Com os fiéis reunidos na Praça São Pedro, o Papa comentou o
Evangelho dominical e denunciou a perseguição aos cristãos, que "não
acontece apenas com armas e maus-tratos, mas também com as palavras, ou seja,
através da mentira e da manipulação ideológica". Quando oprimidos,
afirmou, "somos chamados a dar testemunho da verdade que salva o
mundo".
Bianca Fraccalvieri - Vatican News
Após celebrar a Missa por ocasião do Jubileu dos Pobres, o
Papa Leão rezou o Angelus com os fiéis reunidos na Praça São
Pedro. Em sua alocução, comentou o Evangelho deste 33º Domingo do Tempo Comum (Lc 21,
5-19), que nos faz refletir sobre as tribulações da história e o fim
das coisas. Antes de mais nada, Jesus convida a não nos deixarmos vencer pelo
medo com estas palavras: "Quando ouvirdes falar de guerras e revoltas, não
vos alarmeis".
"O seu apelo é muito atual", comentou o Pontífice.
Infelizmente, recebemos diariamente notícias de conflitos, calamidades e
perseguições que atormentam milhões de homens e mulheres. Tanto diante dessas
aflições quanto diante da indiferença que quer ignorá-las, as palavras de Jesus
anunciam que a agressão do mal não pode destruir a esperança daqueles que
confiam Nele.
“Quanto
mais a hora é escura como a noite, mais a fé brilha como o sol.”
A perseguição aos cristãos também é ideológica
Cristo afirma duas vezes que "por causa do seu
nome" muitos sofrerão violência e traição, mas precisamente nesse momento
terão a ocasião de dar testemunho. Com efeito, acrescentou o Papa, a
perseguição aos cristãos não acontece apenas com armas e maus-tratos, mas
também com as palavras, através da mentira e da manipulação ideológica.
Oprimidos por esses males físicos e morais, "somos chamados a dar
testemunho da verdade que salva o mundo, da justiça que liberta os povos da
opressão, da esperança que indica a todos o caminho da paz".
As palavras de Jesus atestam que os desastres e as dores da
história têm um fim, que devemos ter força para resistir a todas as
ofensas, enquanto a alegria daqueles que reconhecem Nele o Salvador está
destinada a durar para sempre.
Leão XIV concluiu que são principalmente os mártires que nos
lembram que a graça de Deus é capaz de transfigurar até mesmo a violência em
sinal de redenção. "Por isso, unindo-nos aos nossos irmãos e irmãs que
sofrem pelo nome de Jesus, procuremos com confiança a intercessão de Maria,
auxílio dos cristãos. Em todas as provações e dificuldades, que a Virgem Santa
nos console e sustente", foi a oração final do Papa.

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