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domingo, 21 de setembro de 2025

Hoje é celebrada santa Efigênia, protetora contra incêndios

Santa Efigênia | ACI Digital

Por Redação central*

21 de set de 2025

A Igreja celebra hoje (21) santa Efigênia, uma princesa que se converteu ao cristianismo e ajudou a difundi-lo na Etiópia, nordeste da África. A santa é celebrada no mesmo dia de são Mateus Evangelista, que foi o responsável por sua conversão.

Efigênia, ou Ifigênia, era filha de Égipo e Eufenisa, reis da Núbia. Tinha um irmão chamado Efrônio.

Oito anos depois da ascensão de Jesus, o apóstolo Mateus e outros discípulos foram evangelizar na região da Núbia, mas não foram bem acolhidos. Somente Efigênia ouviu o que Mateus dizia e se converteu, rejeitando o paganismo.

Entretanto, sacerdotes pagãos convenceram o rei a oferecer Efigênia em sacrifício aos seus deuses, em uma fogueira. Enquanto aguardava, a princesa se consagrou a Deus e foi encorajada por Mateus. Quando as chamas da fogueira subiam, Efigênia invocou em alta voz o nome de Jesus. Então, um anjo desceu do céu e a tirou das chamas, livrando-a de seus inimigos.

Depois disso, Efigênia se esforçou mais pela conversão de toda a Núbia.

Com a morte do rei Égipo, o irmão dele, Hirtaco, ocupou o trono e decidiu se casar com sua sobrinha Efigênia, que rejeitou a proposta.

Hirtaco, então, tentou fazer com que Mateus convencesse Efigênia a se casar com ele, quebrando o voto de castidade que ela tinha feito. Mateus não aceitou e, enraivecido, o rei mantou matar Mateus.

Hirtaco ainda mandou atear fogo na casa em que Efigênia morava com outras jovens consagradas. Elas pediram ajuda a Deus e, milagrosamente, o fogo se extinguiu.

Hirtaco fugiu e Efrônio foi proclamado rei da Núbia.

Mais tarde, Efigênia, ao sentir que se aproximava sua morte, recebeu os sacramentos e esperou com serenidade e paz.

Santa Efigênia é invocada como protetora contra incêndios, padroeira dos militares e auxiliadora de quem precisa da casa própria.

*A Agência Católica de Informação - ACI Digital, faz parte das agências de notícias do Grupo ACI, um dos maiores geradores de conteúdo noticioso católico em cinco idiomas e que, desde junho de 2014, pertence à família EWTN Global Catholic Network, a maior rede de televisão católica do mundo, fundada em 1981 por Madre Angélica em Irondale, Alabama (EUA), e que atinge mais de 85 milhões de lares em 110 países e 16 territórios.

Fonte: https://www.acidigital.com/noticia/64625/hoje-e-celebrada-santa-efigenia-protetora-contra-incendios

Reflexão para o XXV Domingo do Tempo Comum (C)

Evangelho do domingo (Vatican News)

Quem quer rezar bem, deve ter um bom relacionamento com o outro, só assim poderá falar com o Outro.

Vatican News

Neste domingo nosso relacionamento com Deus é analisado para que possa crescer em maturidade e intensidade.

Com certeza interferirá de modo muito forte nosso relacionamento com o irmão. Deus, como o Pai, tem como muito importante para que nossa relação com Ele “vá de vento em popa” nossa relação com o irmão, principalmente com aquele que é carente de algum dom para que tenha uma vida feliz. Estar bem com Deus, supõe estar bem com o irmão. Egoísmo, egocentrismo não encontra espaço no relacionamento com o Senhor. Já quando os discípulos pediram a Jesus que os ensinasse a rezar, lhes deu como modelo a oração do Pai-Nosso. Portanto quem quer rezar bem, deve ter um bom relacionamento com o outro, só assim poderá falar com o Outro.

A leitura da Profecia de Amós critica severamente aquele que maltrata o irmão, que olha a vida com olhos oportunistas para tirar proveito da situação adversa em que está o carente.

O Evangelho mostra a esperteza de um administrador corrupto que ao soube agir de modo previdente quando foi informado da chegada do momento de prestação de contas ao proprietário. Ele não se desculpa com o patrão, mas age de modo inteligente para com os devedores. Na verdade, todos são devedores em relação ao patrão. Tanto as pessoas que haviam feito empréstimos, como o administrador que não correspondeu às promessas da contratação. Ele teve para com os devedores uma atitude amiga e envolvente que os tornassem gratos á sua ação.

Jesus o elogia porque ele soube agir de modo excelente com os bens materiais e não ficar na “rua da amargura” quando chegasse a hora de prestar contas.

Todos nós somos esse mau administrador, que não fomos fiéis às promessas batismais, especialmente ao amor a Deus e ao Próximo. Sabendo chegar nosso fim – mais cedo ou mais tarde nos encontraremos diante do Senhor e deveremos prestar contas de nossa vida, de tudo de bom que tivemos e nos foi proporcionado – tenhamos feito amigos com o que não nos pertence, ou seja, todos os bens são dons de Deus. Se usarmos esses bens em favor do carente, estaremos transformando aquilo que é material em espiritual e além da “gratidão” de Deus porque “fizemos o bem ao menor de seus irmãos”, teremos esses carentes, gratos, rogando ao Senhor que perdoe nossas faltas. E o primeiro a rogar a Deus por nós, para que nos perdoe, será o próprio Jesus, o Filho de Deus que se fez irmão de todos os homens, especialmente dos carentes.  

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

sábado, 20 de setembro de 2025

SACERDÓCIO: As poucas coisas simples na vida de um padre (Parte 1/2)

Monsenhor Girolamo Grillo, Bispo de Civitavecchia-Tarquinia | 30Giorni.

Arquivo 30Dias 12 - 2003

As poucas coisas simples na vida de um padre

O Bispo de Civitavecchia-Tarquinia relembra seus cinquenta anos de sacerdócio. Os encontros que moldaram sua vida cristã, a importância da oração, dos sacramentos e da obediência.

por Girolamo Grillo

Em 25 de abril de 1953, com apenas 22 anos e meio, fui ordenado sacerdote.

Devo dizer, antes de tudo, que, apesar das dificuldades naturais de todo menino e adolescente, minha resposta inicial ao chamado de Deus à consagração como seu sacerdote não foi difícil. De fato, verdadeiras dificuldades sempre surgem ao longo da jornada subsequente, especialmente quando olhamos para trás, sob a perspectiva da vida. É justamente então que acontece (mas creio que algo semelhante acontece com todos, não apenas com as almas consagradas) que, às vezes, embora permaneçamos alegres e sem arrependimentos, os erros, os cansaços, as derrotas, os fracassos dos muitos planos humanos – quase sempre anulados pelos divinos –, bem como o desgaste do tempo, pesam sobre a alma de cada apóstolo do Senhor.

Cinquenta anos atrás, eu, como se costuma dizer, decolei de cabeça: "Vou te mostrar como se faz", pensei. "Eles, os velhos, nunca entenderam nada." Mas um dia (e hoje, para dizer a verdade, isso me acontece todos os dias), como o profeta Elias, recolhendo-me em mim mesmo e colocando-me diante do Senhor, me vi murmurando: "Basta, Senhor! Tira-me a vida, pois não sou melhor do que meus pais" ( 1 Reis 19:4).

