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quarta-feira, 12 de novembro de 2025

Um estudo explica por que a amamentação reduz o risco de câncer de mama

Angelo Giampiccolo/ Shutterstock

Mathilde de Robien - publicado em 10/11/25 - atualizado em 10/11/25

Pesquisadores do Peter MacCallum Cancer Centre, o maior centro de pesquisa de câncer da Austrália, em Melbourne, publicaram um estudo no final de outubro mostrando que a amamentação aumenta significativamente as defesas do sistema imunológico contra o câncer de mama.

A ligação era conhecida, mas ainda não explicada pela medicina. A descoberta, feita por pesquisadores australianos, do papel protetor dos linfócitos T CD8 no tecido mamário ajuda a entender por que a amamentação reduz o risco de câncer de mama.

Certamente, a ligação já havia sido estabelecida. Em um relatório publicado em junho de 2024, o Alto Conselho de Saúde Pública afirmou que "há fortes evidências de que a amamentação reduz o risco de câncer de mama em mães". "Embora essa redução seja pequena em relação à duração média da amamentação por filho e ao número de filhos amamentados durante a vida de uma mulher em países de alta renda, ela tem um impacto significativo em nível populacional no número de casos de câncer de mama prevenidos."

O papel dos linfócitos

Mas até agora, os motivos eram desconhecidos. Em um estudo publicado em 20 de outubro na revista Nature, pesquisadores australianos destacaram a ligação entre a amamentação e o acúmulo de linfócitos T CD8 na glândula mamária. Essas células são essenciais para a imunidade e protegem o organismo contra o desenvolvimento de tumores. Ao comparar as células imunológicas de 260 mulheres, eles demonstraram que o número de células protetoras era maior em mulheres que já haviam tido pelo menos um filho do que naquelas que não haviam tido. Essa diferença foi observada mesmo em mulheres que haviam dado à luz há mais de 30 anos. Os pesquisadores concluíram que ter filhos e amamentar reduz o risco de câncer de mama, particularmente o câncer de mama triplo-negativo.

"Esses resultados lançam nova luz sobre como o histórico reprodutivo molda a imunidade da mama, posicionando as células T CD8 como mediadoras-chave da proteção associada à gravidez e fornecendo novas estratégias para a prevenção e o tratamento do câncer de mama", comemoram os autores do estudo.

Além de reduzir o risco de câncer de mama, a amamentação também está associada a um menor risco de desenvolver diabetes tipo 2 mais tarde na vida, particularmente em mulheres com diabetes gestacional. "O efeito protetor parece aumentar com a duração da lactação", enfatiza o relatório do Conselho Superior de Saúde Pública.

Fonte: https://pt.aleteia.org/2025/11/10/um-estudo-explica-por-que-a-amamentacao-reduz-o-risco-de-cancer-de-mama/

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Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF