SALVAR BOSQUES E FLORESTAS URBANAS PARA NÃO MORRERMOS DE
CALOR
05/11/2025
Dom Roberto Francisco Ferreria Paz
Bispo de Campos (RJ)
Já no clima da COP 30 importa reafirmar uma questão vital
para os que moram em cidades, proteger árvores, bosques urbanos é crucial para
evitar a desertificação neste meio, e chegar assim ao nível 5 do protocolo do
calor que será apresentado na Conferência do Clima.
Por diversos motivos: especulação imobiliária, projetos como
autódromos, ou simplesmente dar visibilidade a centros comerciais tem levado a
corte de árvores arbitrários e desmatamento urbano.
Nos preocupa e constitui um problema grave a insegurança
pública derivada do crime, mas também a insegurança climática, os ciclones,
enchentes, e deslizamentos são igualmente graves e como aconteceu em Petrópolis
ceifam vidas por atacado.
A qualidade de vida urbana está sendo prejudicada pelo
aumento das temperaturas junto a sua brusca descida configurando uma situação
de risco para a saúde pública.
As árvores não são apenas uma questão de paisagismo urbano
embora deem. Beleza e boniteza as cidades, mas um elo
importantíssimo na trama e teia da vida, pois
fortalecem ecossistemas e garantem a pureza e dinâmica respiratória.
As árvores são memórias históricas da vida de uma cidade,
registros biológicos, e proteção a biodiversidade. Aplicar a serra
elétrica sem discernimento e atendendo interesses lucrativos
particulares, conforma um ecocídio, uma degradação da vida urbana.
Imaginar que poderemos viver numa redoma de vidro artificial em meio a desertos
consumindo oxigênio em máscaras será um futuro inviável para as cidades, um
futuro sombrio, sem sol e brisas, e sem árvores.
Pensemos na morte por calor da jovem acontecida no show da
cantora Taylor Swift no Rio de Janeiro e nos milhares de refugiados climáticos
mundo afora e na própria cidade de Atafona invadida pelo mar, que estes
sinais nos levem a uma aliança com a vida e uma proteção e inclusive plantio
constante de árvores no meio urbano. Deus seja louvado!

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