Para ser honesto, devo dizer que, na minha vida sacerdotal, o que aconteceu com Elias aconteceu e continua acontecendo: minha verdadeira resposta e meu verdadeiro compromisso só vieram depois. Não há nada de estranho em tudo isso, no entanto. Não se trata, de fato, de uma contraindicação; antes, sou a descoberta ardente da minha incapacidade fundamental, da minha presunção de ser capaz de agir apenas com minhas capacidades intelectuais e morais. Não posso esconder o fato de que comecei esta jornada a cavalo, mas, depois de um longo galope, descobri que mesmo meu andar brilhante, em muitos aspectos, escondia uma grande fragilidade.

Da minha ordenação sacerdotal aos 22 anos e meio (precisava da mais rigorosa dispensa canônica, porque antes dos 24, mesmo naquela época, não era possível ser padre), lembro-me também de que, antes de dizer sim, eu tinha muito medo. E meus diretores espirituais (eu tinha dois na época: um no seminário, um jesuíta, sobrinho de Bartolo Longo, e depois meu querido Padre Francesco Mottola), quando lhes falei e disse: "Mas não vou conseguir", responderam: "Não duvidem, olhem sempre para a frente".

Hoje, meio século depois, devo dizer que, considerando tudo, eu realmente consegui, mesmo que às vezes com grande dificuldade, mas consegui. Não só isso, mas sempre conservei uma grande alegria no coração. E se eu tivesse dito não naquela época, certamente já teria sentido um grande remorso.

Meu cinquentenário não pretende ser uma celebração, mas simplesmente um lembrete dos meus deveres negligenciados, especialmente para pedir perdão pelas inúmeras omissões destes anos. Entre estas, a que mais me consterna é a falta de uma lembrança orante e adequada daqueles que, ao longo destas décadas, me amaram e me enriqueceram com o seu exemplo: os meus pais, os meus mestres, os meus companheiros, os meus superiores e, especialmente, os meus diretores espirituais, as muitas almas maravilhosas que o Senhor espalhou pelo meu caminho, os meus sacerdotes, que, com o seu exemplo, sempre procuraram atenuar as minhas deficiências.

Há uma voz na minha vida que ecoa continuamente dentro de mim, com uma pergunta incessante: "Por que não rezaste? Como deverias ter rezado? Deverias ter rezado por aqueles que rezam e por aqueles que não rezam, mas em vez disso não o fizeste." Peço-te perdão, portanto, ó Senhor, porque a oração nem sempre foi uma fonte de luz para mim no meu apostolado, pela conversão dos pecadores, pelas almas mais perfeitas no caminho de Deus.

Peço-te perdão porque não fui um verdadeiro guia na oração (todo sacerdote deve ser um homem de oração e um homem que guia na oração), porque nem sempre ajudei aqueles que me confiaram suas dores a se libertarem das ilusões do amor-próprio.

Peço-te perdão, Senhor, porque, nestes cinquenta anos, não fui de modo algum o sal da terra, a luz do mundo, o olho que ilumina o corpo da tua Igreja e a boca que pronuncia corajosamente a Palavra de Deus. Peço-te perdão, enfim, por todas as promessas quebradas. Não posso enumerá-las; são infinitas.

Ainda haverá tempo para reparar as muitas coisas deixadas por fazer ou mal feitas? Não sei, mas tenho grande esperança na ajuda de Maria, que, ao longo dos anos, nunca me abandonou. Muitas vezes a invoco como a invoco neste momento: Mater mea, fiducia mea!

Monsenhor Girolamo Grillo com seus pais na década de 1950 | 30Giorni.

Minha primeira mestra na fé foi minha mãe

Pode-se dizer que, do colo dela, aprendi a conhecer o Senhor. Fiz minha Primeira Comunhão aos cinco anos e meio, preparada por minha mãe. Incrível! Eu sabia ler e escrever, e um dia, vendo que minha mãe comungava quase diariamente, aproximei-me do corrimão do altar com ela e gritei: "Por que não eu?". Foi assim que meu pároco permitiu que minha mãe me deixasse comer Jesus, como eu havia lhe dito.

Minha mãe foi minha primeira catequista e ela mesma me apresentou ao meu primeiro pároco (que morreu muito jovem), quando eu tinha apenas quatro anos. Ele era um padre que, segundo minha mãe, tinha um buraco na mão; isto é, dava tudo aos pobres. Ele adorava brincar com crianças. Com ele — ainda me lembro — eu amassava barro para construir casinhas. Ele morreu repentinamente.

Ainda vejo seu caixão. Ele queria ser carregado para o cemitério por todas as pessoas em um caixão feito de quatro tábuas sem polimento, como as dos nossos abrigos contra terremotos. Um caixão de madeira rústica, sobre o qual havia uma grande palmeira. Aquele padre me conquistou; ele era um modelo poderoso. E, de fato, perguntei imediatamente à minha mãe: "O que devo fazer para me tornar como aquele padre?" É como a conversa de uma criança com sua mãe. Minha mãe respondeu: "Só há uma coisa a fazer." "O quê?", perguntei. E ela disse: "Reze. Você deve rezar muito, e eu rezarei por você." Ela me falava muito sobre Nossa Senhora, pois era uma grande devota de Maria; foi ela quem me incutiu esse amor por Nossa Senhora. Então, para mim, não foi difícil ouvir o primeiro chamado, porque imediatamente tive um grande modelo; eu queria ser como aquele padre.

Talvez a vocação tenha nascido no coração da minha mãe. Acho que ela deve ter rezado muito. Sejamos claros: ela sempre me deixou livre. Só uma vez ela chorou, quando perdi meu olho esquerdo, e pensou que, por causa disso, eu nunca seria aceito no seminário. Ela também rezava naquela época.
Mamãe tinha apenas uns quarenta anos quando fui ordenado padre. Tanto que o bispo que impôs as mãos sobre mim para me ordenar, quando lhe apresentaram mamãe, insistiu que ela era minha irmã. Mas na Calábria, onde nasci, as pessoas se casavam cedo naquela época. E eu fui o primeiro de dez filhos, dos quais apenas cinco chegaram à idade adulta. Até meu pai, que por muitos anos tentou me convencer a desistir da minha jornada rumo ao sacerdócio, estava feliz naquele dia.

Meu pai trabalhou na América como imigrante por muitos anos. Ele estava lá quando eu nasci. Hoje, sempre me emociono ao ver tantos imigrantes lavando janelas nas ruas, porque meu pai deve ter sido um pouco como eles. Quando, muitos anos depois, viajei para a América, fiquei comovido com a visita à fábrica, agora fechada e em ruínas, onde meu pai, trabalhando entre as peças de ferro fundido, contraiu a grave doença que o levaria à morte.
É assim que me lembro dos meus pais, por quem talvez eu não tenha rezado e não rezo o suficiente. Tenho certeza, porém, de que eles rezam por mim. De fato, converso frequentemente com eles, recorro a eles constantemente nos momentos difíceis, porque, como eles já são parte de mim no Eterno, me sinto muito próximo deles.

Fonte: https://www.30giorni.it/

O café da manhã é mesmo a refeição mais importante do dia? (Parte 2/2)

Um estudo concluiu que pessoas que fazem do café da manhã sua principal refeição costumam ter índice de massa corporal mais baixo (Crédito: Getty Images)

O café da manhã é mesmo a refeição mais importante do dia?

Author: Jessica Brown

De BBC Future

21 julho 2025

Comida saudável

Já se demonstrou que o café da manhã afeta mais do que apenas o peso.

Pular o desjejum foi associado a um aumento de 27% no risco de doenças cardíacas, risco 21% maior de diabetes tipo 2 em homens e 20% maior de diabetes tipo 2 entre as mulheres.

Isso pode ocorrer porque pular o café da manhã afeta o controle de lipídios e glicose, além dos níveis de insulina, segundo os pesquisadores responsáveis por um estudo sobre jejum e diabetes, realizado em 2023.

Eles acompanharam a alimentação de mais de 100 mil pessoas, em média por sete anos, e concluíram que o risco de desenvolvimento da doença era significativamente mais alto entre os participantes que tomavam café da manhã regularmente após as 9h, em comparação com os que comiam antes das 8h.

Como muitos cereais matinais são enriquecidos com vitaminas, quem toma café da manhã absorve mais nutrientes, assim como mais açúcar (Crédito: Getty Images)

Uma razão para alguns dos benefícios à saúde associados ao café da manhã (pelo menos, no mundo ocidental) pode ser o seu valor nutricional — em parte, porque alguns cereais são enriquecidos com vitaminas.

Em um estudo sobre os hábitos de café da manhã de mais de 8 mil pessoas no Reino Unido, os pesquisadores concluíram que a ingestão de micronutrientes era melhor entre aqueles que tomavam café da manhã regularmente.

Isso se deve, em parte, ao enriquecimento dos cereais matinais, pães e cremes com vitaminas no Reino Unido, segundo os pesquisadores. E houve descobertas semelhantes na AustráliaCanadáEstados UnidosIndonésia e no Brasil.

O café da manhã também é associado ao melhor funcionamento cerebral, incluindo a concentração e a linguagem.

Uma revisão de 54 estudos descobriu que tomar café da manhã pode melhorar a memória, embora os efeitos sobre outras funções cerebrais tenham sido inconclusivos.

Uma das pesquisadoras da análise foi a psicóloga clínica Mary Beth Spitznagel, da Universidade Estadual de Kent, no Estado americano de Ohio. Ela afirma que há indícios "razoáveis" de que o café da manhã realmente melhora a concentração, mas é necessário fazer mais pesquisas a respeito.

Tomar café da manhã pode ajudar a melhorar a memória (Crédito: Getty Images)

"Se olharmos os estudos que examinaram a concentração, metade aponta para benefícios e a outra não encontrou nenhum", afirma. "E nenhum estudo indicou que tomar café da manhã seja ruim para a concentração."

O mais importante, alguns argumentam, é o que comemos no café da manhã.

Café da manhã com alto teor de proteína ajuda a reduzir o desejo de comida no final do dia (Crédito: Getty Images)

Os cafés da manhã ricos em proteínas são bastante eficazes na redução da ansiedade e do consumo de alimentos no final do dia, segundo uma pesquisa da Organização de Pesquisa Científica e Industrial da Comunidade Australiana.

Embora o cereal continue sendo um item favorito no café da manhã do Reino Unido e dos EUA, uma pesquisa entre 120 cereais matinais realizada em 2020 pela organização britânica Action on Sugar concluiu que um terço deles continha alto teor de açúcar. E apenas três cereais tinham o ingrediente em pouca quantidade.

Mas pesquisas sugerem que, se formos ingerir alimentos açucarados, é melhor fazer isso de manhã cedo.

Um estudo concluiu que a alteração dos níveis do hormônio do apetite leptina no corpo ao longo do dia está relacionada à menor tolerância para alimentos doces pela manhã.

E cientistas da Universidade de Tel Aviv, em Israel, descobriram que a fome é mais bem regulada pela manhã.

Eles recrutaram 200 adultos obesos para participar de uma dieta de 16 semanas, onde metade acrescentou sobremesa ao café da manhã e metade não. Aqueles que adicionaram a sobremesa perderam, em média, 18 kg a mais.

No entanto, o estudo não conseguiu demonstrar os efeitos de longo prazo.

Pesquisa sugere que, se vamos comer alimentos doces, o café da manhã é a melhor hora para fazer isso (Crédito: Getty Images)

Uma revisão de 54 estudos descobriu que ainda não há consenso sobre qual tipo de café da manhã é mais saudável e concluiu que isso não é tão importante quanto simplesmente comer alguma coisa.

Outro fator a ser considerado é o local onde você toma o café da manhã.

Um estudo de 2022 examinou os hábitos de desjejum de quase 4 mil jovens. Os pesquisadores concluíram que aqueles que tomam café da manhã fora de casa foram mais propensos a apresentar problemas psicológicos comportamentais do que os que tomam seu desjejum em casa.

Um motivo, segundo os pesquisadores, é que o contexto social de tomar café da manhã em família pode estar relacionado a uma refeição mais nutritiva.

Conselho final

Embora não haja provas conclusivas sobre exatamente o que devemos comer e quando, o consenso é ouvir nosso próprio corpo e comer quando estivermos com fome.

"O café da manhã é mais importante para as pessoas que sentem fome quando acordam", diz Johnstone.

Pesquisas mostram, por exemplo, que pessoas com diabetes e pré-diabetes podem achar que têm melhor concentração após um café da manhã com baixo índice glicêmico, como mingau, que é decomposto mais lentamente e provoca um aumento mais gradual nos níveis de açúcar no sangue.

Cada pessoa começa o dia de forma diferente — e essas diferenças individuais, particularmente na função da glicose, precisam ser pesquisadas mais de perto, segundo Spitznagel.

Em última análise, o segredo talvez seja não enfatizar demais uma única refeição, mas sim perceber como nós comemos ao longo do dia.

Café da manhã com baixo índice glicêmico, como mingau (ou fufu ganense, feito de banana e mandioca) pode ser melhor para pessoas com diabetes (Crédito: Getty Images)

"Um café da manhã balanceado é realmente útil, mas fazer refeições regulares durante o dia é o mais importante para manter o açúcar no sangue estável, o que ajuda a controlar o peso e os níveis de fome", explica Elder.

"O café da manhã não é a única refeição em que deveríamos estar prestando atenção."

Esta reportagem foi publicada originalmente em 1º de fevereiro de 2019 e atualizada em julho de 2025 com as pesquisas mais recentes sobre o assunto.

Leia a versão original da reportagem atualizada (em inglês) no site BBC Innovation.

Fonte: https://www.bbc.com/portuguese/articles/cr4w9pwwk1ko

Curiosidades da Bíblia: As muralhas de Jericó

Sagrada Escritura (Vatican News)

As muralhas eram uma poderosa fortificação que protegia a cidade de Jericó, localizada no vale do Rio Jordão, na atual Cisjordânia, hoje localizada a apenas 25 km de Jerusalém.

Padre José Inácio de Medeiros, CSsR - Instituto Histórico Redentorista

Comunidades e paróquias de várias partes do mundo costumam realizar hoje em dia o chamado “Cerco de Jericó” que relembra o momento em que os israelitas, depois de sua longa caminhada pelo deserto, cercaram e conquistaram a cidade depois de vários dias de batalha.

A história da queda das muralhas de Jericó, apesar de ser uma das passagens mais conhecidas da Bíblia também não tem uma comprovação histórica, e esta não era a preocupação maior dos escritores sagrados, tendo um significado simbólico para os israelitas, representando a vitória da fé sobre os obstáculos humanos, a fidelidade de Deus às suas promessas e a necessidade de obedecer aos seus mandamentos. Além disso, ela mostra que Deus pode usar de pessoas improváveis, como Raab, para cumprir os seus propósitos.

Além de sua importância histórica e religiosa, as muralhas de Jericó são um marco do desenvolvimento humano. Elas representam uma das primeiras expressões de urbanização e engenharia na história da humanidade. Construídas com recursos locais e técnicas rudimentares, elas são testemunhos do esforço coletivo de uma sociedade que já compreendia a necessidade de proteção, organização e infraestrutura. Mais do que estruturas físicas, as muralhas de Jericó simbolizam a transição de comunidades nômades para sociedades sedentárias e urbanas, marcando o início de uma nova era na civilização humana.

As muralhas eram uma poderosa fortificação que protegia a cidade de Jericó, localizada no vale do Rio Jordão, na atual Cisjordânia, hoje localizada a apenas 25 km de Jerusalém. A cidade é considerada uma das mais antigas do mundo e as evidências arqueológicas da ocupação humana datam mais ou menos do ano 08 mil a.C.

Suas muralhas foram construídas em diferentes períodos da história e a mais famosa delas data do século XV a.C., quando os israelitas, liderados por Josué, invadiram a terra de Canaã, prometida por Deus a Abraão e seus descendentes, atravessaram o Rio Jordao e cercaram a cidade.

As escrituras Sagradas relatam que os israelitas por 06 dias cercaram a cidade de Jericó, seguindo as instruções divinas pronunciadas por Josué que havia sucedido a Moisés na condução do povo. No sétimo dia, eles deram sete voltas ao redor da cidade, tocando trombetas de chifres de carneiros, gritando e conduzindo a Arca da Aliança com as Tábuas da Lei em procissão.

Depois disso, as muralhas caíram permitindo que os israelitas entrassem e conquistassem a cidade. As Escrituras narram ainda que a única família que foi poupada foi a de Raab, uma prostituta que escondeu os espiões que haviam sido enviados por Josué e que reconheceu o poder do Deus de Israel. Todo o resto foi destruído pelo fogo e pelos saques dos israelitas.

Na sétima vez, quando os sacerdotes deram o toque de trombeta, Josué ordenou ao povo: "Gritem! O Senhor lhes entregou a cidade!

A cidade, com tudo o que nela existe, será consagrada ao Senhor para destruição. Somente a prostituta Raab e todos os que estão com ela em sua casa serão poupados, pois ela escondeu os espiões que enviamos. Mas fiquem longe das coisas consagradas, não se apossem de nenhuma delas, para que não sejam destruídos. Do contrário trarão destruição e desgraça ao acampamento de Israel.

Toda a prata, todo o ouro e todos os utensílios de bronze e de ferro são sagrados e pertencem ao Senhor e deverão ser levados para o seu tesouro.

Quando soaram as trombetas o povo gritou. Ao som das trombetas, e do forte grito, o muro caiu. Cada um atacou do lugar onde estava, e tomaram a cidade. Consagraram a cidade ao Senhor, destruindo ao fio da espada homens, mulheres, jovens, velhos, bois, ovelhas e jumentos, todos os seres vivos que nela havia. (Jos 6,16-21).

As muralhas de Jericó continuam sendo uma das construções mais enigmáticas da Antiguidade, associadas tanto à arqueologia quanto a relatos bíblicos. Sua fama procede tanto da narrativa bíblica encontrada no Livro de Josué, que descreve a conquista da cidade pelos israelitas após suas muralhas desabarem ao som de trombetas e gritos, como ao significado histórico da cidade que foi tantas vezes destruída e sempre reconstruída. Por isso, além do relato religioso que é mais simbólico que real, as muralhas e a cidade têm um significado histórico e arqueológico profundo.

Graças às escavações arqueológicas realizadas em vários períodos as muralhas da cidade foram descobertas, a começar das ruínas mais antigas de algumas estruturas fortificadas que datam do período neolítico, por volta de 08 mil anos a.C. Muros e torres feitos de pedra tinham fins defensivos, servindo também para finalidades religiosos ou cerimoniais.

No entanto, a historicidade desse evento é motivo de debate entre estudiosos. Algumas escavações chegaram a sugerir que Jericó não teria muralhas correspondentes às que são descritas na época em que os israelitas teriam conquistado a cidade, por volta do século XIII ou XV a.C.

Assim como outras passagens do Primeiro Testamento o relato bíblico pode ser entendido mais como uma tradição simbólica ou metafórica.  Independentemente de sua conexão com os relatos bíblicos, Jericó e suas muralhas continuam a fascinar arqueólogos, historiadores e religiosos, sendo um exemplo poderoso de como os vestígios do passado podem lançar luz sobre as complexas origens da sociedade e da cultura humanas.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Prioridade de todos

Pastoral da Catequese (Paróquia Claret)

PRIORIDADE DE TODOS

18/09/2025

Dom Pedro Cipollini
Bispo de Santo André (SP)

Existe uma prioridade permanente na Igreja: Evangelizar. A Boa Nova anunciada deve desdobrar-se na Catequese. O Sínodo nos alertou para a importância da Catequese de Iniciação à Vida Cristã: “Não é possível compreender plenamente o Batismo senão no âmbito da Iniciação Cristã, isto é, no itinerário pelo qual o Senhor, mediante o ministério da Igreja e o dom do Espírito Santo, nos introduz na fé pascal e nos insere na comunhão trinitária eclesial”(Documento Final n.24).

Catequese é palavra que vem do grego, significa, informar, instruir, ensinar na doutrina cristã, como faziam os jesuítas, a partir das Escrituras sagradas (cf. At. 21,21-14;1Cor 14,19). Após receber o anúncio de Jesus Cristo através da evangelização, seguia-se a catequese. Ou seja, a instrução minuciosa e sistemática sobre os conteúdos da fé cristã. Assim, catequese é a iniciação à vida cristã,  de forma organizada, expondo as verdades da fé, transmitida oralmente.

Mediante a catequese, o cristão é introduzido no conhecimento dos mistérios da salvação, revelados por Jesus Cristo, na vivência da liturgia e no estilo de vida individual e social cristão e o que é muito importante, na vida comunitária. Não existe cristianismo sem comunidade cristã, sem a Igreja.

Para nortear este  processo, existe o “Catecismo da Igreja Católica” que é uma exposição das verdades da fé, de forma mais intelectual. Porém a catequese tem uma dimensão litúrgica, sacramental e mística. Também tem um aspecto testemunhal que conduz à prática do que se crê.

Neste tempo de secularização, a catequese apresenta um forte apelo ao testemunho de Jesus, sua vida e atuação, que devem ser imitadas pelos que o seguem. Existe sede de transcendente, de espiritualidade e vida contemplativa nas pessoas. O tempo passa, a vida se esvai na rotina do dia a dia, a busca por um sentido da vida está mais que nunca presente nas pessoas. Numa sociedade “líquida”, existe busca por algo que não passa e possa preencher o vazio do coração.

Vivemos numa cultura pós-moderna, de inegável progresso científico e tecnológico que orgulha a humanidade. No entanto há desorientação nas pessoas,  sede de sentido para a vida, em meio ao crescimento dos suicídios, baixa natalidade, violência. Este sentido não é encontrado na tecnologia nem nos manuais de auto ajuda. O ser humano percebe que a vida não se esgota no aquém. Existe  vida após esta vida: mistério.

A catequese que também pode-se chamar processo de “iluminação”, trata deste mistério que nos foi revelado por Jesus Cristo o Filho de Deus. Ele é capaz de tocar as fibras mais íntimas e profundas da alma humana e lhe dar paz e alegria!

Na Diocese de Santo André, nas paróquias e comunidades católica, existem centenas de catequistas que ministram catequeses às crianças, jovens e adultos. Muitos deles, oitocentos,  foram investidos pela primeira vez no Ministério de Catequista, neste último domingo de agosto, em  missa realizada no ginásio da FEI em São Bernardo. Eles se prepararam durante três anos para esta investidura, instituída pelo Papa Francisco. Nesta mesma ocasião foi lançado o Diretório Diocesano de Catequese, um subsídio oficial da Diocese para orientar o trabalho catequético. Desta forma, nos unimos a tantas outras dioceses do Brasil que estão priorizando a catequese.

Parabéns a todos os catequistas de nossa Igreja, que celebraram o seu dia no último domingo de agosto. Coragem, vamos em frente: “tudo vale a pena, quando a alma não é pequena”!

Fonte: https://www.cnbb.org.br/

Leão XIV: estabelecer uma pastoral solidária, sem julgamentos, que saiba acolher a todos

O Papa na Basílica de São João de Latrão para a abertura do ano pastoral da Diocese de Roma   (@Vatican Media)

O Bispo de Roma abraça seu povo na Assembleia Diocesana em São João de Latrão. Ele exorta a trabalhar por uma Igreja que se torne um laboratório de sinodalidade, fortalecendo a formação dos organismos de participação e dos catequistas, envolvendo os jovens e as famílias, a serviço dos mais pobres e dos mais frágeis.

Mariangela Jaguraba - Vatican News

O Papa Leão XIV abriu oficialmente o novo ano pastoral da Diocese de Roma com a Assembleia Diocesana realizada, na tarde desta sexta-feira (19/09), na Basílica de São João de Latrão.

O Pontífice iniciou o seu discurso, agradecendo aos presentes, em sua catedral, sede da Diocese de Roma, por sua presença e "pela alegria de seu discipulado, pelo trabalho pastoral, pelos fardos que carregam e pelos que tiram dos ombros de muitos que batem às portas das suas comunidades".

Leão XIV destacou a palavra "dom", dita por Jesus à Samaritana, "Se você conhecesse o dom de Deus", indicando que "este dom é o Espírito Santo, que sacia a nossa sede e irriga a nossa aridez, iluminando o nosso caminho". Indica também "o Espírito Santo, o Espírito criador capaz de renovar todas as coisas", conforme usada nos Atos dos Apóstolos pelo Evangelista Lucas.

O Papa na Basílica de São João de Latrão para a abertura do ano pastoral da Diocese de Roma   (@Vatican Media)

Caminho sinodal

De acordo com o Papa, "através do processo sinodal, o Espírito suscitou a esperança de uma renovação eclesial, capaz de revitalizar as comunidades, para que cresçam no estilo evangélico, na proximidade a Deus e na presença do serviço e do testemunho no mundo".

“O fruto do caminho sinodal, após um longo período de escuta e debate, foi, antes de tudo, o impulso a valorizar os ministérios e os carismas, inspirando-se na vocação batismal, colocando no centro a relação com Cristo e o acolhimento dos irmãos, começando pelos mais pobres, partilhando suas alegrias e dores, suas esperanças e esforços.”

Segundo Leão XIV, "desta forma, é destacado o caráter sacramental da Igreja que, como sinal do amor de Deus pela humanidade, é chamada a ser canal privilegiado para que a água viva do Espírito possa chegar a todos. Isso requer a exemplaridade do povo santo de Deus. Como sabemos, sacramentalidade e exemplaridade são dois conceitos-chave da eclesiologia do Concílio Vaticano II e da hermenêutica do Papa Francisco". "Vocês se lembrarão o quanto ele apreciava o tema patrístico do mysterium lunae, ou seja, da Igreja vista no reflexo da luz de Cristo, da relação com Ele, sol da justiça e luz das nações", acrescentou.

O Papa na Basílica de São João de Latrão para a abertura do ano pastoral da Diocese de Roma   (@Vatican Media)

Laboratório de sinodalidade

Na nota que acompanha o Documento Final da XVI Assembleia Sinodal, o Papa Francisco escreveu que ele "contém indicações que, à luz de suas orientações básicas, já podem ser acolhidas pelas Igrejas locais e pelos agrupamentos de Igrejas, levando em consideração os diferentes contextos, o que já foi feito e o que ainda precisa ser feito para aprender e desenvolver cada vez mais o estilo específico da Igreja sinodal missionária".

“Pois bem, cabe-nos agora trabalhar para que a Igreja que vive em Roma se torne um laboratório de sinodalidade, capaz — com a graça de Deus — de realizar "obras do Evangelho" num contexto eclesial marcado por desafios, especialmente na transmissão da fé, e numa cidade que precisa de profecia, marcada por numerosas e crescentes situações de pobreza econômica e existencial, com jovens muitas vezes desorientados e famílias frequentemente sobrecarregadas.”

Participação ativa de todos na vida da Igreja

De acordo com o Papa, "uma Igreja sinodal em missão precisa desenvolver um estilo que valorize os dons de cada um e compreenda o papel da liderança como um exercício pacífico e harmonioso, para que, na comunhão inspirada pelo Espírito, o diálogo e as relações nos ajudem a vencer as numerosas pressões de oposição ou de isolamento defensivo".

"O dinamismo sinodal deve ser nutrido nos contextos reais de cada Igreja local", disse ainda o Pontífice, ressaltando que isso significa "trabalhar pela participação ativa de todos na vida da Igreja". De acordo com o Papa, "um instrumento para fortalecer a visão de uma Igreja sinodal e missionária são os organismos de participação", pois "eles ajudam o Povo de Deus a exercer plenamente sua identidade batismal, fortalecem o vínculo entre os ministros ordenados e a comunidade e orientam o processo desde o discernimento comunitário até as decisões pastorais". "Por isso, convido-os a reforçar a formação de organismos de participação e, a nível paroquial, a rever os passos dados até agora ou, onde tais organismos não existam, a compreender quais são os obstáculos para poder superá-los", sublinhou.

O Papa na Basílica de São João de Latrão para a abertura do ano pastoral da Diocese de Roma   (@Vatican Media)

Pensar e projetar juntos

A seguir, o Papa falou sobre "as prefeituras e outros organismos que conectam diferentes áreas da vida pastoral, bem como os próprios setores diocesanos, projetados para conectar melhor as paróquias vizinhas num determinado território com o centro da diocese". De acordo com o Pontífice, existe o risco de que essas "realidades percam sua função de instrumentos de comunhão e se reduzam a algumas reuniões, onde se discute juntos algum tema para depois voltar a pensar e viver a pastoral isoladamente, no próprio recinto paroquial e nos próprios esquemas".

“Hoje, como sabemos, num mundo que se tornou mais complexo e numa cidade que corre a grande velocidade e onde as pessoas vivem em permanente mobilidade, precisamos pensar e projetar juntos, saindo dos limites pré-estabelecidos e experimentando iniciativas pastorais comuns. Por isso, exorto-os a fazer desses organismos verdadeiros espaços de vida comunitária onde se exerça a comunhão, lugares de confronto onde se realize o discernimento comunitário e a corresponsabilidade batismal e pastoral.”

Cuidar de quem expressa o desejo do Batismo

A seguir, o Papa se deteve nos objetivos a serem perseguidos com estilo sinodal. O primeiro é cuidar da relação entre iniciação cristã e evangelização, "tendo em mente que a solicitação dos sacramentos está se tornando uma opção cada vez menos praticada". "Nesta perspectiva, é necessário cuidar com delicadeza e atenção daqueles que expressam o desejo do Batismo na adolescência e na idade adulta. Os escritórios do Vicariato responsáveis por isso devem trabalhar com as paróquias, tendo especial cuidado com a formação contínua dos catequistas", sublinhou.

O Papa na Basílica de São João de Latrão para a abertura do ano pastoral da Diocese de Roma   (@Vatican Media)

Uma pastoral capaz de incidir no tecido social

O segundo objetivo é o envolvimento dos jovens e das famílias. Segundo Leão XIV é "urgente estabelecer uma pastoral solidária, empática, discreta, sem julgamentos, que saiba acolher a todos e propor percursos mais personalizados possíveis, adequados às diferentes situações de vida dos destinatários. Como as famílias têm dificuldade em transmitir a fé e podem ser tentadas a fugir dessa tarefa, devemos procurar acompanhá-las sem nos substituirmos a elas, tornando-nos companheiros de caminho e oferecendo instrumentos para a busca de Deus". "Uma pastoral que se torna como uma escola capaz de introduzir à vida cristã, de acompanhar as fases da vida, de tecer relações humanas significativas e, assim, de incidir também no tecido social, especialmente a serviço dos mais pobres e dos mais frágeis", ressaltou.

Comunidades cristãs generativas

O terceiro e último objetivo é a formação em todos os níveis. "Vivemos uma emergência educativa e não devemos nos iludir que a simples continuação de algumas atividades tradicionais manterá vivas as nossas comunidades cristãs. Elas devem se tornar generativas: ser um ventre que inicia para fé e um coração que procura aqueles que a abandonaram. As paróquias precisam de formação e, onde não existem, seria importante incluir cursos bíblicos e litúrgicos, sem transcurar as questões que ressoam nas gerações mais jovens, mas que nos dizem respeito a todos: a justiça social, a paz, o complexo fenômeno das migrações, o cuidado da criação, o exercício adequado da cidadania, o respeito na vida de casal, o sofrimento mental e as dependências, e muitos outros desafios".

"O trecho evangélico da samaritana conclui-se com um crescendo missionário, pois ela vai contar aos outros o que aconteceu, e eles vão até Jesus e chegam à profissão de fé. Estou certo de que também na nossa diocese, o caminho iniciado e acompanhado nos últimos anos nos levará a amadurecer na sinodalidade, na comunhão, na corresponsabilidade e na missão", concluiu o Papa.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

sexta-feira, 19 de setembro de 2025

O café da manhã é mesmo a refeição mais importante do dia? (Parte 1/2)

Um estudo concluiu que pessoas que fazem do café da manhã sua principal refeição costumam ter índice de massa corporal mais baixo (Crédito: Getty Images)

O café da manhã é mesmo a refeição mais importante do dia?

Author: Jessica Brown

De BBC Future

21 julho 2025

Junto com clássicos como "cenouras melhoram a visão" e "Papai Noel não traz brinquedos para crianças que não se comportam", uma das frases mais usadas no arsenal de pais cansados é que o café da manhã é "a refeição mais importante do dia".

Muitos de nós crescemos acreditando que pular o café da manhã é um pecado alimentar. Mas a quantidade de pessoas que reserva parte da sua manhã para comer pode variar.

Cerca de 75% dos americanos tomam regularmente café da manhã. Já no Reino Unido, são cerca de 94% dos adultos e 77% dos adolescentes.

Um estudo na Suíça demonstrou que apenas dois terços dos adultos do país tomam café da manhã regularmente.

No Brasil várias pesquisas indicam que o percentual de pessoas adeptas ao café da manhã está mais perto dos números observados nos EUA.

Quando o tempo é escasso, o café da manhã, muitas vezes, é o primeiro a ser sacrificado.

Quantos de nós tomamos café da manhã correndo ou trocamos de boa vontade uma tigela de cereal, duas torradas ou um doce por mais alguns minutos na cama?

Mas o motivo por que se acredita na importância do desjejum é exatamente este: é preciso tomar o café da manhã para interromper o jejum da noite.

"O corpo usa muitas reservas de energia para o crescimento e a restauração durante a noite", explica a nutricionista Sarah Elder. "Tomar um café da manhã balanceado ajuda a restaurar a energia, bem como a proteína e o cálcio consumidos à noite."

Alguns nutricionistas ressaltam a importância de se tomar um café da manhã equilibrado para restaurar a energia depois de uma noite de jejum (Crédito: Getty Images)

Mas existem muitas divergências sobre a manutenção ou não do café da manhã em tamanho destaque na hierarquia alimentar.

Assim como a crescente popularidade das dietas do jejum, há preocupação cada vez maior quanto ao teor de açúcar dos cereais e sobre o envolvimento da indústria de alimentos nas pesquisas sobre café da manhã — e até a afirmação de um acadêmico de que o café da manhã é "perigoso".

Então, qual é a realidade? O café da manhã é necessário para começarmos o dia ou uma jogada de marketing dos fabricantes de cereais matinais?

Mito ou realidade?

O aspecto mais estudado neste campo é a relação entre o café da manhã (ou a falta dele) e a obesidade. E os cientistas divergem em suas teorias sobre os motivos desta relação.

Um estudo americano que analisou dados de saúde de 50 mil pessoas ao longo de sete anos indicou menor índice de massa corporal (IMC) entre os participantes que fizeram do café da manhã sua principal refeição.

Segundo os pesquisadores, o café da manhã aumenta a saciedade, reduz a ingestão diária de calorias, melhora a qualidade da dieta — já que os alimentos matinais são mais ricos em fibras e nutrientes — e aumenta a sensibilidade à insulina nas refeições subsequentes, que pode reduzir risco de diabetes.

As pessoas que tomam café da manhã podem ser mais preocupadas com a saúde (Crédito: Getty Images)

Mas, como ocorre com qualquer estudo deste tipo, não ficou claro se esta foi a causa ou se as pessoas que pulam o café da manhã simplesmente eram mais propensas a ficar acima do peso.

Para descobrir, pesquisadores elaboraram um estudo com 52 mulheres obesas que participaram de um programa de perda de peso de 12 semanas. Todas elas ingeriram o mesmo número de calorias ao longo do dia, mas só a metade delas tomou café da manhã.

Eles descobriram que não era o café da manhã que fazia as participantes perderem peso, mas a sua mudança de rotina.

As mulheres que declararam tomar café da manhã regularmente antes do estudo perderam 8,9 kg quando suspenderam a refeição matinal, enquanto o grupo que tomou café da manhã perdeu 6,2 kg.

Já as participantes que pulavam regularmente o café da manhã perderam 7,7 kg quando adotaram a refeição — e 6 kg quando continuaram a pular o desjejum.

Se o café da manhã não é uma garantia de perda de peso, por que há uma ligação entre obesidade e pular o café da manhã?

A professora de Pesquisa do Apetite Alexandra Johnstone, da Universidade de Aberdeen, no Reino Unido, defende que as pessoas que pulam o café da manhã simplesmente podem deter menos conhecimento sobre nutrição e saúde.

"Há muitos estudos sobre a relação entre tomar café da manhã e possíveis impactos à saúde, mas isso pode acontecer porque aqueles que tomam café da manhã optam por ter hábitos mais saudáveis, como não fumar e fazer exercícios regularmente", segundo ela.

Em 2020, uma análise de 45 estudos examinando a relação entre o café da manhã e a obesidade confirmou que pular o desjejum aumenta o risco de obesidade. E este mesmo efeito foi encontrado entre crianças.

Comer ou não comer?

O jejum intermitente, que envolve jejuar da noite até o dia seguinte, vem se popularizando entre aqueles que buscam perder ou manter seu peso, ou ainda melhorar a saúde.

Um estudo pequeno mostrou que é benéfico ignorar o café da manhã e comer apenas entre 9h e 15h (Crédito: Getty Images)

Um estudo-piloto publicado em 2018, por exemplo, descobriu que o jejum intermitente controla o nível de açúcar no sangue e a sensibilidade à insulina, além de reduzir a pressão arterial.

Oito homens com pré-diabetes receberam um dos dois esquemas alimentares: ingerir todas as calorias entre 9h e 15h, ou ingerir o mesmo número de calorias ao longo de 12 horas.

Os resultados para o primeiro grupo foram semelhantes ao efeito de medicamentos para reduzir a pressão arterial, segundo Courtney Peterson, autora do estudo e professora assistente de Ciências da Nutrição da Universidade do Alabama, em Birmingham, nos Estados Unidos.

Ainda assim, o tamanho reduzido do estudo mostra que mais pesquisas são necessárias sobre os possíveis benefícios de longo prazo.

Se pular o café da manhã (e outras refeições fora de um intervalo de tempo restrito) pode ser bom, isso significa que o café da manhã pode fazer mal?

Um acadêmico afirmou que sim, pois comer no início do dia faz com que o nosso nível de cortisol atinja um pico maior do que mais tarde. Isso leva o corpo a desenvolver resistência à insulina a longo prazo e pode provocar diabetes tipo 2.

Mas Fredrik Karpe, professor de Medicina Metabólica do Centro de Diabetes, Endocrinologia e Metabolismo de Oxford, no Reino Unido, discorda. Em vez disso, segundo ele, níveis mais altos de cortisol pela manhã são apenas parte do ritmo natural do corpo.

E não é só isso. Para ele, o café da manhã é fundamental para estimular o metabolismo.

"Para que outros tecidos respondam bem à ingestão de alimentos, você precisa de um gatilho inicial envolvendo carboidratos que respondem à insulina. O café da manhã é fundamental para que isso aconteça", afirma Karpe.

Um 'gatilho' inicial com carboidratos é fundamental para impulsionar o metabolismo (Crédito: Getty Images)

Um estudo com controle randomizado descobriu que pular o café da manhã interrompeu o ritmo circadiano dos participantes e provocou picos de glicose no sangue depois de comer. Tomar café da manhã, concluem os pesquisadores, é essencial para manter nosso relógio biológico funcionando.

Uma análise entre adolescentes japoneses em 2023 associou o costume de pular o café da manhã ao pré-diabetes, particularmente entre pessoas acima do peso.

Peterson afirma que, entre as pessoas que pulam o café da manhã, há aquelas que jantam em horário normal — obtendo os benefícios do jejum intermitente — e as que jantam mais tarde.

"Para aqueles que jantam mais tarde, o risco de obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares aumenta. Embora pareça que o café da manhã é a refeição mais importante do dia, na verdade pode ser o jantar", afirma Peterson.

"Nosso controle de açúcar no sangue é melhor no início do dia. Quando jantamos tarde, ficamos mais vulneráveis porque o açúcar no sangue é pior. Há mais pesquisas a fazer, mas estou confiante de que não se deve pular o café da manhã e jantar tarde", acrescenta a professora.

Ela explica que devemos pensar em nosso ritmo circadiano como uma orquestra.

"Existem duas partes do nosso relógio circadiano. Existe o relógio mestre no cérebro, que devemos considerar como análogo ao maestro de uma orquestra, e a outra metade em cada órgão, com um relógio separado", segundo a pesquisadora.

Essa "orquestra" é definida por dois fatores externos: a exposição à luz e o horário das refeições.

"Se você está comendo quando não há exposição à luz intensa, os relógios que controlam o metabolismo estão em fusos horários diferentes, criando sinais conflitantes quanto a aumentar ou diminuir a velocidade", explica Peterson.

O corpo controla melhor o açúcar no sangue pela manhã. Por isso, é melhor comer mais no início do dia, não no final da noite (Crédito: Getty Images)

Seria como duas metades de uma orquestra tocando músicas diferentes, explica Peterson, e é por isso que comer tarde prejudica os níveis de açúcar no sangue e a pressão arterial.

Pesquisadores das universidades de Surrey e Aberdeen, no Reino Unido, analisaram os mecanismos responsáveis pela influência do horário em que comemos sobre o nosso peso corporal.

Suas descobertas, publicadas em 2022, sugerem que um café da manhã farto e um pequeno jantar são benéficos para o controle do peso, pois o café da manhã maior gera redução do apetite no restante do dia.

Esta reportagem foi publicada originalmente em 1º de fevereiro de 2019 e atualizada em julho de 2025 com as pesquisas mais recentes sobre o assunto.

Leia a versão original da reportagem atualizada (em inglês) no site BBC Innovation.

Fonte: https://www.bbc.com/portuguese/articles/cr4w9pwwk1ko

Hoje é celebrada Nossa Senhora de La Salette

Nossa Senhora de La Salette | ACI Digital

Por Redação central*

19 de set de 2025

A Igreja celebra hoje (19) Nossa Senhora de La Salette, título mariano que recorda a aparição da Virgem Maria, chorando, a dois pastorinhos na França, no século XIX. Os motivos das lágrimas foram revelados por Ela às duas crianças: o descuido do domingo, dia do Senhor, e a blasfêmia.

Era 19 de setembro de 1846, Melânia Calvat, com 15 anos, e Maximino Giraud, 11 anos, cuidavam de rebanhos na cidade de La Salette, nos alpes franceses. De repente, Mélanie avistou nos alpes uma luz muito forte como se fosse o sol. As crianças se aproximaram e viram, dentro da luz, uma “bela senhora”, como descreveram mais tarde. Ela estava chorando, sentada sobre uma pedra, com os cotovelos apoiados nos joelhos e o rosto escondido entre as mãos, em um gesto de profunda tristeza.

A senhora estava vestida como uma camponesa da região, com vestido longo, um avental, lenço cruzado e amarrado às costas, touca. Algumas rosas coroavam sua cabeça, ladeavam seu lenço e rodeavam seu calçado. Uma luz brilhava em sua fronte como um diadema. Carregava uma pesada corrente sobre os ombros e uma corrente mais leve pendia sobre o peito com um crucifixo que tinha de um lado um martelo e do outro uma torquês.

A “bela senhora” disse às duas crianças: “Vinde meus filhos, não temais, aqui estou para vos comunicar uma grande notícia”. “Se meu povo não quiser aceitar, vejo-me forçada a deixar cair o braço de meu Filho. É tão forte e tão pesado que não posso mais segurar. Há tanto tempo que sofro por vós”, acrescentou.

Em seguida, ela falou sobre os motivos de suas lágrimas: “Dei-vos seis dias para trabalhar, reservei-me o sétimo, e não mo querem dar. É isso que torna tão pesado o braço de meu Filho”. “Os que conduzem as charretes não sabem falar sem pôr no meio o nome do meu Filho. São as duas coisas que tornam tão pesado o braço de meu Filho”, disse.

“Se a colheita se estraga, não é senão por vossa causa. Eu vos fiz ver isso no ano passado, relativamente às batatas inglesas; não fizestes caso; pelo contrário, quanto as encontráveis estragadas, blasfemáveis e pronunciáveis o nome de meu Filho. Elas vão continuar a deteriorar-se, e no Natal não haverá mais batatas inglesas”, acrescentou.

A Virgem se dirigia aos pastorinhos em francês e também no dialeto regional de um modo que pudessem entender. Ao perceber que não entendiam o que dizia quando falou das batatas, a senhora disse: “Não compreendeis, meus filhos? Vou dizê-lo de outro modo”.

“Se tiverdes trigo, não se deve semeá-lo. Tudo o que semeardes será devorado pelos insetos, e o que produzir se transformará em pó ao ser malhado. Virá grande fome. Antes que a fome chegue, as crianças menores de sete anos serão acometidas de tremor e morrerão entre as mãos das pessoas que as carregarem. Os outros farão penitência pela fome. As nozes caruncharão, as uvas apodrecerão”.

A senhora falou, depois, a cada uma das crianças, sem que a outra pudesse entender o que estava dizendo. Em seguida, voltou a falar aos dois: “Se se converterem, as pedras e rochedos se transformarão em montões de trigo, e as batatas serão semeadas nos roçados”. Perguntou ainda se as crianças faziam “bem” suas orações. Eles disseram que não e ela respondeu: “Ah! Meus filhos, é preciso fazê-la bem, à noite e de manhã, dizendo ao menos um Pai Nosso e uma Ave Maria quando não puderdes rezar mais. Quando puderdes rezar mais, dizei mais”.

“Durante o verão, só algumas mulheres mais idosas vão à Missa. Os outros trabalham no domingo, durante todo o verão. Durante o inverno, quanto não sabem o que fazer, vão a Missa zombar da religião. Durante a Quaresma vão ao açougue como cães”, disse.

Por fim, pediu que as crianças transmitissem a mensagem a todos. E depois subiu o monte e se elevou e desapareceu.

A aparição de Nossa Senhora de La Salette foi reconhecida pelo bispo de Grenoble, dom Philibert de Bruillard, em 19 de setembro de 1851. Em seu pronunciamento doutrinal, o bispo disse que “a aparição da Virgem Santa a dois pastores, a 19 de setembro de 1846, sobre uma montanha da cadeia dos Alpes, situada na paróquia de La Salette, traz em si mesma todas as características da verdade e que os fiéis têm razão em crê-la indubitável e certa”. Dom Philibert também deu início ao santuário de La Salette.

Depois da aparição, Maximino voltou para casa de seu pai, em Corps. Com ajuda do pároco e do bispo, foi admitido ao Colégio das Irmãs da Providência, onde estudou por quatro anos. Em 1850, ingressou no seminário menor de Rondeau e, em 1856, passou para o seminário maior dos jesuítas, em Landes, mas desistiu depois de um tempo. Em 1859, foi estudar medicina em Paris, mas, desencantados, desistiu dos estudos e voltou para Corps em 1864. No ano seguinte, foi para Roma, onde chegou a ser admitido no Corpo da Guarda Pontifícia, onde serviu por poucos meses.

De volta a Corps em 1866, publicou “Minha profissão de fé a respeito da Aparição de Nossa Senhora de La Salette”. Em 1870, foi convocado para servir no Forte Militar de Barraux, em Grenoble, na Guerra entre França e Prússia.

Ficou doente no começo de 1874 e, em novembro daquele ano, subiu pela última vez ao local da aparição de La Salette. Morreu em 1º de março de 1875, aos 40 anos, depois de receber os sacramentos.

Melânia continuou pastora até que retornou para junto de sua família em Corps em 15 de dezembro de 1846 e também foi admitida no Colégio das Irmãs da Providência, onde permaneceu por quatro anos. Mais tarde, tornou-se religiosa, tendo passado por algumas congregações como Irmãs da Providência, as Irmãs Carmelitas de Darlington, no Reino Unido, as Irmãs da Compaixão, em Marselha, da qual se desligou mais tarde.

Em 1892, mudou-se para a Itália, na diocese de Lecce. Em 1897, se transferiu para Messina, na Sicília, onde ajudou o bispo Annibale di Francia, hoje canonizado, a fundar uma congregação feminina.

 Subiu à montanha da aparição em La Salette pela última vez em 1902. Em junho do ano seguinte, voltou para a Itália, onde morava sozinha em uma casa cedida por benfeitores em Altamura. Embora não pertencesse mais a nenhuma congregação, ainda usava um hábito religioso e levava uma vida de oração e penitência. Morreu em 15 de dezembro de 1904.

*A Agência Católica de Informação - ACI Digital, faz parte das agências de notícias do Grupo ACI, um dos maiores geradores de conteúdo noticioso católico em cinco idiomas e que, desde junho de 2014, pertence à família EWTN Global Catholic Network, a maior rede de televisão católica do mundo, fundada em 1981 por Madre Angélica em Irondale, Alabama (EUA), e que atinge mais de 85 milhões de lares em 110 países e 16 territórios.

Fonte: https://www.acidigital.com/noticia/64603/hoje-e-celebrada-nossa-senhora-de-la-salette

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF