Antes do Angelus, na Praça São Pedro, Leão XIV encorajou a
"não ficar preso ao passado e às lágrimas de nostalgia", e nem
"lacrados ao presente, como num túmulo", mas ao futuro que vem de
Jesus, do "nosso estar com Cristo" que "ilumina o destino de
cada um de nós": "Ele nos chama pelo nome, prepara-nos um lugar,
liberta-nos do sentido da impotência com o qual corremos o risco de renunciar à
vida". A própria visita ao cemitério precisa ser "um convite à
memória e à esperança" na ressureição.
Andressa Collet - Vatican News
Neste Dia de Finados, em que a Igreja recorda o fiéis já
falecidos, o Papa Leão XIV encorajou os peregrinos presentes na Praça São Pedro
para a oração mariana do Angelus a "não ficar preso ao passado e às
lágrimas de nostalgia", e nem ao presente "como num túmulo", mas
ao futuro que vem de Jesus, do "nosso estar com Cristo" e da
esperança na ressureição, que "ilumina o destino de cada um de nós".
E cada um "tem o seu lugar, brilhando em toda a sua unicidade",
recordou o Pontífice por ocasião do mistério celebrado na Solenidade de
Todos os Santos de sábado, 1º de novembro: "uma comunhão de
diferenças que, por assim dizer, alarga a vida de Deus a todos os filhos e
filhas que desejaram fazer parte dela".
Neste domingo, 2 de novembro, portanto, a Comemoração
de todos os fiéis defuntos "nos aproxima ainda mais do
mistério", continuou o Papa:
"Conhecemos
interiormente a preocupação de Deus em não perder ninguém, sempre que a morte
parece nos fazer perder para sempre uma voz, um rosto, um mundo inteiro. Na
verdade, cada pessoa é um mundo inteiro. O dia de hoje, portanto, é um dia que
desafia a memória humana, tão preciosa e tão frágil. Sem a memória de Jesus –
da sua vida, morte e ressurreição – o imenso tesouro de cada vida fica sujeito
ao esquecimento. Porém, na memória viva de Jesus, mesmo aqueles de quem ninguém
se lembra, mesmo aqueles que a história parece ter apagado, emergem na sua
dignidade infinita."
Leia aqui a íntegra das palavras do Papa Leão XIV
A esperança de Jesus nos liberta do passado de lágrimas
Por isso, disse Leão XIV, "os cristãos recordam desde
sempre os defuntos em cada Eucaristia e, até ao dia de hoje, pedem que os seus
entes queridos sejam mencionados na oração eucarística. Desse anúncio nasce a
esperança de que ninguém se perderá". A própria visita ao cemitério,
continuou o Papa, "onde o silêncio interrompe o frenesi de tantos
afazeres", precisa ser "um convite à memória e à esperança",
como todos nós professamos no Credo, de esperar "a ressurreição dos
mortos e a vida do mundo que há de vir":
“Não fiquemos presos ao
passado, às lágrimas da nostalgia. Nem tampouco estejamos lacrados ao presente,
como num túmulo. Que a voz familiar de Jesus nos alcance, e alcance a todos,
porque é a única que vem do futuro. Ele nos chama pelo nome, prepara-nos um
lugar, liberta-nos do sentido da impotência com o qual corremos o risco de
renunciar à vida.”



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