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domingo, 7 de setembro de 2025

Reflexão para o 23º domingo do Tempo Comum (C)

Evangelho do domingo (Vatican News)

O ponto forte da frase de Jesus, colocada no Evangelho de Lucas não é “carrega a cruz”, mas sim “caminha atrás de mim”, segue-me!

Vatican News

O tema da meditação deste final de semana é a frase do Evangelho de Lucas: “Quem não carrega a sua cruz e não caminha atrás de mim, não pode ser meu discípulo”.

Comumente dá-se destaque, ou impressiona-nos mais o “carregar a cruz”. Sobre isso já se escreveu e já se falou muito, ao mesmo tempo que é usado para uma atitude conformista de pensar-se que Deus quer o nosso sofrimento.

Jesus teve sua cruz e eu tenho a minha, a que ele me deu. A isso devo me conformar, isto é, tomar a forma dela, encaixando-me em sua fôrma. Mas será isso que o Senhor da Vida, do Amor pede a mim, seu filho?

Não, não é assim. Deus não quer o nosso sofrimento! O sofrimento não é caminho de salvação. O caminho de salvação é Jesus Cristo. Ele disse: “Eu sou o Caminho, a Verdade, a Vida!”

Portanto, o ponto forte da frase de Jesus, colocada no Evangelho de Lucas não é “carrega a cruz”, mas sim “caminha atrás de mim”, segue-me!

Seguir Jesus supõe fazer uma opção. Opção por ele, é claro!

Toda opção exige renúncia. É escolher isso ou aquilo. A opção feita irá marcar nossa vida.

Optar por Jesus Cristo significa deixar tudo e colocá-lo, e somente ele, como absoluto da vida. A ele sim, deveremos nos conformar, não no sentido de entrar na fôrma, mas de recuperar nossa essência e caminharmos para a existência plena.

Fomos criados imagem e semelhança de Deus, do Verbo, de Cristo. O homem só será feliz quando recuperar sua vocação, quando voltar às suas origens. Fazer a opção pela Vida, para ser si mesmo e não outro ser, ou seja, ser imagem e semelhança da Verdade, da Vida, do Amor!

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

EXPOSIÇÕES: Uma janela para o mistério

Capa do catálogo da exposição Milagres Eucarísticos e Raízes Cristãs da Europa, Edizioni Studio Domenicano, Bolonha 2005, 527 pp. | 30Giorni

Arquivo 30Dias nº 10 - 2005

Uma janela para o mistério

Uma exposição dedicada aos milagres eucarísticos na Basílica de San Carlo al Corso em Roma.

por Giovanni Ricciardi

Um coração firme, somente a sinceridade, a fé basta . As palavras da Pange lingua de São Tomás de Aquino são diretas e simples: para um coração confiante, somente a fé basta para dar a certeza de que, sob as espécies do pão e do vinho, Jesus está presente. No entanto, essa simplicidade de fé parece quase contraposta pela dúvida do outro Tomé, o apóstolo, que queria ver e tocar Jesus para crer. Mas também a pergunta do cético encontra uma resposta: o Senhor permite que Tomé toque com suas próprias mãos a realidade de seu corpo ressuscitado.

Este também foi o caso com a presença eucarística na história da Igreja: a fé da Igreja sempre reconheceu a presença real de Jesus no Sacramento: mas, em certas circunstâncias particulares, o Senhor concedeu uma experiência tangível da realidade de sua presença no pão e no vinho consagrados. Estes são os milagres eucarísticos, desde os mais famosos, como os de Bolsena e Lanciano, até os menos conhecidos. No final do Ano da Eucaristia, uma bela exposição ( Milagres Eucarísticos , 15 de outubro a 13 de novembro de 2005), realizada no porão recentemente reformado da Basílica de San Carlo al Corso, em Roma, visa coletar e documentar todos esses eventos milagrosos, aproximadamente oitenta, que ocorreram em diferentes partes do mundo e em vários momentos da história: do mais antigo, realizado em Roma em 595, na presença do Papa Gregório Magno, ao mais recente, em 2001, na distante Índia, o mesmo lugar onde o apóstolo Tomé havia chegado, dois mil anos atrás, para proclamar o Evangelho. Cada milagre é ilustrado com imagens, documentos e testemunhos, e comentado com passagens de Padres e Doutores da Igreja, santos e beatos da era moderna, trechos de encíclicas e discursos de papas recentes. A exposição também inclui imagens e citações do Catecismo, adequadas para crianças.

Descrença, dúvida, reparação por um ultraje, uma resposta avassaladora à fé de alguém: os motivos recorrentes subjacentes aos milagres eucarísticos são quase sempre semelhantes, da Itália às Américas, da Bélgica à distante ilha da Reunião, no sul da África, abrangendo todas as épocas e climas. Às vezes, são tão extraordinários que se destacam por sua singularidade. Como o que ocorreu em Tumaco, Colômbia, em 31 de janeiro de 1906. Na costa oeste do Pacífico, a terra tremeu terrivelmente às 10h. Os moradores correram para a igreja para pedir aos missionários que organizassem uma procissão imediatamente. O pároco, Padre Gerardo Larrondo de San José, viu imediatamente que a situação era grave. O mar estava visivelmente subindo e, em poucos minutos, o maremoto teria submergido tudo, como o tsunami de dezembro passado. Correu até o tabernáculo, consumiu todas as hóstias contidas no cibório, pegou o ostensório, colocou a grande hóstia nele e imediatamente começou a se mover em direção ao mar: "Vamos, meus filhos, vamos todos à praia, e que Deus tenha misericórdia de nós." O milagre teve uma ressonância extraordinária. Quando a onda de quinze metros de altura estava prestes a liberar sua força aterradora sobre o continente, o padre ergueu o Santíssimo Sacramento. O movimento da água diminuiu, a onda roçou o ostensório, quase o beijando, abraçou o padre até a cintura e recuou em direção ao mar, como o lobo domado por Francisco. Um acontecimento verdadeiramente incrível, se não tivesse sido vivenciado e testemunhado pelo povo de um país inteiro enquanto o tsunami devastava as costas da América por centenas de quilômetros.

As palavras de Santo Antônio de Pádua, colocadas em outro painel, quase parecem um comentário sobre este acontecimento excepcional: "Todos os dias, nós, sacerdotes, oferecemos Jesus Cristo no Sacramento do Altar a Deus Pai, para que Ele nos obtenha o perdão dos nossos pecados. Nós, sacerdotes, fazemos o que uma mulher faz quando o marido furioso quer bater nela: ela pega o filho nos braços, levanta-o e, apresentando-o ao pai furioso, grita: 'Bata, bata nesta criança inocente!'" O menino, desatando a chorar, implora por misericórdia para sua mãe. O pai, comovido pelas lágrimas do filho que mais ama, perdoa a sua esposa… Assim, no Sacrifício do altar ao Pai celeste, irado conosco pelas nossas iniquidades, apresentamos Jesus Cristo, seu Filho, como penhor de reconciliação, confiantes de que, se não por nós, pelo menos por Ele, que lhe é tão querido, nos poupará os castigos que merecemos e será generoso no perdão, lembrando-se das suas lágrimas, das suas preocupações, dos seus sofrimentos».

Em destaque no itinerário de São Carlos está uma reprodução do afresco de Girolamo Tessari, ilustrando o milagre eucarístico do Santo de Pádua; a mula do herege Bonovillo, mantida sem alimento por três dias, recusa a forragem de seu dono e se ajoelha diante da Eucaristia. Era 1227, e na Piazza Grande de Rimini, Antônio havia aceitado a aposta de seu adversário para demonstrar aos cátaros a verdade da presença real de Jesus Cristo na hóstia consagrada. "Todo joelho se dobre, no céu, na terra e debaixo da terra" diante de Jesus, escreve São Paulo. Antônio, fazendo suas essas palavras, dirigiu-se imperiosamente ao animal: "Pelo poder e em nome do teu Criador, que eu, indigno como sou, tenho em minhas mãos, eu te digo e te ordeno: aproxima-te depressa e presta homenagem ao Senhor com o devido respeito." Antônio havia aprendido de Francisco uma profunda devoção à Eucaristia. E Francisco lhe ensinara a estendê-lo também aos sacerdotes, que, por assim dizer, carregam este Mistério em suas mãos: "Peço-te que, humilde mas insistentemente, implores aos homens da Igreja que honrem acima de tudo no mundo o Santíssimo Corpo e Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo, o Seu Nome e as palavras com as quais o Seu Corpo é consagrado. Mesmo que os sacerdotes pequem, não quero considerar pecado neles, pois neles reconheço o Filho de Deus."

Acima, uma imagem da exposição | 30Giorni

O primeiro milagre eucarístico da história ocorreu na Basílica de São Pedro, num domingo do ano 595, enquanto o Papa Gregório Magno celebrava a missa. Uma das nobres romanas que preparara o pão para a celebração caiu na gargalhada no momento da comunhão: "Trouxe de casa este pedaço de pão. Amassei-o com as minhas próprias mãos, e a senhora o oferece a mim como Corpo de Cristo?" O Papa recusou-lhe a comunhão e pediu aos fiéis que rezassem por aqueles que duvidavam da Presença Real. Aquele pão, mesmo em sua aparência, transformou-se em carne e sangue, e a mulher prostrou-se para adorá-lo. Em comentário, os painéis da exposição citam apropriadamente as palavras da encíclica Mysterium fidei de Paulo VI : "A maneira como Cristo está presente à Sua Igreja no sacramento da Eucaristia é bem diferente, verdadeiramente sublime. Este sacramento é, portanto, 'deleitoso para a devoção, belo para o intelecto e santo em seu conteúdo'; contém o próprio Cristo e é 'como se fosse a perfeição da vida espiritual e o objetivo de todos os sacramentos'. Esta presença é chamada de 'real' não por exclusão, como se as outras não fossem 'reais', mas por definição, porque é também corpórea e substancial, e em virtude dela Cristo, Deus-homem, torna-se presente inteiramente. Cristo não se torna presente neste sacramento exceto pela conversão de toda a substância do pão no Corpo de Cristo e de toda a substância do vinho em Seu Sangue; uma conversão singular e maravilhosa que a Igreja Católica, com razão e propriedade, chama de transubstanciação."

Para concluir, remetemos à publicação do volume com o conteúdo e as imagens da exposição, editado pela Edizioni Studio Domenicano, editado por Sergio Meloni e pelo Istituto San Clemente I Papa e Martire. Menciona-se também, entre outras coisas, os místicos que, durante anos, se alimentaram apenas da Eucaristia. São casos excepcionais. Mas há um milagre, entre muitos, ligado ao primeiro preceito geral da Igreja de assistir à missa aos domingos. Num dia de inverno de 1300, ano do primeiro Jubileu, a caminho de Santiago de Compostela, o vento e a neve tornaram quase impossível o acesso à igreja de um mosteiro situado no topo do Monte Cebreiro, na Galiza. O monge beneditino que iniciava a missa pensou que ninguém ousaria desafiar os elementos para subir até lá num domingo tão rigoroso. E quando um camponês, que havia viajado vários quilômetros sob a nevasca, apareceu no fundo da igreja vazia, sacudindo a neve e tremendo de frio, o padre riu interiormente da boa vontade daquele homem que insistia em não faltar à missa dominical a todo custo. Assim, apenas duas testemunhas do milagre: a primeira recebeu a misericórdia por seu orgulho; a segunda, a recompensa por obedecer humildemente ao preceito da Igreja.

Fonte: https://www.30giorni.it/

Papa: os santos Frassati e Acutis convidam a não desperdiçar a vida, mas a fazer dela uma obra-prima

Santa Missa com canonização a Angelus, 7 de setembro de 2025 (Vatican Media)

"Os santos Pier Giorgio Frassati e Carlo Acutis são um convite dirigido a todos nós – especialmente aos jovens – a não desperdiçar a vida, mas a orientá-la para cima e a fazer dela uma obra-prima", disse Leão XIV ao presidir sua primeira santa missa com o rito de canonização.

https://youtu.be/WWfQp0Rv2Eg

Bianca Fraccalvieri - Vatican News

Carlo Acutis e Pier Giorgio Frassati são santos! Os primeiros do pontificado do Papa Leão XIV.

O Santo Padre surpreendeu a todos saudando os cerca de 80 mil fiéis presentes na Praça São Pedro antes do início da cerimônia: "Irmãos e irmãs, hoje é uma belíssima festa para toda a Itália, para toda a Igreja e para todo o mundo. E antes de começar, gostaria de saudá-los e dizer uma palavra, porque, se de um lado a celebração é muito solene, de outro é um dia de muita alegria". O Papa ficou impressionado com a quantidade de jovens. "É realmente uma bênção", afirmou. "Nós nos preparamos para esta celebração com a oração, com o coração aberto desejosos de receber esta graça do Senhor, e sentimos todos no coração a mesma coisa que Pier Giorgio e Carlo viveram: este amor por Jesus Cristo, sobretudo na Eucaristia, mas também nos pobres, nos irmãos e irmãs. Todos vocês, todos nós, somos chamados a ser santos."

Papa saúda os fiéis antes do início da missa   (@Vatican Media)

A solene celebração eucarística com o rito de canonização teve início com a "Petitio" (Petição), em que o prefeito do Dicastério das Causas dos Santos, card. Marcello Semeraro, acompanhado dos postuladores, pediu ao Santo Padre que inscrevesse os dois beatos no Álbum dos Santos. Na sequência, o cardeal apresentou brevemente as duas biografias e foi entoada a Ladainha dos Santos. Depois, o Pontífice leu a fórmula de canonização, estabelecendo que "em toda a Igreja eles sejam devotamente honrados entre os santos". Neste momento, foi oferecido o incenso para a veneração das relíquias.

As relíquias dos dois santos   (@Vatican Media)

A Santa Missa prosseguiu com a Liturgia da Palavra. Na homilia, o Papa Leão comentou as leituras do dia, cuja mensagem principal é uma advertência a não desperdiçar a vida fora do projeto de Deus, um convite a aderir sem hesitação à aventura que o Senhor nos propõe, despojando-nos de nós mesmos, das coisas e ideias às quais estamos apegados, para nos colocarmos à escuta da sua palavra.

"Muitos jovens, ao longo dos séculos, tiveram de enfrentar esta encruzilhada na vida", comentou o Pontífice, citando São Francisco de Assis. E como ele, muitos outros. "Às vezes, nós os retratamos como grandes personagens, esquecendo que tudo começou para eles quando, ainda jovens, responderam 'sim' a Deus e se entregaram totalmente a Ele, sem guardar nada para si mesmos."

Jovens apaixonados por Jesus

O Papa convidou a olhar para São Pier Giorgio Frassati, um jovem do início do século XX, e São Carlo Acutis, um adolescente dos nossos dias, "ambos apaixonados por Jesus e prontos a dar tudo por Ele". E discorreu brevemente sobre cada um:

"Pier Giorgio encontrou o Senhor através da escola e dos grupos eclesiais e testemunhou-O com a sua alegria de viver e de ser cristão na oração, na amizade, na caridade. Ainda hoje, a vida de Pier Giorgio representa uma luz para a espiritualidade leiga. Para ele, a fé não era uma devoção privada: impulsionado pela força do Evangelho e pela pertença a associações eclesiais, comprometeu-se generosamente na sociedade, deu o seu contributo à vida política, dedicou-se com ardor ao serviço dos pobres."

"Carlo, por sua vez, encontrou Jesus na família, graças aos seus pais, Andrea e Antonia – presentes aqui hoje com os dois irmãos, Francesca e Michele –, depois também na escola, e sobretudo nos sacramentos, celebrados na comunidade paroquial. Assim, cresceu integrando naturalmente nas suas jornadas de criança e adolescente a oração, o desporto, o estudo e a caridade."

Leão XIV lê a fórmula de canonização   (@Vatican Media)

Façamos da nossa vida uma obra-prima!

Ambos, Pier Giorgio e Carlo, cultivaram o amor a Deus e aos irmãos através de meios simples, ao alcance de todos: a Santa Missa diária, a oração, especialmente a Adoração Eucarística. Essencial para eles era a Confissão frequente. Ambos, finalmente, tinham uma grande devoção pelos santos e pela Virgem Maria, e praticavam generosamente a caridade. Quando a doença os atingiu e ceifou as suas jovens vidas, nem mesmo isso os impediu de amar, de se oferecerem a Deus, de bendizê-Lo e de orar por si próprios e por todos. 

"Queridos, os santos Pier Giorgio Frassati e Carlo Acutis são um convite dirigido a todos nós – especialmente aos jovens – a não desperdiçar a vida, mas a orientá-la para cima e a fazer dela uma obra-prima. Eles encorajam-nos com as suas palavras: «Não eu, mas Deus», dizia Carlo. E Pier Giorgio: «Se tiveres Deus no centro de todas as tuas ações, então chegarás até ao fim». Esta é a fórmula simples, mas vencedora, da sua santidade. E é também o testemunho que somos chamados a seguir, para saborear a vida até ao fim e ir ao encontro do Senhor na festa do Céu", concluiu o Pontífice.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

sábado, 6 de setembro de 2025

Rico e santo: empresário é reconhecido por virtudes heróicas

Acdeano | Public Domain

Larry Peterson - publicado em 12/05/21

Enrique Shaw foi um pai e empresário que queria levar o mundo dos negócios a Jesus Cristo.

Enrique Ernesto Shaw nasceu em 26 de fevereiro de 1921, em Paris, França. Ele era um dos dois filhos de pais argentinos, Alejandro Shaw e Sara Tornquist Altgelt. A família voltou para a Argentina em 1923. Infelizmente, Sara faleceu em 1925. Antes de morrer, ela fez o marido prometer que confiaria a educação religiosa do menino a um padre Sacramentino. O pai de Enrique manteve sua promessa.

Enrique foi matriculado no Colégio de La Salle em Buenos Aires. Ele não foi apenas um aluno notável, mas sua profunda fé religiosa se destacou. Ele participava da missa todos os dias e recebia a sagrada comunhão.

Enrique desejava ingressar na Escola Militar Naval. Seu pai objetou, mas Enrique persistiu e, aos 14 anos, começou seu treinamento como cadete naval. Seu campo de treinamento era o mar bravio do Atlântico Sul. Foi ali que ele treinou como oficial da Marinha e realizou trabalho apostólico, dando continuamente um poderoso testemunho de fé. Ele estava entre os três primeiros de sua classe e se tornou o mais jovem da escola a se formar.

Leitor ávido que absorvia livro após livro desde muito jovem, Enrique nunca encontrava seu tema favorito. Ele havia lido livros sobre política, filosofia, história e ciência. Finalmente, aos 16 anos, ele pegou um livro sobre a Doutrina Social da Igreja. Foi quando ele soube que havia encontrado o tema que buscava. Ele chamou esse momento de sua “conversão”.

Enrique e alguns amigos tinham ido a Buenos Aires algumas vezes quando receberam licença. Foi numa dessas visitas que conheceu Sara. Eles se apaixonaram e se casaram em 23 de outubro de 1943. Eles teriam nove filhos juntos, sendo um deles sacerdote. Enrique ensinou-lhes toda a importância do Rosário e fez questão de levá-los à igreja todas as semanas. Ele deu um excelente exemplo como pai católico.

No final da Segunda Guerra Mundial, Enrique iniciou seu negócio. Em 1952, ele estabeleceu a Associação Cristã de Executivos de Negócios. Ele fez isso com a ajuda do arcebispo Joseph Cardijn, da Bélgica, que mais tarde se tornaria cardeal. Enrique também se tornou um escritor prolífico, publicando muitos livros que tratam da justiça e da honra no local de trabalho. Promoveu intensa evangelização voltada para a classe empresarial na Argentina e na América Latina.

Enrique Shaw foi um dos fundadores do Movimento da Família Cristã na Argentina e foi presidente da Ação Católica Argentina. Ele também estabeleceu entre suas iniciativas empresariais um fundo de pensão, um plano de saúde e ajuda financeira em caso de doença e parto.

Em 1957, Enrique foi diagnosticado com câncer. Sua atividade de trabalho limitava-se a falar em conferências e escrever. Ele era tão admirado pelos trabalhadores que em 1962, quando estava chegando ao fim de sua vida, 260 trabalhadores apareceram no hospital para doar sangue para uma transfusão que salvou sua vida. Enrique diria o quão feliz ele estava pelo fato do sangue de seus trabalhadores correr em suas veias. Ele morreu em 27 de agosto de 1962, com apenas 41 anos.

Em 24 de abril de 2021, o Papa Francisco declarou Enrique Ernesto Shaw um homem de “virtudes heróicas”, elevando-o ao título de Venerável. O Papa já conhece a trajetória deste santo homem, tendo sido o arcebispo encarregado de supervisionar a etapa diocesana de seu processo de beatificação, em Buenos Aires.

Em uma entrevista em 2015, o Papa disse sobre ele: “Enrique Shaw era rico, mas santo. Uma pessoa pode ter dinheiro. Deus concede para que o administre bem, e este homem administrou bem.”

A filha de Enrique, falando com Aleteia sobre o reconhecimento das virtudes heróicas, disse que isso a encheu de paz. “Porque desde que ele morreu, eu já pensava que ele era um santo. Não é uma surpresa. É maravilhoso saber que sua vida ficará registrada, tudo o que ele fez, e isso será compartilhado. Ele não pertencerá apenas à nossa família.”

“Meu pai não fez muitas coisas extraordinárias”, refletiu ela. Ele simplesmente "valorizava e amava muito seus filhos.”

Venerável Enrique Shaw, rogai por nós.

Fonte: https://pt.aleteia.org/2021/05/12/rico-e-santo-empresario-e-reconhecido-por-virtudes-heroicas/

Lançamento de “O Esplendor da Liturgia Cristã” promove comunhão e formação à luz do Concílio Vaticano II

Foto: Gabriel Santo e Reginaldo Soares | cn.org

LANÇAMENTO DE “O ESPLENDOR DA LITURGIA CRISTÔ PROMOVE COMUNHÃO E FORMAÇÃO À LUZ DO CONCÍLIO VATICANO II

Post 11 de agosto de 2025 C. N. Brasil

Na noite de 10 de agosto, a Catedral Metropolitana de São Paulo foi palco de um encontro que, para além de apresentar um novo livro, ofereceu uma verdadeira catequese sobre a centralidade da Liturgia na vida da Igreja. Organizado pelo Centro Neocatecumenal de São Paulo, o evento foi conduzido pela equipe de catequistas itinerantes responsável pelo Caminho Neocatecumenal no Brasil, Pe. José Folqué, Raúl Viana e Tonha Santiago.

O autor, o presbítero italiano Pe. Ezechiele Pasotti, apresentou oficialmente O Esplendor da Liturgia Cristã: do Concílio de Trento ao Concílio Vaticano II, publicado pelas Edições Loyola em parceria com o Centro de Estudos Redemptoris Mater de Brasília. Com base na Carta Apostólica Desiderio desideravi, do Papa Francisco, a obra convida a redescobrir o “assombro” diante do Mistério e a compreender a liturgia como coração da vida cristã e impulso missionário.

Durante sua intervenção, Pe. Pasotti sublinhou que o Concílio Vaticano II não negou o valor do Concílio de Trento, mas respondeu a uma necessidade pastoral urgente: aproximar novamente o Evangelho da vida do povo, com uma liturgia que promova a participação plena, consciente e ativa dos fiéis. Para ele, a renovação litúrgica conciliar se traduz concretamente no “tripé” do Caminho Neocatecumenal — Palavra de Deus, Liturgia e Comunidade — que, segundo afirmou, reflete as três constituições centrais do Concílio (Sacrosanctum ConciliumDei Verbum e Lumen Gentium).

Pe. Ezechiele Pasotti: auto da obra “O Esplendor da Liturgia Cristã” (Foto: Gabriel Santo e Reginaldo Soares) | cn.org

O sacerdote destacou ainda a missão recebida por Carmen Hernández, coiniciadora do Caminho, para colocar a Páscoa no centro da vida cristã:

“O próprio Papa Francisco reconheceu que devemos ao Caminho a restauração da celebração da Vigília Pascal como núcleo da vida da Igreja. Deus preparou Carmen para acolher e transmitir a riqueza das constituições conciliares: a centralidade da Palavra, a celebração do Mistério Pascal e uma nova visão de comunidade cristã”.

Pe. José Folqué, abrindo o encontro, lembrou que o cenário atual da Igreja é marcado por tensões entre posições “progressistas” e “tradicionalistas”, frequentemente apoiadas em interpretações inadequadas do Concílio Vaticano II. A obra apresentada, disse ele, oferece instrumentos para discernir e viver a liturgia com fidelidade à Tradição viva da Igreja, superando tanto o apego rígido a formas antigas quanto inovações que empobrecem o Mistério.

O editor Gabriel Frade, representando as Edições Loyola, falou sobre a relação intrínseca entre liturgia e beleza, lembrando que a verdadeira beleza litúrgica não se reduz a aspectos estéticos, mas é a presença de Deus que transforma e salva. Já o arcebispo de São Paulo, Cardeal Odilo Pedro Scherer, encerrou a noite destacando que “aquilo que a Igreja crê, ela celebra; e aquilo que celebra, ela crê”. Citando o Papa Francisco, reforçou a importância do silêncio e da contemplação como caminhos para saborear a presença de Deus, e afirmou:

“Quem não aceita o Concílio Vaticano II não pode dizer que crê na Igreja. Eu creio como crê a Igreja e celebro como celebra a Igreja”.

Mais do que um lançamento editorial, o encontro foi um chamado à formação litúrgica e à missão evangelizadora, recordando que a participação na liturgia não é um ato isolado, mas um compromisso de vida. Para os presentes, a noite terminou não apenas com um livro nas mãos, mas com um apelo renovado a viver e anunciar o Mistério Pascal com fidelidade e zelo.

Solicite o livro “O Esplendor da Liturgia Cristã”

Fotos: Gabriel Santo e Reginaldo Soares

Fonte: https://cn.org.br/

Cardeal Semeraro: Frassati e Acutis, os futuros santos, jovens e comuns

Pier Giorgio Frassati e Carlo Acutis (Vatican News)

À mídia do Vaticano, o prefeito do Dicastério para as Causas dos Santos, cardeal Marcello Semeraro, fala sobre a santidade jovem dos próximos dois santos que serão canonizados pelo Papa Leão XIV na Praça São Pedro. Jovens comuns que fizeram do seguimento do Evangelho a razão de suas vidas.

Benedetta Capelli - Vatican News

Dois santos cheios de vitalidade, com o coração inflamado do amor por Cristo, que viveram no mundo, mas não eram do mundo. O cardeal Marcello Semeraro, prefeito do Dicastério para as Causas dos Santos, fala sobre a santidade jovem de Pier Giorgio Frassati (1901-1925) e Carlo Acutis (1991-2006), que Leão XIV canonizará no domingo, 7 de setembro, na Praça de São Pedro. Jovens diferentes em idade — o primeiro morreu aos 24 anos, o segundo aos 15 — semelhantes na dedicação aos pobres e na alimentação diária da Eucaristia. “Há sempre algo surpreendente nos santos — afirma o cardeal —, muitos deles se assemelham e, por outro lado, o exercício das virtudes cristãs nunca é um exercício isolado, é sempre acompanhado pelo exercício de muitas outras virtudes”. Poderia se dizer que a santidade é uma sinfonia, mas o cardeal Semeraro prefere recordar a imagem do poliedro, usada pelo Papa Francisco na exortação apostólica pós-sinodal Christus vivit quando desenhava a Igreja. “Ela — escreveu o Papa Bergoglio — pode atrair os jovens justamente porque não é uma unidade monolítica, mas uma rede de vários dons que o Espírito derrama incessantemente sobre ela, tornando-a sempre nova, apesar de suas misérias”.

Frassati, com Cristo ao encontro dos pobres

“Pier Giorgio Frassati — afirma o prefeito do Dicastério para as Causas dos Santos — encarna o modelo do fiel leigo oferecido pelo Concílio Vaticano II. É aquele que, comprometido com a vida, tem uma experiência particular em diferentes realidades do mundo, é o que o Concílio chama de índole secular do fiel leigo que viveu em plena consonância com o Evangelho, encarnando-o em todos os aspectos”. Para o cardeal Semeraro, que escreveu o livro Pier Giorgio Frassati, Alpinista dello spirito (Edizioni Messaggero Padova 2025, pp. 184, euro 18), a ação na discrição do jovem turinês lembra o que está escrito na Carta aos Efésios de Santo Inácio de Antioquia: “é melhor ser cristão em silêncio do que falar, dizer e não ser”.

Esse fazer o bem sem alardear-se manifestou-se depois na presença maciça no funeral de Frassati de pessoas pobres, deserdadas, marginalizadas, que ele sempre ajudara na clandestinidade. Uma humanidade que rasgou o véu sobre os olhos da família, inconsciente da dedicação do filho aos mais desfavorecidos. “Sua morte foi uma epifania”, sublinha o cardeal, para quem “Frassati foi para os pobres porque encontrou Cristo”.

Acutis e a santidade do adolescente

Também no funeral de Carlo Acutis participaram muitos pobres e nem mesmo a sua família sabia. “Acutis foi uma descoberta também para os seus pais, ele fez o que fez com as suas possibilidades de adolescente, com as suas possibilidades de jovem”. Carlo é a expressão da “santidade de um rapaz, pronto para se abrir à vida tendo como referência a Eucaristia, sua autoestrada para o céu”.

“Essas diferentes santidades devem nos levar a refletir sobre o sentido das idades da vida”. A referência do cardeal é a Romano Guardini e sua obra: Le età della vita. “Frassati nos mostra uma idade da vida particular, Acutis a do mundo adolescente, que hoje talvez seja a fase mais crítica da vida”. Jovens comuns, porém, que exalam uma santidade “da porta ao lado”, como gostava de repetir o Papa Francisco. Duas figuras que o próprio Leão XIV propôs como modelo para as novas gerações durante o recente Jubileu da Juventude. “Há santos — afirma o prefeito do Dicastério Vaticano — que, como salientava a mística Madeleine Delbrêl, crescem em viveiros porque estão em um instituto religioso, são consagrados. Há outros, como Acutis e Frassati, que estiveram no mundo, os santos da rua”.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Seminarista conheceu o beato Frassati através de escoteiros e decidiu entrar para o seminário

Timothée Croux, um jovem seminarista da diocese de Meaux, França, escreveu um livro sobre o beato Pier Giorgio Frassati. | Victoria Cardiel/ EWTN News

Por Victoria Cardiel*

5 de set de 2025

Timothée Croux é um jovem seminarista da diocese francesa de Meaux, na região de Île-de-France, França. Ele só tem 23 anos, mas uma clarividência vital impressionante.

Em seu processo de discernimento vocacional, foi determinante a figura do beato Pier Giorgio Frassati, que ele descobriu através do escotismo e com quem diz dividir muitas afinidades pessoais.

“Mergulhei mais profundamente em sua personalidade no meu ano preparatório, antes de entrar para o seminário”, disse Croux. “Descobri que havia muitas coisas em sua biografia que se assemelhavam à minha. Por exemplo, nós dois temos uma paixão pelas montanhas”.

"Ambos buscamos uma vocação autêntica”, disse ele à ACI Prensa, agência em espanhol do grupo ACI. “No entanto, no fim, ele decidiu não se tornar padre para estar mais perto dos pobres e servir nas minas, estudando engenharia para poder ajudar melhor os mineiros".

Um aventureiro destemido com um grande apetite pela vida

Segundo Croux, os escoteiros franceses têm grande consideração por esse jovem de Turim, Itália, que será canonizado no domingo (7) ao lado de Carlo Acutis, "porque foi um aventureiro com verdadeiro apetite pela vida e é um grande modelo a ser seguido".

Croux atualmente faz estudos eclesiásticos no Pontifício Seminário Francês de Roma, onde faz sua preparação para o sacerdócio. Em colaboração com o padre belga Emmanuel de Ruyver, publicou na França e na Itália o livro O Mundo das Altas Bem-Aventuranças, uma biografia espiritual do beato Pier Giorgio Frassati, elaborada especialmente para jovens e estudantes.

"Tem uma parte biográfica com muitas histórias sobre Frassati”, disse o seminarista. “E, ao fim de cada capítulo, há uma meditação sobre uma bem-aventurança, perguntas para refletir sobre a vida, a caridade e o afeto, uma passagem do Evangelho e uma breve oração".

O objetivo é poder acompanhar com facilidade a vida espiritual das novas gerações.

“Conhecendo-o melhor, podemos despertar nos jovens o desejo de santidade”, enfatiza Croux. “Para ele, ser santo era uma busca diária. Frassati não era padre e não morreu mártir. Mas, desde a mais tenra infância, esforçou-se por viver o Evangelho com coerência e com uma liberdade desconcertante”.

Croux também mantém contato próximo com a família Frassati, especialmente com Wanda Gawronska, sobrinha do beato, que escreveu o prefácio do livro e estará presente na canonização de domingo.

Morreu jovem como Carlo Acutis

O jovem de Turim contraiu poliomielite fulminante enquanto visitava casas de pobres, o que o levou à morte em uma semana. Uma morte prematura, característica que ele divide com o beato Carlo Acutis, que morreu de leucemia aos 15 anos.

"Os jovens podem pensar que é preciso morrer jovem para ser santo, mas isso não é verdade”, enfatiza Croux. “O importante é viver a fidelidade, a caridade e a esperança ao longo da vida".

Os menores e mais vulneráveis ​​sempre ocuparam um lugar especial em seu coração. Quando criança, ao ver uma mãe pobre e seu filho descalço batendo à porta dos Frassati, entregou-lhes seus sapatos, pedindo-lhes que saíssem rapidamente antes que sua família descobrisse. E até pouco antes de sua morte, trabalhou para entregar dinheiro e remédios aos mais vulneráveis.

Em todo caso, a força desse compromisso não vinha de um conceito profundo de justiça, mas emanava do próprio Evangelho.

“Dizia que via através deles uma luz que as pessoas não têm: a luz de Cristo. E ele a compreendeu profundamente, como no capítulo 25 do Evangelho de são Mateus: ‘Se visitardes os pobres, os presos, os nus, é a mim que visitareis’. Ele havia compreendido. Por isso, ele nos convida a não ter medo de ir às periferias e visitar os mais pobres", disse Croux.

A família Frassati era muito rica. Seu pai, Alfredo Frassati, foi senador, embaixador e editor do jornal italiano La Stampa. O futuro santo cresceu no ambiente da burguesia católica de Turim. “Mas era um catolicismo convencional, e não foram seus pais que o empurraram para os pobres”, diz Croux. “Eles só descobriram a extensão total de sua influência depois de sua morte, quando milhares de pessoas foram prestar homenagem a ele".

O amor aos pobres, enraizado no Evangelho

Sua paixão pelos pobres estava enraizada sobretudo em seu amor pela Eucaristia. Outra característica que ele divide com Acutis. Aos 13 anos, obteve permissão de sua mãe para ir à missa todos os dias.

“Ele costumava dizer: ‘Jesus me visita todos os dias na Comunhão, e eu humildemente retribuo essa visita indo ver os pobres’”, diz Croux. “Ele entendia que a Eucaristia era o sacramento da caridade”.

Sua vida cotidiana, marcada pela fé, pelo serviço e pela coerência evangélica, fez dele — como disse são João Paulo II, quando ainda era cardeal em Cracóvia, em 1977 — “o homem das oito bem-aventuranças”.

“Ele viu nele um modelo de santidade completa, vivendo cada bem-aventurança de sua curta vida”, diz o jovem seminarista.

Ele recebeu uma educação rigorosa. Não era um aluno exemplar, e seu pai era muito rigoroso com ele, esperando que herdasse a gestão do jornal La Stampa. No entanto, Pier Giorgio direcionou sua vida para estudos de engenharia para poder estar mais próximo das pessoas que trabalhavam em péssimas condições no subsolo das minas.

Paz e compromisso social

Frassati era um jovem comprometido com a justiça social e a paz. Há um episódio pouco conhecido de sua biografia que Croux cita em seu livro: “Em 1923, quando o exército francês ocupou a região do Ruhr, ele escreveu uma mensagem de apoio à juventude católica num jornal alemão, pois considerava inaceitável que uma força estrangeira invadisse um Estado soberano. Ele também participou de um projeto estudantil católico promovendo a pax romana (paz romana) na Europa, convencido de que os cristãos tinham um papel essencial a desempenhar no estabelecimento da verdadeira paz”.

Outra característica essencial de seu perfil era sua firmeza moral diante da ameaça totalitária. Frassati era filiado ao Partido Popular Italiano, inspirado por um padre e baseado nos princípios da democracia cristã. Mas ele o abandonou quando o movimento fez um pacto com os fascistas em 1922. Ele também se desligou de um grupo estudantil católico, Cesare Balbo, ao descobrir que eles haviam hasteado sua bandeira em homenagem a Benito Mussolini em sua visita a Turim. "Para Pier Giorgio, a política era um serviço, especialmente aos mais pobres, e ele não podia aceitar um movimento que exaltasse a força", diz Croux.

Um exemplo brilhante para milhares de jovens

Sua vida breve, mas intensa, diz por que hoje, cem anos depois, Frassati continua a falar a milhares de jovens. Segundo Croux, a mensagem de Frassati para a juventude do século XXI pode ser resumida em três pontos: oração e caridade, amizade e busca pela paz.

"Ele estabeleceu uma conexão entre a Eucaristia diária e a caridade para com os mais pobres”, conclui Croux. “Todas as manhãs, ele ia à missa e depois visitava famílias carentes, oferecendo comida, roupas e um sorriso”.

*Victoria Cardiel é jornalista especializada em temas de informação social e religiosa. Desde 2013, ela cobre o Vaticano para vários veículos, como a agência de noticias espanhola Europa Press, e o semanário Alfa y Omega, da arquidiocese de Madri (Espanha).

Fonte: https://www.acidigital.com/noticia/64417/seminarista-conheceu-o-beato-frassati-atraves-de-escoteiros-e-decidiu-entrar-para-o-seminario

MADRE TERESA: Na casa do Padre Sebastião

A entrada da “Casa Serena”, o albergue para os pobres, perto do Largo Preneste, em Roma, administrado pelas contemplativas Missionárias da Caridade | 30Giorni

Arquivo 30Dias nº 10 - 2007

Na casa do Padre Sebastião

Um encontro com o Superior Geral dos Missionários Contemplativos da Caridade, Padre Sebastian Vazhakala. Dez anos após o falecimento do Beato de Calcutá, uma lembrança e alguns materiais inéditos.

por Giovanni Cubeddu

Cheguei sozinho à Itália, minha mãe me enviou . Eu vinha de Los Angeles. Do aeroporto, fui direto para Acilia, para uma casa de fazenda sem água, eletricidade ou banheiros. No dia seguinte, quis voltar imediatamente para Los Angeles... e, dos primeiros "candidatos a missionários" que se apresentaram a mim, muitos foram embora aos poucos, um após o outro. De Acilia, mudei-me para um porão perto da estação Termini, em Roma. Então, encontrei este lugar abandonado, entre as favelas — havia mais de oito mil delas na época — no Largo Preneste. A princípio, minha mãe queria que eu ficasse na estação Termini, mas um dia consegui trazê-la para cá; ela viu e ficou feliz com a minha escolha. O Cardeal Vigário Poletti hesitou, porque a sede no Largo Preneste era um prédio perigoso... mas eu me instalei lá mesmo assim, assumindo total responsabilidade. Era 8 de março de 1979, e permaneço aqui desde então. Diante das tentações e nos momentos de desânimo, sempre tentei fazer o que Madre me aconselhou: "Olhe para o crucifixo. Embora muitos tenham ido embora, Jesus nunca desceu da cruz." Madre perseverou, no grande amor de Jesus por ela e em seu grande amor por Jesus.

"Madre", a maneira mais simples de se referir a Madre Teresa de Calcutá. Padre Sebastian nunca usa outro termo — no italiano mais fluente possível para alguém nascido na Índia, em Kerala — enquanto compartilha um pouco de seu tempo e suas inúmeras memórias de sua mãe . Ele a ouviu pela primeira vez em março de 1966, em Ranchi, como estudante de filosofia, e foi visitá-la em Calcutá em novembro seguinte. "Fazemos o trabalho que o Senhor nos dá", Madre Teresa parece repetir novamente, na memória de Padre Sebastian, "não é trabalho social ou serviço humanitário: tudo o que fazemos por alguém, fazemos por Jesus, somos chamados a servir os mais pobres entre os pobres. E também a levar uma vida simples e pobre." Já se passaram dez anos desde que Madre Agnes Gonxha Bojaxhiu faleceu em 5 de setembro de 1997, e muitos aproveitaram a ocasião para lembrá-la, mantendo-a viva em seus corações. Isso também se aplica a nós, da 30Giorni .

Quarenta anos atrás, Sebastian Vazhakala iniciou seu noviciado. Hoje, ele é o Superior Geral dos Missionários Contemplativos da Caridade, uma ordem fundada em 1979 por ele e pela própria Madre Teresa. E na casa onde Sebastian mora com seus irmãos, Madre Teresa também descansava quando vinha a Roma visitá-lo. Seu pequeno quarto, no entanto, agora está repleto de muitos objetos necessários para a vida diária dos missionários e, especialmente, de seus hóspedes, os pobres e os sem-teto. Todas as manhãs, eles saem para enfrentar o dia da melhor maneira possível e, à noite, retornam um a um para as vésperas, a missa e um jantar compartilhado, antes de encontrar, pelo menos aqui, um lugar para dormir. O albergue para esses pobres se chama "Casa Serena", e Sebastian ainda guarda a foto do Papa João Paulo II e de Madre Teresa assinando o papel no qual esta casa ainda era apenas um belo esboço a lápis. Madre Teresa não apenas assinou, mas também incluiu uma pequena bênção.

Madre era uma pessoa prática; não se esquivava, mas sim navegava pelos acontecimentos e, ao mesmo tempo, sempre confortava aqueles que vinham pedir-lhe ajuda. Certa vez, acompanhando-me até os fundos da nossa casa geral, onde ainda hoje nós, Missionárias da Caridade, vivemos em adoração a Jesus", conta Padre Sebastian, "ela me disse esta frase, que mais tarde compôs como oração: 'Quando eu estiver sofrendo, envie-me alguém que esteja sofrendo mais do que eu. Quando eu estiver com fome, envie-me alguém que esteja com mais fome do que eu. Quando eu me sentir sozinha, envie-me alguém que se sinta mais solitário do que eu'. Esses encontros com os mais necessitados eram o seu conforto. Eram a prova de que o Senhor — Ele, em pessoa! — estava pedindo a ela que testemunhasse a Sua redenção." Como aconteceu em setembro de 1946, quando — relatou Madre Teresa — o Senhor lhe pediu que deixasse a Ordem das Irmãs de Loreto, à qual pertencia, para cuidar dos mais pobres entre os pobres em Calcutá. Esse era o seu "chamado dentro do chamado".

As Missionárias da Caridade receberam seu primeiro reconhecimento diocesano como Congregação em Calcutá, em outubro de 1950. Madre Teresa fundou a Ordem masculina das Missionárias da Caridade mais tarde, em 1963 (o ramo contemplativo, como vimos, em 1979). "E ela mesma explicou muito bem o motivo de sua fundação", continua Sebastian, que foi testemunha ocular, "quando concordou em discursar no primeiro capítulo geral das Missionárias, em 1972. 'Não somos uma Congregação que começou para fazer coisas grandes e importantes', disse ela, 'mas coisas comuns com amor extraordinário, coisas simples com grande amor. Não é o sucesso que conta, mas a nossa fé... Lembro-me de uma de vocês que certa vez veio até mim e disse: 'Madre Teresa, minha vocação é servir aos leprosos'. Não', respondi, 'sua vocação é pertencer a Jesus'."

Padre Sebastião com Madre Teresa | 30Giorni

Na capela da Casa Geral, onde os hóspedes da "Casa Serena" assistem à missa, quase tudo é fruto do trabalho manual, paciente e alegre, dos missionários e seus cooperadores leigos, também fundada por Sebastião com Madre Teresa em 1984. Na praça em frente, uma estátua de Maria, no alto de uma torre de ferro, vigia o pequeno recanto de verde e caridade, até então arrancado do avanço agressivo dos edifícios vizinhos (e do apetite das imobiliárias). Na igreja, atrás do altar, há um crucifixo, o mesmo em todas as casas dos missionários e das Missionárias da Caridade, onde Jesus, no auge de sua paixão, diz: "Tenho sede". A partir daqui, tudo recupera sentido e equilíbrio, até mesmo as cartas mais dolorosas de Madre Teresa sobre seu distanciamento de Jesus, que recentemente atraíram a atenção de alguns meios de comunicação. Padre Sebastian comenta: "Entendo que pode levar tempo para entender, mas — que o Senhor nos ajude a dizer a verdade agora — a verdade é simples: Madre Teresa compartilhou a pobreza, material e espiritual, de todos que conheceu, porque era isso que o Senhor queria para ela. E os ricos e os fortes que não têm fé são tão pobres quanto os abandonados de Calcutá. Na verdade, ainda mais. Há uma pobreza tão terrível no Ocidente e na América, a frieza e a indiferença assustadoras do povo, tão egocêntrico e tão orgulhoso..." Eis a frieza da alma, sem Jesus, a quem ela foi convidada a assumir. E sem Jesus, só existe o inferno à espreita. "Com meus próprios olhos", continua Sebastian, "vi homens poderosos se aproximarem dela com os olhos marejados ou começarem a chorar diante dela. Teriam sido eles levados às lágrimas por uma mulher sem fé? Não, ninguém se comove com a escuridão. Madre Teresa queria que aqueles que a encontrassem não a vissem, mas apenas Jesus, e, como Santa Teresa de Lisieux, ela disse que encobria sua própria dor com um sorriso. E ela sorriu porque se pode verdadeiramente ser feliz mesmo na dor sofrida pelo Senhor. E vamos acabar com toda a especulação aqui, porque não podemos sequer pensar em mergulhar profundamente em sua alma: a alegria de Madre Teresa, mesmo em meio a tanto sofrimento, suportado pela redenção daqueles que não tinham fé, permanece um mistério insondável, nas mãos somente de Deus.

"Nossos pobres são pessoas verdadeiramente grandiosas. Eles nos dão muito mais do que nós damos a eles", explicou Madre Teresa certa vez em sua reunião em Los Angeles, em 1977. "E devemos amá-los não dando algo que temos em abundância, mas amando-os até que nos machuque." Então, ela explicou precisamente o que queria dizer com "nos machuque": a oferta de um sacrifício, por menor que fosse. Padre Sebastian também estava lá e repete o que ouviu de Madre Teresa: "Há algum tempo, em Calcutá, não tínhamos açúcar e, de alguma forma, todos descobriram que Madre Teresa não tinha mais açúcar para seus filhos! Um garotinho hindu, de apenas quatro anos, foi até seus pais e disse: 'Não comerei açúcar por três dias e desistirei; Só Jesus está agindo em mim."

Talvez tenhamos pedido ao Padre Sebastião mais tempo do que o necessário. Para se lembrar de sua mãe , no entanto. Agora cabe a ele retomar suas tarefas diárias, que levam um Padre Geral a percorrer o mundo inteiro. Enquanto isso, neste antigo subúrbio romano onde vive, os anfitriões, os pobres, retornam à tarde, para os quais ele celebra a Eucaristia e prepara a ceia. E assim dá "de beber" a Jesus crucificado.

Fonte: https://www.30giorni.it

Professores de Carlo Acutis falam sobre suas memórias dele na escola

A irmã Miranda Moltedo era diretora da escola primária de Carlo quando ele era aluno. | EWTN News

Por Courtney Mares*

5 de set de 2025

Antes de ser conhecido como um futuro santo, Carlo Acutis era simplesmente um menino de uniforme escolar, carregando sua mochila pelos corredores do Instituto Tommaseo, em Milão, Itália. Seus professores se lembram dele como uma pessoa alegre, um pouco brincalhona e apaixonada pela fé católica.

"Ele certamente não era um aluno perfeito", disse a irmã Monica Ceroni, professora de religião de Acutis no ensino fundamental. Às vezes, ele esquecia a lição de casa ou chegava atrasado. Mas tinha uma "curiosidade saudável" e "queria ir ao fundo das coisas".

“Quando ele se apaixonava por algo, ele não desistia”, disse ela à EWTN News.

Acutis passou cerca de oito anos no Instituto Tommaseo, uma escola católica de ensino fundamental e médio administrada pelas irmãs marcelinas no centro de Milão. A escola fica do outro lado da rua da igreja paroquial de Santa Maria Segreta, e tornou-se o cenário de sua rotina diária de aulas, jogos de futebol com os amigos no pátio e visitas à capela para rezar.

“O que chama a atenção em seus boletins… é que religião era a única matéria em que ele se saía bem”, disse Ceroni. “Ele era alguém que gostava de se envolver nas conversas em sala de aula, especialmente sobre religião”.

“Ele também era um verdadeiro brincalhão”, disse também, falando sobre algumas das brincadeiras que ele fazia com os colegas de classe.

A família Acutis contratou uma tutora chamada Elisa para ajudar Carlo com a lição de casa, e Carlo às vezes a convidava para ir com ele à missa depois. Elisa, como tantas outras pessoas na vida de Carlo, disse mais tarde que cresceu na fé por causa de seu relacionamento com Carlo.

Seus professores também disseram que Carlo gravitava em direção aos colegas que tinham dificuldades ou eram excluídos.

A irmã Miranda Moltedo, que era diretora da escola primária de Carlo quando ele era aluno, lembrou-se de um menino da turma cuja mãe o havia abandonado. "Carlo o acolheu, protegendo-o", disse ela. "Sabíamos que ele era uma criança que precisava de atenção especial, carinho e amor, e Carlo se importava com ele".

Carlo também enfrentou valentões. Quando um colega com deficiência mental estava sendo provocado e intimidado, Carlo o defendeu. Uma professora disse que, como resultado, às vezes esse colega podia ser excessivamente apegado a Carlo. Quando a professora perguntou a Carlo sobre isso, ele respondeu: "Ele é um grande amigo meu e eu quero ajudá-lo".

“Acho que essa capacidade de ser inclusivo, como um menino de 11 ou 12 anos, era extraordinária”, disse Ceroni. “Era um dom natural dele”.

"Minha lembrança mais forte de Carlo é a de um menino alegre e animado”, disse ela. “Ele era um garoto típico da sua idade, com uma grande alegria de viver e muitos sonhos".

Depois de se formar no Instituto Tommaseo, Carlo ingressou no Instituto Leão XIII, administrado pelos jesuítas, em Milão. Lá, sua fé se destacou ainda mais. "Carlo costumava ir à capela de manhã, antes de entrar na sala de aula e nos intervalos, e parava para rezar”, disse o padre Roberto Gazzaniga, capelão da escola. “Ninguém mais fazia isso".

Colegas de classe que testemunharam na causa de canonização de Carlo o descreveram como respeitoso, mas sem medo de expressar suas convicções — sobre a Eucaristia, o batismo, questões pró-vida e as doutrinas da Igreja. Ele também ajudava os colegas com as tarefas de casa, especialmente quando envolviam computadores.

Carlo “nunca escondeu sua escolha de fé”, disse Gazzaniga. “Mesmo em conversas e discussões com seus colegas de classe, ele respeitava as posições dos outros, mas sem renunciar à visão clara dos princípios que inspiravam sua vida cristã”.

O capelão descreveu Carlo como alguém que teve uma “vida interior transparente e alegre que unia o amor a Deus e às pessoas numa harmonia alegre e verdadeira”.

“Poderíamos apontar para ele e dizer: aqui está um jovem feliz e autêntico, um cristão”, disse.

Ao contrário de muitos na escola particular dos jesuítas, Carlo dava pouca atenção ao que era moda ou popular. Quando sua mãe lhe comprava tênis novos, ele pedia que ela os devolvesse para que pudessem doar o dinheiro aos pobres.

Acutis também pediu a uma ordem religiosa de clausura que se unisse a ele em orações por seus colegas do ensino médio que festejavam em casas noturnas e usavam drogas, e conversava com seus amigos sobre a importância da castidade.

Os anos de ensino médio de Carlo foram interrompidos quando ele foi diagnosticado com leucemia aos 15 anos de idade. Ele morreu em 12 de outubro de 2006, quando seu segundo ano de estudos estava começando, oferecendo seu sofrimento de câncer ao papa e ao bem da Igreja.

A irmã Mônica se lembra vividamente da última vez que o viu, algumas semanas antes de sua morte. "Nós nos encontramos bem em frente à igreja paroquial", disse ela. "Estávamos entrando e ele estava saindo da igreja... Ele estava feliz por estar de volta à escola. Disse que queria se concentrar em ciência da computação. Sempre me lembrarei dele assim".

Pouco tempo depois, ela voltou à paróquia para o funeral de Carlo. "A cerimônia fúnebre de Carlo foi extraordinária”, disse Ceroni. “Havia muita gente, inclusive pobres".

Hoje, tanto a irmã Monica quanto a irmã Miranda contam a história de Carlo para inspirar seus jovens alunos nas mesmas salas de aula onde ele estudou. "Carlo é apresentado como uma criança que era amiga de Jesus e encontrou alegria, porque cristianismo é alegria", disse Moltedo.

*Courtney Mares é correspondente em Roma, Itália, pela Catholic News Agency (CNA), agência em inglês da EWTN. Formada pela Universidade de Harvard, nos EUA, ela fez reportagens em agências de notícias em três continentes e recebeu a bolsa Gardner Fellowship por seu trabalho com refugiados norte-coreanos.

Fonte: https://www.acidigital.com/noticia/64419/professores-de-carlo-acutis-falam-sobre-suas-memorias-dele-na-escola

Papa: a Cruz de Jesus é a maior descoberta da nossa vida!

Papa saúda lusófonos na Praça São Pedro   (@Vatican Media)

Leão XIV se inspirou na mãe do imperador Constantino, Santa Helena, para explicar a parábola do tesouro escondido, narrada em Mateus 13,44. Jesus é este tesouro, pelo qual vale a pena entregar a nossa vida.

Vatican News

“Esperar é escavar”: este foi o tema da audiência jubilar realizada pelo Papa Leão na manhã deste sábado, 6 de setembro.

Na Praça São Pedro, já enfeitada com a tapeçaria dos futuros santos Carlo Acutis e Pier Giorgio Frassati, o Pontífice recebeu milhares de peregrinos vindos a Roma seja para o Jubileu, seja para a cerimônia de canonização deste 7 de setembro.

Em sua catequese, o Santo Padre comentou a parábola do tesouro no campo, descrita no Evangelho de Mateus, na qual Jesus descreve o Reino de Deus: é preciso escavar para romper a crosta da realidade e reacender a esperança.

Assim que os cristãos puderam professar publicamente a sua fé, os discípulos começaram a escavar, em especial nos locais da paixão, morte e ressurreição de Cristo. A tradição recorda a mãe do imperador Constantino, Flávia Júlia Helena, como a alma daquelas escavações. Ao invés de desfrutar dos prazeres da corte, preferiu colocar-se nas pegadas de Cristo na periférica Jerusalém. O grande tesouro descoberto por Helena foi a Santa Cruz.

“Eis o tesouro escondido pelo qual vender tudo! A Cruz de Jesus é a maior descoberta da vida, o valor que modifica todos os valores.”

Helena pôde compreender tudo isso porque ela mesma carregou por muitos anos a própria cruz, já que foi repudiada pelo marido e distanciada do filho Constantino. Não obstante as dores e desilusões, manteve-se uma mulher à procura, decidiu se tornar cristã e sempre praticou a caridade, jamais se esquecendo dos humildes dos quais ela mesma provinha.

“Cultivar o próprio coração requer empenho. É a principal missão. Mas escavando se encontra, curvando-se nos aproximamos sempre mais daquele Senhor que se despojou de si mesmo para se tornar como nós. A sua Cruz está sob a crosta da nossa terra.”

Podemos até caminhar orgulhosos, calcando distraidamente o tesouro sob nossos pés, concluiu o Papa. Mas se nos tornarmos como crianças, conheceremos outro Reino, outra força. “Deus está sempre sob nós para nos elevar.”

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF