondo-nos a situações que nos esgotam emocionalmente.

Sinais de que você conhece um vampiro de energia

Egocentrismo excessivo: Eles mantêm um ego enorme em relação a si mesmos, então colocam os outros de lado e só pensam em si mesmos e em seu bem-estar.

Negatividade constante ou vitimismo: Essas pessoas tendem a reclamar de tudo e de todos. Concentram-se apenas no negativo e invalidam aqueles que cometem erros.

Manipulação emocional (culpa, chantagem): Essas pessoas tendem a se vitimizar constantemente em quase qualquer situação em que não se sintam confortáveis, culpando os outros e criando drama desnecessário.

Necessidade constante de atenção: Algumas dessas pessoas costumam apresentar traços narcisistas,  são manipuladores e controladores.

Resistência à mudança ou feedback: Geralmente, têm dificuldade em aceitar mudanças, então as coisas precisam ser do seu jeito, sem ceder ou mudar sua estrutura. Quando alguém tenta corrigi-los fraternalmente, eles não aceitam e se sentem atacados, pois acham que estão sempre certos.

Fonte: https://pt.aleteia.org/2025/10/30/vampiros-de-energia-identifique-os-e-proteja-suas-emocoes/

Leão XIV: como Dorothy Day, transformar esperança em decisão e serviço

Audiência Jubilar, 22/11/2025 - Papa Leão XIV (Vatican News)

O Papa recordou, na Audiência Jubilar deste sábado (22/11), o que o caminho da esperança começa com um desejo que se torna decisão e pede coragem diante das injustiças. Inspirando-se no Evangelho e no testemunho de Dorothy Day, o Pontífice insistiu: Jesus trouxe o fogo que impele cada cristão a tomar posição e transformar indignação em comunhão.

https://youtu.be/C9015_w_z4Q

Thulio Fonseca – Vatican News

Na Audiência Jubilar deste sábado, 22 de novembro, o Papa Leão XIV acolheu milhares de fiéis e peregrinos na Praça São Pedro. Na catequese, o Pontífice voltou ao núcleo da espiritualidade jubilar: a esperança como força que move e transforma, jamais como espera passiva.

Logo no início, o Papa recordou o significado da peregrinação e convidou todos a revisitar o momento interior que deu origem ao caminho: “Para muitos de vocês, estar hoje em Roma é a realização de um grande desejo. (…) Alguma coisa, no início, se moveu dentro de vocês. (…) O próprio Senhor os tomou pela mão: um desejo e depois uma decisão. Sem isso, vocês não estariam aqui.”

“A quem muito foi dado, muito lhe será pedido”

Ao comentar o Evangelho proclamado, Leão XIV destacou as palavras exigentes que Jesus dirige aos discípulos mais próximos:  “‘A quem muito foi dado, muito lhe será pedido; se a alguém muito se confiou, muito mais se exigirá’.” Em seguida, o Pontífice aplicou o ensinamento à vida da Igreja: 

“Também nós recebemos muito do caminho percorrido até aqui, estivemos com Jesus e com a Igreja e, mesmo que a Igreja seja uma comunidade com os limites humanos, recebemos muito. Então, Jesus espera muito de nós. É um sinal de confiança, de amizade. Ele espera muito, porque nos conhece e sabe que somos capazes!”

Esperar é tomar posição

O Papa retomou a imagem central da catequese: o fogo. “Jesus veio trazer o fogo: o fogo do amor de Deus na terra e o fogo do desejo nos nossos corações.” Esse fogo, explicou, desinstala e compromete:

“De certa forma, Jesus nos tira a paz, se pensarmos na paz como uma calma inerte. (…) Às vezes, gostaríamos de ser ‘deixados em paz’. (…) Não é a paz de Deus. A paz que Jesus traz é como um fogo e exige muito de nós.”

Por isso, insistiu Leão XIV, o discípulo não pode permanecer neutro: “Diante das injustiças, das desigualdades, onde a dignidade humana é pisada, onde aos frágeis é tirada a palavra: tomar posição. (…) Esperar é tomar posição.”

Dorothy Day e a esperança que se torna ação

Como modelo espiritual, o Papa evocou na catequese deste sábado a jornalista e ativista norte-americana Dorothy Day: “Ela tinha o fogo dentro de si. (…) Compreendeu que o sonho para muitos era um pesadelo, que como cristã devia se envolver com os trabalhadores, com os migrantes, com os descartados por uma economia que mata.”

Leão XIV destacou a capacidade de Dorothy de unir reflexão e serviço: “É importante unir mente, coração e mãos. Isso é tomar posição.” E ainda: “Ela escrevia como jornalista, ou seja, pensava e fazia pensar. (…) E também servia refeições, dava roupas, vestia-se e comia como aqueles a quem servia.” O Papa recordou ainda o impacto de sua obra: “Dorothy Day envolveu milhares de pessoas. Abriram casas em muitas cidades, em muitos bairros… não grandes centros de serviços, mas pontos de caridade e justiça onde se chamavam pelo nome, se conheciam um a um e transformavam a indignação em comunhão e ação.”

Reavivar a chama da esperança

Ao concluir sua reflexão, Leão XIV fez um forte apelo: “É assim que são os operadores da paz: tomam posição e assumem as consequências, mas seguem em frente”, e completou:

“Esperar é tomar posição, como Jesus, com Jesus. O seu fogo é o nosso fogo. Que o Jubileu o reavive em nós e em toda a Igreja!”

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

O último trono

A morte cruel de Jesus na cruz (Missionários Xaverianos)

O ÚLTIMO TRONO 

21/11/2025

Dom Lindomar Rocha Mota
Bispo de São Luís de Montes Belos (GO) 

O ano litúrgico se encerra diante de uma cena que, aos olhos do mundo, não tem nada de solene. Há somente um madeiro erguido fora da cidade, um condenado entre dois criminosos, o riso amargo dos passantes e a indiferença dos observadores. Sobre a cabeça de Jesus, contudo, uma inscrição insiste: “Este é o Rei dos judeus”. 

É assim que a Igreja contempla o Rei do Universo! 

Em Lucas 23, o contraste é dolorosamente preciso. Em volta da cruz, estão todos os sinais de poder que conhecemos. A multidão que observa e julga, as autoridades religiosas que escarnecem, a máquina do império que executa sem hesitar. 

Ali se acumulam todas as expectativas de “reino” que a história aprecia. Força que se impõe, prestígio que domina, eficiência que elimina o incômodo. Em meio a tudo isso, o Rei de Israel parece o oposto de um rei. Não comanda exércitos, não desce do patíbulo, não devolve insultos. A coroa é de espinhos, o trono de madeira, o manto é o próprio silêncio. 

No entanto, é precisamente aí que o evangelho concentra o olhar. Um dos malfeitores provoca: “Não és tu o Cristo? Salva-te a ti mesmo e a nós”. Um pedido que resume toda a lógica do poder. Um rei, para o mundo, é alguém que se protege primeiro, que demonstra força pela fuga da humilhação, que prova sua realeza evitando a fraqueza. 

Mas o outro condenado, a antítese do primeiro, aquele que a tradição chamará de “bom ladrão”, intui uma majestade diferente. Ele não vê milagres, nem luzes, não vê legiões de anjos. Vê um homem crucificado como ele, mas que suporta a dor com uma altivez que não se explica. Então arrisca uma frase de confissão e súplica: “Jesus, lembra-te de mim quando entrares no teu Reino”. Ele não pede para descer da cruz. Pede para ser alcançado por uma lembrança que não esquece. Reconhece como rei justamente aquele que não se salva a si mesmo, mas se entrega por todos. 

A resposta de Cristo sentencia como uma proclamação real: “Hoje estarás comigo no paraíso”. Uma promessa pronunciada entre o sangue e a poeira, quase aos sussurros, mas com a autoridade de quem podia fazê-la. Um Rei medido pela profundidade com que alcança o coração e o arranca do desespero.  

Celebrar Cristo Rei do Universo à luz desse evangelho é aceitar uma contradição fecunda. Nosso imaginário pede coroas de ouro, tronos de mármore, vitórias incontestáveis. O evangelho nos entrega um rei desfigurado, coroado de espinhos, vitorioso no fracasso. 

O mundo espera um reino que elimina as catástrofes. Cristo inaugura um reinado que as atravessa. Guerras, abalos, injustiças, pandemias, quedas de impérios, tudo continua a acontecer, como sempre aconteceu. Mas, desde a cruz, essas forças perderam autoridade. O reinado de Cristo instala na noite escura do mundo uma luz que não pode ser apagada. 

É aqui que a intuição poética de Henry Wadsworth Longfellow se faz teologia. Quando diz que a aurora não tarda, que a noite não é sem estrelas, que o amor é eterno, ele desvela aquilo que a Igreja contempla quando se ajoelha diante do crucificado. As trevas são reais, mas não são intransponíveis. O mal é terrível, mas não é irrestrito. O tempo humano é dramático, mas não é regido pelo acaso. Sobre tudo isso, discreto e soberano, permanece um Reinado que não envelhece. 

Dizer que Cristo é Rei do Universo é afirmar que a história não caminha à deriva.  

Quando Longfellow recorda que “Deus é sempre Deus, e sua fé não nos falhará; [pois] Cristo é eterno”, descreve com exatidão o fundamento desse reinado. 

O Reino de Cristo não é uma instituição passageira, nem uma hegemonia cultural, mas é a fidelidade indestrutível do Filho que nunca se retrata. 

Ao concluir o ano litúrgico diante do Cristo Rei, a Igreja olha para o alto da cruz e reconhece, naquele rosto desfigurado, o único rosto que não passa. Todas as coroas do mundo desbotam ou duram em vitrines de museu. Todos os tronos desmoronam, mas a realeza de Jesus permanece, porque está inscrita em vida ferida e ressuscitada.  Por isso, a aurora não tarda, e a noite, por mais escura, nunca é sem estrelas. 

O fim do ano católico com, a festa de Cristo Rei, é uma concentração de sentido. Tudo o que celebramos ao longo do ano – o Natal, a Páscoa, o Pentecostes – converge aqui para confessar que, por trás de cada mistério, reina o Senhor. E se Ele reina, o futuro não é ameaça. 

Enquanto o mundo continuará a medir poderes por forças visíveis, a Igreja continuará a levantar os olhos para o crucificado e, paradoxalmente, chamá-lo de Rei. 

Entre a expectativa do mundo e o Evangelho, a contradição permanecerá, mas é nessa contradição que se esconde o segredo. O amor que se deixa ferir sem deixar de amar é a forma mais alta de poder. E esse poder, porque é amor, não passa. 

Cristo é eterno! E, enquanto Ele reina, nenhuma noite será absoluta, nenhuma cruz será definitiva e todo reinado neste mundo será apenas um intervalo diante da glória inquebrável do seu senhorio. 

Fonte: https://www.cnbb.org.br/

Brasileira Maria de Lourdes Guarda entre os novos veneráveis reconhecidos pela Igreja

Maria de Lourdes Guarda | Vatican News.

A leiga consagrada Maria de Lourdes Guarda, apóstola das pessoas com deficiência no Brasil, tem virtudes heroicas confirmadas pelo Papa; no mesmo decreto, dois sacerdotes italianos mortos pelos nazistas em 1944 serão proclamados beatos.

Vatican News

A Igreja reconhece entre seus novos veneráveis a brasileira Maria de Lourdes Guarda, leiga consagrada que viveu quase cinquenta anos imobilizada e transformou a própria dor em fonte de evangelização e apoio às pessoas com deficiência. Durante a audiência concedida nesta sexta-feira, 21 de novembro, ao cardeal Marcello Semeraro, prefeito do Dicastério para as Causas dos Santos, o Papa Leão XIV autorizou a promulgação dos decretos que confirmam suas virtudes heroicas. Na mesma ocasião, foram aprovados os decretos relativos ao martírio, em ódio à fé, de dois sacerdotes italianos mortos pelas tropas nazistas em 1944, padre Ubaldo Marchioni e padre Martino Capelli, que em breve serão proclamados beatos. Também tiveram reconhecidas suas virtudes heroicas o arcebispo Enrico Bartoletti, dom Gaspare Goggi e a religiosa australiana Maria do Sagrado Coração (Maria Glowrey).

Maria de Lourdes Guarda com Santa Dulce dos Pobres | Vatican News.

Maria de Lourdes, apóstola das pessoas com deficiência no Brasil

Nascida em 1926 na cidade de Salto, no Estado de São Paulo, de família de origens italianas, Maria de Lourdes Guarda enfrentou desde a juventude uma séria lesão na coluna que, aos 21 anos, a deixou paralisada da cintura para baixo, confinada a um rígido colete de gesso e, mais tarde, imobilizada de forma permanente. Mesmo impedida de ingressar na vida religiosa tradicional, encontrou seu caminho de consagração no Instituto Secular Caritas Christi, no qual professou seus votos em 1970. Ao longo de quase cinco décadas vividas entre hospitais e a própria casa, Maria de Lourdes transformou sua enfermidade em missão apostólica, auxiliada por intensa vida de oração e profunda devoção eucarística.

No contato com as Irmãs Apóstolas do Sagrado Coração de Jesus, amadureceu uma espiritualidade de oferecimento e consolação. Seu quarto de hospital converteu-se em ponto de referência para encontros, partilhas e orientações espirituais. Mesmo sofrendo com doenças renais e uma grave gangrena que levou à amputação de uma perna, jamais deixou de acolher quem a procurava em busca de conselho, conforto e força na fé. Por dez anos, coordenou nacionalmente a “Fraternidade das Pessoas com Deficiência”, empenhando-se pela inclusão social, pelo reconhecimento dos direitos das pessoas com deficiência e pela formação de agentes pastorais. Faleceu em 5 de maio de 1996, vítima de um câncer na bexiga, com fama de santidade já difundida e fortalecida após sua morte.

Maria de Lourdes Guarda com Dom Hélder Câmara | Vatican News.

Pe. Ubaldo: o sacerdote morto pelos nazistas diante do altar

O primeiro dos dois sacerdotes mártires, padre Ubaldo Marchioni, nasceu em Vimignano di Grizzana Morandi, província de Bolonha, em 1918. Entrou no seminário aos dez anos e foi ordenado aos 24, tornando-se ecônomo da paróquia de San Martino di Caprara em março de 1944, numa região então ocupada pelas tropas alemãs em conflito com os grupos de resistência. Durante os meses de violência e represálias, permaneceu ao lado de sua comunidade, partilhando com os paroquianos o medo, a fome e as incertezas da guerra. No dia 29 de setembro de 1944, enquanto se dirigia ao Oratório dos Anjos da Guarda para celebrar a Missa, parou na igreja de Santa Maria Assunta di Casaglia para resguardar as espécies eucarísticas e oferecer abrigo a mulheres e crianças aterrorizadas pela aproximação dos soldados nazistas.

Tentou negociar a liberdade dos refugiados, recomendando aos homens que fugissem para os bosques, mas todas as tentativas fracassaram. As mulheres e as crianças foram conduzidas ao cemitério e executadas. Padre Ubaldo foi então levado novamente à igreja e trucidado diante do altar, com tiros na cabeça, num gesto que revelou o desprezo dos nazistas pela fé cristã e confirmou o caráter de martírio odium fidei. Assassinado aos 26 anos, acolheu conscientemente o risco da morte por permanecer junto aos fiéis, mesmo tendo possibilidade de se salvar.

Sacerdotes italianos assassinados pelos nazistas | Vatican News.

Padre Martino Capelli: martírio em Pioppe di Salvaro

O segundo sacerdote martirizado, padre Martino Capelli, nasceu em 1912 em Nembro, província de Bérgamo, e entrou aos 17 anos no postulantado da Congregação dos Sacerdotes do Sagrado Coração de Jesus. No verão de 1944 dirigiu-se a Salvaro para auxiliar o pároco idoso de San Michele, apesar da região estar entre as mais violentamente atingidas pelo avanço nazista.

Recusou-se a abandonar o povo, mesmo sendo alertado pelos confrades sobre o risco iminente. Quando, em 29 de setembro de 1944, os nazistas perpetraram o massacre de Creda, padre Capelli correu para socorrer os agonizantes, sendo capturado e obrigado a transportar munição. Foi detido junto com o salesiano padre Elia Comini e dezenas de civis, muitos deles sacerdotes posteriormente libertados. Encerrado numa estrebaria em Pioppe di Salvaro, confortou e confessou os prisioneiros. Na noite de 1º de outubro de 1944, foi morto com padre Comini e um grupo de pessoas consideradas “inaptas ao trabalho”. Os corpos foram dispersos no rio Reno. Seu martírio é reconhecido como odium fidei, motivado pelo desprezo dos nazistas pelo ministério sacerdotal, e também como martírio ex parte victimae, pela escolha consciente de permanecer com os fiéis.

Dom Enrico Bartoletti: o “timoneiro” do pós-Concílio

O arcebispo Enrico Bartoletti nasceu em 1916 em Calenzano e foi ordenado sacerdote aos 22 anos. Tornou-se figura central na recepção do Concílio Vaticano II na Itália, exercendo forte influência pastoral e intelectual. Reitor de seminários em Florença, colaborou na proteção de judeus durante a Segunda Guerra Mundial. Nomeado bispo auxiliar de Lucca em 1958, mais tarde se tornou arcebispo, antes de ser chamado por Paulo VI para servir como secretário-geral da Conferência Episcopal Italiana num período particularmente complexo para o país. Sua morte precoce, em 1976, interrompeu um ministério marcado pela mediação, pelo diálogo e pela implementação das diretrizes conciliares.

Padre Gaspare, o jovem discípulo de São Luís Orione

Gaspare Goggi nasceu em 1877, encontrou São Luís Orione aos 15 anos e se tornou um de seus mais próximos colaboradores na nascente Pequena Obra da Divina Providência. Sacerdote aos 26 anos, distinguiu-se como confessor muito procurado e como guia espiritual em Roma, onde serviu como reitor da igreja de Sant’Anna dei Palafrenieri. Mesmo de saúde frágil, dedicou-se incansavelmente aos pobres e aos peregrinos. Morreu em 1908, aos 31 anos, já reconhecido como “pequeno santo” pelos fiéis.

Irmã Maria Glowrey com os doentes   (Courtesy of the Catholic Women’s League of Victoria and Wagga Inc. All rights reserved) | Vatican News.

Irmã Maria do Sagrado Coração: médica australiana e missionária na Índia

Nascida em 1887, Maria Glowrey formou-se em medicina na Austrália e, inspirada por modelos femininos de missão e cuidado, mudou-se para a Índia em 1920, onde professou votos na Sociedade de Jesus, Maria e José, tornando-se irmã Maria do Sagrado Coração. Atendeu mulheres e crianças em contexto de extrema pobreza e desenvolveu um vasto apostolado médico, fundando instituições, formando profissionais e promovendo a ética cristã na saúde. Criou em 1943 a Catholic Health Association of India, hoje uma das maiores redes católicas de assistência médica do mundo. Morreu em 1957, deixando um legado marcante de serviço e evangelização.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

sexta-feira, 21 de novembro de 2025

Seminário Redemptoris Mater recebe escritura de concessão de uso após mais de 30 anos de espera

Rmater de Brasília | Agência Brasília (Flickr)

Seminário Redemptoris Mater de Brasília recebe escritura de concessão de uso após mais de 30 anos de espera

Assinatura e entrega do documento foi feita pela vice-governadora Celina Leão nesta quinta-feira (13).

13/03/2025 às 11h13 - Atualizado em 13/03/2025 às 11h32

Por Ana Paula Siqueira, da Agência Brasília | Edição: Débora Cronemberger

Após 32 anos de espera, o Seminário Missionário Arquidiocesano Redemptoris Mater, da Igreja Católica, recebeu a Escritura Pública de Concessão de Direito Real de Uso, com Opção de Compra. O documento foi assinado e entregue pela vice-governadora Celina Leão, nesta quinta-feira (13), durante cerimônia na sede da instituição, na Ermida Dom Bosco, no Lago Sul. O Seminário já formou 150 padres missionários que atuam dentro e fora do DF, e também no exterior.

“A entrega da escritura garante a continuidade da formação eclesiástica católica aqui no DF. Mais que isso, é garantia jurídica para o funcionamento da instituição”, disse a vice-governadora Celina Leão, ao entregar escritura pública ao Seminário Missionário Arquidiocesano Redemptoris Mater | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

A instituição funciona no local desde a criação do imóvel, em 1991, determinada pela gestão do então governador Joaquim Roriz. O processo administrativo para regularização da área tramita desde 1993. Porém, somente agora, graças à modernização da legislação de regularização de Igrejas e Templos, determinada pelo governador Ibaneis Rocha, a situação foi resolvida.

A vice-governadora Celina Leão destacou a importância da medida para garantir segurança jurídica para o funcionamento da instituição. “A entrega da escritura garante a continuidade da formação eclesiástica católica aqui no DF. Mais que isso, é garantia jurídica para o funcionamento da instituição e, agora, com a certeza de que esse trabalho maravilhoso que é realizado aqui seguirá, formando padres para servirem ao próximo”, destacou.

Rmater de Brasília | Agência Brasília (Flickr)

“Esse passo que é dado hoje, com a regularização, com esse reconhecimento da cidade de Brasília, é fundamental para a continuidade da formação dos futuros sacerdotes”, disse Dom Denilson Geraldo, bispo auxiliar de Brasília

O bispo auxiliar de Brasília, Dom Denilson Geraldo, observa que a segurança jurídica trazida pela regularização vai garantir a continuidade do trabalho realizado pela Igreja Católica, de levar cidadania, especialmente, para as comunidades mais vulneráveis do DF.

“A formação do clero é uma das principais atuações na Igreja Católica. Esse passo que é dado hoje, com a regularização, com esse reconhecimento da cidade de Brasília, é fundamental para a continuidade da formação dos futuros sacerdotes”, declarou ao destacar o trabalho realizado pelas paróquias junto às comunidades. “Onde tem a presença da Igreja Católica também tem cidadania.”

Possibilidades

“Desde 2019, já são quase 500 entidades religiosas e assistenciais com regularização ocupacional realizada” (Leonardo Mundim, diretor de Desenvolvimento Econômico e Regularização Social da Terracap).

O diretor de Desenvolvimento Econômico e Regularização Social da Terracap, Leonardo Mundim, explica que a partir da escritura, existem duas possibilidades. A entidade tem a possibilidade de efetivar a compra da área. O pagamento pode ser feito em 360 vezes sem juros. O valor é determinado a partir de avaliação especial do valor pretérito do local corrigido pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Também é possível manter a ocupação pelo modelo de concessão, com pagamento mensal do valor correspondente a 0,15% da avaliação especial. O pagamento, nesse caso, pode ser substituído pela Moeda Social da Terracap, pelo qual a entidade presta serviços, executa programas ou projetos de apoio a grupos vulneráveis da cidade.

“Por determinação do governador Ibaneis Rocha, e a partir de uma moderna legislação de regularização, que foi desenhada e operacionalizada nesta gestão com apoio da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), estamos conseguindo fazer a regularização de ocupações históricas, trazendo justiça e segurança jurídica para as entidades. Desde 2019, já são quase 500 entidades religiosas e assistenciais com regularização ocupacional realizada”, comemora.

Para o reitor do Seminário, padre Paulo de Matos, a regularização confirma a profecia que precedeu a criação de Brasília. “Neste momento histórico, eu penso que confirma o sonho de Dom Bosco, mostrando a vocação de Brasília como um foco de evangelização”, afirma.

Atualmente, padres formados pela instituição atuam em 15 nações ao redor do mundo, 20 estados do Brasil, além de estarem presentes em 20 regiões administrativas do Distrito Federal.

Fonte: https://www.agenciabrasilia.df.gov.br/

Igreja celebra hoje a apresentação de Nossa Senhora no templo

Apresentação da Virgem Maria no Templo (ACI Digital)

Por Redação central

21 de nov de 2025 às 00:01

Hoje (21), a Igreja celebra a apresentação de Nossa Senhora no templo e, por isso, também realiza a “Jornada Pro Orantibus”, dia em que os fiéis são convidados a dar graças ao Senhor por aqueles e aquelas que entregam sua vida a Deus nos conventos de clausura.

Segundo a tradição, a menina Maria foi levada ao templo por seus pais para que integrasse o grupo de donzelas que ali eram consagradas a Deus e instruídas na piedade.

Segundo o “Protoevangelho de São Tiago”, uma fonte cristã que não está incluída no Canon da Bíblia, a Virgem foi recebida pelo sacerdote, que a abençoou e exclamou: “O Senhor engrandeceu seu nome por todas as gerações, pois ao fim dos tempos manifestará em ti sua redenção aos filhos de Israel”.

No século VI já se celebrava esta festa no Oriente. Em 1372, o papa Gregório XI a introduziu em Avignon e, posteriormente, o papa Sisto V a estendeu a toda a Igreja.

Nesta data também se recorda a dedicação da igreja da Santa Maria Nova, no ano 543, que foi edificada perto do templo de Jerusalém.

Na Liturgia das Horas, lê-se: “Neste dia da solene consagração da igreja de Santa Maria Nova, construída junto ao templo de Jerusalém, celebramos com os cristãos do Oriente aquela consagração que Maria fez a Deus de si mesma desde a infância, movida pelo Espírito Santo, de cuja graça ficara plena na sua imaculada conceição”.

Em 21 de novembro de 1953, o papa Pio XII instituiu este dia como a “Jornada Pro Orantibus”, em honra às comunidades religiosas de clausura.

Por isso, em 2014,o papa Francisco incentivou que esta seja “uma ocasião oportuna para dar graças ao Senhor pelo dom de tantas pessoas que, nos mosteiros e eremitérios, se dedicam a Deus na oração e no silêncio operoso, reconhecendo-lhe o primado que só a Ele compete”.

“Demos graças ao Senhor pelos testemunhos de vida claustral, sem lhes fazer faltar o nosso auxílio espiritual e material, para cumprir esta importante missão”, disse o pontífice.

*A Agência Católica de Informação - ACI Digital, faz parte das agências de notícias do Grupo ACI, um dos maiores geradores de conteúdo noticioso católico em cinco idiomas e que, desde junho de 2014, pertence à família EWTN Global Catholic Network, a maior rede de televisão católica do mundo, fundada em 1981 por Madre Angélica em Irondale, Alabama (EUA), e que atinge mais de 85 milhões de lares em 110 países e 16 territórios.

Fonte: https://www.acidigital.com/noticia/50037/igreja-celebra-hoje-a-apresentacao-de-nossa-senhora-no-templo

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF