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sábado, 24 de junho de 2023

São João Batista

São João Batista (Arquidiocese de Londrina)
24 de junho

São João Batista

São João Batista nasceu milagrosamente em Aim Karim, cidade de Israel que fica a 6 quilômetros do centro de Jerusalém. Seu pai era um sacerdote do templo de Jerusalém chamado Zacarias. Sua mãe foi Santa Isabel, que era prima de Maria Mãe de Jesus. São João Batista foi consagrado a Deus desde o ventre materno. Em sua missão de adulto, ele pregou a conversão e o arrependimento dos pecados manifestos através do batismo. João batizava o povo. Daí o nome João Batista, ou seja, João, aquele que batiza.

A importância de São João Batista

São João Batista é muito importante no Novo Testamento, pois ele foi o precursor de Jesus, anunciou sua vinda e a salvação que o Messias traria para todos. João Batista era a voz que gritava no deserto e anunciava a chegada do Salvador. Ele é também o último dos profetas. Depois dele, não houve mais nenhum profeta em Israel.

Nascimento milagroso de São João Batista

A mãe de João Batista, Santa Isabel, era idosa e nunca tinha engravidado. Todos a tinham como estéril. Mas, então, o anjo Gabriel apareceu a Zacarias quando este prestava seu serviço de sacerdote no templo e anunciou que Isabel teria um filho e que este deveria se chamar João. Zacarias não acreditou e ficou mudo. Pouco tempo depois, Isabel engravidou como o Anjo havia dito.

Isabel e a Ave Maria

Nesse mesmo tempo, o anjo apareceu também a Maria e anunciou que ela seria a mãe do Salvador. Então, Maria foi visitar Isabel, pois o anjo lhe havia dito que Isabel estava grávida. Quando Maria chegou e saudou Isabel, João mexeu no ventre da mãe e Isabel fez aquela maravilhosa saudação a Maria santíssima: Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre! De onde me vem que a mãe do meu Senhor me visite? (Lc 1-41-43) Esta saudação de Isabel, inclusive, se tornou parte da oração da Ave Maria.

Vida no deserto

Quando São João Batista ficou adulto, percebeu que chegara sua hora. Então, foi morar no deserto para rezar, fazer sacrifícios e pregar para que as pessoas se arrependessem. Vivendo uma vida extremamente difícil e com muita oração, passou a ser conhecido como profeta, homem enviado por Deus. Ele sempre anunciava a vinda do Messias. Batizava a todos que se arrependiam e multidões sempre iam ver suas pregações no rio Jordão.

O batismo de Jesus

Por causa de seu carisma, algumas vezes o povo pensava que São João Batista era o Messias. Mas ele sempre dizia: Eu não sou o Cristo, eu não sou digno de desatar nem a correia de suas sandálias. (Jo. 1-27). Em outra passagem, ele disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. (Jo.1-29) Quando o próprio Jesus, o verdadeiro Salvador, foi ao encontro de João Batista para ser batizado, São João disse: Eu é que devo ser batizado por ti, e tu vens a mim? (Mt3-14). Mas Jesus confirmou e São João Batista batizou Jesus. Assim Jesus começou sua vida pública.

Prisão e morte de João Batista

Nas pregações de São João ele não poupava o rei local, Herodes Antipas, Rei fantoche de Roma na Peréia e na Galileia. João denunciava a vida adultera do rei. Herodes tinha se unido a Herodíades, sua cunhada. São João Batista denunciava também a vida desregrada de Herodes em seu governo.

São Marcos em seu evangelho narra que Salomé, filha de Herodíades, dançou para Herodes. O rei ficou deslumbrado com ela e disse que daria tudo o que lhe pedisse. Então Salomé fala com sua mãe e pede a cabeça de São João Batista numa bandeja. Herodes, triste, fez como havia prometido diante dos convivas. (Mar 6.14-29)

Devoção a São João Batista

São João Batista é o primeiro mártir da Igreja, e o último dos profetas. Sua festa é celebrada desde o começo da igreja, no dia 24 de junho. Ele é venerado como profeta, santo, mártir, precursor do Messias e arauto da verdade, custe o que custar. Sua representação é mostrada batizando Jesus e segurando um bastão em forma de cruz.

Oração a São João Batista

São João Batista, voz que clama no deserto, endireitai os caminhos do Senhor, fazei penitência, porque no meio de vós esta quem não conheceis, e do qual eu não sou digno de desatar os cordões das sandálias. Ajudai-me a fazer penitência das minhas faltas, para que eu me torne digno do perdão  daquele que vós anunciaste com estas palavras: Eis o Cordeiro de Deus, eis aquele que tira o pecado do mundo. São João Batista rogai por nós. Amém.

Fonte: https://cruzterrasanta.com.br/

sexta-feira, 23 de junho de 2023

CARMEN HERNÁNDEZ NO BRASIL

Carmen Hernández (Diocese de Jundiaí)

CARMEN HERNÁNDEZ NO BRASIL

“A fecundidade da existência dessa mulher, junto com Kiko, possa continuar na Igreja a suscitar vitalidade de cristãos maduros, vitalidade de missão, vitalidade do anúncio do Evangelho de Jesus Cristo por todas as partes do mundo”

(Dom Paulo Cezar Costa, Arcebispo de Brasília)

20 de julho de 2020

Para homenagear Carmen Hernández, em razão do quarto ano de seu falecimento no dia 19 de julho de 2020, o Centro Neocatecumenal de Brasília produziu este vídeo recordando as quatro vezes em que ela, junto com Kiko Argüello e Pe. Mario Pezzi, esteve no Brasil.

Em 1991 – Brasília (DF)

Para a escolha do terreno onde seria construído o seminário arquidiocesano missionário Redemptoris Mater.

Em 1997 – Rio de Janeiro (RJ)

No Encontro Mundial das Famílias.

Em 2007 – Aparecida (SP)

Na abertura do CELAM.

Em 2013 – Rio de Janeiro (RJ)

Na Jornada Mundial da Juventude.

https://youtu.be/XgS3T1vWYZM

CONHEÇA CARMEN HERNÁNDEZ

24 de novembro de 1930, † Madrid, 19 de julho de 2016

Carmen foi, com o Kiko, iniciadora do Caminho. Nasceu em Ólvega (Sória, Espanha) em 24 de novembro de 1930. Era a mais jovem de oito irmãos – quatro homens e quatro mulheres – e viveu sua infância em Tudela (Navarra, Espanha).

Em Tudela estudou na Companhia de Maria e teve contato com a Companhia de Jesus (Jesuítas). Por influência do espírito missionário de São Francisco Xavier, desde muito jovem sentiu a vocação de partir em missão para a Índia. Por vontade de seu pai, em 1954 começa a estudar Química em Madri, onde se licencia com as qualificações máximas no ano de 1958.

Durante um tempo, trabalha com seu pai na indústria alimentícia, em uma fábrica que a família tinha em Andújar (Jaén), mas decide deixá-lo para se mudar a Javier, onde entra para participar de um novo instituto missionário: as Missionárias de Cristo Jesus. Depois do noviciado, estudou Teologia na casa de formação teológica para religiosos em Valência. Em 1960 foi destinada à Índia. Para esta missão teve que se preparar em Londres (o país asiático pertencia, naquele tempo, à Commonwealth), onde permaneceu durante um ano. Nesse tempo, houve uma mudança de direção nas Missionárias de Cristo Jesus, que limitava sua abertura a missão, levando Carmen a regressar de Londres para Barcelona. Ali, conhece P. Pedro Farnés Sherer, professor no Instituto Litúrgico de Paris, que trabalhava pela renovação litúrgica que preparava o Concílio Vaticano II.

Em suas aulas, P. Farnés apresentava as fontes pascais da Eucaristia e uma eclesiologia renovada que mostrava a Igreja como luz das nações. O vivo contato de Carmen com os autores desta renovação conciliar teve uma grande influência, mais tarde, na formação das catequeses do Caminho Neocatecumenal.

Em 1963, Carmen se estabelece na Terra Santa durante dois anos. Ao seu regresso a Madri, começa a trabalhar nos barracos da periferia, pensando em ir como missionária para a Bolívia com outros leigos celibatários. No entanto, ali conhece Kiko Argüello, que vivia nos barracos de Palomeras Altas, e decide ficar na mesma região. Entre os pobres, ambos descobriram a força do Mistério Pascal e da pregação do Kerigma (a Boa Notícia de Cristo morto e ressuscitado), e veio a nascer a primeira comunidade. Graças à confirmação desta nova realidade pelo então arcebispo de Madri, Mons. Casimiro Morcillo, Carmen colabora com Kiko levando às paróquias – primeiro a Madri, depois a Roma, e a partir de então a outras cidades e nações – esta obra de renovação da Igreja.

Carmen Hernández (cn)
Carmen Hernández faleceu em 19 de julho de 2016 em Madri. Em seu funeral, presidido pelo Cardeal Arcebispo de Madri Carlos Osoro Sierra, e ao qual assistiram milhares de pessoas, o P. Mario Pezzi destacou que, com o Caminho, é “a primeira vez na história que uma realidade eclesial é fundada por um homem e uma mulher que estiveram colaborando constantemente juntos durante mais de 50 anos”. Além disso, o Papa enviou uma mensagem na qual assegurou receber “com emoção” a notícia da morte de Carmen e destacou sobre ela “uma longa existência marcada por seu amor a Jesus e por um grande entusiamo missionário”. “Dou graças ao Senhor pelo testemunho desta mulher, animada por um sincero amor à Igreja, que gastou sua vida no anúncio da Boa Notícia em cada lugar, também àqueles mais afastados, não se esquecendo das pessoas mais marginalizadas”, escreveu o Papa Francisco.

Fonte: https://cn.org.br/

As surpresas de Deus!

João Batista batiza Jesus (diocesederondonopolis)

AS SURPRESAS DE DEUS!

Dom José Gislon
Bispo de Caxias do Sul (RS)

Estimados irmãos e irmãs em Cristo Jesus! Segundo a Palavra de Deus, João Batista alegrou-se, ainda no ventre de sua mãe, quando Maria de Nazaré chegou na casa de Zacarias e saudou Isabel. “Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, o menino saltou de alegria no seu seio, e Isabel ficou cheia do Espírito Santo” (Lc 1,41). João expressou alegria com a visita do Senhor, mesmo sem vê-lo.  Na sua missão de precursor, indicou o “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo!” (Jo 1,29), e ainda hoje nós acolhemos Jesus de Nazaré, indicado por ele. A mão de Deus sempre esteve presente na vida de João Batista, o precursor do Messias, mas também o profeta que preparou os caminhos do Senhor, que convidou as pessoas a fazerem uma conversão do coração, para a vinda do Filho de Deus a este mundo. 

João, como homem de Deus, teve toda a sua vida marcada por fatos extraordinários. Nele Deus revela a sua força, torna possível o que humanamente é impossível. Submete ao silêncio Zacarias, seu pai, e proporciona o encontro entre Isabel e Maria. É impossível diante de tantos fatos extraordinários não louvar a Deus. E foi isso que fez Zacarias, após recuperar a palavra, vendo tudo aquilo que Deus tinha feito por ele e pelo povo de Israel, após o nascimento de seu filho João Batista. O testemunho de Zacarias deveria também ser seguido por todos os pais. Agradecer e louvar a Deus por cada filho que nasce, porque cada filho é uma vida, é dom de Deus, que precisa ser acolhido e amparado com ternura e amor. 

O testemunho de amor entre Zacarias e Isabel deveria tocar e falar aos corações dos casais. Eles passaram por grandes provações, mas se mantiveram fiéis ao Senhor. Souberam enfrentar juntos os tempos difíceis, assim puderam também partilhar juntos as alegrias das manifestações de Deus, acolhendo nos braços e no seio familiar o pequeno João Batista. Não só, no ambiente familiar transmitiram a João os ensinamentos de Deus. Esse ambiente familiar, que revelava o amor, a bondade, a ternura e a misericórdia de Deus, marcou profundamente a vida de João Batista e o ajudou na sua difícil missão de ser o precursor, de preparar os caminhos do Senhor. 

João não viveu para si mesmo, mas viveu e entregou sua vida para a missão. Homem de Deus, despojado de tudo, cujas palavras tocavam os corações dos simples e poderosos, porque tinham a força da profecia e a simplicidade das coisas de Deus. “Preparai os caminhos do Senhor”, anunciava João Batista no deserto.  

Celebrar a natividade de São João Batista é uma grande oportunidade para nos despojarmos das vaidades que nos impedem de nos colocarmos a caminho, não para irmos até o deserto, mas para termos disponibilidade para irmos ao encontro do Senhor, e deixarmos que ele nos fale ao coração, através do silêncio, para nos despertar do sono da apatia e da indiferença, e assim podermos abrir os olhos, para contemplar a beleza da obra do criador, mas também a dor e a esperança no rosto de tantos irmãos e irmãs que esperam a nossa solidariedade, para viverem a vida sem medo e com dignidade.

Fonte: https://www.cnbb.org.br/

Após nova legislação pró-vida, EUA veem queda de 25.000 abortos

STEKLO | Shutterstock

Por Katie Yoder

"É um lembrete vital de que o trabalho dos americanos pró-vida é importante."

Dezenas de milhares de bebês estão vivos hoje graças à decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos no tocante ao caso Dobbs versus Jackson Women’s Health Organization, que revogou a antiga (e inconstitucional) sentença que legalizava o aborto em todo o território do país. Com a nova lei, cada Estado da federação norte-americana recuperou o seu direito a legislar sobre o aborto – e muitos deles optaram por legislações que reconhecem o direito natural à vida desde a concepção.

Um relatório publicado neste 15 de junho pela organização pró-vida WeCount registra que deixaram de ser executados 25.640 abortos ao longo dos nove meses seguintes à decisão Dobbs. A comparação é com o período anterior à sentença.

De acordo com o Guttmacher Institute, organização de pesquisas reprodutivas que já foi associada ao conglomerado de clínicas de aborto Planned Parenthood, acontecem anualmente nos EUA, em média, quase 1 milhão de abortos. No caso de 2020, ano mais recente com dados disponíveis ao público, foram contabilizados 930.160 casos.

Chuck Donovan, presidente do Charlotte Lozier Institute, o braço de pesquisa da organização Susan B. Anthony Pro-Life America, que monitora a legislação pró-vida, afirmou ao portal católico Our Sunday Visitor que “as leis estaduais pró-vida estão tendo um impacto real”. E acrescenta:

“Estamos sendo encorajados pela diminuição dos abortos nos Estados que adotaram proteções pró-vida. É um lembrete vital de que o trabalho dos americanos pró-vida é importante e impacta na vida real”.

Sobre as iniciativas que devem ser adotadas pelo movimento pró-vida, ele comenta:

“Esses números nos estimulam a garantir que todas as vidas sejam protegidas, independentemente do Estado em que elas estejam. Os números também enfatizam a necessidade de apoiar todas essas novas mães, pais e bebês e caminhar lado a lado com eles nos próximos anos – com a ajuda de quase 3.000 centros de apoio à gravidez em todo o país e dezenas de novas iniciativas políticas”.

Saiba mais sobre a metodologia usada pelo relatório da WeCount acessando este artigo de Aleteia em inglês.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Inglesa ganha recurso contra escola que a demitiu por defender moral sexual cristã

Imagem ilustrativa / Yannick Pulver (Unsplash)

Por Madeleine Teahan

LONDRES, 22 Jun. 23 / 12:00 pm (ACI).- Kristie Higgs, demitida de seu emprego como assistente pastoral por causa de suas publicações nas redes sociais sobre educação sexual, ganhou um recurso de apelação contra sua demissão pela escola em que trabalhava.

Higgs, mãe de dois filhos, trabalhou por seis anos na Church of England Farmor's School em Fairford, Gloucestershire, Reino Unido. Em outubro de 2018 uma denúncia anônima sobre suas publicações no Facebook levou à sua suspensão e, finalmente, demissão por “má conduta grave” em janeiro de 2019.

Duas capturas de tela de publicações de Higgs no Facebook foram enviadas para a escola no outono de 2018.

Na primeira, Higgs compartilhou uma petição de protesto sobre uma consulta do governo sobre "tornar a educação sobre relações obrigatória nas escolas primárias e tornar a educação sobre sexo e relações obrigatória nas escolas secundárias".

A publicação dizia que isso “significa, por exemplo, que as crianças aprenderão que todos os relacionamentos são igualmente válidos e 'normais', de modo que o casamento entre pessoas do mesmo sexo é exatamente igual ao casamento tradicional e que o gênero é uma questão de escolha, não biologia, então cabe a eles (decidir) de que sexo eles são".

A segunda publicação foi outro “compartilhamento” sobre preocupações com materiais didáticos nos EUA, que dizia: “As crianças no jardim de infância e na primeira etapa estão sendo preparadas para uma sociedade de gênero fluido. Claro, as escolas estão introduzindo propaganda em nome de campanhas contra o bullying, mas nós sabemos que não é assim".

Higgs compartilhou as publicações depois de saber que a escola onde ela trabalhava e que seu filho frequentava planejava apresentar às crianças livros que promoviam a ideologia de gênero.

Ideologia de gênero é a militância política baseada na teoria de que a sexualidade humana independe do sexo e se manifesta em gêneros muito mais variados do que homem e mulher representados na sigla LGBTQIA+, de lésbicas, gays, bi-sexuais, trangêneros, queer, intersexo, assexuais etc.

A ideia contraria a Escritura que diz, no livro do Gênesis 1, 27: “Deus criou o ser humano à sua imagem, à imagem de Deus o criou. Homem e mulher Ele os criou”, na tradução oficial da CNBB.

Catecismo da Igreja Católica diz, no número 369: “O homem e a mulher foram criados, quer dizer, foram queridos por Deus: em perfeita igualdade enquanto pessoas humanas, por um lado; mas, por outro, no seu respectivo ser de homem e de mulher. «Ser homem», «ser mulher» é uma realidade boa e querida por Deus: o homem e a mulher têm uma dignidade inamissível e que lhes vem imediatamente de Deus, seu Criador. O homem e a mulher são, com uma mesma dignidade, «à imagem de Deus». No seu «ser homem» e no seu «ser mulher», refletem a sabedoria e a bondade do Criador.

Em outubro de 2020, o Tribunal do Trabalho de Bristol decidiu que Higgs não havia sofrido discriminação ou assédio. Na última sexta-feira (16), o Tribunal de Justiça do Trabalho decidiu que o caso deveria ser reconsiderado.

A presidente do Tribunal de Apelação do Trabalho, Dame Jennifer Eady, apoiou a apelação de Higgs: “A liberdade de manifestar crenças (religiosas ou de outros tipos) e de expressar opiniões relacionadas a essas crenças são direitos essenciais em qualquer democracia, independentemente de a crença em questão ser popular ou convencional e de sua expressão poder ofender ou não".

Eady disse que os juízes da instância inferior não avaliaram, como exige a lei, se a investigação e a demissão de Higgs “foram determinadas por lei e necessárias para a proteção dos direitos e liberdades de outros”, e reconheceu “a natureza essencial dos direitos à liberdade de crença e à liberdade de expressão” de Higgs.

“Desde o início, apesar das muitas tentativas da escola de sugerir o contrário, sempre se tratou de minhas crenças cristãs e de ser discriminada por expressá-las em meu tempo livre”, disse Higgs.

Fonte: https://www.acidigital.com/

Após decisão da Suprema Corte, mais de 50 clínicas de aborto fecharam nos EUA

NurPhoto via AFP

Por Francisco Vêneto

"Continuaremos trabalhando até que todos os Estados estejam livres do jugo do cartel do aborto."

Mais de 50 clínicas de aborto fecharam nos Estados Unidos após a decisão da Suprema Corte, em 24 de junho, de anular a antiga decisão Roe versus Wade, que, em 1973, com base em uma farsa, havia liberado o aborto em todo o território nacional.

A Corte finalmente corrigiu a sentença após 49 anos e reconheceu que não existe nenhum direito constitucional ao aborto.

Além disto, cada Estado da federação recupera agora a sua autonomia para legislar sobre casos específicos a respeito, desde que respeitando a constituição federal. Pelo menos 9 dos 50 Estados já proibiram completamente o aborto.

Desde a anulação da sentença inconstitucional anterior, pelo menos 50 clínicas de aborto já deixaram de executar a prática ou fecharam as portas. A informação é da organização pró-vida Operation Rescue.

Troy Newman, presidente da Operation Rescue, comenta:

“Este sempre foi o nosso plano e continuaremos trabalhando até que todos os Estados estejam livres do jugo do cartel do aborto. Sem dúvida, o cartel do aborto está perdendo terreno. Este é um novo dia! Louvado seja o Senhor! Estamos muito gratos pela Sua fidelidade e por tantos seguidores fiéis que nos apoiam neste momento: temos muito mais trabalho pela frente. Vamos continuar rezando e trabalhando juntos para acabar finalmente com o aborto em nossa nação”.

De acordo com a Operation Rescue, foram fechadas quatorze clínicas de aborto no Texas, dez em Ohio, quatro no Alabama, quatro no Arizona, quatro em Wisconsin, três no Tennesse, duas no Arkansas, duas no Kentucky, uma em Michigan, uma no Missouri, uma em Wyoming e uma na Geórgia.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Relatório 2023 da ACN: um em cada três países tem a liberdade religiosa violada

Igreja de São Sebastião em Negombo, Sri Lanka, após atentado na Páscoa de 2019 (REUTERS/Stringer)  (Madusanka Siriwardana)

Existem formas de perseguição ou discriminação com base religiosa em mais de 60 países ao redor do mundo, e na maioria deles, a situação em 2022 piorou em relação ao ano anterior. Estima-se que um total de 325 milhões de cristãos sejam perseguidos. É o que destaca, entre outros, o XVI relatório da Ajuda à Igreja que Sofre, apresentado em Roma na quinta-feira.

Marco Guerra – Cidade do Vaticano

E se fôssemos impedidos até mesmo de elevar o olhar e rezar ao nosso Deus? Uma resposta detalhada a esta pergunta vem do 16° Relatório sobre a liberdade religiosa no mundo, elaborado pela Fundação de direito pontifício Ajuda à Igreja que Sofre (ACS) e apresentado na quinta 22 de junho, na Embaixada da Itália junto à Santa Sé.

Fundos italianos para cristãos perseguidos

O Relatório de 2023 demonstra mais uma vez que não é possível prescindir da liberdade religiosa sem afetar os fundamentos da estrutura social e antropológica de qualquer sociedade humana, sem romper a harmonia e a convivência entre os indivíduos e os povos, foi destacado por todos que participaram da apresentação. Após a saudação de Francesco Di Nitto, embaixador da Itália junto à Santa Sé, a apresentação do relatório foi aberta por uma mensagem em vídeo da primeira-ministra, Giorgia Meloni, que anunciou a destinação de uma primeira parcela de 10 milhões de euros de fundos para as comunidades cristãs perseguidas ao redor do mundo. Seguiu-se a leitura de uma mensagem do chanceler italiano, Antonio Tajani, e discursos na presença do subsecretário do primeiro-ministro, Alfredo Mantovano, do presidente da ACS Internazionale, cardeal Mauro Piacenza, e do presidente da ACS Italia , Sandra Alfaiates.

Perseguições cada vez mais graves

O conteúdo do Relatório foi descrito por Alessandro Monteduro, diretor da ACS Italia, que imediatamente destacou que a situação das perseguições não dá sinais de melhorar. Com efeito, em 61 dos 196 países do mundo existem formas de perseguição ou discriminação de natureza religiosa. Na prática, o direito humano fundamental à liberdade de religião é violado em um país em cada três (31%). No total, cerca de 4,9 bilhões de pessoas, ou 62% da população mundial, vivem em países onde a liberdade religiosa é severamente restringida. De maneria geral a perseguição por ódio à fé piorou e a impunidade dos perseguidores está mais difundida.

O estudo abrange o período de janeiro de 2021 a dezembro de 2022 e representa o único relatório não governamental que analisa o respeito e as violações do direito à liberdade religiosa consagrado no artigo 18 da Declaração Universal dos Direitos Humanos. A ser destacado ainda que em 49 países onde se registam violações, são os governos que perseguem os seus cidadãos por motivos religiosos, com pouca reação da comunidade internacional.

Entre as fileiras dos principais perseguidores, além de governos autoritários, certamente aparecem o extremismo islâmico e o nacionalismo étnico-religioso. No Relatório, 28 Estados estão marcados em vermelho, eles denotam os lugares mais perigosos do mundo para praticar livremente a religião. Outros 33 Estados estão em laranja, indicando altos níveis de discriminação.

Na África e da Ásia as áreas com maior sofrimento

A África continua a ser o continente mais violento, com um aumento dos ataques jihadistas que torna a situação da liberdade religiosa ainda mais alarmante. Quase metade dos "países quentes" do planisfério do Relatório, ou seja, 13 dos 28, estão na África. A concentração da atividade jihadista é particularmente evidente na região do Sahel em torno do Lago Chade, em Moçambique e na Somália, e está se espalhando para os países vizinhos.

China e Coreia do Norte continuam sendo os dois países asiáticos com as piores violações de direitos humanos, incluindo a liberdade religiosa. Lá, o Estado exerce um controle totalitário por meio de vigilância e medidas extremas de repressão contra a população.

O Relatório da ACS também presta muita atenção à Índia, onde os níveis de perseguição estão aumentando, por meio da imposição de um perigoso nacionalismo étnico-religioso, particularmente prejudicial às minorias religiosas. Leis anticonversão foram aprovadas ou estão sendo consideradas em 12 dos 28 Estados da Índia; esses regulamentos prevêem sentenças de até dez anos de prisão e incluem benefícios financeiros para aqueles que se converterem ou retornarem à religião majoritária.

Os incidentes de conversões religiosas forçadas, sequestros e violência sexual (incluindo escravidão sexual) não diminuíram no período de dois anos em análise, pelo contrário, continuam amplamente ignorados pelas forças policiais e autoridades judiciais locais, como é o caso do Paquistão, onde jovens cristãos e hindus são freqüentemente sequestradas e submetidas a casamentos forçados.

Piacenza: perseguição com luvas brancas

Por fim, o Relatório da ACS denuncia os crescentes limites à liberdade de pensamento, consciência e religião nos países que pertencem à Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE). Nos últimos dois anos, em relação àqueles que querem exprimir e viver abertamente a sua fé, o Ocidente passou de um clima de "perseguição educada" para uma generalizada "cultura da anulação" e do "discurso forçado", caracterizado por fortes pressões sociais para induzir o cumprimento das correntes ideológicas mais em voga.

Sobre este último ponto, o cardeal Piacenza citou a expressão “perseguição com luva de pelica” usada pelo Papa Francisco. O cardeal recordou então que o próprio Jesus Cristo viveu a experiência da perseguição e do martírio. "Em mais de vinte séculos de história - observou o presidente da ACS -, nunca houve um tempo em que os cristãos, com maior ou menor virulência, não fossem perseguidos". O cardeal destacou então que "a liberdade religiosa é a mãe de todas as liberdades, pois a ela estão ligadas: liberdade de pensamento e palavra, liberdade de expressão e agregação, liberdade de consciência e de culto".

Monsenhor Nare: os jihadistas afetam a coexistência

A apresentação do relatório foi concluída com o testemunho de Tabassum Yousaf, advogado na Supremo Tribunal de Sindh, Paquistão, que defende legalmente os cristãos perseguidos, e de monsenhor Théophile Nare, bispo de Kaya, Burkina Faso.

O prelado africano contou como a convivência pacífica foi uma realidade generalizada em seu país até 2015, ano em que se intensificou a atividade de grupos extremistas islâmicos que recrutam jovens milicianos. “Atos de terrorismo islâmico estão na ordem do dia em quase toda a nação”, afirmou o bispo, referindo-se também aos ataques à sua diocese que causaram vítimas entre sacerdotes e leigos. Monsenhor Nare também se referiu aos esforços dos líderes religiosos e políticos para manter boas relações entre os grupos religiosos, mas há um forte temor de que a violência jihadista possa levar a divisões.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

São José Cafasso

São José Cafasso (arquisp)

23 de junho

São José Cafasso

José Cafasso nasceu em Castelnuovo d'Asti, em 1811, quatro anos antes do conterrâneo João Bosco, o Apóstolo dos Jovens e também santo da Igreja. Ambos trabalharam, na mesma época, em favor do povo e dos menos favorecidos, material e espiritualmente.

Mas enquanto João Bosco era eloqüente com os estudantes, um verdadeiro farol a iluminar os caminhos tormentosos da adolescência, Cafasso dedicava-se à contemplação e a ouvir seus fiéis em confissão, o que acabou levando-o aos cárceres e prisões.

Estava determinado a ouvir os criminosos que queriam se confessar e depois consolá-los mesmo fora da confissão. Era uma figura magra e encurvada devido a um defeito na coluna que o fazia manter-se nessa posição mesmo nas horas em que não estava no confessionário.

Padre Cafasso freqüentou o curso de teologia de Turim e ordenou-se aos vinte e dois anos. Difícil predizer que seria um grande predicador, mas com sua voz mansa e suave era muito requisitado pelos companheiros de sacerdócio, que procuravam os seus conselhos.

Formado, passou a dar aulas e acabou tendo João Bosco como aluno. Apoiou Bosco em todas as suas empreitadas, inclusive quando lotou a escola de jovens pobres de toda a região que não tinham dinheiro para a educação.
Quando Bosco retirou a criançada e a levou para sua própria casa, em Valdocco, foi a ajuda financeira de seu mestre José Cafasso que tornou isso possível. E ele fez mais: pouco antes de morrer, doou tudo o que possuía a João Bosco, para que ele continuasse sua obra no ensino e orientação dos jovens.

Morreu jovem, com apenas quarenta e nove anos, no dia 23 de junho de 1860. O título de "Padroeiro dos Encarcerados e dos Condenados à Pena Capital" esclarece bem como viveu o seu apostolado. Suas visitas aos cárceres eram o consolo dos presos e sua figura tornou-se a presença mais constante em todos os enforcamentos realizados em sua cidade, Turim. Mas sua ajuda não se limitava aos encarcerados, estendia-se às famílias, ao socorro às esposas e aos filhos para que não se desviassem do caminho de Cristo.

Padre José Cafasso era sempre o último companheiro de todos os que seriam executados no cadafalso, por isso ficou conhecido, entre o povo, como o "padre da forca". Em 1947, foi canonizado, e sua veneração litúrgica designada para o dia de seu trânsito.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

https://arquisp.org.br/

quinta-feira, 22 de junho de 2023

Reconhecidas as virtudes heroicas de Irmã Lúcia e de dom Antônio de Almeida Lustosa

Irmã Lúcia dos Santos, um dos três pastorzinhos de Fátima, é Venerável (Vatican Media)

A guardiã do "terceiro segredo" torna-se Venerável juntamente com outros quatro Servos de Deus, entre os quais o salesiano brasileiro Antônio de Almeida Lustosa, arcebispo de Fortaleza, falecido em 1974. Francisco, que estará no Santuário de Fátima em agosto, autorizou a promulgação do Decreto. Também foi reconhecido o martírio de dez sacerdotes e dez leigos da arquidiocese de Sevilha, mortos durante a Guerra Civil Espanhola em 1936: eles serão proclamados Beatos.

Michele Raviart, Silvonei José – Vatican News

Irmã Lúcia dos Santos, um dos três pastorzinhos de Fátima, é Venerável. Na manhã desta quinta-feira, o Papa Francisco recebeu o cardeal Marcello Semeraro, prefeito do Dicastério para as Causas dos Santos, autorizando a promulgação do Decreto que reconhece as virtudes heroicas da religiosa. Junto com a Irmã Lúcia, o salesiano brasileiro Antônio de Almeida Lustosa, arcebispo de Fortaleza, falecido em 1974, tornou-se Venerável, "convencido", como afirma a biografia no site do Dicastério para as Causas dos Santos, "de que a primeira evangelização consiste em devolver a dignidade às pessoas e às famílias mais pobres": ele também foi ensaísta, cientista e artista. Outros 3 Servos de Deus se tornaram Veneráveis. O martírio de dez sacerdotes e dez leigos da arquidiocese de Sevilha, mortos por ódio à fé durante a Guerra Civil Espanhola em 1936, também foi reconhecido e eles foram proclamados Beatos.

A guardiã do "Terceiro segredo”

Nascida em Aljustrel em 28 de março de 1907, a Irmã Lúcia teve uma série de aparições da Virgem Maria em 2017 na Cova da Iria, em Fátima, Portugal, junto com seus dois primos Francisco e Jacinta Marto. Após a morte prematura de seus primos, que faleceram alguns anos depois devido à gripe espanhola e foram canonizados pelo Papa Francisco em 2017, a Irmã Lúcia permaneceu como a única guardiã da mensagem que lhe foi confiada por Nossa Senhora, que ela transcreveu, a pedido do bispo de Leiria, José Alves Correia da Silvia, em quatro documentos entre 1935 e 1941. Outro escrito, datado de 1944, continha a terceira parte do segredo de Fátima, o chamado "terceiro segredo", e foi enviado a Roma, aberto pela primeira vez em 1960 e não revelado por São João XXIII e São Paulo VI. Foi São João Paulo II - particularmente devoto de Nossa Senhora de Fátima - que tornou o segredo conhecido no ano 2000.

Excepcionalidade e normalidade

A Irmã Lúcia viveu com empenho a custódia da mensagem mariana durante toda a sua longa vida, primeiro no colégio das Irmãs Doroteias em Vilar, depois como carmelita em Coimbra, onde faleceu em 13 de fevereiro de 2005. A distinção entre sua vida e as aparições, diz o decreto, "é difícil também porque muitos de seus sofrimentos tiveram que ser atribuídos às aparições: ela sempre foi mantida escondida, protegida, guardada. Pode-se ver em toda a sua vida a dificuldade de manter juntas a excepcionalidade dos eventos dos quais ela foi espectadora e a ordinariedade de uma vida monástica como a do Carmelo". Em 13 de maio de 1967, a Irmã Lúcia foi a Fátima para se encontrar com São Paulo VI. Ela fez o mesmo com São João Paulo II em 13 de maio de 1982, quando o Pontífice ofereceu a Nossa Senhora uma das balas da tentativa de assassinato contra ele no ano anterior, e depois novamente em 13 de maio de 1991 e 13 de maio de 2000. Após a morte da Irmã Lúcia, o Papa Bento XVI também visitou Fátima em 2010 e o Papa Francisco em 2017. O próprio pontífice visitará o santuário em 5 de agosto, como etapa de sua viagem a Lisboa para a Jornada Mundial da Juventude.

Dom Antonio de Almeida Lustosa, 2º arcebispo de Fortaleza (Vatican Media)

Dom Antonio de Almeida Lustosa,  2º arcebispo de Fortaleza

Antônio de Almeida Lustosa nasceu em 11 de fevereiro de 1886 de uma família da burguesia de São João del-Rei, no Estado brasileiro de Minas Gerais (MG). Dos pais aprendeu o espírito de sacrifício e o valor do trabalho. Os salesianos tinham aberto fazia pouco um internato - o Colégio Dom Bosco - em Cachoeira do Campo (MG).

‍Antônio ali foi aos 16 anos. Dois anos depois decidiu tornar-se salesiano. Distinguiu-se por penetrante inteligência e por real empenho na vida religiosa. Aos 26 anos já era ordenado sacerdote. Foi feito Mestre de Noviços, e também Diretor (em Lavrinhas, no Estado de São Paulo), sendo encarregado da formação dos aspirantes salesianos, dos Estudantes Salesianos de Filosofia e também de Teologia. Além de ensinar, formava ao apostolado salesiano numerosos clérigos, animando, com a ajuda deles, as paróquias e os oratórios nas cidadezinhas próximas.

Em 1925 foi eleito Bispo de Uberaba, também em Minas Gerais (MG). Achou o seminário praticamente vazio: depois de um ano tinha no ginásio perto de 30 seminaristas. Interessou-se pelos excluídos, fazendo sua a urgência da justiça social. Não haviam passado sequer quatro anos que foi transferido a Corumbá, no hoje Mato Grosso do Sul (MS), sede maior e com maiores dificuldades para a evangelização. Após dois anos foi nomeado Arcebispo do Belém do Pará (PA), imensa Diocese da Região Norte do Brasil. Ali ficou dez anos, prodigalizando-se com a mesma generosidade de sempre.

Em 1941 foi transferido à importante sede de Fortaleza, no Estado do Ceará (CE), onde se expendeu com tudo o que era, por bem 22 anos, vivendo intensamente o “Da mihi animas” de Dom Bosco. Convencido de que a primeira evangelização consiste no redar dignidade às pessoas e famílias mais pobres, fundou ambulatórios, o hospital São José, escolas populares gratuitas e círculos operários. Inaugurou a “Sopa dos pobres” e os Serviços Sociais da Arquidiocese. Sem nunca esquecer o pastoreio das almas, deu vida ao Pré-Seminário, ao Santuário “Nossa Sra. de Fátima” e à ‘Rádio Assunção Cearense’. Para dar assistência às famílias do campo fundou a Congregação das ‘Josefinas’.

Dom Antonio foi um escritor prolífico nos setores mais variados: teologia, filosofia, espiritualidade, hagiografia, literatura, geologia, botânica... De se não esquecer o seu finíssimo senso de humor. Assaz apreciado foi também no campo artístico: são seus os vitrais da Catedral de Fortaleza.

Em 1963 se retirou à Casa salesiana, de Carpina (PE), onde transcorreu os últimos 11 anos de vida e onde aos 14 de agosto de 1974 entregou a sua alma a Deus. Seu corpo repousa na Catedral de Fortaleza.

Dom Antônio de Almeida Lustosa agora é “Venerável Servo de Deus”.

Vinte mártires da Guerra Civil Espanhola em Sevilha

O decreto desta quinta-feira também reconhece 20 mártires da fé durante a Guerra Civil Espanhola em 1936. Entre eles está o padre Manuel González-Serna Rodríguez, nascido em Sevilha em 1880 e nomeado pároco na vizinha Constantina em 1911. Preso na noite de 19 de julho de 1936 por milicianos republicanos, ele foi executado na sacristia quatro dias depois. Naquele verão de 1936, no início da Guerra Civil Espanhola, outros 9 sacerdotes e 10 foram mortos em Sevilha e arredores, muitas vezes após serem presos e sem julgamento, no clima de perseguição que os republicanos estabeleceram contra qualquer pessoa que professasse ser membro da Igreja Católica. Padre Mariano Caballero Rubio teve sua paróquia em Huelva incendiada antes de ser preso, e o seminarista Enrique Palacios Monrabà foi preso e morto junto com seu pai aos 19 anos de idade. Entre os mártires estavam também um advogado, um farmacêutico, membros do conselho paroquial e um paquete das freiras Clarissas, que vivia com sua mãe viúva perto do mosteiro.

Os outros novos Veneráveis

Junto com a Irmã Lúcia e o salesiano brasileiro Antônio de Almeida Lustosa, arcebispo de Fortaleza estão os veneráveis: padre veneziano Antonio Pagani, teólogo franciscano no Concílio de Trento, promotor do laicato católico e fundador dos Irmãos da Cruz e da Sociedade das Irmãs Demissas em 1579; a Irmã Mary Lange, que deixou sua terra natal, Cuba, e foi para os Estados Unidos por causa da discriminação racial e, em 1829, fundou a Congregação das Irmãs Oblatas da Providência em Baltimore, dedicada à educação escolar; por fim, a religiosa vicentina Anna Cantalupo, que, em Catânia, dedicou-se a cuidar dos pobres doentes, especialmente dos órfãos de guerra, organizando assistência espiritual para os soldados da Segunda Guerra Mundial que passavam pela cidade siciliana.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Seguir os preceitos da Igreja pode mudar tudo

Cavee | Shutterstock

Por Tom Hoopes

A fé católica não pode prosperar sem uma cultura católica, mas uma cultura católica não pode existir sem uma forte fé católica. Então, o que vem primeiro?

Seguir os preceitos da Igreja é a resposta à crise de fé na Igreja hoje. De certa forma, isso é óbvio. A crise de fé no mundo – queda na frequência à missa, falta de crença na Presença Real, crise vocacional e queda nas taxas de casamento – por definição, não seria mais um problema se as pessoas estivessem seguindo os preceitos que a Igreja recomenda como sendo “o mínimo indispensável” para os católicos.

Entretanto, penso que os preceitos da Igreja significam mais do que isso. Jesus Cristo, o próprio Deus, entrou em nosso mundo com um novo modo de vida, que mudou a história e pode mudar nossas vidas e as vidas de nossas famílias. Não temos que encarar o objetivo de viver como Cristo viveu como uma montanha assustadora, que nunca podemos atingir. Só precisamos seguir os preceitos da Igreja.

Seguir os preceitos da Igreja significará dar um passo de gigante para transformar o mundo em Cristo.

Confira abaixo por que vivermos os preceitos da Igreja.

1OUVIR MISSA INTEIRA E ABSTER-SE DE TRABALHOS SERVIS NOS DOMINGOS E FESTAS DE GUARDA

Você tem que ir à missa todos os domingos. Por quê? Pela mesma razão que você deve passar um tempo com seu cônjuge. Em qualquer relacionamento humano, a presença e a comunicação são importantes. Quanto mais tempo você puder passar pessoalmente com seu cônjuge e quanto melhor for sua comunicação, mais forte será seu relacionamento. 

Jesus entendeu isso bem, então ele está realmente presente na missa e se comunica conosco por meio da Escritura, da liturgia e da oração. E funciona! Manter o compromisso com a missa dominical transforma sua identidade, já que você começa cada semana na presença dele e incorpora sua vida em uma comunidade cristã ao longo do ano.

2CONFESSAR-SE AO MENOS UMA VEZ EM CADA ANO

Confessar-se com frequência é bom, mas confessar-se uma vez por ano é suficiente, porque a Confissão deve ser um encontro profundo onde você busca na sua vida os lugares em que você se afastou dele, e deixa Jesus te trazer de volta.

Fazemos isso em um confessionário porque estamos encarnados, então precisamos estar em contato com outro ser humano. Além disso, estamos inseridos em nossa comunidade, então precisamos de um representante da Igreja para nos receber de volta ao rebanho.

3COMUNGAR AO MENOS PELA PÁSCOA DA RESSURREIÇÃO

Este preceito pode parecer um pouco arcaico, já que hoje existe a expectativa de que quase todos recebam a Comunhão em todas as missas. Mas é um alerta que receber a Comunhão é um ato profundo e que não deve ser encarado levianamente. 

A Comunhão une o corpo de Cristo com o nosso corpo e nos insere no Corpo de Cristo, a Igreja aqui na terra. 

4GUARDAR ABSTINÊNCIA E JEJUAR NOS DIAS DETERMINADOS PELA IGREJA

Tendemos a pensar nesses dias como “temos que ir à missa”. No entanto, a Igreja diz que esses são dias em que “honramos os mistérios do Senhor, da Virgem Maria e dos santos”. Eles nos inserem na Igreja como ela existe no céu, para que possamos encarnar essa vida em nosso próprio tempo.

5PROVER AS NECESSIDADES DA IGREJA, SEGUNDO OS LEGÍTIMOS USOS E COSTUMES E AS DETERMINAÇÕES

O quinto preceito aponta aos fiéis a obrigação de prover às necessidades materiais da Igreja consoante as possibilidades de cada um.

Enfim,a promoção dos preceitos da Igreja resolve o problema fundamental do ovo e da galinha que a Igreja enfrenta em todo o mundo.

O problema é que a fé católica não pode prosperar sem uma cultura católica, mas uma cultura católica não pode existir sem uma forte fé católica. Então, o que vem primeiro?

Ao incorporar a Igreja em nossas vidas e incorporar nossa vida na Igreja, os preceitos da Igreja entregam os fundamentos da fé e uma cultura católica. 

Eles se renovam todas as semanas, da missa de domingo à abstinência de sexta-feira e todos os anos, da celebração da Mãe de Deus ao Natal. Eles garantem que vivamos a mensagem mais fundamental de Cristo para nos arrependermos (Confissão), pois o Reino dos céus está próximo (Comunhão).

É um padrão mínimo com efeito máximo.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF